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PREFEITURA DE CAMPO LIMPO PAULISTA

Secretaria Municipal de Educação


EMEF VEREADOR JOSÉ DE SOUZA CHARRUA

OBRIGATORIEDADE DO ESTUDO
DA HISTÓRIA E CULTURA
INDÍGENA, AFRICANA E AFRO-
BRASILEIRA

COORDENAÇÃO ANOS INICIAIS – JENNIFER


GOUVEIA
JUSTIFICATIVA

• A Lei nº 11.645, de 10 março de 2008 torna obrigatório o estudo da história


e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio
O QUE É O CLUBE DOS VALENTES?

• O livro conta a história de Alan, que tinha um colega chamado Samuel, que era mais alto e forte que
todas as crianças da sala. Este menino se achava no direito de atormentar e bater em todas as crianças,
além de resolver todos os conflitos por meio da força. Quando derrubava Alan no chão, outras crianças
admiravam e exaltavam Samuel pela sua força e por sempre sobrepujar os outros.
• Alan não contava para o professor os atos de violência que sofria, com medo de sofrer ainda mais
represálias de Samuel; além disso, as outras crianças o chamavam de covarde. Um dia, voltando para
casa, ele conhece uma menina de outro mundo, e neste lugar, Alan é o rei dos valentes, porque sabe se
defender sem usar a força e resolve os conflitos de forma pacífica. O menino contesta esta afirmação ao
dizer que apanhou de Samuel na escola, mas a menina chama Samuel de covarde, pois resolve seus
problemas à força porque tem medo, além de usar seu tamanho para agredir pessoas menores.
• No dia seguinte, Alan conversou com as outras crianças que sofriam com a violência de Samuel e
propôs que quando o menino viesse brigar com alguém, eles se juntassem para se defender e, a partir
disso, formaram o Clube de Valentes. O grupo foi crescendo e deixando Samuel sozinho e ele nunca
mais bateu em ninguém.
O QUE É O CLUBE DOS VALENTES?

• Foi a partir da leitura desta história que, no ano de 2014-15, a escola CPI Sansomendi IPI (Vitoria-Gasteiz) implementou o
Clube de Valentes com base no modelo dialógico de prevenção de violência, com o preceito de violência desde os 0 anos. A
proposta foi realizada com crianças de 6-8 anos e 9-10 anos, correspondente ao 1º ciclo e 2º ciclo do ensino fundamental, na
Espanha (SANCHO LONGAS; PULIDO RODRÍGUEZ; RODRÍGUEZ, 2016, p. 39). Assim, todas as crianças que estavam na
sala eram consideradas parte do clube; seu nome e foto ou desenho eram colocados em um canto da sala para afirmar o
pertencimento ao grupo.
• A partir disso, foi definido o que era pertencer ao clube de valente: “Eles se definem e a si próprios como corajosos, porque
assumem que valentes, e não furtivos, é aquele que denuncia qualquer ação, apoia e defende a vítima e rejeita comportamentos
e atitudes violentas” (SANCHO LONGAS, 2016, p. 4). Quando uma criança tinha uma ação covarde era censurada pelos
colegas e excluída do clube. A pessoa excluída do grupo havia apresentado ações covardes, ela em si não era classificada como
covarde, pois a proposta compreende a possibilidade de mudança de comportamento. Assim como quem denuncia a violência e
protege os colegas apresenta ações corajosas, valentes. Desta forma, o grupo de iguais age diretamente contra a violência, de
forma pacífica.
• Ao excluir o menino, as crianças compreendem que estão fazendo uma barreira mágica que serve para ajudar o/a colega, pois
não aceitam a forma como a criança está se comportando e, portando, não brinca mais com o menino. Dessa forma, as crianças
ajudam a pessoa a mudar seu comportamento, como pronuncia uma menina de 9 anos “um ato de amor, porque estou
ajudando-o a ser uma pessoa melhor” (SANCHO LONGAS, 2016, p. 5 - tradução nossa), ou seja, a exclusão é com o intuito
de ajudar a pessoa a se comportar de forma diferente, para que, assim, tenha a chance de voltar a pertencer ao clube.
O QUE É O CLUBE DOS VALENTES?

• O/a professor/a tem um papel fundamental neste processo ao criar


um clima adequado para as crianças se comportarem desta forma,
além de acolher a denúncia, eles/as fortalecem e cuidam para que o
grupo aja de forma adequada, ou seja, que possam se proteger, se
respeitar, se ajudar (SANCHO LONGAS, 2016, p. 5).
• E o Clube de Valentes, além de proporcionar essa ressocialização
em conjunto com os colegas, também valoriza as pessoas que
combatem a violência, valoriza bons comportamentos e
proporciona autoconfiança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• El Club de Valientes en la Comunidad de Aprendizaje del colegio Santiago Apóstol. Disponível em <
https://www.santiagoapostolcabanyal.es/wp-content
/uploads/2016/05/Adjunto-El-Club-de-los-Valientes-en-la-Comunidad-de-Aprendizaje-del-colegio-Santiago-
Ap%C3%B3stol-1.pdf
>. Acesso em 05 de março de 2020.
• GALLI, Ernesto Ferreira. Clube dos valentes: prevenção da violência e desenvolvimento de amizade
na educação infantil / Ernesto Ferreira Galli – 2020. 199f. Tese de Doutorado – Universidade Federal de
São Carlos, campus São Carlos, São Carlos.

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