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Isolamento e Purificação de

Fármacos

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Isolamento e Purificação de Fármacos
Fármacos podem ser isolados a partir de fontes naturais ou
a purificação pode acontecer durante a realização de uma síntese.

O isolamento se faz necessário para realizar a identificação


dos compostos obtidos através dos métodos espectroscópicos.

O isolamento de compostos a
partir de fontes naturais é
muito mais complexo.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

O isolamento pode ocorrer através de técnicas:

TIPOS DE EXTRAÇÃO
-Extração líquido-líquido - MACERAÇÃO
-Extração líquido- sólido - INFUSÃO
- DECOCÇÃO
- SOXHLET
-DESTILAÇÃO POR
ARRASTE A VAPOR
- PERCOLAÇÃO

Maceração

Soxhlet
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Isolamento e Purificação de Fármacos

MACERAÇÃO

Recipiente fechado,
Temperatura ambiente,
Durante um período prolongado(horas ou
dias),
Sob agitação ocasional
Sem renovação do líquido extrator
• Lentidão no processo
• Processo estático o esgotamento da droga
Não é possível
(saturação do líquido extrator)

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Isolamento e Purificação de Fármacos

MACERAÇÃO

• Processo restrito substâncias ativas pouco


solúveis
a e plantas com elevado índice de
intumescimento.
• Apesar dos inconvenientes apresentados, ainda é uma das
técnicas extrativas mais usuais devido à simplicidade e
custos reduzidos.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

PERCOLAÇÃO

• Processo dinâmico,
• Arrastamento do princípio ativo pela passagem
contínua do líquido extrator,
• Esgotamento da planta através do gotejamento
lento do material.
• Percolador pode ser de vidro ou metal.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

PERCOLAÇÃO

• Compreende em uma etapa preliminar -


Umedecimento da droga fora do percolador:

• Umedece a droga uniformemente


• Facilita a passagem do solvente
• Evita formação de canais preferenciais

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INFUSÃO

• Sistema aberto
• Permanência, durante certo tempo, do
material
vegetal em água fervente, num recipiente fechado.
• Aspartes vegetais devem ser cortadas
ou pulverizadas.

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DECOCÇÃO

• Manter o material vegetal em contato, durante certo


tempo, com um solvente (normalmente água) em ebulição.

• É uma técnica de emprego restrito, pois muitas substâncias


ativas são alteradas por um aquecimento prolongado e
costuma-se emprega-la com materiais vegetais duros e de
natureza lenhosa.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

ARRASTE POR VAPOR

• É utilizado para a extração de óleos voláteis.

• Os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada


que a da água, sendo, por isso, arrastados pelo vapor d
água.

• O óleo volátil obtido, após separar-se da água deve


ser seco com Na2SO4 anidro.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

ARRASTE POR VAPOR

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Isolamento e Purificação de Fármacos

SOXHLET

• Sólidos com solventes voláteis.

• Em cada ciclo da operação, o material vegetal entra em


contato com o solvente renovado; assim, o processamento
possibilita uma extração altamente eficiente.

• Emprega uma quantidade reduzida de solvente, em


comparação com as quantidades necessárias nos outros
processos extrativos, para se obter os mesmos resultados
qualitativos e quantitativos.
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Isolamento e Purificação de Fármacos

O isolamento pode ocorrer através de técnicas:

PARTIÇÃO POR SOLVENTES

- A extração líquido-líquido é um
processo que consiste na
distribuição de um ou mais solutos
entre duas fases líquidas imiscíveis
ou transferência de uma fase para
outra.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

O isolamento pode ocorrer através de técnicas:

PARTIÇÃO POR SOLVENTES

- O líquido no qual o soluto é mais


solúvel, deve apresentar um baixo
ponto de ebulição, o que facilite a
recuperação do soluto por
evaporação.

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Isolamento e Purificação de Fármacos

O isolamento pode ocorrer através de técnicas:

Métodos Cromatográficos Métodos de Identificação


1. CCD preparativa; - Ultravioleta;
2. Cromatografia em coluna; - Infravermelho;
3. CLAE preparativa; - Espectrometria
4. CG (análise) de
massa;
- RMN 15
Isolamento e Purificação de Fármacos
Técnicas cromatográficas

Mecanismos de Separação
1. Cromatografia de partição
2. Cromatografia de adsorção
3. Cromatografia de troca iônica
4. Cromatografia de exclusão ou filtração

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Isolamento e Purificação de Fármacos
CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA

O parâmetro mais importante a ser considerado em CCD é o fator de retenção (Rf), o


qual é a razão entre a distância percorrida pela substância em questão e a distância
percorrida pela fase móvel. Os valores ideais para Rf estão entre 0,4 e 0,6.

Por ser um método simples, rápido,


visual e econômico, a CCD é a
técnica
predominantemente escolhida
para o acompanhamento de
reações orgânicas, sendo também
muito utilizada para a purificação
de substâncias e para a
identificação de frações coletadas
em cromatografia líquida clássica.
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Cromatografia em Camada Delgada (CCD)
Aplicação dos pontos

Eluição

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CCD Preparativa

• Aplicações mais importantes:


– Isolamento de compostos

– Isolamento em escala semimicro (até 100mg)


• a amostra deve ser aplicada em banda, ou com uma
pipeta de Pasteur ou utilizando um dispositivo
automático

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CCD Preparativa

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CCD Preparativa

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CCD Preparativa

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CCD Preparativa

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CCD Preparativa

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Cromatografia em Coluna Aberta

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OPERAÇÕES DE PURIFICAÇÃO

OBJETIVO
Separaçãoda solução extrativa de resíduos vegetais ou
da reação de síntese e material em suspensão

FILTRAÇÃO
Consiste na separação de uma fase sólida de uma fase líquida,
passando esta última através de um meio permeável e poroso. Ao
meio poroso e permeável chama-se filtro e retém o resíduo sólido.

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OPERAÇÕES DE CONCENTRAÇÃO E SECAGEM
OBJETIVO
Eliminação total ou parcial do líquido extrator

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OPERAÇÕES DE PURIFICAÇÃO
CRISTALIZAÇÃO
A cristalização consiste na separação de um sólido de um líquido a
partir da cristalização do sólido. O sólido cristalino pode ser obtido
por arrefecimento da solução, evaporação do solvente ou por
precipitação

Métodos de Identificação
- Ultravioleta;
- Infravermelho;
- Espectrometria de
massa;
- RMN
- Ponto de fusão
- Reações específicas
para grupos
funcionais 28
FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS

Cromatografia em fase Gasosa


- A fase móvel é um gás inerte que arrasta a amostra vaporizada,
pela coluna cromatográfica até atingir o detector.

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2

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3
1 - Reservatório de Gás e Controles de
Vazão /
Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de
Amostra.
3- Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector. 29
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 -
FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS

Fase Estacionária

Fase Estacionária Temperatura Aplicações


máxima (oC)
Polidimetilsiloxano (CH3) 350 Fase não polar de uso geral,
hidrocarbonetos aromáticos,
esteróides.
5% fenil- 350 Éteres metílicos de ácidos graxos,
polidimetilsiloxano alcalóides, drogas, compostos
halogenados
50% polidimetilsiloxano 250 Drogas, esteróides,´pesticidas,
glicóis
Polietileno glicol 250 Ácidos livres, álcoois, éteres, óleos
essenciais, glicóis
50% cianopropil- 240 Ácidos graxos poliinsaturados, ácidos
polidimetilsiloxano livres, álcoois.
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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS

Cromatografia em fase Gasosa

Aplicações em Produtos Naturais


- Compostos voláteis;
- Baixo ponto de ebulição (até 300 ºC);
- Compostos menos polares;
- Compostos termoestáveis.

Exemplos:
- Óleos Voláteis;
- Algumas lignanas;
-Flavonóides (restrita a poucas agliconas de
menores massas moleculares, termoestáveis e
voláteis).
- Algumas classes de alcalóides (indólicos e
pirrolizidínicos); CG-EM
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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS
Cromatografia em fase Gasosa

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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS
Cromatografia em fase Gasosa

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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS
Cromatografia em fase Gasosa

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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS

Cromatografia Líquida de
Alta Eficiência

“ É um tipo de cromatografia
que empregalíquida
pequenas colunas
e umafase móvel que é eluída sob
altas pressões, resultando em
separações com alta resolução,
eficiência e sensibilidade" (COLLINS,
BRAGA e BONATO, 1995).

CLAE-UV
Detector
- UV/Visível
Detector mais utilizado em CLAE.
Princípio: absorção de luz UV ou
visível. Seletivo para moléculas
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que possuem cromóforos.
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O O O
CH3 CH3 H
H3C N H N H3 C N
N N N

O N N N N
O N O N
CH3 CH3 CH3
Cafeín Teobromina Teofilina
a

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FRACIONAMENTO, ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS - CLAE
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CH2OH 21
CH2OH 21
CH2OH
C C O C O
HO 17 HO 17 OH HO 17 OCOC4H9
O
OH 16 16

F F
O O O
Prednisolona Betametasona Betametasona 17-valereato

Composto Tempo de
retenção Condições cromatográficas -
Prednisolona 5,43 min Coluna: C-18 (25 cm x 4,6 mm)
Fase móvel: MeOH/H2O
Betametasona 6,24 min (75:25) Detecção: UV 240 nm

Betametasona 17- 17,77 min


valereato
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ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL

Ultravioleta (UV)

Infravermelho Métodos Espectrometria


(IV) de massa
Físicos
(EM)

Ressonância Magnética
Nuclear (RMN)
RMN 1H
RMN13C
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ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL

Ultravioleta (UV) Ressonância Magnética


- Presença de duplas Nuclear (RMN)
ligações - Esqueleto carbônico da
conjugadas molécula.
- Anéis aromáticos

Infravermelho (IV)
- Útil na identificação
de grupos
funcionais

Espectrometria
de massa
(EM)
-Determinação da
massa 42
molecular.

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