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INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM)


(Portaria Nº 183/COJAER, de 12 de fevereiro
de 1980, que aprova a IMA 111-1)
(Código de Processo Penal Militar)
DEFINIÇÃO DE IPM:

Procedimento investigatório próprio


da Polícia Judiciária (poder de
investigação no âmbito da OM),
buscando apuração de crime (certeza
da materialidade e indícios de
autoria).
FINALIDADE - é a apuração de fato que, nos termos
legais, configure crime militar e sua autoria. Tem o
caráter de INSTRUÇÃO PROVISÓRIA, cuja finalidade
principal é a de ministrar elementos necessários à
propositura da ação penal. (O IPM tem início na OM e
seguimento na Justiça Militar)

Quem propõe a ação penal na justiça militar é o Ministério


Público Militar, que é um órgão autônomo,
independente em relação às Forças Armadas.
(Pág. 45)
FORÇAS ARMADAS – poder de polícia judiciária
militar – Comandante da EEAR – instauração de
IPM e posterior remessa ao Juiz-Auditor (Poder
Judiciário);
Juiz-Auditor – remessa para o Ministério
Público Militar (pode propor a ação penal e
iniciar o processo-crime);
ATOS INSTRUTÓRIOS DA AÇÃO PENAL – São
efetivamente instrutórios da ação penal os exames,
perícias e avaliações realizadas regularmente no curso
do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas no CPPM.
(Ex.: EXAME DE CORPO DE DELITO)

Desse modo, não há necessidade de repetição no


processo-crime.
(Pág. 45)
INQUÉRITO POLICIAL COMO INSTRUÇÃO
INICIAL – o IPM é uma instrução inicial, um
conjunto de informações sobre a prática de infração,
onde os fatos devem ser apurados por meio de
diligências e por meio de declarações do indiciado,
do ofendido, das testemunhas, exames periciais,
avaliações, juntadas de documentos e outros
procedimentos cabíveis. (Pág. 46)
O IPM, como instrução provisória da ação
penal, possibilitará ao Ministério Público
apreciar os autos, para o oferecimento de
denúncia, considerando a prática do fato
delituoso com todas as suas circunstâncias.

(Pág. 46)
PUBLICAÇÃO EM BOLETIM – o IPM
será iniciado mediante PORTARIA da
autoridade militar competente, que deverá
ser publicada em boletim da OM em cujo
âmbito de “jurisdição” (competência) ou
comando haja ocorrido a infração penal,
ressalvado o grau de sigilo.
(Pág. 47/141)
MODELO DE PORTARIA DE INSTAURAÇÃO
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

PORTARIA Nº /ÓRGÃO, DE DE DE .

O (AUTORIDADE DELEGANTE), com fundamento no art. 7º, § 1º do Decreto nº


1002, de 21 de outubro de 1969 (Código de Processo Penal Militar), e considerando o
disposto na IMA 111-1, de 14 de fevereiro de 1980, RESOLVE:
DELEGAR ao (nome e posto) minhas atribuições de polícia
judiciária militar, para o fim específico de instaurar Inquérito Policial Militar e apurar, no
prazo de quarenta dias (se o indiciado estiver preso, "no prazo de vinte dias") os fatos
constantes do requerimento (ou da representação ou da Sindicância) que acompanha a
presente Portaria.
Local, de de .
____________________________________
Posto, nome (se Oficial-General)
ou
Nome, posto (se não for Oficial-General)
CF, art. 144, parágrafo 4º - “às polícias civis, dirigidas
por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada
a competência da União, as funções de polícia judiciária e
a apuração das infrações penais, exceto as militares”.
Detentores do poder de polícia judiciária militar.
Ministro da Defesa...Comandante da Aeronáutica...
Comandante do Comando Aéreo Regional... Comandante da
OM onde o fato ocorreu.
(Apenas conhecimento)
DÚVIDA SOBRE A EXISTÊNCIA DE INFRAÇÃO
PENAL MILITAR – a autoridade delegante, em caso de
dúvida sobre a existência da infração penal militar ou
legislação especial, procederá a uma sindicância, cujo
resultado determinará a necessidade, ou não, da
instauração do IPM, que terá duplo objetivo:
- Evitar a sistemática instauração de IPM; e
- Acautelar a autoridade delegante contra a
denunciação caluniosa e da ocorrência falsa.
(Pág. 49)
Denunciação caluniosa
Art. 343. Dar causa à instauração de inquérito policial ou
processo judicial militar contra alguém, imputando-lhe crime
sujeito à jurisdição militar, de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Agravação de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o agente se serve do
anonimato ou de nome suposto.
Comunicação falsa de crime
Art. 344. Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a
ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe não se
ter verificado:
Pena - detenção, até seis meses.
(Código Penal Militar – CPM)
ENCARREGADO
(AUTORIDADE DELEGADA)
INCUMBÊNCIA DO ENCARREGADO – o
encarregado do inquérito é a AUTORIDADE
DELEGADA, incumbida de proceder à apuração
do fato delituoso.

REQUISITOS – será encarregado do IPM,


sempre que possível, OFICIAL DE POSTO
NÃO INFERIOR AO DE CAPITÃO; em se
tratando de crime contra a segurança nacional, sê-
lo-á, sempre que possível, OFICIAL-
SUPERIOR, ATENDIDA, EM CADA CASO, A
SUA HIERARQUIA, SE OFICIAL O
INDICIADO.
(Pág. 49/50)
Encarregado de inquérito. Requisitos
Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre
que possível, oficial de posto não inferior ao de
capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de
infração penal contra a segurança nacional, sê-lo-á,
sempre que possível, oficial superior, atendida,
em cada caso, a sua hierarquia, se oficial o
indiciado.
(Código de Processo Penal Militar – CPPM)
SIGILO DO IPM
SIGILO DO INQUÉRITO – o IPM é SIGILOSO,
mas seu encarregado pode permitir que dele tome
conhecimento o advogado do indiciado.

POR QUE O IPM É SIGILOSO?


Indispensabilidade ao êxito das investigações,
objetivando não prejudicar as diligências delas
decorrentes, em busca da verdade. (cuidado!
Interceptação telefônica com autorização judicial.
Comunicação ao advogado posteriormente).
(Pág. 51)
GRAU DE SIGILO – será dado de acordo com a natureza de
seu conteúdo e tendo em vista a conveniência de limitar sua
divulgação às pessoas que tenham necessidade de conhecê-lo.

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE SIGILO – o IPM será


classificado de acordo com a natureza ou finalidade e em função
de sua necessidade de segurança, em um dos seguintes graus de
sigilo:

1. Ultra-secreto;
2. Secreto;
3. Confidencial;
4. Reservado.
CLASSIFICAÇÃO MÍNIMA DE
SIGILO – o IPM será classificado de
acordo com o seu CONTEÚDO e não,
necessariamente, em razão de sua relação
com outro assunto e será, no mínimo,
classificado como RESERVADO.
CONHECIMENTO DE ASSUNTO SIGILOSO – o
conhecimento de assunto sigiloso depende da função
desempenhada pela pessoa e não de seu grau hierárquico,
posição ou precedência. (Ex.: soldado que trabalha no
setor de marcação de consultas e tem acesso aos
prontuários médicos dos pacientes).

RESPONSABILIDADE QUANTO AO
CONHECIMENTO – toda e qualquer pessoa que tome
conhecimento de assunto sigiloso fica, automaticamente,
responsável pela manutenção de seu sigilo.
NÃO CONFUNDIR O GRAU DE SIGILO DO
IPM, DA SINDICÂNCIA E DE OUTROS
DIPLOMAS LEGAIS COM A DISCIPLINA
CONSTANTE DA LEI DE ACESSO À
INFORMAÇÃO – LEI Nº 12.527/2011
(ASSUNTOS RELACIONADOS À
SEGURANÇA DA SOCIEDADE E DO
ESTADO).
(Conhecimento)
ESCRIVÃO DO IPM
DESIGNAÇÃO DO ESCRIVÃO – se o INDICIADO for
OFICIAL, a designação do escrivão deverá recair em
SEGUNDO OU PRIMEIRO-TENENTE. Caso NÃO seja
OFICIAL O INDICIADO, deverá ser escolhido um
SUBOFICIAL OU SARGENTO.

No caso de escrivão Suboficial ou Sargento, estes deverão


ser da especialidade SAD?
Não, com fundamento no artigo 11 do Código de Processo
Penal Militar. (Pág. 53)
Escrivão do inquérito
Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao
respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade
que lhe deu delegação para aquele fim, recaindo em segundo
ou primeiro-tenente, se o indiciado for oficial, e em
sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos.
Compromisso legal
Parágrafo único. O escrivão prestará compromisso de manter
o sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as determinações
deste Código, no exercício da função.
(Código de Processo Penal Militar – CPPM)
SUBSTITUIÇÃO DO ESCRIVÃO
SITUAÇÕES:
1. Quando for caso de IMPEDIMENTO E
SUSPEIÇÃO. (Ex1.: Escrivão tem relação com o
fato em apuração, podendo ser arrolado como
testemunha. Ex2.: Escrivão é inimigo do indiciado,
ou amigo íntimo do indiciado);
2. Quando os indícios recaírem contra Oficial,
considerando que inicialmente houve a indicação de
Suboficial ou Sargento, o que dará ensejo à
substituição;
3. Nos casos de doença, falecimento, transferência
para a reserva ou de local com urgência.
COMPROMISSO LEGAL DO ESCRIVÃO
– o escrivão prestará compromisso de manter o
sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as
determinações legais, no exercício da função.
MODELO DE TERMO DE COMPROMISSO
DE ESCRIVÃO
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

TERMO DE COMPROMISSO DO ESCRIVÃO

Aos dias do mês de do ano de , nesta cidade de , na(o)


(declinar a OM) , perante o (posto e nome), Encarregado deste Inquérito
Policial Militar, eu, (posto ou graduação e nome), comprometo-me a manter sigilo de
tudo quanto me for confiado no presente Inquérito e a cumprir fielmente as determinações do
Código de Processo Penal Militar, no exercício das funções de Escrivão. Do que, para
constar, lavrei este Termo que vai subscrito pelo Senhor Encarregado do IPM e por mim,
__________Escrivão.
__________________________
Nome e posto
Encarregado do IPM
___________________________
Nome, posto ou graduação

Escrivão
ORDENAÇÃO DO IPM
IMPULSO DO INQUÉRITO – o despacho é o
modo pelo qual o encarregado impulsiona o IPM.
Toda e qualquer providência a ser tomada pelo
escrivão será determinada através de despacho.
Ofícios de autoridades e requerimentos serão
despachados pelo encarregado (“junte-se”), a fim
de serem juntados ao IPM para posterior
apreciação, se for o caso. Realização de perícias,
exames, avaliações, buscas e apreensões,
inquirições, prisões e solturas, entre outros, serão
determinadas através de despacho.
(Pág. 55/142)
CERTIDÃO DO RECEBIMENTO – após o despacho do
encarregado do inquérito, o IPM irá para o escrivão que
certificará o recebimento. Toda vez que o IPM retornar do
encarregado, com despacho, o escrivão deverá certificar esse
recebimento. De cada documento junto, a que precederá
despacho ao encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o
respectivo termo, mencionando a data.
Se são vários documentos despachados no mesmo dia, bastará
um só termo de juntada.
OS TERMOS DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS,
INDICIADO, ACAREAÇÃO, POR PARTICIPAREM O
ENCARREGADO E O ESCRIVÃO, DISPENSAM A
JUNTADA.
VOLUME DO INQUÉRITO –
Recomenda-se que, ao atingir o IPM
DUZENTAS FOLHAS, seja aberto outro
volume, lavrando-se o competente termo. No
IPM, não há termo de encerramento.
(Pág. 56)
MODELO DE JUNTADA, DESPACHO E CERTIDÃO
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

JUNTADA

Aos dias do mês de do ano de , faço juntada aos


presentes autos dos documentos que adiante se seguem:

Local, de de .

______________________
Nome, posto ou graduação
Escrivão
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao despacho de folhas do Sr


Encarregado do Inquérito Policial Militar, foi(ram) (requisitado, intimado,
notificado, solicitado o comparecimento) do(a) (testemunha, indiciado,
ofendido, perito, avaliador) ficando cientes do local e hora que deverão
comparecer para (prestar depoimento, prestarem compromisso, etc.). Do que,
para constar, lavrei a presente, que dato e assino.
Local, de
de .

________________________
Nome, posto ou
graduação
Escrivão
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

DESPACHO

Seja ouvido o ofendido (qualificação) às h do dia


do corrente mês; as testemunhas (qualificação) e (qualificação) às h
do dia do corrente, neste. Providencie o Senhor Escrivão.
Local, de de .
________________
Nome e posto
Encarregado do IPM
TEMPO E LUGAR
COMPREENSÃO DO TERMO “CASA”
O termo “casa” compreende:
a) Qualquer compartimento habitado;
b) Aposento ocupado de habitação coletiva;
c) Compartimento não aberto ao público, onde
alguém exerce profissão ou atividade.
(Pág. 58/59)
NÃO SE COMPREENDE NO TERMO “CASA”:

a) Hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação


coletiva, enquanto abertas, salvo a restrição prevista
na legislação: aposento ocupado de habitação
coletivo;
b) Taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo
gênero;
c) A habitação usada como local para prática de
infrações penais. (Pág. 59)
INQUIRIÇÕES
CAPACIDADE PARA SER TESTEMUNHA
– qualquer pessoa poderá ser testemunha, regra
geral.

PROIBIÇÃO DE DEPOR – SÃO


PROIBIDAS DE DEPOR as pessoas que, em
razão de função, ministério, ofício ou profissão
devam guardar segredo, SALVO SE,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar
o seu testemunho.

(Págs. 61/62)
INQUIRIÇÃO DURANTE O DIA – as
testemunhas e o indiciado, exceto caso de
urgência inadiável, que constará da respectiva
assentada (termo), devem ser ouvidas durante o
dia, em períodos que medeiem entre ÀS SETE
E ÀS DEZOITO HORAS.
OBS.: não confundir com a sindicância - 8 h às
18 h.
LIMITE DE TEMPO – a testemunha não será
inquirida por mais de QUATRO HORAS
CONSECUTIVAS, sendo-lhe facultado o descanso
de MEIA HORA, sempre que tiver de prestar
declarações além daquele termo. O depoimento que
não ficar concluído às dezoito horas será encerrado
para prosseguir no dia seguinte em hora determinada
pelo encarregado do Inquérito.

Não sendo útil o dia seguinte, a Inquirição poderá ser


adiada para o primeiro dia que o for, salvo caso de
urgência.
PRECATÓRIA À AUTORIDADE MILITAR – NO
CURSO DE IPM, O SEU ENCARREGADO PODERÁ
EXPEDIR CARTA PRECATÓRIA à autoridade militar
superior do local onde a testemunha estiver servindo, ou
residindo, a fim de notificá-la e inquiri-la, tendo em vista
as normas de hierarquia, se a testemunha for militar. Com
a precatória, enviará cópias da parte que deu origem ao
IPM e da portaria que lhe determinou a abertura, e os
quesitos formulados para serem respondidos pela
testemunha além de outros dados que julgar necessários
ao esclarecimento do fato.
(Pág. 63)
ACAREAÇÕES
DAS ACAREAÇÕES – a acareação é admitida, no IPM,
sempre que houver divergência em declarações sobre fatos
ou circunstâncias relevantes.

Pode se dar:

a) entre indiciados;
b) entre testemunhas;
c) entre indiciado e testemunha;
d) entre indiciado ou testemunha e a pessoa ofendida;
e) entre as pessoas ofendidas.
(Pág. 65)
MODELO DE TERMO DE INQUIRIÇÃO DE
TESTEMUNHA
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS

Aos dias do mês de do ano de , nesta cidade do , Estado


do , (OM ou Repartição onde será reduzido a termo o presente depoimento), onde se achava o
Sr Encarregado deste Inquérito, comigo (nome, posto ou graduação) Escrivão, compareceu a testemunha
(nome, filiação, naturalidade, idade, estado civil, profissão, se militar posto ou graduação, residência,
sendo militar a Unidade onde serve), depois do compromisso de dizer a verdade, foi inquirida sobre a
parte (queixa, portaria, etc.), de fls. , a qual foi lida, disse que (transcrever tudo o que foi dito).
Perguntado (consignar a pergunta), respondeu (consignar as respostas) (as quais deverão obedecer com
a possível exatidão, aos termos em que foram dadas); perguntado (e assim por diante, formulando as
perguntas conforme o desenvolvimento do depoimento e atento sempre ao que se está apurando, com a
maior objetividade possível, declinando dia, hora e local do evento); respondeu . E como nada
mais disse nem lhe foi perguntado, deu o Encarregado deste Inquérito por findo o presente depoimento,
que, iniciado às horas e terminado às horas do mesmo dia (quando houver interrupção, fazer constar do
termo), depois de lido e achado conforme, vai assinado por ele, pela testemunha (ou por — nome — a
rogo da testemunha que não sabe, não quis ou não pôde assinar) e comigo (posto ou graduação e nome),
Escrivão, que o datilografei.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

_______________________
Nome e posto
Encarregado do IPM
_____________________________
Nome, posto ou graduação, RG
Testemunha
______________________________
Nome, posto ou graduação
Escrivão

OBS.: Se após a leitura do depoimento uma ou mais de uma testemunha fizer ressalva ao contido no
termo, o Encarregado mandará consignar a ressalva, após a expressão "que o datilografei", da seguinte
forma:
"Ao ser lido o depoimento, pela testemunha (nome) foi dito que (dizer qual a ressalva feita pela
testemunha). E como nada mais disse nem lhe foi perguntado, mandou o Sr Encarregado deste inquérito
que encerrasse o presente termo. (Seguem-se as assinaturas do Encarregado, de quem fez a ressalva e do
Escrivão").
RELATÓRIO DO IPM
RELATÓRIO DO IPM – O INQUÉRITO SERÁ
ENCERRADO COM MINUCIOSO
RELATÓRIO em que seu encarregado
mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas
e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora
e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em
conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir
ou indício de crime, pronunciando-se, neste último
caso, justificadamente, sobre a conveniência da
prisão preventiva do indiciado, nos termos legais.
(Pág. 70)
SOLUÇÃO
O encarregado do IPM encaminhará a autoridade
de que recebeu a delegação, para que lhe
HOMOLOGUE OU NÃO A SOLUÇÃO,
aplique penalidade, no caso de ter sido apurada a
infração disciplinar, ou determine novas
diligências, se as julgar necessárias. Quem
confecciona a solução é o encarregado,
submetendo-a à autoridade delegante, que a
assina.
(Pág. 159)
AVOCAÇÃO
Discordando da SOLUÇÃO DADA AO IPM, a
autoridade que o delegou poderá avocá-lo (chamar para
si a responsabilidade) e dar solução diferente ou
determinar novas diligências, se as julgar necessárias.
- CUIDADO! O RELATÓRIO DO IPM É FEITO
PELO ENCARREGADO, QUE LHE DÁ
DESFECHO, AO PASSO QUE A SOLUÇÃO É DA
AUTORIDADE DELEGANTE. A AVOCAÇÃO
SURGE SE HOUVER DIVERGÊNCIA ENTRE O
ENCARREGADO E A AUTORIDADE
DELEGANTE.
(Pág. 161)
REMESSA DO IPM À AUDITORIA DA
CIRCUNSCRIÇÃO – os autos do IPM serão
remetidos ao Auditor da Circunscrição
Judiciária Militar (também chamado de
JUIZ-AUDITOR) onde ocorreu a infração
penal, acompanhados dos instrumentos desta,
bem como dos objetos que interessem a sua
prova.
RELATÓRIO DO IPM – ASSINADO PELO
ENCARREGADO (AUTORIDADE DELEGADA). Ex.:
Cel Av FULANO DE TAL, Comandante do Corpo de
Alunos.
SOLUÇÃO DO IPM – ASSINADA PELA
AUTORIDADE DELEGANTE. Ex.: Brig Ar SICRANO
DE TAL, Comandante da EEAR.
MODELOS DE RELATÓRIO, DE
SOLUÇÃO E DE AVOCATÓRIA
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

RELATÓRIO

1 — OBJETO DO IPM

O presente Inquérito Policial Militar foi instaurado por determinação do (autoridade delegante),
através da Portaria nº , de de de , com a finalidade de apurar os fatos que ocasionaram o acidente ocorrido com
as viaturas (características) e (características), no (dizer o local), resultando, em conseqüência, ferimentos em
(nome completo) e morte de (nome completo) (Se entender, poderá fazer um pequeno histórico do fatos para
melhor compreensão).
2 — DILIGÊNCIAS REALIZADAS E RESULTADOS OBTIDOS

Inicialmente, este Encarregado houve por bem em determinar, através do despacho de fls. , que
fossem expedidos os seguintes ofícios: 1 — ao Sr Diretor do (Hospital correspondente ou Repartição
competente), solicitando os respectivos Laudos de Exames de Corpo de Delito e de Necropsia; 2 — à (OM
competente ou Repartição devida), solicitando o Laudo Pericial do Local de Acidente ocorrido com as
viaturas; 3 — Ao Sr Diretor do (Repartição competente) , solicitando a folha de antecedentes e as individuais
datiloscópicas do indiciado, comunicando, outrossim, que se encontra respondendo a IPM por infração a
dispositivos do CPM; 4 — ao Sr (Cmt da OM devida), Solicitando as alterações do indiciado, bem como cópia
do relatório do Inquérito Técnico, 5 — ao Sr Procurador-Geral da Justiça Militar solicitando a indicação de um
Procurador para prestar assistência ao presente IPM; 6 — à (OM devida ou Repartição competente),
solicitando seja procedida, se possível, a reprodução simulada dos fatos, observado o disposto no parágrafo
único do artigo 13 do CPPM; 7 — audição do indiciado.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

RELATÓRIO

A seguir, pelo despacho de fls. , foi determinada a


realização da avaliação dos danos causados nas viaturas.
Tendo sido constatada a falta de (especificar o que for, se
material, dinheiro, etc.) foi expedido o mandado de busca e
apreensão na residência do indiciado, bem assim, determinada a
inquirição das testemunhas X e Y conforme despacho de fls. .
Em face da gravidade dos fatos apontados e nos demais
elementos constantes dos autos, foi, através do despacho de fls.,
ordenada a prisão do indiciado (nome completo), bem como,
solicitada da autoridade judiciária competente o seqüestro dos bens
do referido indiciado; além de ter sido determinada a
acareação entre as testemunhas X e Y e o indiciado.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

(RELATÓRIO — Continuação)

Os fatos segundo o que resultou apurado nestes autos ocorreram da seguinte


maneira: No dia de de por volta das horas, o indiciado (nome completo) (relato sucinto de
como se passaram os fatos segundo o apurado nos autos, com indicação de dia, hora e lugar
onde eles — os fatos — ocorreram).
A prova pericial de fls. , se coaduna com as declarações prestadas pelas
testemunhas X e Y de fls. , bem assim, com as próprias declarações do indiciado de fls. , já
perfeitamente identificada pela acareação procedida às fls. .
Pelo Auto de Busca e Apreensão de fls. , e demais elementos constantes dos
autos, bem se evidenciam a necessidade de ser ordenado o seqüestro dos bens que foram
adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração penal, o que ensejou, também, a
necessidade de ser ordenada a prisão do citado indiciado e que foi efetivada pelo Mandado
de fls. , devidamente comunicada à autoridade judiciária competente pelo Ofício nº , de
de de , de fls.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

(RELATÓRIO — Continuação)

É de se ressaltar que o indiciado já fora punido disciplinarmente por três vezes,


por infrações ligadas ao trânsito, segundo consta de suas alterações de fls. .
Pelo Laudo de Avaliação de fls. , constatado está que as avarias nos veículos
foram da ordem de Cr$ (por extenso) . (Salientar, mais, o que o Encarregado julgar
conveniente atendendo aos resultados obtidos, sempre o fazendo com clareza, objetividade e
calcado no que for apurado nos autos, referindo-se, sempre que possível, às fls.
correspondentes ao que se refere).

3 — CONCLUSÃO
Em face do acima exposto e que dos autos consta indicio (nome completo e sua
respectiva qualificação) preso (declinar onde se encontra o preso indiciado), por prática de
crimes capitulados no Código Penal Militar, recomendando, lhe sejam imputados os
prejuízos causados nas viaturas característica) e (característica), resultado de todas as provas
colhidas, inclusive Laudo Técnico.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

(RELATÓRIO — Continuação)

Represento, outrossim, sobre a necessidade de ser decretada a prisão preventiva


do indiciado (nome completo) , tendo em vista haver indícios suficientes de autoria, pela
prática de vários atos delituosos, como garantia da ordem pública, na conveniência da
instrução criminal e na segurança da aplicação da Lei, em virtude do índice de
periculosidade do agente e para evitar a reiteração de novos ilícitos em prejuízo da
Administração Militar.
E como o fato apurado constitui crime da competência da Justiça Militar, sejam
os presentes autos encaminhados ao Sr (autoridade delegante) a quem compete solucioná-
los e remetê-los à Auditoria da (Aeronáutica, se for o caso), da CJM, através de autoridades
competentes na forma da legislação vigente.
Local e data
Nome e posto
Encarregado do
IPM
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

SOLUÇÃO

Pelas conclusões das averiguações policiais a que mandei proceder por


intermédio do (nome e posto), através da Portaria nº , de de de , verifica-se
que os fatos apurados constituem transgressão disciplinar prevista no , do artigo ,
do Regulamento Disciplinar da Aeronáutica, Decreto nº 76.322, de 22 de setembro
de 1975, impondo por esse motivo ao (nome completo do indiciado) a (pena que
deve ser aplicada).
Determino, pois, sejam os presentes autos encaminhados à Auditoria da
(Aeronáutica, se for o caso) da CJM, por intermédio do (autoridade militar
imediatamente superior, se houver), na forma da legislação vigente.
Publique-se em Boletim Interno.
Local e data
Nome e posto
Autoridade
delegante
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

HOMOLOGAÇÃO DO IPM

Considerando que o Encarregado do IPM, no relatório de fls. ,


concluiu que:
1 ) O fato foi atribuído ao (nome completo) , quando (dia, mês e ano)
, estando (narrar o fato) .
2) Do fato resultou (danos a bens sob a responsabilidade da
Administração Militar, lesões corporais, etc.), através (narrar o fato
ou a causa, orçamentos), pelos quais, é responsável o (nome
completo).
Assim considerando, o fato apurado constitui (transgressão
disciplinar ou crime civil ou militar) praticado pelo (nome completo)
RESOLVO:
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

a) Homologar as conclusões do Encarregado do IPM;


b) Prender o (nome completo) , por dias, por ter em (dia, mês e ano) (narrar o
fato). (Com seu procedimento incidiu nos números , com atenuantes da(s) letra(s)
agravante(s) da(s) letra(s) , tudo do RDAer, se for o caso, permanece no
comportamento;
c) Fazer carga para desconto nos vencimentos do (nome completo) (se for o caso),
em favor de , dividida em uma ou mais parcelas (se for o caso), a partir do mês de
do ano de ;
d) Recolher a viatura à para proceder os devidos reparos (se for o caso);
e) Remeter os presentes autos ao MM Sr Dr. Juiz Auditor da Circunscrição
Judiciária Militar, através do (autoridade superior, se for o caso), (de acordo com o
artigo 23 do Código de Processo Penal Militar);
f) Publicar a presente solução em Boletim Interno.
Local e
data
Posto e
nome
Autoridade
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(COMANDO-GERAL, DEPARTAMENTO OU ORGANIZAÇÃO MILITAR)

SOLUÇÃO DO IPM

Por discordar da solução constante do Relatório de fls. , AVOCO o


presente IPM, a fim de dar a seguinte solução:
(Justificar a nova solução) dizendo se o fato apurado é crime militar ou comum, quem o
praticou, ou se houve apenas transgressão disciplinar aplicando a pena cabível ou se há
indícios de crime comum ou militar ou de transgressão disciplinar.
Publique-se no Boletim Interno.
Local e data
Nome e posto da autoridade
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO IPM
O IPM deverá terminar em 20 (vinte)
dias, SE O INDICIADO ESTIVER
PRESO, contado esse prazo a partir do
dia em que se executar a ordem de prisão;
ou no prazo de 40 (quarenta) dias,
QUANDO O INDICIADO ESTIVER
SOLTO, contados a partir da data em que
se instaurar o IPM.
(Pág. 69)
PRORROGAÇÃO DE PRAZO:

O prazo para conclusão do IPM, estando o


indiciado solto, pode ser prorrogado POR
MAIS VINTE DIAS pela autoridade militar
superior, desde que não estejam concluídos
exames ou perícias já mencionadas, ou haja
necessidade de diligência, indispensável à
elucidação do fato.
ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO – PROIBIÇÃO

A autoridade militar NÃO PODERÁ MANDAR


ARQUIVAR AUTOS DE INQUÉRITO, embora
conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade
do indiciado, ainda que tenha sido apurado somente fato
indicativo de transgressão disciplinar.

Essa prerrogativa é do Juiz-Auditor, a requerimento do


Promotor da Justiça Militar.
EXERCÍCIOS – PÁGINAS 71 - 74

MODELOS – PÁGINAS 140 - 161

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