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DIURETICOS E SEUS

MECANISMOS DE
ACCAO
Introdução
As anormalidades no volume de líquidos e na composição
dos electrólitos representam distúrbios clínicos comuns e
importantes. Embora diversos agentes que aumentam o
volume de urina (diuréticos) tenham sido descritos desde a
antiguidade apenas em 1937 os inibidores da anidrase
carbónica foram descritos pela primeira vez, e somente em
1957 um agente diurético muito mais útil e poderoso
(clorotiazida) tornou-se disponível. O conhecimento da
fisiologia de cada seguimento do néfron esta estreitamente
ligada a farmacologia (diuréticos) básica que actua nestes
locais.
Muitos fármacos diuréticos, exercem efeitos sobre
proteínas transportadoras especificas da membrana nas
células epiteliais dos túbulos renais. Outros diuréticos
exercem efeitos osmóticos que impedem a reabsorção de
água (manitol), inibem as enzimas (acetazolamida), ou
interferem em receptores de hormônios nas células
epiteliais renais (antagonistas da vasopressina).
Importância dos diuréticos

O uso clínico mais comum dos diuréticos é para reduzir o


volume do líquido extra celular, especialmente em doenças
associadas ao edema e doenças cardiovasculares.
A perda de sódio pelo corpo diminui principalmente o volume
dos líquidos extra celulares, portanto, os diuréticos são
administrados com mais frequência nas condições clínicas em
que o volume do líquido extra celular esteja elevado.
A diminuição do volume do líquido extra celular pode reduzir
a pressão arterial e o filtrado glomerular e aumentar a secreção
de renina e formação de angiotensina II.
Diuréticos e seus mecanismos de
acção

Diurético é uma substância que aumenta o débito e o


volume urinário. Tecnicamente um diurético aumenta o
volume de urina, enquanto um natriurético provoca
aumento na excreção renal de sódio, e um aquaurético
aumenta a excreção de água sem solutos. Os natriuréticos
actualmente são considerados diuréticos.
Classes de diuréticos e seus mecanismos
de acção em locais tubulares

1.Diuréticos osmóticos
Os diuréticos osmóticos diminuem a reabsorção de
água por aumentar a pressão osmótica do líquido
tubular. A agua e reabsorvida no túbulo contorcido
proximal em resposta a forca osmótica, de modo que a
osmolaridade do liquido luminal permanece quase
constante ao longo da sua extensão e a concentração
de um soluto impermeante como a insulina, aumenta a
medida em que a agua esta sendo reabsorvida.
Ex. Manitol
2.Diuretico de Alça
Diuréticos de alça reduzem a reabsorção de sódio,
cloreto, potássio na alça ascendente espessa de henle.
Furosemida, acido etacrinico e bumetanida são
diuréticos potentes que diminuem a reabsorção activa
no segmento ascendente espessa de alça de henle.
A inibição do transporte de sal no ramo ascendente
espesso por diuréticos da alça que reduz o potencial
posetivo no lúmen, causa aumento na excreção
urinária de catiões bivalentes além do cloreto de
sódio.
Diuréticos tiazidicos

Os derivados tiazidicos como a clorotiazida actuam


basicamente nos tubos distais inicias, bloqueando o
cotransportador de sódio-cloreto da membrana
luminal as células tubulares. Subcondições favoráveis,
esses agentes podem fazer com que 5% a 10% do
filtrado glomerular passe para urina. Essa é a mesma
quantidade de sódio que normalmente é reabsorvido
pelos túbulos distais.
Inibidores da anidrase
carbónica
A acetazolamida inibe a enzima anidrase carbónica
essencial para a reabsorção de bicarbonato no túbulo
proximal. Anidrase carbónico é abundante no túbulo
proximal, o local primário de inibidores da anidrase
carbónica, Alguma anidrase carbónica também esta presente
em outras células tubulares como nas células intercaladas
dos túbulos colectores.
A reabsorção do bicarbonato pelo tubo contorcido proximal
depende da actividade da anidrase carbónica. Essa enzima
pode ser inibida pela acetazolamida e outros inibidores da
anidrase carbónica
Inibidores competitivos da aldosterona

Os inibidores competitivos da aldosterona inibem a reabsorção de


sódio e secreção de potássio pelo túbulo colector cortical. A
espironolactona e eplerenona são antagonistas dos receptores dos
mineralcorticóides que competem com aldosterona pelo sitio de
ligação nas células epiteliais do túbulo colector cortical e assim
podem diminuir a reabsorção de sódio e a secreção de potássio
neste seguimento tubular. Como consequência o sódio permanece
nos túbulos e actuam como diuréticos causando aumento de
excreção da agua, bem como do sódio. Como estes fármacos
também bloqueiam o efeito da aldosterona em promover a secreção
de potássio nos túbulos, eles também promovem a excreção de
potássio nos túbulos, diminuindo a excreção de potássio.
Diuréticos que bloqueiam os canais de sódio nos túbulos
colectores

Responsável por apenas 2% a 5% da reabsorção de


cloreto de sódio pelo rim e regulação rigorosa do
volume do liquido corporal e por determinar a
concentração final de sódio e é onde os
mineralcorticóides exercem uma influencia
significativa.
Ex. Amilorida e triantereno
Esses fármacos, na célula agem directamente
bloqueando a entrada de sódio nos canais de sódio da
membrana luminal das células epiteliais do túbulo
colector. Comprometendo assim a bomba sodio-
potássio adenosina trifosfato. Essa menor actividade
reduz o transporte de potássio para as células e por fim
diminui a secreção para o liquido tubular. Por essa
razão os bloqueadores de canais de sódio são também
diuréticos poupadores de potássio e diminuem a
intensidade de secreção urinária de potássio.
Conclusão

No fim das nossas pesquisas concluímos que diuréticos


estão agrupados em classes distintas e agem em
segmentos específicos de nefrón, possuem também
mecanismos de acção diferentes, contudo apresentam uma
característica em comum que é a de aumentar a excreção
de sódio e agua na urina. Na verdade os diuréticos agem
primariamente aumentando a excreção de sódio e
consequentemente a excreção de urina diluída pelo efeito
da osmose.
Bibliografia
Guyton, Artur c. e Hall, John E. Tratado de fisiologia
medica 12a edição. Elsevier editora, Brazil, 2011
Katzung, Bertram G. Masters, susan B, Trevor
Anthony J. Farmacologia básica e clínica 12a edição.
AMGH editora, 2014
OBRIGADO PELA
ATENCAÇÃO
DISPENSADA

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