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Técnicas de Purificação

Técnicas de Purificação
Introdução
• Meios de fermentação:
- produtos extracelulares (solúveis e insolúveis),
- produtos intracelulares,
- fragmentos de células,
- microrganismos intactos
- substratos ou demais componentes não convertidos em produto.

• Diversidade: métodos de separação passíveis de utilização é muito vasto.


processo de separação e/ou purificação composto altamente
suspensão diluída
purificado
• Quatro etapas similares, que ocorrem seqüencialmente:
- remoção de material insolúvel
Separação
- separação dos produtos
- purificação
Purificação
- polimento (geralmente associado a cristalização)
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Etapas de Recuperação
Separação
• Operações Unitárias:

- centrifugação
Remoção de material insolúvel
- filtração
- adsorção, Separação de produtos
- extração com solvente

• Duas etapas vêm sendo combinadas em um único estágio;

• Nota-se um grande aumento da concentração do produto nesta fase


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Etapas de Recuperação
Separação
• Enzimas extracelulares:
- Resfria-se o meio fermentado a 5°C (estabilidade e evitar contaminação)
- pH ajustado

• Fungos filamentosos: - centrifugação


- ou filtração (filtro-prensa/ filtro rotativo a vácuo)

• Leveduras e Bactérias: - prévia floculação (sulfato de alumínio, CaCl2)


- centrifugação
- ou filtração (filtro-prensa/ filtro rotativo a vácuo)
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Etapas de Recuperação
Separação
• Enzimas hidrolíticas: centrifugação

- bactérias gram-positivas tais como Bacillus subtilis (produtora da


protease subtisilina)
- bactérias gram-negativas como Klebsiella pneumoniae (produtora da
pululanase): presença de membrana externa – complicações: liberação
apenas parcial da enzima no meio.
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Extração
liberação da enzima: destruição
Enzima localizada na parte parcial ou total da célula
externa da membrana celular (exemplo: autólise das células a
(mas não é extracelular) 50oC durante 14 horas).

• Obtenção de enzimas intracelulares:

Técnicas de lise celular: - métodos físicos,


- métodos químicos,
- métodos enzimáticos
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Extração
• Métodos enzimáticos:

- Utilização de enzimas que catalisam a digestão de parede


celular: Lisozima – bactérias
Glucanase, tripsina e protease – leveduras

- Pouco usado industrialmente: alto custo


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Extração Tratamento prévio com EDTA
• Métodos enzimáticos:

Ação da lisozima: hidrólise das ligações glicosídicas


beta 1,4 entre resíduos do ácido N-acetilmurâmico
(Mur2Ac) e N-Acetil-D-glucosamina (GlcNAc) num
pepitídeoglicano
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Extração
• Métodos enzimáticos:

Glucanase, tripsina e protease – leveduras


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Extração
• Métodos químicos:

- tratamentos com bases (NaOH) – enzima tolerante a alto pH

-choque osmótico (variação da concentração de soluto presente no


tampão):
Extrato resultante com pouca contaminação
Bactérias Gram-positivas: alta pressão osmótica interna

- tratamento com detergentes (Tween, laurilsulfato de sódio,


triton)
Agem sob condições de baixa força iônica, combinando as
lipoproteínas da membrana para formar micélios

- tratamento com solventes orgânicos (álcool isopropílico, etanol).


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Extração
• Métodos físicos:

- Congelamento / descongelamento: formação de cristais de


gelo intracelulares
Demorado
Pode inativar enzima

- Moagem com abrasivos: moinhos vibratórios


com esferas de vidro
largamente empregada
Opera em batelada ou contínuo
Necessita de sistema de resfriamento

- Mixers ou liquidificadores: tecidos animais e vegetais


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Extração
• Métodos físicos:

- Cisalhamento líquido: passagem por pequenos orifícios sob alta pressão

- Sonicação: aparelhos de ultrassom


altíssimas frequências
ruptura das células por cavitação
Não muito aplicada em escala industrial

O extrato enzimático contém muitos componentes celulares. Em particular, as


células bacterianas lisadas liberam elevadas quantidades de ácidos nucleicos.
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Extração
• Extração a partir de Tecidos Animais e Vegetais

- Tecidos animais: similares às técnicas empregadas em leveduras

Homogeneização do tecido selecionado em uma solução tampão


adequada é a técnica mais amplamente empregada.
Segundo passo: se utiliza a centrifugação diferencial para selecionar a
subfração celular apropriada.

- Tecidos vegetais:
Forças necessárias são elevadas
Presença de compostos fenólicos facilmente oxidados
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Etapas de Purificação

•As características das etapas de um processo de purificação são, em grande


parte, determinadas pela natureza do produto final e pela sua aplicação

• Existe necessidade para a purificação completa de uma enzima?

•Maioria das aplicações: suficiente um menor grau de purificação ainda que


existam algumas atividades contaminantes desde que não afetem substrato(s),
produto(s) ou enzima(s) envolvido(s) em um processo específico.

•Existem algumas aplicações (na medicina clínica, área farmacêutica, análises


específicas, projeto de biosensores, engenharia genética) onde é essencial que
a proteínas contaminantes sejam reduzidas ou completamente eliminadas.
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Etapas de Purificação

•Cuidados devem ser tomados para que ao passar de uma etapa a outra
mínimas alterações nas condições de estabilidade, pH, temperatura, etc.
sejam promovidas.

•As enzimas são moléculas de elevado peso molecular, cujas funções


dependem de uma estrutura altamente ordenada.

•Tamanho, carga, hidrofobicidade,


solubilidade e atividade biológica
são as principais características
proteicas utilizadas na etapa de
purificação das proteínas
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Concentração
Precipitação

- A solubilidade de uma proteína é o resultado de:


interações polares com o solvente aquoso,
interações iônicas com os sais presentes, forças
eletrostáticas de atração e repulsão.

-O desempenho do processo de precipitação depende também da composição


da solução, incluindo as propriedades das demais proteínas presentes (co-
precipitação).

-Outros fatores determinantes na solubilidade das proteínas: pH, temperatura


e força iônica.
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Concentração
• Precipitação Isoelétrica:

- Ponto isoelétrico:
pH no qual as proteínas apresentam a carga líquida igual a zero.
não ocorre migração das molécula se submetidas a um campo elétrico.
Abaixo do PI: forma catiônica
Acima do PI: forma aniônica.

- Quanto maior o caráter iônico:


maior a tendência à solvatação.
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Concentração
• Precipitação com sais inorgânicos:

-Sais inorgânicos neutros (NaCl, (NH4)2SO4) que promovam a precipitação


seletiva das proteínas.

- Efeito salting-out: dependente da hidrofobicidade das proteínas.

-Distribuição de grupos hidrofóbicos e hidrofílicos na superfície da molécula de


proteína: afeta enormemente sua solubilidade frente a vários solventes.
Grupos hidrofóbicos: papel importante no comportamento das moléculas
proteicas, devido à carga e aos grupos polares que apresentam;
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Concentração
• Precipitação com sais inorgânicos:

- A força iônica mede a concentração das cargas em solução.


Variação da força iônica (concentração do sal) no meio.
Solubilidade aumenta exponencialmente com a concentração do sal,
passa por um máximo e depois decresce.
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Concentração
• Precipitação com sais inorgânicos:

- Salting-in:
forças de atração entre os íons da proteína e os íons do sal;
íons do sal: muito hidratados - contribuem para o aumento da camada de
hidratação da molécula, favorecendo o aumento da solubilidade.

- Salting-out:
redução das interações Ptn´s mais
Aumento da decréscimo
entre a água e os susceptíveis à
concentração na atividade
grupos polares das aglomeração
iônica da água
proteínas
O fenômeno da salting out é bastante apreciável no ponto isoelétrico, onde a
repulsividade eletrostática passa por um mínimo.
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Concentração
• Precipitação com sais inorgânicos:

Sulfato de amônio:
- barato e de fácil obtenção;
- não é tóxico;
- alta solubilidade mesmo em baixas
temperaturas;
- efeito estabilizante em algumas proteínas,
sendo normalmente utilizado no processo de
armazenagem de enzimas comerciais;
- alta concentração deste sal previne ação
proteolítica e bateriana, o que reduz as perdas de
atividade enzimática.
OBS: a adição do sal deve ser lenta e sob
agitação para favorecer a homogeneização
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Concentração
• Precipitação com solventes orgânicos:

-A adição de solventes orgânicos (acetona e álcool): diminui a sua solubilidade.


abaixamento da constante dielétrica da solução, ou seja, diminuição da
atividade da água.

-Constante dielétrica: medida da polaridade do solvente, ou seja, da capacidade


que ele apresenta de se colocar entre dois íons de cargas opostas e separá-los,
solvatando-os.
Constante dielétrica da água: muito elevada
A água separa os íons de carga oposta, solvatando-os, e mantendo a
proteína em solução.
O solvente já o faz com mais dificuldade, permitindo maior atração
entre as moléculas proteicas.
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Concentração
• Precipitação com solventes orgânicos:

- Os solventes devem ser usados somente a baixas temperaturas (< 0 oC);

- O uso de solventes tem diminuído nos últimos anos;

- Mais usados: metanol, etanol e acetona – inflamáveis;

- Vantagem: recuperação do solvente para reutilização.


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Concentração
• Precipitação com polímeros:

- Polietilenimidas e polietilenoglicóis de diferentes pesos moleculares.

-Mecanismo de precipitação: é similar ao existente com solventes orgânicos e


resulta da mudança na solvatação das moléculas proteicas pela água.

-Acredita-se que as moléculas de polímero ocupem o lugar das moléculas


proteicas na solvatação.

-Muitas enzimas precipitam com concentrações de polímero variando entre 15 e


20%.
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Concentração
• Ultrafiltração:

- Princípio: Uma membrana semi-


permeável permite a separação das
moléculas de solvente das moléculas
enzimáticas grandes porque apenas as
moléculas pequenas podem penetrar na
membrana quando a pressão osmótica é
excedida.

-O processo de ultrafiltração é
empregado para concentração,
dessalinização e fracionamento.

-A força motriz é a diferença de pressão


entre os lados da membrana.
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Concentração
• Ultrafiltração:

Vantagens do processo:
- utiliza baixas pressões hidrostáticas;
- não ocorre mudança de fase;
- não utiliza reagentes químicos;
- mantém força iônica e pH da solução concentrada;
- evita desnaturação e inativação das enzimas.

Desvantagens:
- Concentração por polarização (acúmulo de moléculas grandes perto da
superfície da membrana),
- Formação de camadas de géis na membrana (reduz-se através da
manutenção de escoamento turbulento ou laminar com alta vazão)
- fouling (deposição) na membrana (especialmente agentes anti-espumantes
usados nas fermentações ocasionam depósitos).
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Concentração
• Ultrafiltração:

- Materiais: Acetato de celulose e polímeros orgânicos (polisulfonas e


polipropileno)

- Fluxo inversamente proporcional a resistência. Como minimizar a resistência?


- Aumentando o tamanho dos poros (até o máximo)
- Aumentando a quantidade de poros;
- mínima expessura da membrana;
- Máxima hidratação da membrana;
- Mínima viscosidade da solução;
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Concentração
• Liofilização:

- Concentração dos sais presentes na solução inicial

- Pode provocar perda na atividade enzimática

- Uma vez ativa em forma de pó: mais estável do que em solução aquosa

- Cuidado: não descongelar durante o processo


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Cromatografia
•A cromatografia pode ser considerada como uma separação diferencial dos
componentes de uma amostra entre uma fase móvel e uma fase estacionária.

•Fase estacionária: partículas esféricas de um material insolúvel empacotado


em uma coluna;

•A mistura de enzimas é introduzida na coluna pela fase móvel e forçada a


migrar através da coluna;

•As enzimas que possuem maior atração pela fase estacionaria irão migrar de
forma diferenciada das que tem maior afinidade pela fase estacionária.
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Cromatografia
•Cromatografia de gel-filtração (permeação em gel, exclusão por tamanho ou
peneira molecular)

- Para o fracionamento e purificação de proteínas e aplicável à determinação


de seus pesos moleculares.

- Moléculas são separadas de acordo com seu tamanho efetivo quando em


solução, utilizando matrizes (ou géis) com porosidade definida.
Estabilidade, rigidez, tamanho de partícula, distribuição de poros e inércia
química são fatores que podem afetar o tamanho da coluna, a vazão a ser
adotada e a eficiência de separação.

- Definição: partição difusional das moléculas de soluto entre a fase


móvel, constituída pelo solvente, e a fase estacionária formada pelos poros
do gel.
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Cromatografia
• Cromatografia de gel-filtração

- Gel: matriz tridimensional, aberta, formada por ligações cruzadas,


contendo poros de diferentes tamanhos que permitem o acesso de apenas
algumas moléculas.

Ex.: matrizes formadas po


ligações cruzadas de dextranar s
(Sephadex):
Moléculas maiores: eluídas mais
rapidamente;
Moléculas menores: movem-se
mais lentamente por terem um
maior caminho a percorrer.
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Cromatografia
• Cromatografia de gel-filtração

-Escolha do gel: depende da finalidade


- Separação de moléculas maiores (enzima) de menores (sais): geis
com poros pequenos
- Separação de moléculas de tamanho próximo: géis que fracionam
várias faixas de peso molecular

- Parâmetros críticos para a otimização do processo de gel-filtração:


- volume da amostra;
- concentração da amostra;
- vazão adotada;
- altura do leito da coluna.
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Cromatografia
• Cromatografia de gel-filtração

- Vantagens:
- não utilização de energia,
- forças cisalhantes desprezíveis,
- sistemas simples de automação
- altas recuperação aliadas a máxima resolução.

- Desvantagens:
- quantidade de amostra aplicada: máx 1-2% do volume total da coluna;
- géis, Sephadex e Sepharose (agarose), tendem a empacotar;
- problemas de diluição no processo de eluição da coluna.
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Cromatografia
• Cromatografia de gel-filtração

- Equipamento: coluna,
detector de UV
coletor de frações
Controle de fluxo (bomba peristáltica)

-Utilizada para etapas finais de purificação, mas pode ser usada na


dessalinização e na determinação de pesos moleculares.
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Cromatografia

• Cromatografia de Troca-iônica

-Fracionamento de substâncias biológicas que apresentem semelhanças em


suas propriedades químicas e fisico-químicas,

-Método de fracionamento baseado na fixação de substâncias carregadas a


um suporte que contém uma carga oposta.

A separação ocorre porque as interações eletrostáticas entre os grupos são


reversíveis e dependentes da afinidade de cada substância pelo trocador.

Esta afinidade é função do pH do meio, da temperatura, da força iônica, do


tampão, etc.
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Cromatografia
• Cromatografia de Troca-iônica

-Suportes: trocadores iônicos ou resinas, sendo normalmente empregados em


colunas.
As resinas são obtidas pela introdução de grupamentos polares em matrizes
insolúveis em água.
Ex.: Celulose, poliacrilamida, géis de dextrana e copolímeros de estireno e
divinilbenzeno.

- Classificação:
Permutadores de cátions:
grupamentos ácidos (ativos em pH > pK)
Permutadores de ânions:
grupamentos básicos (ativos em pH < pK)
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Cromatografia
• Cromatografia de Troca-iônica

- Ativação do trocador catiônico:


tratamento com
Trata-se a lava-se trata-se lava-se tampão cujo pH
resina com com água com uma com água deve ser superior
um ácido deionizada base forte deionizada ao pK do grupa-
forte (HCl) (NaOH)
mento trocador

Os trocadores catiônicos assim tratados são considerados ativos na sua forma


sódica, ou seja:

R-COOH NaOH R-COO- Na+


Forma Inativa Forma Ativa
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Cromatografia
• Cromatografia de Troca-iônica

- Ativação do trocador aniônico:


tratamento com
trata-se lava-se Trata-se a lava-se tampão cujo pH
com uma com água resina com com água deve ser inferior ao
base forte deionizada um ácido deionizada pK do grupamento
(NaOH) forte (HCl)
trocador

Os trocadores catiônicos assim tratados são considerados ativos na sua forma


cloreto, ou seja:

R-COOH HCl R-CO+ Cl-


Forma Inativa Forma Ativa
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Cromatografia
• Cromatografia de Troca-iônica

- Caso uma solução contendo um cátion X+ for colocada em contato com um


trocador catiônico ativo, este deslocará o cátion presente no trocador e será
fixado:
R-COO-Na+ + X+ R-COO- X+ + Na+

- Capacidade total de troca: função do tipo de trocador.


Importância deste parâmetro: se excedido, os íons não serão totalmente retidos.
“capacidade disponível ou real de troca”: capacidade de cada trocador em
uma determinada condição experimental (pH, natureza do tampão, força
iônica, etc.).
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Cromatografia
• Cromatografia de Troca-iônica

- Escolha do tipo de resina


Proteínas com cargas positivas e negativas:
Carga é função do pH do meio,
Fator principal: estabilidade da
molécula nos diferentes pH’s.
Proteínas labéis: trocadores fracos
- Trocador catiônico (p.ex. CM-celulose),
uma força iônica baixa e um pH = 5 são
condições ideais para fixar as proteínas.
(pK típico dos grupos carboximetílicos = 4) e a maioria das proteínas se
encontrariam positivamente carregadas (abaixo do seu ponto isoelétrico).
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Cromatografia
• Cromatoenfoque:

-As proteínas são eluídas de uma coluna de troca iônica utilizando-se um


enfraquecedor

- Efeito de enfoque: concentra a enzima de interesse

-A coluna é equilibrada com um tampão e, depois da aplicação da amostra, se


utiliza um segundo tampão, enfraquecedor de pH (para a eluição).

-Geração de um gradiente linear de pH “in situ” como conseqüência da


capacidade enfraquecedora da resina.

-Este gradiente de pH tem efeito de enfoque e as moléculas com o ponto


isoelétrico específico se concentram conjuntamente.
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• Cromatografia de adsorção:

-Os componentes da amostra serão retidos ou não sobre a superfície da fase


estacionária por forças do tipo van der Waals, ligações hidrogênio ou
interações eletrostáticas.

-O deslocamento das partículas adsorvidas será função da maior ou menor


interação destas com a fase estacionária.
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Cromatografia
• Cromatografia de afinidade:

-Cromatografia de adsorção onde o suporte apresenta afinidade específica com


a substância a ser isolada.

- É capaz de fornecer um alto grau de purificação.

-Acopla-se covalentemente uma molécula ligante apropriada a uma matriz


insolúvel.

-A molécula ligante adsorve da solução a substância a ser isolada, sendo


eliminadas as que não apresentam nenhuma afinidade com o suporte.

- Dessorção: mudanças nas condições experimentais ([substrato] , coenzimas).

- Isolamento de substâncias de acordo com sua função biológica


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Cromatografia

• Interação hidrofóbica:

-Observou-se: proteínas são retidas nos géis de afinidade contendo “braços” de


hidrocarbonetos (C2 a C10).

-As interações hidrofóbicas são mais fortes em alta força iônica sendo,
portanto, convenientemente utilizadas após a precipitação com sais ou
cromatografia de troca iônica.

-A eluição pode ser efetuada alterando o pH do solvente, a força iônica ou


usando um modificador orgânico (como etilenoglicol).
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• Eletroforese:

- Existência de grupos ionizáveis nas moléculas biológicas

- Quando em solução podem existir como espécies eletricamente carregadas.

-A taxa de migração destas partículas, quando submetidas a um campo


elétrico, é proporcional a força do campo e a carga efetiva das partículas e
inversamente proporcional ao atrito, dependo da sua forma e tamanho.
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• Eletroforese:

- Papel: simples e mais usado


Em alguns casos, não se obtém uma
boa separação.

- Em gel:
amido, agarose e poliacrilamida
Utilização de outros fatores como a
difusão e a separação por peneiramento
molecular, além do campo elétrico.
Mais conhecida: SDS-poliacrilamida usada
na determinação de peso molecular e da
pureza da amostra.
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• Eletroforese:
-Sódio dodecilsulfato (SDS): detergente aniônico que se liga fortemente as
proteínas causando sua desnaturação e fornecendo uma carga negativa constante
por unidade de massa.
- Os complexos SDS-proteína: movem-se para o anodo durante a eletroforese.
-Propriedades de peneira molecular do gel: mobilidades são inversamente
proporcionais ao logaritmo de seus pesos moleculares.
-Proteínas padrão de peso molecular conhecido são aplicadas: o peso molecular
das amostras proteicas pode ser determinado.
-Relevação do gel: Comassie Brilliant Blue, Bromofenol – ZnSO4 – ácido acético
ou Nitrato de prata.
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• Géis bidimensionais:
-Amostras são parcialmente separadas por diferenças entre pontos isoelétricos,
usando uma coluna cilíndrica.
-O anodo possui um pH menor que o catodo e um gradiente estável de pH é
mantido.
-Proteínas abaixo do seu pI: carregadas
negativamente e migrarão para o catodo,
até uma região onde o pH corresponda a
seu pI, cessando o movimento de
migração. Oposto: proteínas acima do
seu pI.

-Esta técnica é conhecida como


enfoque isoelétrico.
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• Géis bidimensionais:
- Após separação parcial: eletroforese em SDS no sentido perpendicular à
primeira separação - separação baseada nas diferenças de peso molecular.

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