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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO

FADIGA

Discente: Vinicius Cavassano Zampier

Docente: Prof. Dr. Fabio Augusto Barbieri


DEFINIÇÃO

Fadiga geral: Dificuldade em iniciar e sustentar tarefas mentais ou físicas na ausência de limitações motoras ou físicas.

Fadiga mental Fadiga crônica Fadiga muscular


Desgaste intelectual – excesso Elevada carga de estresse na rotina – Excesso de atividade física–
de informações recebidas pelo âmbito profissional, amoroso ou cansaço físico intenso.
cérebro. familiar.

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


FADIGA MUSCULAR

Movimento humano Contração muscular

Fadiga muscular: incapacidade do


musculo de gerar força ou poder, ou
falha em manter o trabalho de um
exercício à uma determinada
intensidade Em contrações isométricas, a fadiga
pode ser definida como a incapacidade
de manter a força esperada
Fadiga muscular Endurance
Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009
FADIGA MUSCULAR

Fadiga muscular é causada por limitações no sistema nervoso em


sustentar o envio de sinais responsáveis por gerar contrações
musculares e por reduções na quantidade cálcio no retículo
sarcoplasmático.

Redução progressiva na ativação voluntária do musculo


Fadiga central durante um determinado exercício. É dependente da tarefa
e mediada por fatores motoneurais, espinhais e supra
espinhais.

Mudanças abaixo ou sob a junção neuro-muscular, que são


associadas a falhas na superfície da membrana, na
Fadiga periférica propagação do potencial de ação nos túbulos T e no
acoplamento de mecanismos entre o potencial de ação e a
liberação de cálcio.

Gandeva ., 2001
FADIGA MUSCULAR

Piora a propriocepção

Piora a coordenação de movimentos

Aumenta o tempo de reação.


Mecanismo de defesa para prevenir lesões.

Promove prejuízos na locomoção,


controle postural e aumenta o risco de
Na biomecânica, os efeitos da fadiga muscular promovem
quedas
uma nova organização segmental dos movimentos, visto
que existem parâmetros espaço temporais do andar que
25% dos acidentes que geraram são alterados em quadros de fadiga.
quedas em trabalhadores no
Reino Unido envolveram quadros
de fadiga.
Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009
FADIGA MUSCULAR

Processo de envelhecimento

Prevalência de sintomas de
fadiga – 7 a 98% em idosos e
indivíduos com desordens Prejuízos nos sistemas neuromotor e musculo esquelético.
neurológicas

Sintomas de fadiga estão Apesar desses déficits, idosos neurologicamente saudáveis são
presentes em mais da capazes de compensar a deterioração dos sistemas e a fadiga
metade de adultos jovens muscular e manter o desempenho de tarefas locomotoras

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


FADIGA MUSCULAR

Redução na geração de força muscular


devido a sarcopenia que podem fazer
com que adultos mais velhos sejam mais
suscetíveis a sintomas de fadiga.

Alto percentual de fibras do tipo 1 em


Fadiga muscular
adultos mais velhos, o que torna adultos
mais velhos mais resistentes a quadros
de fadiga .

Processo de envelhecimento
Inconsistência em modelos de contração,
protocolos de indução a fadiga, grupo
muscular utilizado e características dos
sujeitos.
Fadiga muscular

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


FADIGA MUSCULAR
- Distinguir a fadiga de outros
sintomas, como a sonolência
- Utilizar critérios específicos para
definir sua significância clínica
- Reconhecer que a sensação ou queixa
de fadiga é diferente da fadigabilidade de
desempenho
Doença de - Especificar quais domínios são afetados pelos
Parkinson (DP) sintomas de fadiga (fadiga motora e ou
cognitiva)

Desordens do sono

Medicação (tipo
e quantidade)

Desordens do humor
(ansiedade e depressão)
Disfunções serotonérgicas na Comprometimentos
via límbico estriatal no andar
Takakusaki et al., 2008
FADIGA MUSCULAR

Fadiga muscular Informações proprioceptivas

Cognitivamente dependente

Devido a esses déficits causados pela


fadiga, um nova organização segmental é
necessária para manter a performance
motora, essa nova organização é
observada através das mudanças
espaciais e temporais nos parâmetros do
andar

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


FADIGA MUSCULAR

Fadiga Fadigabilidade

A relação entre atividade e fadiga para cada


sujeito também pode ser descrita em termos
mono ou mesmo multiexponenciais. Por
exemplo, a fadiga pode ser maior no início da
atividade, mas pode diminuir no início da
atividade, à medida que a inércia é superada,
e pode aumentar posteriormente.

Basil Eldadah., 2010


FADIGA MUSCULAR

Investigar os efeitos de diferentes períodos de recuperação após fadigar os músculos do quadríceps


durante o andar em adultos jovens. A hipótese foi de que a fadiga muscular afetaria negativamente o
andar, o que refletiria em ajustes compensatórios para melhorar a estabilidade. Outra hipótese foi de
que as mudanças no andar retornariam aos níveis do baseline após 20 minutos de descanso.

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

40 indivíduos com idade


entre 20 e 40 anos.

- Critérios de exclusão: fatores que


poderiam interferir na tarefa do andar e
nos outros procedimentos experimentais
Série de familiarização para o protocolo de
contração isométrica voluntária máxima
- Os participantes foram instruídos a não - Questionário a respeito do histórico médico
realizar nenhuma atividade física
- Tarefa de andar livre
extenuante 48 horas antes da avaliação.
- Protocolo de contração isométrica voluntária máxima

- Protocolo de fadiga (sentar e levantar)


- Aquecimento de 5 minutos envolvendo
caminhada e alongamento. . - Repetir os teste de andar e de contração isométrica
voluntária máxima

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

8m

50cm
50cm

Comprimento, velocidade, duração,


largura , duração da fase duplo
suporte, impulsos propulsivos e
opto reativos no sentido anteroposterior,
RMS do sinal eletromiográfico do
vasto lateral e do bíceps femoral
foram analisados antes e depois do
protocolo de fadiga ( logo depois,
5min depois, 10 min depois e 20min
depois)

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

Os participantes realizaram a tarefa até não conseguirem mais realizar


o movimento, ou a frequência de repetições ficar abaixo de 0.5Hz.

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

Base de suporte

Duração da passada

O andar se torna uma tarefa mais desafiadora


A diminuição na habilidade de gerar
impulsos propulsivos diminui a
possibilidade de aumentar o
comprimento da passada e, por
tanto, diminuía a capacidade de
correção do equilíbrio aumentando
assim o risco de quedas.

Estratégia para compensar parcialmente os déficits na propulsão


Barbieri et al., 2016
FADIGA MUSCULAR

As hipóteses foram parcialmente confirmadas

As mudanças observadas nos parâmetros do nadar refletem compensações a estabilidade


comprometida do andar. E os impulsos propulsivos diminuíram conforme a ativação do bíceps femoral
aumentou.

20 minutos de descanso não foram o suficiente para recuperar os parâmetros do andar

Barbieri et al., 2016


FADIGA MUSCULAR

Analisar os efeitos da fadiga muscular de membros inferiores em indivíduos com DP e


idosos neurotipicos agrupados de acordo com o seu nível de atividade física

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

40 indivíduos- 20 DP; 20 GC

10 ativos e 10 inativos – Baecke ≥ 5 ou ≤ 4

Condição cínica - UPDRS

Condição cognitiva - MEEM

- Critérios de exclusão: independência, habilidade de andar sem a ajuda de equipamentos, sem a presença de
desordens de equilíbrio ou de visão, não ter diabetes, hipertensão ou doenças cardio-respiratórias. Para os
indivíduos com DP, estar em um estágio superior a 3 na escala de Hoehn & Yahr

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

8m

50cm
50cm

Comprimento, velocidade, duração,


opto
largura , duração da fase duplo
suporte, impulsos propulsivos e
reativos no sentido anteroposterior,
contração isométrica voluntária
máxima antes e depois do
protocolo de fadiga.

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

Os participantes realizaram a tarefa até não conseguirem mais realizar


o movimento, ou a frequência de repetições ficar abaixo de 0.5Hz.

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

Fadiga muscular Idosos com DP Idosos neurotípicos

DP GC

Aumento da velocidade Aumento da velocidade

Aumento da largura

Controle postural
Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

A fadiga muscular afeta os parâmetros do andar de indivíduos com DP e neurotípicos

Os ajustes foram menos pronunciados em indivíduos com DP

O nível de atividade física não afetou as mudanças que ocorreram nos parâmetros do andar

Clinicamente, indivíduos com DP apresentaram um sistema robusto, que pode ser caracterizado
por dificuldades em realizar ajustes após a fadiga muscular dos membros inferiores

Santos et al.,2016
FADIGA MUSCULAR

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


OBRIGADO

Friedman et al., 2010; Lou et al.,2009


* * *
Fadiga no andar usual.

Fadiga no andar adaptativo.


Fadiga em adultos jovens

Fadiga em idosos.
Fadiga e nível de atividade física

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