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Considerar Saúde

e Segurança no
local de trabalho

Prof. Eng. Abrão B. S. Nhaca


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ACIDENTE DO TRABALHO

INTRODUÇÃO
A higiene e segurança do trabalho nasceu com era da maquina
há cerca de século meio atras. Ate o século XV, o trabalho era
desorganizado e feito em condições das mais difíceis. Nesta época
poucos se preocuparam com o bem estar do trabalhador.
A partir do século XVI, surgiram as associações que passaram a ter
grande influencia na vida dos trabalhadores que as integravam,
Trabalhavam durante muitas horas seguidas em maquinas
desprotegidas, com pouca iluminação e ventilação deficientes e
sujeitos a moléstia profissionais.
Na Inglaterra surgiu, em 1833, a lei das fabricas (factory Act) que
estipulava a inspeção a certos tipos de industrias e limitava o numero
de horas de trabalho para menores. Proibiram-se também, as
refeições em locais que ofereciam riscos a saúde.

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ACIDENTE DO TRABALHO
EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO SOBRE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MOCAMBIQUE.
Mocambique tem uma legislação relativamente nova em matéria de
prevenir acidentes do trabalho.
No século XX não apareciam em Mocambique problemas de segurança e
medicina do trabalho, por ter sua economia baseada no braço escravo.
•Com a consolidação das leis do trabalho – CLT, em 1943, e que as
medidas de segurança começaram a ser mais rígidas, pois no capitulo V
da CLT rejerm as medidas a serem observadas objetivando preservar a
integridade física do trabalhador. Muitas foram as normas baixadas pelo
ministério do trabalho e, entre elas, o decreto- Lei n° 7036 de 1944 que
recomendava a criação de Comissão interna de Prevenção de acidentes
(art.82), porem, não previa o acidente do trajeto.
•Já a lei 6367, de 19/10/1976, dispõe sobre o seguro de Acidentes do
trabalho a cargo do INSS, e da outras providencias.

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ACIDENTE DO TRABALHO
CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO
1- É acidente de trabalho aquele que se verifica no local e no tempo de trabalho e
produza directa ou indiretamente perturbação funcional (corporal) ou doença de
que resulte na redução da capacidade de trabalho ou de ganho ou morte.
2- Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho:
b) Na execução de serviços prestados e de que possa resultar proveito econômico
para a empresa;
c) No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião;
d) No local de trabalho, quando em freqüência de curso de formação
profissional;
e) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de
serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.
3- Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra
ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho, sujeito ao controlo do empregador.
4- Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de trabalho;
5- Se a lesão corporal, perturbação ou doença for reconhecida a seguir a um
acidente
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presume-se conseqüência deste.
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ACIDENTE DO TRABALHO
CAUSAS DE ACIDENTES

Em principio, temos três fatores principais causadores de acidentes:


1- Condições inseguras, inerentes às instalações, como equipamentos;
2- Atos inseguros, entendidos como atitudes indevidas do elemento humano;
3- Eventos catastróficos, como inundações, tempestades, etc.
Os estudos técnicos são capazes de, com o tempo, eliminar as condições
inseguras, porém, quando se trata do elemento homem, apenas técnicas não
são suficientes para evitar uma falha nas suas atitudes.

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ACIDENTE DO TRABALHO
No treinamento de integração baseado na função a ser desenvolvida
pelo novo empregado ou na reciclagem dos funcionários mais antigos,
deverá ser reforçado o conhecimento das regras de segurança:
•prevenção de incêndio e treinamento periódico de combate ao fogo;
informações sobre ordem e limpeza, cor na segurança do trabalho,
sinalização, cursos de primeiros socorros, levantamento, transporte e
manuseio de materiais, integram uma política de segurança, visando a
diminuição dos acidentes causados por atos inseguros.

CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES:


Acidente sem afastamento: é todo acidente que não impossibilita ao
acidentado voltar a sua ocupação habitual.
Acidente com afastamento: é todo acidente do qual resulta morte, ou
incapacidade temporária.
a) Incapacidade temporária: consiste na perda total de capacidade de
trabalho, por um período limitado de tempo, nunca superior a um ano,
impossibilitando o acidentado, na opinião do medico.
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ACIDENTE DO TRABALHO
b) Incapacidade permanente: é a redução, em caráter permanente parcial ou
total, da capacidade para o trabalho. Ex. - perda de qualquer parte do membro
ou do mesmo; perda da visão.
A demonstração clara dos prejuízos ocasionados pêlos acidentes de trabalho,
fará com que sejam destinados, pela empresa, os recursos financeiros
necessários para a prevenção e o controle dos acidentes.
•O prejuízo que os acidentes causam a nação pode ser encarado sob dois
aspectos:
•a) Custos diretos :são aqueles decorrentes das despesas com o tratamento
medico do acidentado, bem como qualquer tipo de assistência financeira a
cargo, devido a sua incapacidade temporária ou permanente para o trabalho .
•b) Custos indiretos: são decorrentes da redução da produção nacional e,
consequentemente, do produto interno bruto (PIB), da arrecadação de impostos,
etc. Os custos indiretos são difíceis de serem calculados, porem costumam ser
estimados.

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ACIDENTE DO TRABALHO
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
Ao realizar investigação de acidente, a finalidade é determinar a causa
ou as causas e planejar e realizar ações corretivas.
A fim de ser complemente objetivo na investigação é necessário
lembrar sempre que a finalidade não é atribuir a culpa, nem determinar
a responsabilidade pela lesão, mas encontrar as causas do acidente e
empreender ação corretiva.
O propósito é verificar o que aconteceu, como sucedeu e por que
ocorreu.
Destina-se a estabelecer um relato completo dos eventos que
culminaram no acidente: as características físicas do local devem ser
consideradas, bem como os resultados e os efeitos do acidente devem
ser precisos e bem estabelecidos.

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ACIDENTE DO TRABALHO
FONTE DE LESÃO
Também chamado agente da lesão é o objetivo, o material , a matéria-prima,
a substancia, a espécie de energia que, entretanto em contato com a pessoa,
provoca a lesão. Será a parte da maquina que bate numa parte do corpo do
trabalhador, será a descarga elétrica, será o respingo. De um ácido, será o
estilhaço do esmeril. No boxe do chuveiro, pode ser o piso que, estando
escorregadio, provoca uma queda; numa furadeira pode ser a broca que
provoca um corte num dedo. É importante identificar a maneira pela qual
ocorre o contato que provoca a lesão.

NATUREZA DA LESÃO
A investigação do acidente tem como objectivo conhecer a natureza da lesão.
Esta informação, que se relaciona com as providencias medicas e que tem
repercussão dentro dos aspectos legais se presta a estudos que visam a evitar
a repetição de acidentes, possibilitam estudo dos acidentes iguais. A
freqüência de certas lesões é um indicador muito importante.

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ACIDENTE DO TRABALHO
A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE
A comunicação de um Acidente de Trabalho é obrigação legal, devendo ser
feita pelo próprio acidentado ou por uma pessoa que estiver lhe assistindo,
imediatamente após o ocorrido, através do CIAT (Comunicado Interno de
Acidente de Trabalho). A empresa, por sua vez, tem um prazo de 24 horas
para comunicar o fato ao INSS, sendo passível de multa de 1 a 10 salários
mínimos caso não seja feita a ocorrência. No caso de morte, a autoridade
policial também deverá ser comunicada.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL-EPI
Os recursos individuais de proteção são os equipamentos de uso pessoal que
protegem os trabalhadores contra os riscos existentes no local de trabalho.
CONCEITO
O EPI é um equipamento de uso pessoal destinado a proteger a
integridade física do trabalhador, neutralizando ou atenuando a ação do agente
agressivo contra o corpo do usuário. Também existem os recursos de proteção
coletiva que previnem os riscos nas suas origens. Exemplos: substituição de
matéria-prima tóxica por não tóxica; proteção em furadeiras, serras e outros;

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL-EPI
NECESSIDADE DE USO
Assim sendo, o EPI deve ser considerado:
a- Como medida complementar a uma medida de proteção coletiva;
b- Como medida de proteção quando outros meios de ordem geral não forem
praticáveis;
c- Como medida de proteção para trabalhos em condições eventuais, em que o
tempo de exposição é curto.
O uso do EPI está estabelecido na CLT que obriga a empresa a
oferecer gratuitamente o equipamento adequado ao risco bem como na Norma
Reguladora n.° 6 que menciona o dever do empregado de utilizar proteção
fornecida pela Empresa. (Artigos 166 a 167, vide anexo).

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL-EPI
SELEÇÃO DOS EPIs
A seleção dos EPIs deverá considerar:
- riscos
- condições de trabalho
- partes a proteger
Para o trabalhador que usará, os EPIs deverão apresentar as seguintes
características:
- proteção adequada
- resistentes
- práticos
- fácil manutenção
O EPI só poderá ser comercializado quando possuir Certificado de Aprovação
(CA) expedido pelo Ministério do Trabalho (Portaria 06 de 9/03/837).

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL-EPI
TIPOS DE EPI
Os EPIs podem ser agrupados segundo as partes que irão proteger:
1. Cabeça
- capacete de segurança
- capuzes
- redes, bonés rendados e turbantes
2. Olhos, faces e ouvidos
- óculos
- máscaras
- protetor facial
- protetor auricular
3. Troncos
- cinturões de segurança
- aventais, capas e ponches

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ACIDENTE DO TRABALHO
4.Mãos e braços
- luvas
- mangas
- ombreiras
5. Pés e pernas
- perneiras
- calçados de segurança
Outras formas de proteção; vestimentas de segurança:
- macacões
- paletós
- calças
Outras formas de proteção; vestimentas de segurança:
- macacões
- paletós
- calças

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ACIDENTE DO TRABALHO
GUARDA E CONSERVAÇÃO DO EPI
Quando na troca de usuário
De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada vez em
que há troca de usuário.
Guarda do EPI
O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção individual e
estar conscientizado de que, com a conservação, ele estará se protegendo
quando voltar a utilizar o equipamento.
Conservação do EPI
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que
possível, a verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser
confiados a uma pessoa habilitada para esse fim.

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EXIGÊNCIA LEGAL PARA EMPREGADOR E EMPREGADO
O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação técnica para
operações locais e empregados determinados, é exigência constante de textos
legais. A Seção IV, da CLT, cuida do EPI em dois artigos, a saber:
SEÇÃO IV - DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Art.166 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC.
CONCEITO
Como o próprio nome diz, equipamentos de proteção coletiva são dispositivos
utilizados no ambiente laboral com o objetivo de proteger os trabalhadores dos
riscos inerentes aos processos. Os EPC’s podem ser equipamentos simples,
como corrimãos de escadas até sistemas sofisticados de detecção de gases
dentro de uma planta química.
EXEMPLOS DE EPC’S:
1- sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras do local ;
2- fechamento de máquina barulhenta para limpeza do ruído excessivo;
3- cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos;

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COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES (CIPA)
Regida pela Lei nº 6.514 de 22/12/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministério
do Trabalho, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
OBJETIVO: Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
CONSTITUIÇÃO: Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em
regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia
mista, órgãos da administração direta e indireta, bem como outras instituições
que admitam trabalhadores como empregados.

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COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES (CIPA)

As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão,


através de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com
objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar
com a participação da administração do mesmo.
ORGANIZAÇÃO: CIPA será composta de representantes do empregador e dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR5,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores
econômicos específicos. O número de membros titulares e suplentes da CIPA,
considerando a ordem decrescente de votos recebidos. O mandato dos membros
eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação
necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de
segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA. Empossados os membros da
CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, no Ministério do
Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões
ordinárias.
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ATRIBUIÇÕES
A CIPA terá por atribuição:
a)- identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com
a participação do SESMT(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho);
b)- elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c)- participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d)- realizar, verificações nos ambientes visando a identificação de situações que
venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e)- realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f)- divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
g)- divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho de HST;

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h)- requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que
tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
i)- participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.
Cabe ao empregador
Proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de
suas atribuições, garantindo tempo suficiente#.
Cabe aos empregados:
a)- participar da eleição de seus representantes;
b)- colaborar com a gestão da CIPA;
c)- indicar à CIPA, situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria;
Cabe ao Presidente da CIPA:
a)- manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d)- coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e)- delegar atribuições ao Vice-Presidente;

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Cabe ao Vice-Presidente:
a)- executar atribuições que lhe forem delegadas;
b)- substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;
O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as
seguintes atribuições:
a)- divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do
estabelecimento;
b)- encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
c)- constituir a comissão eleitoral.
FUNCIONAMENTO
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da
Inspeção do Trabalho.
Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a)- houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine
aplicação de medidas corretivas de emergência;
b)- 06/09/22
ocorrer acidente do trabalho
O quegrave
sabemos è ou fatal;
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TREINAMENTO
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse. O treinamento de CIPA em primeiro mandato será
realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
As empresas que não se enquadrem, promoverão anualmente treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta norma.

Tipos de
O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a)- estudo do ambiente, das condições de trabalho, dos riscos;
b)- metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

Tornos
c)- noções sobre acidentes e doenças do trabalho;
d)- noções sobre a AIDS, e medidas de prevenção;
e)- noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança
e saúde no trabalho;
f)- princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g)- organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
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atribuições Abrão B. S. Nhaca
da Comissão.

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GRUPO DE EDUCAÇÃO EM PREVENÇÃO DE ACIDENTES – GEPA
O Grupo de Educação em Prevenção de Acidentes GEPA é de real valia para
aqueles que se preocupam com Segurança no Trabalho, sendo importante não
apenas no que diz respeito aos conhecimentos técnicos mas também pela
criação de estímulos de melhoria dos sistemas de proteção nos ambientes de
trabalho.
São objetivos do GEPA:
- incentivar os alunos quanto à eliminação de riscos existentes no meio
ambiente em que vivem, oportunizando-lhes o desenvolvimento de uma
mentalidade prevencionista;
- estimular nos alunos a formação de hábitos de ordem, limpeza, organização
e higiene no trabalho, no lar e na comunidade;
- estimular o interesse dos alunos quanto às questões de prevenção de
acidentes no que se refere à ação educativa, aplicação de métodos, uso de
equipamentos de proteção e dispositivos de segurança;
- proporcionar aos alunos e funcionários conhecimentos sobre regulamentos e
normas relativos à Segurança do Trabalho.
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Parte II
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INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
CONCEITO
A inspeção e segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes
de trabalho, com o fim e identificar riscos que poderão transformar-se em
causas de acidentes de trabalho bem como na resposta de medidas que
impeçam na ocorrência desses riscos. A inspeção de segurança é portanto,
tipicamente preventiva. Ela se antecipa aos possíveis acidentes.
ESPÉCIES DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
As inspeções de segurança podem ser feitas por vários motivos, por
objetivos diversos, por pessoas de funções e responsabilidade diferentes e
programadas em épocas e em intervalos variáveis, As inspeções de
segurança podem ser:
a)Inspeções Gerais: São feitas em todos os setores da empresa e se
preocupam com todos os problemas relativos à segurança, higiene e
Medicina do Trabalho. Essas inspeções devem ser repetidas a intervalos
regulares e onde não existirem Serviços Especializados em Higiene e
Medicina do Trabalho, a tarefa caberá a CIPA da empresa.
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b)Inspeções Parciais: Pode se limitar a áreas, sendo inspecionados
apenas determinados setores da empresa ou relacionaram-se às
atividades, sendo inspecionados certos tipos de trabalho, de maquinas
ou de equipamentos.
c)Inspeção de Rotina: Cabe aos encarregados dos setores, a membros
de CIPA, ao pessoal que cuida da manutenção de maquinas e
equipamentos, condutores de energia. É muito importante que os
proprios trabalhadores façam inspeções em suas ferramentas, nas
maquinas que operam, nos equipamentos que utilizam
Naturalmente, em inspeções de rotina, são mais procurados os riscos
que se manifestam com mais freqüência e que constituem as causas
mais comuns dos acidentes.
d)Inspeções Periódicas: Como é natural que ocorram desgastes dos
meios materiais utilizados na produçao, devem ser realizadas inspeções
destinadas à descoberta de riscos de acidentes.

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e)Inspeções Eventuais: não há período determinado: podem ser feitas
por técnicos vários incluindo médicos, engenheiros, e se destinam a
controles de problemas especiais de problemas importantes dos
diversos setores da empresa. O médico pode, por exemplo, realizar
inspeções em ambientes ligados à saúde do trabalhador como:
refeitório, cozinha, instalações sanitárias, vestuários e outros.
f)Inspeções Oficiais: são realizadas por agentes dos órgãos oficiais (ex.:
Ministério do trabalho) e das empresas do seguro.
g)Inspeções Especiais: Visam fazer controles técnicos e exigem
profissionais especializados e aparelhos de teste de medição.
Exemplos: medição do ruído ambiental, medição da quantidade de
partículas tóxicas em suspensão no ar; pesquisas de germes que podem
provocar doenças.

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ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO
O local de trabalho é onde se passa a maior parte do dia, junto com outras
pessoas. Por isso, estas horas devem ser vividas em local limpo e
organizado.
LIMPEZA DOS LOCAIS DE TRABALHO
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 220, diz: "Os locais
de trabalho serão mantidos em estado de limpeza compatível com o
gênero de atividade, sendo a limpeza realizada, sempre que possível, fora
do horário de trabalho e por processos que reduzam ao mínimo o
levantamento de poeira".
As pinturas ou revestimentos devem ser laváveis, de tonalidades claras,
para refletirem bem a luz, e foscas, para evitar o ofuscamento.
Os pisos e paredes devem apresentar resistência à limpeza continua, que
deverá também compreender máquinas, tetos, vidraças, janelas e
clarabóias. de trabalho e evitam que os trabalhadores contraiam doenças.

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ILUMINAÇÃO
A iluminação é aspecto de particular importância no que se refere à segurança
do trabalho e à higiene visual. Quando deficiente, transforma-se em causa
determinante de acidentes de toda natureza.
Para melhora da iluminação, o supervisor de Segurança pode promover
modificações que não importam gastos, removendo, por exemplo, objetos
brilhantes capazes de produzir ofuscamento ou reflexos fortes.
Procurando proteger o trabalhador, a CLT impõe certos requisitos para uma
boa iluminação:
 A iluminação deverá ser natural se assim for possível.
 Não sendo suficiente a iluminação natural para o tipo de atividade
exercida, usa-se iluminação artificial. A Portaria n.º 3.214/78, NR-15, Anexo
4, estabelece os níveis mínimos de iluminação para as diversas atividades
laborais. ".

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TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE MATERIAIS
A seguir apresentam-se as regras que devem ser obedecidas para obter-se
armazenamento seguro:
 peso do material a ser depositado não deve ser superior à resistência
do piso.
 As pilhas devem ficar afastadas pelo menos 50 cm das paredes, afim
de não forçar a estrutura do edifício, possibilitar melhor ventilação e facilitar
fogo, em caso de incêndio.
 armazenamento dos materiais não deve prejudicar a ventilação, a
iluminação e o trânsito.
 A disposição dos volumes não deve dificultar o acesso dos materiais
de combate ao fogo e o acesso às portas de saída de emergência.
 Os pregos, arames, pedaços de arcos de barris, cintas quebradas, etc.
que se projetam para fora e oferecem perigo devem ser removidos.
 Quando o armazenamento for manual, empilha¬ se apenas até 2
metros de altura. Sendo mecânico, não se armazena à altura que possa causar
a instabilidade das pilhas.
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Caixotes e caixas de papelão

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- LÍQUIDOS PERIGOSOS
Os recipientes que contêm ácidos são manuseados com maior segurança com o uso de
equipamento especial, como, por exemplo, um carrinho para garrafões. Os garrafões
colocados em engradados devem ser empilhados somente até três camadas.
Não devem ser usadas mais que duas camadas para engradados de recipientes com
agentes altamente oxidantes.
Antes de um operário carregar caixas de recipientes que contêm ácido, deve verificar
cuidadosamente se os pregos do engradado não enferrujaram ou se a madeira não foi
estragada pela ação do ácido.
Antes de serem colocados no engradado, os recipientes vazios devem estar
completamente limpos e as tampas recolocadas. Rotulam-se os líquidos transportados
em recipientes portáteis. As substâncias devem ser armazenadas separadamente em
uma área bem iluminada, de modo que não haja engano de produto ao retirar-se o
líquido. Produtos químicos perigosos não devem ser guardados em vidros ou em
outros recipientes próximos a tubulações quentes ou com vapor, ou em lugares em que
a luz solar os atinja.

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CORES NA SEGURANÇA DO TRABALHO
Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou
locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos
existentes.
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
As cores aqui adotadas serão as seguintes:
• Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, púrpura, lilás,
cinza, alumínio, marrom.
- Vermelho
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e
aparelhos de proteção e combate a incêndio. É empregado para
identificar:
 Caixa de alarme de incêndio;
 Bombas de incêndio;
 Sirene de alarme de incêndio;
 Extintores e sua localização;
 Transporte com equipamentos de combate a incêndio;
 Portas de saídas de emergência;
 06/09/22
Rede de água para incêndio (SPRINKLERS);
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- Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não
liqüefeitos. O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!",
assinalando:
 Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que
apresentem risco;
 Espelhos de degraus de escadas;
 Faixas no piso de entrada de elevadores e plataformas de
carregamento;
 Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
 Cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, etc.;
 Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e
equipamentos em que se possa esbarrar;
 Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;

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- Branco
O branco será empregado em:
 Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas;
 Direção e circulação, por meio de sinais;
 Localização e coletores de resíduos;
 Localização de bebedouros;
 Áreas destinadas à armazenagem;

- Preto PRINCIPAIS
Zonas de segurança.

O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e

OPERAÇÕES
combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo lubrificante, asfalto, óleo
combustível, alcatrão, piche, etc.).
- Azul
O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado
a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão
permanecer fora de serviço.
 Canalizações de ar comprimido;
Prof.Prevenção
 Eng. Abrão B. S. acidental
contra movimento Nhacade qualquer equipamento em
manutenção;
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- Verde
verde é a cor que caracteriza "segurança".
Deverá ser empregado para identificar:
 Canalizações de água;
 Caixas de equipamentos de socorro de urgência;
 Caixas contendo máscaras contra gases;
 Chuveiros de segurança;
 Porta de entrada de salas de curativos de urgência;
 Localização de EPI; caixas contendo EPI;
 Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).
- Laranja
O laranja deverá ser empregado para identificar:
 Canalizações contendo ácidos;
 Partes internas das guardas de máquinas que possam serremovidas
ou abertas;
 Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
 Faces externas de polias e engrenagens;
 Botões de arranque de segurança;
 06/09/22Dispositivos de corte, Obordas de serras, prensas.
que sabemos è uma gota num Oceano 38
- Lilás
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis.
As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de
lubrificantes.
- Cinza
Cinza Claro : deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo.
Cinza Escuro : deverá ser usado para identificar eletrodutos.
- Alumínio
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liqüefeitos,
inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.:óleo diesel, gasolina,
querosene, óleo lubrificante, etc.).
- Cores em Máquinas
O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde.

06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 39


SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Pode-se ver, pelas figuras abaixo, que a figura da direita
comunicará a informação mais rapidamente do que a da
esquerda, a qual exige leitura e análise.
A uniformidade dos sinais e avisos é muito importante, pois,
não só os operários de visão normal podem familiarizar-se com as
mensagens que eles transmitem, mas também os daltônicos e os
não-alfabetizados. Assim, todos os sinais de prevenção de
acidentes serão uniformes e adaptados aos seguintes casos:
 sinalização de perigo: para sinalizar apenas perigos
específicos;
 sinalização de atenção: para identificar perigo possível ou
práticas inseguras;
 sinalização de instrução de segurança: para dar
informações sobre a prática segura de ordem geral;

06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 40


06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 41
 sinalização direcional: indica escadas, saídas e outras
dependências que envolvem segurança;
 sinais informativos: transmissão de mensagens de
natureza geral, não prescritas nos itens anteriores.
Os sinais de instrução de segurança constituem-¬se de um
retângulo verde sobre fundo branco, localizado na parte
superior da área total do aviso. As letras serão em branco
sobre o retângulo verde. Qualquer mensagem deverá ficar na
parte inferior, em letras pretas sobre fundo branco
Os sinais direcionais terão fundos brancos, com flechas
brancas sobre um retângulo preto. A mensagem deverá ser
pintada na parte inferior, com letras pretas sobre o fundo
branco.
Os sinais de informação terão retângulo azul sobre fundo
branco, localizado na parte superior da área total do aviso. As
letras serão em branco sobre o retângulo azul. Qualquer
mensagem deverá ficar na parte inferior, em letras pretas
sobre o fundo branco.
06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 42
INSTRUÇÕES BÁSICAS DE COMBATE A INCÊNDIO
O que é FOGO?
Fogo, cientificamente chamado combustão, é a reação química entre
o combustível e oxigênio do ar (comburente), face a uma fonte de
calor.
Triângulo do FOGO
Os três elementos básicos para que um fogo se inicie
são, portanto, o material combustível, o comburente e
a fonte de ignição ou fonte de calor. Combustível: é o
material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de
reagir com o comburente (em geral o oxigênio) numa
reação de combustão.
Comburente: é o material gasoso que pode reagir com
um combustível, produzindo a combustão.
Calor (Ignição): é o agente que dá o início do
processo de combustão, introduzindo na mistura
combustível/comburente, a energia mínima inicial
necessária.
06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 43
Forma de elimina-lo
Se suprimirmos desse triângulo, um dos seus lados, eliminaremos o fogo. A
partir disso, podemos definir as 3 formas de eliminar Combustão:
a) Resfriamento: o método mais usado. É a retirada do calor do material
incendiado, até o ponto que ele não queima mais ou não emite mais vapores.
b) Abafamento: o método de extinção mais difícil, a não ser em pequenos
incêndios, que podem ser abafados tampando vasilhames, cobrindo com
panos ou cobertores.
c) Isolamento: uma maneira de evitar a propagação do incêndio, retirando
para um local isolado tudo que ainda pode ser queimado.

Classes de Incêndio
Diferentes tipos de materiais provocam diferentes tipos de incêndios e
requerem, também, diferentes tipos de agentes extintores. Em função do tipo
de material que se queima, existem quatro classes de incêndios, descritas a
seguir.

06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 44


Classe A
Compreende os incêndios em corpos combustíveis comuns: papel, madeira,
fibras, etc., que quando queimam deixam cinzas e resíduos e queimam em razão
de seu volume, isto é, em superfície e profundidade. Necessitam para a sua
extinção, o efeito de resfriamento: a água ou solução que a contenha em grande
porcentagem.
Classe B
São os incêndios em líquidos petrolíferos e outros líquidos inflamáveis tais
como a gasolina, óleo, tintas, etc., os quais, quando queimam, não deixam
resíduos e queimam unicamente em função de sua superfície. Para sua extinção,
usa-se o sistema de abafamento (extintor de espuma).
Classe C
Compreende os incêndios em equipamentos elétricos que oferecem riscos ao
operador. Exige-se, para a sua extinção, um meio não condutor de energia
elétrica (extintor de CO2).
Classe D
São os incêndios que envolvem materiais pirofóricos, isto é, que se inflamam
quando entram em contato com o ar. Ex.: magnésio, Titânio, zircônioAgentes
Extintores:
06/09/22 água, espuma, gásOcarbônico, pónum
que sabemos è uma gota químico
Oceano seco. 45
  Agente extintor

Incêndio Água Pó Gás Gases Espuma Espuma


  Químico Carbônico Halogenado Química Mecânica
Seco s
Classe Eficiente Pouco Pouco Pouco Pouco Pouco
“A” eficiente eficiente eficiente eficiente eficiente

Classe Não Eficiente Eficiente Eficiente Eficiente Eficiente

“B”

Classe Não Eficiente* Eficiente Eficiente Não Não

“C”

Classe Não PQS** Não Não Não Não


06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 46
PRIMEIROS SOCORROS
CONCEITO
São os cuidados que devem ser prestados a uma vítima até a chegada de
atendimento médico ou socorro especializado. Tais cuidados se caracterizam
pela urgência (não podem ser deixados para depois). Estatísticas revelam que
os principais motivos de óbitos ou seqüelas irreversíveis nas vítimas são
devido a omissão do socorro e a falta de um atendimento eficiente.
IMPORTÂNCIA LEGAL
Os tribunais Mocambicanos entendem que a prestação de atendimento à
vítima revela grandeza de sentimentos morais e autoriza a redução da pena.
Porém, a fuga é considerada um marcante indício de culpa, além de que a
omissão de socorro ser crime.
Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas
poderiam ser salvas. Mas é importante mencionar que a prestação de
primeiros socorros não exclui a importância de um médico.

06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 47


OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:
1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver
prestando socorro:
PRIMEIRO EU (o socorrista)
DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)
E PORÚLTIMO A VÍTIMA
Isto parece ser contraditório, mas tem o intuito básico de não gerar novas
vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de
imediato ao chegar no local do acidente.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir
no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Evite manobras intempestivas
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior
risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou
que estejam sangrando muito.
10.06/09/22
Seja socorrista e não herói (lembre-se
O que sabemos è uma gotado 2o mandamento).
num Oceano 48
VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS DE ACIDENTES E O QUE
PODEMOS FAZER:
- Transporte de Vítimas
- Fraturas;
- Sangramentos;
- Queimaduras;
- Acidentes provocados pelo calor;
- Parada Cárdio-Respiratória.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a
pessoa, para puxá-la para um local mais seguro, mova-a de costas, no
sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor.
Para erguê-la, você e mais duas ou três pessoas devem apoiar todo o
corpo e colocá-la numa tábua ou maca. Se precisar, improvise com
pedaços de madeira, amarrando cobertores, apoie sempre a cabeça,
impedindo-a de cair para trás.
06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 49
FRATURAS
Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o
deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.
Existem 2 tipos de fraturas:
 Fechadas: Quando o osso se quebrou, mas a pele não foi perfurada.
 Expostas: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.
Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua
aparência ou função normais ou quando haja dor no local atingido,
incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou,
ainda, sensação de atrito no local suspeito.
Fraturas Fechadas
Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem
desconforto para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos
possível. Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter
comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura.
Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca,
papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso
dobrado.
06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 50
Outro recurso no caso de fratura de perna é amarrar a perna quebrada na
outra, desde que se, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou
manta dobrados.
Fraturas Expostas
Coloque um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento. Fixe firmemente o
curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa,
cinto etc. No caso de hemorragia, siga as instruções de hemorragia.
Mantenha a vítima deitada. Aplique talas, conforme descrito para as fraturas
fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural
Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada
Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, tão logo a fratura
seja imobilizada.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha
sido imobilizada, a menos que a vítima se encontre em iminente perigo.
Em caso de amputação, coloque a parte seccionada dentro de um saco
plástico que não tenha sido usado. Acondicione o saco com a parte
amputada em uma vasilha com gelo e envie com a vítima para um hospital.
06/09/22 O que sabemos è uma gota num Oceano 51
Luxações ou Deslocamentos
Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta saírem de seu lugar,
proceda como no caso de fraturas fechadas. Coloque o braço em uma tipóia
quando houver luxação do ombro, do cotovelo ou do punho. Trate como se
houvesse fratura. Imobilize a parte afetada. Aplique gelo e compressas frias,
não aplique nada quente sobre a parte afetada durante 24 horas no mínimo. o
calor aumentaria a dor e o inchaço.
O correto tratamento de uma luxação ou de uma entorse exige atendimento
médico.
SANGRAMENTOS
Há dois tipos de Hemorragia:
 Hemorragia externa: é a perda de sangue devido ao rompimento de um
vaso sangüíneo (veia ou artéria).
 Hemorragia interna: é o resultado de um ferimento profundo com
lesão de órgãos internos.
Sangramentos Externos
Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um
pano limpo dobrado ou com uma
06/09/22 das mãos..
O que sabemos è uma gota num Oceano 52
Sangramentos Internos
Os sinais mais evidentes são: pele fria, úmida e pegajosa, palidez, pulso fraco,
lábios azulados e tremores. Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais
com cobertores. Peça auxílio médico imediato
Sangramentos Nasais
Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para
a garganta e seja engolido, provocando náuseas. Comprima a narina que sangra
e aplique compressas frias no local. Depois de alguns minutos, afrouxe a
pressão vagarosamente e não assoe o nariz. Se a hemorragia persistir, volte a
comprimir a narina e procure socorro médico.

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PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
O que acontece. Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a
vítima também poderá apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e
unhas azulados.
NÃO dê nada para à vítima comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-
la. Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o
coração não está batendo.
Procedimentos Preliminares
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o
corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso com a
ajuda de duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço,
evitando assim lesionar a medula quando houver vértebras quebradas.
Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a
respiração. Se positivo, retire-a.

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Ressuscitação Cárdio-Pulmonar
Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade
inferior do osso vertical que está no centro do peito.
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca,
firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar,
mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-
los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a
bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça
dois sopros para cada dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-o,
faça um sopro para cada cinco pressões.

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MAQUINAS
Com o avanço tecnológico, o homem passou da produção artesanal para a
mecanização, abrangendo todos os segmentos produtivos. A partir disto,
aumentou o risco de acidentes, afetando ainda mais a integridade física e a
saúde do trabalhador.
Toda máquina que executa um trabalho e realiza movimentos oferece risco.
O grau de risco depende de fatores como velocidade de trabalho, tipo de
movimento, potência, tipo de ferramenta, material processado e proteção de
máquina existente.
Como as máquinas precisam trabalhar para produzir, e como o homem
precisa trabalhar para viver, é necessário enfrentar o risco oferecido pelas
máquinas e pelos locais de trabalho.
Este risco deve ser analisado, sendo o menor possível.
Assim, sempre deve-se trabalhar da forma mais segura, com atenção,
respeitando as normas de segurança, usando as proteções de máquinas
existentes, não as retirando (caso isto aconteça, somente contribuirá para
oportunizar a ocorrência de acidentes).
Quando
06/09/22 a máquina operada não
O quetiver
sabemosas devidas
è uma proteções, é preciso redobrar
gota num Oceano 56
06/09/22
O que sabemos è uma gota num Oceano 57
(Isac Newton)

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