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JERUSALÉM E O MURO
DAS LAMENTAÇÕES
Comp. ISAAC STEINBERG
Êxodo
Para chegarmos ao tema deste trabalho, que remonta a
tempos antigos, comecemos com a saída do povo judeu
do Egito onde eram escravos.
No ano de 2.238 do calendário judaico os hebreus
migraram para o Egito, nas proximidades do Rio Nilo
devido a uma grande seca que levou à crise na
produção alimentícia. Ao se fixar no Egito, os hebreus
conseguiram prosperar, mas os Faraós egípcios os
perseguiram e os escravizaram. Em 2.448. os hebreus
saíram do Egito liderados por Moisés para voltar à
Terra de Canaã.
Moisés como líder, pediu ao Faraó que libertasse seu povo, pois assim solicitava seu D’us.
Como o Faraó duvidou do poder de D’us, Ele infligiu ao Egito 10 pragas para convencer o faraó a libertar
os hebreus maltratados pela escravidão. O faraó aceitou as condições de libertação de D’us após a décima praga,
provocando o êxodo do povo hebreu, que seguiu pelo deserto a caminho da Terra de Canaã.
Êxodo
Êxodo de Israel do Egito e entrada em
Canaã.
Em razão desse feito, D’us determinou que ficassem 40 anos peregrinando, até que uma nova geração livre fosse formada
e estarem prontos.
A Arca da Aliança
A Arca da Aliança é descrita
na Bíblia como o objeto em
que as tábuas dos Dez
mandamentos [as 1ª
quebradas junto com 2ª, a
nova] e outros objetos
sagrados teriam sido
guardadas [o cajado de
Arão, um pote com azeite,
um candelabro, uma bacia
com um pedaço de maná, a
comida que Deus enviou
dos céus], como também
veículo de comunicação
entre D’us e seu povo
escolhido.
O Tabernáculo
No monte Sinai, Deus mandou Moisés construir um lugar especial chamado Tabernáculo [Templo portátil]. Ali, os hebreus
poderiam fazer suas orações e oferendas. Moisés devia construir o Tabernáculo de um jeito que pudessem montar,
desmontar e transportar.
Tabernáculo (em
hebraico: מִשְׁכ ַּן, mishkan, "residência"
ou "habitação"), de acordo com a Bíblia
hebraica, era a habitação terrestre de
D’us entre o povo hebreu. Construído
em camadas de cortinas, juntamente com
48 placas revestidas com ouro polido,
persianas verticais mantidas em cinco
barras em cada lado, com a barra do
meio e decoradas com itens feitos de
ouro, prata, cobre, peles e pedras
preciosas.
Monte Moriá também é a designação dada a uma colina rochosa onde o Rei A antiga tradição judaica associa o
Salomão construiu o Templo para D’us. Foi o seu pai, o Rei David, que adquiriu o lugar onde o Templo de
terreno para erigir ali um altar. Salomão se erguia com o monte na
"Terra de Moriá", onde Abraão, às
ordens de D’us, ofereceu o seu
filho Isaac para sacrifício.
Este período de prosperidade só foi possível após as guerras vencidas por David,
seu pai; este foi o motivo de D’us não dar condições para David realizar a obra.
Primeiro Templo
(denominado o Templo do Rei Salomão)
O Templo tinha uma planta muito similar à tenda ou Tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus
de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santo Sanctorum, sendo maiores
do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e,
evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados (8,9 m) de
lado.
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou
de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de
querubins, palmeiras e flores. As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro.
Ele permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos desconhecidos até ser inaugurado.
Após a construção do magnífico Templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do
edifício.
O Templo teria sido pilhado várias vezes e totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II da babilônia, em 586
AEC, após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros teriam sido levados para a Babilônia e tinha assim início o
período que se convencionou chamar de Exílio Babilônico ou Cativeiro na Babilônia na história judaica.
Primeiro Templo
(denominado o Templo do Rei Salomão)
Segundo Templo
O Senhor queria que entendessem que, mais do que habitar em
um Templo de pedra e madeira, Ele queria habitar no coração do próprio
homem. Mas o ser humano tirou a glória que deveria ser de D’us. Essa foi
uma das razões pelas quais Ele permitiu que destruíssem o Templo.
D’us pediu para construir uma casa para ele “Façam para mim um
Tabernáculo / Santuário e habitarei dentro de vocês”.
No ano 539 da AEC, o Rei persa Ciro apodera-se da Babilônia e ordena o
repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do
seu Templo.
Após um decreto, cerca de cinquenta mil judeus partiram pela primeira vez
em direção à Terra de Israel, liderados por Zorobabel, descendente da Casa
de David.
Décadas mais tarde, em 516 AEC. após o regresso dos judeus do Cativeiro Babilónico foi iniciada a construção no mesmo
local do Segundo templo sob a orientação de Zorobabel, Ezra e Nehemia.
O Templo a princípio, era um grupo de construções simples; começou com um altar, feito no local onde havia o antigo
Templo, e suas fundações foram lançadas em 535AEC. Sua construção foi interrompida durante o reinado de Ciro, e
retomada em 521AEC, no segundo ano de Dario I. O Templo foi consagrado em 516AEC. Diferentemente do Primeiro
Templo, este não tinha a Arca da Aliança, o óleo sagrado, as Tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem
o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia no seu corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores
monoteístas de D’us, mas sem se submeter às leis do Judaísmo.
Segundo Templo
Nos 500 anos desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com os ataques de exércitos
inimigos. Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 19AEC. e
terminaram em 27EC, a transição das datas AEC e EC deve ter o acréscimo de um ano, pois termina no ano 1 AEC e
começa o ano 1 DEC. O templo foi destruído no ano 70 EC.
Maquete da Terra Santa de Jerusalém
É uma maquete que guarda as proporções das medidas da Cidade Velha de Jerusalém no período do Segundo Templo. A
atração foi inaugurada em 1966, juntamente com outros modelos de estruturas antigas de Israel. Em 2006, foi transferida
de sua localização original, no Holyland Hotel, no bairro de Beit Va Gan, para o Museu de Israel.
Maquete da Terra Santa de Jerusalém
“Muro das Lamentações”
Dez anos após a morte de Herodes 4 AEC, a Judeia passou a ser governada diretamente pelos romanos. A opressão romana
da vida judaica causou uma insatisfação crescente, resultando em episódios violentos esporádicos que se transformaram
em uma grande revolta em 66 EC. Forças superiores romanas, lideradas por Tito, acabaram vitoriosas, arrasando
Jerusalém totalmente no ano 70 EC.
A total destruição de Jerusalém e do Segundo Templo foi catastrófica para o povo judeu; centenas de milhares de judeus
faleceram durante a tomada de Jerusalém e no restante do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.
Hoje o que resta, erguido, do Templo é o Muro das Lamentações [Muro Ocidental], usado pelos judeus como lugar de
oração.
Os judeus têm a área como a mais sagrada do mundo, pois ali foram construídos seus dois grandes templos da era bíblica.
O local também é importante para os cristãos, devido a sua ligação com Jesus Cristo e também para os Muçulmanos.
Embora o Templo esteja em ruínas por quase 2.000 anos, o Monte do Templo ainda é sagrado, pois a presença de Deus
não partiu. Na verdade, a tradição nos diz que a Arca da Aliança ainda está ali, num vão especialmente construído bem
abaixo do Monte do Templo.
Enquanto os romanos dominaram Jerusalém, era proibido o ingresso dos judeus nesta cidade, enquanto na era bizantina
eles podiam visitar as ruínas do Templo uma vez ao ano, no dia que lembrava a sua destruição, quando então eles
pranteavam e lamentavam a destruição do Templo, o que levou este recanto a ser conhecido como o Muro das
Lamentações. O hábito de rezar ao pé do Muro e de depositar papéis com súplicas e desejos dos fiéis nos vãos desta
parede tem sido cultivado ao longo de vários séculos, porque se acredita que a mensagem será levada diretamente a D’us.
“Muro das Lamentações”
Durante séculos, judeus de todo o mundo têm ido lá para lamentar a perda deste grande Templo. Muitas vezes você
encontrará centenas de pessoas de diferentes nacionalidades e religiões "abrindo seus corações” com orações, porque se
acredita que o muro possui um enorme significado espiritual.
“Muro das Lamentações”
Os restos que hoje existem datam da
época de Herodes o Grande, que
mandou construir grandes muros de
contenção em redor do Monte Moriá,
ampliando a pequena esplanada sobre a
qual foram edificados o Primeiro e o
Segundo Templo de Jerusalém,
formando o que hoje se designa como a
Esplanada das Mesquitas, ladeada pelo
muro, os muçulmanos construíram ao
longo dos séculos a Cúpula da Rocha
ou Domo da Rocha [são nomes
atribuídos à Mesquita de Omar] e a
Mesquita de Al-Aqsa.
Esplanada das Mesquitas
Mesquita de Omar vista do pátio da Mesquita de Al-Aqsa
Mesquita de Al-Aqsa
Esplanada das Mesquitas
Mesquita de Omar vista internamente com o Domo da Rocha
Esplanada das Mesquitas
Visão da parte oriental com as duas
Mesquitas e, embaixo, o Cemitério
Judeu antigo
“Muro das Lamentações”
Qual a origem do Muro das Lamentações?
O general romano, que depois se tornaria imperador, teria deixado a parede de pé para que o povo judeu não se esquecesse de que
Roma vencera a guerra — daí viria a expressão Muro das Lamentações. Na parte oeste fica o local oficial de orações, por isso seu
nome em hebraico é "Hakotel Hama'araví", ou Muro Ocidental.
Trata-se do único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido no lugar do Templo de Jerusalém inicial. É a parte que restou de
um muro de arrimo que servia de sustentação e que em si mesmo, não integrava o Templo que foi destruído pelo general Tito, que
depois se tornaria imperador romano, no ano de 70 EC.
Entre os anos de 1948 e 1967 o Muro ficou novamente inacessível para os judeus, pois neste período Jerusalém estava cindida,
cabendo à Jordânia justamente a parte que continha o Templo. Posteriormente, após a Guerra dos Seis Dias em junho de 1967, o
acesso foi novamente liberado e o Muro se transformou em um símbolo de vitória e em local sagrado. A parte interna da Esplanada
das Mesquitas seria o local mais venerado do Planeta para os judeus, mas como eles não têm acesso a este espaço, o Muro se torna
a esfera mais consagrada da Terra.
“Muro das Lamentações”
Lugares sagrados das três religiões monoteístas
A religião judaica, o cristianismo e o islamismo são as grandes religiões monoteístas e abramicas. Cada uma delas tem um
ou mais lugares sagrados: o Muro das Lamentações para a comunidade judaica, o Altar da Crucificação na Igreja do Santo
Sepulcro em Jerusalém e o Vaticano para os cristãos, e a mesquita de Al-Aqsa, Meca ou a Mesquita do Profeta na cidade
de Medina para os seguidores do Islã.
https://youtu.be/lPcVCDZQ7Uw
OBRIGADO!!
Comp. ISAAC STEINBERG