Você está na página 1de 13

O sofrimento nas instituições e

possibilidades de intervenção
grupal
Cybele Carolina MorettoI; Antonios TerzisII
 Instituir: agir,estabelecer, dar base a algo.

 Instituição: espaço permanente em que há uma vida coletiva

fundamentada por regras, rituais e costumes que vão se

formando. Pode ser abstrata – família; concreta – escola

(Dicionario de psicología y psicoanálisis)


 A instituição fornece um objeto ideal:

Um objetivo almejado pelos membros, um crescimento

profissional, a experiência, uma ideia.

Depositam suas energias, responsabilidades e dedicação.


 São sistemas imaginários

Fornecem ilusões – garantem proteção e satisfação aos membros:

Crença de que o participante terá seus anseios, fantasias e medos

atendidos de determinada forma.


 São partes da sociedade: mas tem uma lógica própria, que contem resquícios

do contexto social e cultural.

Realiza suas funções e consequentemente põe em prática outras.

Ex.: Instituição mãe – realiza funções de necessidades e satistação.

Mobiliza afetos, busca regular psiquicamente cada indivíduo –

identificação do indivíduo com o grupo e envolvimento destes:

Tais bases de identificação nos antecedem – nos determinam, formam nossa

personalidade.
GRUPO

 Conjunto de pessoas agem e interagem sob determinadas regras.

 Sociabilidade com base na indiferenciação – partes da personalidade

do sujeito que permanecem camufladas no grupo, na realidade estão

presentes. Não se diferencia o que é parte do indivíduo e o que não é.

 Sociabilidade sincrética

Grupo de pessoas aguardando ônibus na fila


Psicanálise
 Freud: Totem e Tabu; Psicologia das massas e análise do Ego

 Demonstra preocupação com os grupos e instituições:

 A partir da identificação entre duas ou mais pessoas surge a possibilidade

dos grupos e posteriormente das instituições.

 Assassinato do pai primitivo e surgimento de dois tabus : não matar o totem,

não possuir as mulheres do clã – surgem as primeiras normativas para se

viver em sociedade – instituição social.


Grupo e psicanálise

 Oferece lugar de acolhimento, pertencimento – aprisionamento

e frustração.

 Relação real e a relação imaginária entre os membros do grupo,

que não se expõe – explica diversos fenômenos

incompreendidos.
 Dois lados:

Voltado para o externo, social: regras, rituais, rotina – protege e

regula o grupo do exterior

Voltado para o interior: é imaginário, estado psíquico.


 Grupo novo age voltado mais para o imaginário.

 Indivíduo novo regride: sente angustias e tem consigo diversos

mecanismos de defesa.

 A partir de tais emoções, o sujeito encontra apoio no grupo, pela

ideia/ideal de pertencimento.
 A função da instituição é garantir a manutenção e ordem dos

grupos, evitar problemas, definir novas regras e limites

necessários: Controle social.

 Consequentemente regula a personalidade de cada membro e

vice-versa.
 Ex. hospital: as dificuldades encontradas nas instituições – pacientes,

familiares, mas também funcionários

 O grupo faz parte da personalidade dos seus membros.

 Há controle social, porém há também regulação e equilíbrio da

personalidade.
 O sofrimento está nos contratos e acordos estabelecidos

entre os membro de determinado grupo – cria-se

ilusões acerca do esperado nas relações.

Você também pode gostar