Tutoria 1 | Módulo 9 | Problema 8
Luciano Pinheiro Peixoto | 80123000144
Entender como a depressão
afeta na postura e na
locomoção (fisiologia)
A depressão é uma doença complexa que
afeta não apenas o estado de ânimo e a
emoção, mas também pode ter impacto em
vários aspectos físicos e comportamentais.
Entre eles, estão as alterações na postura e
na locomoção. Embora a relação entre a
depressão e essas alterações não seja
totalmente compreendida, existem várias
teorias e fatores fisiológicos que podem estar
envolvidos.
Sistema Nervoso Central (SNC):
A depressão está associada a desequilíbrios
nos neurotransmissores do cérebro, como a
serotonina, noradrenalina e dopamina. Esses
neurotransmissores têm um papel importante
na regulação do humor, mas também estão
envolvidos na modulação de funções motoras
e da postura. Um déficit desses
neurotransmissores pode influenciar
negativamente a função motora e a
coordenação muscular, resultando em
alterações na postura e na locomoção.
Sistema Motor:
A depressão pode afetar diretamente as áreas
do cérebro responsáveis pelo planejamento,
controle e execução dos movimentos. A
diminuição da motivação e do interesse
geralmente associada à depressão pode
resultar em um menor engajamento em
atividades físicas e uma redução geral na
atividade motora. Essa falta de atividade pode
levar à fraqueza muscular, diminuição da
resistência e redução da coordenação, o que
pode se refletir em alterações posturais e na
forma como a pessoa se move.
Fadiga:
A fadiga é um sintoma comum da depressão e
pode ter um impacto significativo na postura e
na locomoção. A sensação de cansaço
1
constante e falta de energia pode levar à
adotar uma postura mais curvada, com os
ombros caídos e a cabeça inclinada para
baixo. Além disso, a fadiga muscular pode
levar a uma menor estabilidade e controle dos
movimentos, resultando em uma marcha mais
arrastada e descoordenada.
Distúrbios do sono:
A depressão muitas vezes está associada a
distúrbios do sono, como insônia ou sono
excessivo. A privação do sono ou a qualidade
inadequada do sono podem levar à sonolência
diurna, redução da atenção e da capacidade
de concentração. Esses fatores podem
contribuir para uma postura menos ereta e
uma locomoção menos eficiente, à medida
que a pessoa luta para se manter alerta e
enérgica durante o dia.
É importante ressaltar que essas alterações
na postura e na locomoção podem variar de
pessoa para pessoa, dependendo da
gravidade e das características individuais da
depressão. Além disso, outros fatores, como
condições médicas coexistentes, uso de
medicamentos e nível de atividade física,
podem influenciar essas alterações.
É fundamental que indivíduos com depressão
recebam tratamento adequado, incluindo
terapia e, se necessário, medicamentos.
Essas intervenções podem ajudar a melhorar
os sintomas depressivos, o que, por sua vez,
pode ter um impacto positivo na postura e na
locomoção. Além disso, a prática regular de
exercícios físicos, quando apropriado, pode
auxiliar no fortalecimento muscular, na
coordenação motora e na melhoria geral do
bem-estar físico e mental.
Aspectos do Sistema Nervoso Central
(SNC) relacionados às alterações na
postura e locomoção na depressão.
Neurotransmissores:
Os neurotransmissores desempenham um
papel fundamental na comunicação entre os
neurônios do cérebro. Na depressão, há
evidências de desequilíbrios nos
neurotransmissores, especialmente na
serotonina, noradrenalina (também conhecida
como norepinefrina) e dopamina. Esses
neurotransmissores estão envolvidos na
regulação do humor, mas também
desempenham um papel importante na
modulação da função motora.
Serotonina: A serotonina está envolvida na
regulação do humor, sono, apetite e várias
funções motoras. Baixos níveis de serotonina
podem afetar a coordenação motora, a
resposta a estímulos externos e a modulação
da dor, o que pode influenciar a postura e a
locomoção.
Noradrenalina: A noradrenalina desempenha
um papel importante no sistema nervoso
simpático, que regula a resposta de "luta ou
fuga". Além disso, está envolvida na regulação
do humor e na ativação dos sistemas de alerta
e motivação. Desequilíbrios na noradrenalina
podem afetar a motivação, o estado de alerta
e a energia, o que pode levar a uma
diminuição da atividade motora e a mudanças
na postura e locomoção.
Dopamina: A dopamina é um
neurotransmissor essencial na regulação do
movimento e no controle motor. A depressão
pode estar associada a uma disfunção na via
dopaminérgica mesolímbica, que está
envolvida na motivação, recompensa e prazer.
Isso pode resultar em uma diminuição da
motivação para se engajar em atividades
físicas, levando a uma redução na atividade
motora e possíveis alterações posturais e de
locomoção.
Circuitos neurais e regulação emocional:
O SNC contém uma série de circuitos neurais
complexos envolvidos na regulação emocional
e no processamento de informações
sensoriais. Esses circuitos são
interconectados e desempenham um papel na
regulação dos movimentos voluntários e
automáticos. Na depressão, há evidências de
alterações nessas redes neurais.
Córtex pré-frontal: O córtex pré-frontal é
responsável pelo planejamento, tomada de
decisões, regulação do comportamento
emocional e controle motor. Na depressão,
pode haver uma diminuição da atividade
nessa região do cérebro, o que pode levar a
uma dificuldade na regulação das emoções e
na coordenação motora.
Gânglios da base: Os gânglios da base são
um conjunto de estruturas cerebrais que
desempenham um papel importante no
controle motor. Eles estão envolvidos na
seleção e iniciação de movimentos
voluntários, bem como na regulação da
postura e equilíbrio. Alterações nos gânglios
da base podem resultar em dificuldades de
movimento, rigidez muscular e alterações
posturais.
Amígdala: A amígdala é uma estrutura do
cérebro envolvida no processamento
emocional, especialmente nas respostas ao
medo e à ansiedade. Na depressão, pode
haver uma hiperativação da amígdala, o que
pode levar a respostas emocionais
exageradas, aumento do estresse e
alterações na modulação da dor, o que pode
influenciar a postura e a locomoção.
Essas são algumas das áreas e vias do SNC
que podem estar envolvidas nas alterações na
postura e locomoção na depressão. No
entanto, é importante destacar que a relação
entre a depressão e o SNC é complexa e
ainda não completamente compreendida.
Mais pesquisas são necessárias para elucidar
completamente os mecanismos fisiológicos
subjacentes a essas alterações.
Relacionar a dor na coluna
com trabalhar sentada
A dor na coluna relacionada ao trabalho
sedentário pode ter relação com a postura e a
forma como uma pessoa se senta durante
longos períodos de tempo. Trabalhar sentado
por horas a fio pode levar a uma série de
problemas posturais que contribuem para o
desconforto e a dor na região da coluna.
Quando uma pessoa se senta por longos
períodos, especialmente em uma posição
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inadequada, podem ocorrer os seguintes
problemas posturais:

❖ Má postura: Sentar-se de forma

incorreta, como com a coluna
Comparar a execução correta e
curvada, os ombros caídos ou a
cabeça inclinada para a frente, coloca
incorreta dos movimentos repetitivos e
uma pressão adicional sobre a coluna
vertebral. Isso pode levar ao estresse
com carga
excessivo nos músculos, ligamentos e
discos da coluna, resultando em dor e
desconforto.
Tipos de movimentos repetitivos
❖ Sobrecarga nos músculos:
Permanecer na mesma posição
sentada por muito tempo pode causar
fadiga muscular e tensão nos Existem vários tipos de movimentos
músculos das costas e do pescoço. A repetitivos, que podem variar de
falta de suporte adequado e a acordo com a atividade física,
ausência de pausas para movimentar- ocupação profissional ou atividades
se podem aumentar o risco de tensão diárias. Alguns exemplos comuns de
muscular crônica e dor. movimentos repetitivos incluem:

❖ Compressão dos discos 1. Movimentos de digitação:

intervertebrais: Sentar-se por longos Digitar no teclado de um
períodos pode aumentar a pressão computador ou em
sobre os discos intervertebrais da dispositivos eletrônicos
coluna, que atuam como envolve movimentos
amortecedores entre as vértebras. A repetitivos dos dedos, mãos e
compressão contínua dos discos pode pulsos. Isso pode ser comum
levar ao desgaste prematuro e ao em profissões que envolvem
desenvolvimento de problemas como trabalho administrativo,
hérnia de disco, o que pode causar escrita, programação, entre
dor nas costas. outros.

❖ Falta de atividade física: A falta de 2. Movimentos de

movimento e atividade física empacotamento: Trabalhar
associada a trabalhos sedentários em uma linha de produção ou
contribui para o enfraquecimento dos em um ambiente de
músculos de suporte da coluna e para empacotamento pode
a perda de flexibilidade. A fraqueza envolver movimentos
muscular e a falta de estabilidade repetitivos, como pegar,
podem agravar a dor na coluna e dobrar, empilhar ou embalar
aumentar o risco de lesões. objetos em sequência rápida
e contínua.

3. Movimentos de montagem:
Em indústrias de manufatura,
montagem ou produção, pode
ser necessário realizar
movimentos repetitivos para
montar componentes,

3
 encaixar peças ou operar
máquinas específicas.
4. Movimentos de
cortar/tesourar: Profissões
que envolvem o uso de
tesouras ou ferramentas de
corte, como cabeleireiros,
costureiros, trabalhadores
têxteis, podem requerer
movimentos repetitivos de
pinçar ou cortar.
5. Movimentos de
levantamento/puxar:
Trabalhos que envolvem
levantamento de cargas,
como carregadores,
estoquistas, mudanças, ou
atividades que requerem
puxar objetos pesados ou
repetidamente, podem levar a
movimentos repetitivos que
afetam os músculos das
costas, braços e pernas.
6. Movimentos de pintura:
Pintores, artistas ou
profissionais da construção
civil podem executar
movimentos repetitivos ao
segurar o pincel, movendo-o
de um lado para o outro.
7. Movimentos de músicos:
Músicos que tocam
instrumentos de corda,
teclado, percussão ou sopro
podem realizar movimentos
repetitivos dos dedos, mãos,
braços ou embocaduras ao
tocar suas músicas.
A execução correta dos movimentos de
levantar/puxar com peso é fundamental para
evitar lesões musculoesqueléticas,
especialmente as Lesões por Esforço
Repetitivo (LER). Aqui estão algumas
diretrizes para uma execução adequada
desses movimentos:
➔ Postura adequada: Mantenha uma
postura adequada durante todo o
movimento. Mantenha as costas retas,
os ombros para trás e os abdominais
contraídos. Evite inclinar-se para a
frente ou arquear as costas, pois isso
pode colocar pressão extra sobre a
coluna vertebral.
➔ Levante usando as pernas: Ao
levantar um objeto pesado do chão,
flexione os joelhos e mantenha as
costas retas. Use a força das pernas
para impulsionar o corpo para cima,
em vez de depender apenas da força
das costas ou dos braços. Isso
distribui o peso de forma mais
equilibrada e reduz o estresse na
coluna vertebral.
➔ Distribuição do peso: Certifique-se de
que o peso seja distribuído de
maneira uniforme entre as duas mãos
ou braços ao puxar um objeto. Evite
puxar ou levantar objetos pesados
com apenas um lado do corpo, pois
isso pode causar desequilíbrio e
sobrecarga em uma área específica.
➔ Evite movimentos bruscos: Evite
movimentos rápidos e bruscos ao
levantar ou puxar. Em vez disso,
execute o movimento de forma
controlada e suave, usando a força
muscular adequada. Movimentos
rápidos e bruscos aumentam o risco
de lesões.
➔ Pausas e descanso: Se você estiver
realizando movimentos repetitivos de
levantamento ou puxão, faça pausas
regulares para descansar e recuperar
os músculos. Essas pausas permitem
que os músculos se recuperem e
reduzem o risco de fadiga muscular
excessiva.
LER são um grupo de condições que afetam
os músculos, tendões, ligamentos, nervos e
outras estruturas do sistema
musculoesquelético. Algumas das principais
LER associadas à má execução dos
movimentos de levantamento/puxar com peso
são:
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★ Tendinite: É uma inflamação dos
tendões causada por movimentos
repetitivos. A má execução dos
movimentos de levantamento/puxar
com peso pode colocar pressão
excessiva nos tendões, levando à
tendinite.

★ Síndrome do Túnel do Carpo: É uma

condição que ocorre quando o nervo
mediano, que percorre o punho, é
comprimido. Levantar ou puxar
objetos pesados de maneira
inadequada pode contribuir para a
compressão do nervo e o
desenvolvimento da síndrome do
túnel do carpo.

★ Lesões na coluna vertebral: A má

execução dos movimentos de
levantamento/puxar com peso pode
levar a lesões na coluna vertebral, Recordar distensão
como hérnias de disco,
espondilolistese ou estiramentos
musculares. O estresse repetitivo ou
muscular e entender como
uma sobrecarga súbita na coluna
vertebral pode causar danos aos os sedentarismo afeta
discos intervertebrais e outras
estruturas.
(lombar)
★ Epicondilite lateral (cotovelo de
tenista) e medial (cotovelo de golfista):
Essas condições ocorrem devido à
inflamação dos tendões que conectam
A distensão muscular, também conhecida
os músculos do antebraço aos ossos
como estiramento muscular, é uma lesão que
do cotovelo. Movimentos repetitivos
ocorre quando as fibras musculares são
de levantamento/puxar com peso
esticadas além de sua capacidade normal. É
podem desencadear essas lesões.
uma lesão comum, especialmente em
atividades esportivas ou em situações em que
É importante lembrar que a prevenção é
os músculos são submetidos a esforço
fundamental para evitar as LER. Além de
excessivo.
seguir as orientações corretas para a
execução dos movimentos, é essencial
Uma distensão muscular pode ser resultado
realizar exercícios de fortalecimento muscular,
de movimentos bruscos, excesso de carga ou
adotar uma postura adequada durante todo o
alongamento exagerado do músculo. Ela
dia e fazer pausas regulares para descansar e
geralmente ocorre nos músculos das pernas,
alongar os músculos. Caso surjam sintomas
coxas, panturrilhas e costas, mas pode afetar
de dor persistente ou outros sinais de lesões,
qualquer músculo do corpo.
é importante procurar um profissional de
saúde qualificado para um diagnóstico e
Os sintomas de uma distensão muscular
tratamento adequados.
podem variar desde leve desconforto até dor
intensa, inchaço, hematomas, rigidez

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muscular e dificuldade de movimentação. Em
casos mais graves, pode haver uma ruptura
parcial ou completa das fibras musculares.
O sedentarismo, que é caracterizado por uma
falta de atividade física regular, pode contribuir
indiretamente para o aumento do risco de
distensões musculares. Aqui estão algumas
maneiras pelas quais o sedentarismo pode
corrobora para esse tipo de lesão:
1. Fraqueza muscular: A falta de
exercício regular pode levar à
fraqueza dos músculos, tornando-os
mais suscetíveis a lesões. Músculos
fracos têm menor resistência e
capacidade de suportar o estresse
causado por movimentos bruscos ou
excesso de carga.
peso coloca uma carga adicional
sobre os músculos e articulações,
aumentando a probabilidade de
lesões musculares durante atividades
físicas.
É importante ressaltar que o sedentarismo
não é o único fator que contribui para as
distensões musculares. Outros fatores, como
falta de aquecimento adequado, falta de
técnica correta durante a prática de exercícios
físicos e desequilíbrios musculares, também
podem desempenhar um papel importante.

2. Perda de flexibilidade: A falta de

alongamento e movimento pode levar
à perda de flexibilidade muscular e
articular. Músculos rígidos e inflexíveis
têm maior probabilidade de sofrer
estiramentos quando submetidos a
um movimento além de sua
capacidade.

3. Má postura: O sedentarismo
frequentemente está associado a uma
má postura, como ficar sentado por
longos períodos em posições
incorretas. A má postura pode resultar
em desequilíbrios musculares e
sobrecarregar certos músculos,
aumentando o risco de distensões
musculares.

4. Perda de condicionamento físico: A

falta de exercício regular reduz o
condicionamento físico geral,
incluindo a resistência muscular.
Quando os músculos não estão
adequadamente condicionados, eles
podem se fatigar mais facilmente, o
que aumenta o risco de lesões,
incluindo distensões musculares.

5. Aumento de peso: O sedentarismo

também está associado ao aumento
de peso e à obesidade. O excesso de