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Estágio Básico III

O que pode fazer o Psicólogo na


escola?
Dra. Albertina Mitjáns
Martinez
UnB (Universidade de Brasília)
• Psicóloga cubana radicada no Brasil
• Compreensão dos processos educativos que
acontecem na instituição escolar, visando seu
aprimoramento e transformação. (CUPOLILLO, 2007)
Psicologia Escolar
• Educação: como uma expressão possível das
práticas sociais.
• Profissional que utiliza os conhecimentos
produzidos sobre o funcionamento psicológico
humano para colaborar com os processos da
aprendizagem e desenvolvimento.
• Tendo em conta a complexa teia de elementos
e dimensões que nos caracterizam e que, de
alguma forma, nos determinam.

(MARTÍNEZ, 2010 p. 42)


Atuação do Psicólogo: “não apenas na dimensão psicoeducativa da
instituição escolar, mas também na sua dimensão psicossocial.”
(MARTINEZ, 2010 p. 39)

• Ainda um tema para muita reflexão.


• O profissional pode ser implicitamente
rejeitado por sua incapacidade de
resolver os problemas da instituição.
Atuação do psicólogo em equipe, de
formas “tradicionais e emergentes.”
(MARTINEZ, 2010 p.39)
Tradicionais:
• Diagnósticos.
• Atendimento de crianças com
dificuldades emocionais ou de
comportamento.
• Orientações à pais e professores sobre
como trabalhar com esse ‘tipo’ de
criança.
Alguns problemas com os
diagnósticos escolares tradicionais:
• Momento específico, realizado à
margem da situação real em que as
dificuldades escolares se expressam.
• Centrado no aluno e feito por um
profissional isolado.
• Este momento vem se transformando
com maior interação entre os
profissionais e com maior participação
do professor.
(MARTÍNEZ, 2010 p.
43)
Sobre os diagnósticos nas
escolas:
• Caráter qualitativo do diagnóstico vai
superando o diagnóstico rotulador.
• importância do trabalho do psicólogo
direcionado à compreensão da gênese
das dificuldades escolares, elemento
essencial para o delineamento das
estratégias educativas.
• Evitar ao máximo o encaminhamento
sem uma situação excepcional.
(MARTÍNEZ, 2010 p.
44)
Orientações Psicológicas na
escola:
• Não é terapia. (nem aconselhamento
literal)
• Trabalho em função de necessidades
específicas.
• Grupos com pais tem trazido bons
resultados.
Orientações Psicológicas na
escola
• Orientação Vocacional (não apenas no
momento da escolha profissional)
• Orientação Sexual. (comportamento
significativo para o sujeito)
• Orientações para professores.
• Pensar nas configurações subjetivas e
não apenas nas ‘cognitivas’.
(MARTÍNEZ, 2010 p.
45)
Projetos Educativos
• Intervenções cujo processo contempla
várias ações. (ex de temas: violência,
gravidez, preconceitos, etc).
• Nasce de situações concretas ou da
proposta pedagógica da escola.
• Importante ferramenta de prevenção.

(MARTÍNEZ, 2010 p. 46)


Atuações “emergentes” do
psicólogo escolar
• Diagnóstico, análise e intervenção em
nível institucional, especialmente no que
diz respeito à subjetividade social da
escola.
• Pensar a escola como instituição e se
preocupar com seus aspectos
organizacionais.
• Como os profissionais e os alunos
pensam e atuam neste espaço?
(MARTÍNEZ, 2010 p.
Atuações “emergentes” do
psicólogo escolar
• Participação na proposta pedagógica da
escola. (não apenas ao documento
escrito, mas sim a intencionalidade
educativa que se expressa)
• Participar na seleção de membros para a
equipe pedagógica e avaliação do
trabalho.
Concluindo:
• A especificidade do trabalho do psicólogo na
escola está fundamentalmente relacionada ao
núcleo essencial da sua formação, entendido
como o funcionamento psicológico humano, e
às competências vinculadas a esse objeto.
• Essa formação permite-lhe um olhar específico
e diferenciado sobre os processos subjetivos,
sociais e individuais que se expressam no
contexto escolar e, consequentemente,
capacita-o para o delineamento de formas de
atuação diferenciadas nesse contexto.
(MARTÍNEZ, 2010 p. 54)
Referências Bibliográficas
• CUPOLILLO, Mercedes Villa.
Entrevista com Albertina Mitjáns
Martínez. Psicologia Escolar e
Educacional. Campinas, 2007.

• MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns. O que


pode fazer o psicólogo na escola.
Brasília: Revista Em Aberto. 2010

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