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Optou-se pela introdução de medicação pelo nível de sofri- com TDM, optando por medicações eficientes não só para

para fundamenta-se na maior atividade noradrenérgica dessa me- DESVE (succinato de desvenlafaxina monoidratado)
mento e comprometimento funcional causado pelos sintomas e reduzir sintomas depressivos globalmente, mas também dicação mesmo em doses mais baixas (50 a 100 mg/dia). A fal-
pela presença de sintomas de depressão melancólica, especial- para subgrupos de sintomas específicos. Por exemplo, ta de atividade noradrenérgica significativa dos ISRSs justifica Indicação: transtorno depressivo maior.
mente fadiga e perda de energia. Optou-se também pelo en- entre os sintomas mais comuns de depressão, há fadi- que a fadiga persista mesmo após melhora de outros domí-
Contraindicações: hipersensibilidade.
caminhamento para psicoterapia de orientação cognitivo-com- ga e perda de energia. A fadiga é um sintoma nuclear do nios de psicopatologia, como o humor, a ansiedade e o sono.
portamental, em razão do interesse de a paciente trabalhar diagnóstico de TDM, sendo definida como um sintoma fí- As vias noradrenérgicas no cérebro se originam no locus Reações adversas: hipercolesterolemia, alterações do
aspectos relacionados a seu desempenho no trabalho. Quanto sico de perda de energia. Porém, é mais do que isso, pois, coeruleus e projetam-se para o córtex e as áreas do siste- sono, dor de cabeça, tontura, xerostomia, hiperidrose, alte-
à escolha da medicação, a paciente solicitou que fosse escolhi- além de significar níveis reduzidos de força física, con- ma límbico. Essas vias estão envolvidas principalmente na
da substância que não causasse ganho de peso nem prejuízo tamina a experiência emocional e a mental do paciente. rações do apetite, síndrome de abstinência, alterações de
regulação da energia, da vigilância e da cognição. Postula-se
na libido. Por isso, optou-se pela introdução de desvenlafaxina Por exemplo, a fadiga pode ser causa de dificuldades cogniti- que alguns sintomas da depressão possam ser mais relacio- humor e da libido, tremor, parestesia, distúrbios de aten-
50 mg pela manhã. Em quatro semanas, referiu boa tolerabili- vas, de perda de foco ou de redução da motivação e iniciativa. nados às transmissões serotonérgica (por exemplo, reativi- ção, disgeusia, alterações da visão, hipertensão, fogachos,
dade e não teve nenhum efeito adverso significativo. A partir dade do humor, ansiedade, alterações de apetite), dopami-
Expressões físicas de fadiga seriam o cansaço e o retardo
da terceira semana, F. notou melhora no humor e no nível de alterações de batimentos cardíacos, gastrointestinais e de
psicomotor e expressões mentais, o esgotamento e os can- nérgica (anedonia) e noradrenérgica (por exemplo, energia

Referências Bibliográficas
energia. Também constatou melhora dos fogachos. e cognição). peso, disfunção erétil, ejaculação tardia, fadiga, alterações
saços intelectual, mental e emocional comumente relatados
No segundo mês, estava em remissão dos sintomas depres- pelos pacientes. Pacientes com altos níveis de fadiga tendem Especificamente, quando há combinação do TDM com de exames laboratoriais.

Visão de Especialista
sivos, porém ainda apresentava repercussões funcionais, não a ter mais comprometimento funcional, com repercussões sintomas climatéricos na equação etiológica da depressão
tendo o desempenho ocupacional restaurado. Após quatro me- no trabalho, no estudo e em suas atividades. Além disso, a com fadiga, a desvenlafaxina também pode ser especialmen- Precauções: mania, glaucoma de ângulo fechado, hiper-
ses de psicoterapia cognitivo-comportamental associada à des- persistência da fadiga como sintoma residual no tratamento te indicada. Isso porque há evidências de que pode aliviar tensão arterial, predisposição a sangramentos, alteração
venlafaxina, apresentou ótimo desempenho no trabalho, tendo com antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da sintomas vasomotores característicos da fase de transição
sido reconhecida com um prêmio na empresa por seu empenho
de comportamento, piora da depressão e ideação suicida,
serotonina (ISRSs) é um preditor de recaídas2. menopáusica, sem expor a paciente aos riscos da terapia de
e liderança. Nesse mesmo período, reencontrou-se com um ami- reposição hormonal3. gestantes, dirigir ou operar máquinas.
Ao analisar pacientes com TDM e fadiga importante, é
go de juventude e decidiram começar a sair juntos nos finais de
semana. Está bastante animada e disposta a iniciar um relacio-
sempre útil fazer uma avaliação clínica abrangente, incluindo Por fim, deve-se ressaltar que embora a desvenlafaxina Interações medicamentosas: inibidores da MAO,
fatores médicos gerais e medicações em uso. Por exemplo, seja derivada da venlafaxina, ambas as medicações têm
namento com ele. anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, antago-
em uma paciente em transição menopáusica, esse fator pode perfis farmacológicos distintos. Em comparação com a ati-
VISÃO DO ESPECIALISTA
Eficácia da
estar contribuindo para aumentar a fadiga dela. Algumas vidade serotonérgica, a desvenlafaxina tem atividade no-
nistas da dopamina e anestésicos de uso hospitalar.
medicações psiquiátricas também podem ser causa de fadi- radrenérgica três vezes maior que a da venlafaxina, o que
O tratamento de pacientes com TDM tem migrado, Posologia: 50-200 mg/dia, VO.
ga, como antidepressivos de efeito mais sedativo (por exem- a torna um fármaco único no arsenal terapêutico do mé-

Desvenlafaxina
nos últimos dez anos, para que se leve em conta uma série
plo, mirtazapina, antidepressivos tricíclicos) ou medicações dico psiquiatra4. É medicação de boa tolerabilidade, com MS 1.0043.1211 - VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ
de fatores na escolha medicamentosa, incluindo caracterís-
usadas como hipnóticos ou ansiolíticos (por exemplo, clona- perfil favorável em termos de peso e preservação da libido.
ticas específicas da apresentação clínica. Postula-se que as PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. SE

na Fadiga da
zepam, antipsicóticos atípicos). É especialmente indicada nos casos em que há presença
particularidades clínicas correspondam também a altera-
de sintomas ligados a déficits de transmissão noradrenér- PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER
ções neurobiológicas específicas. Uma estratégia para lidar Embora alguns colegas tenham o hábito de associar me-
dicações para o tratamento de fadiga residual, como psi- gica, como fadiga, em que consegue auxiliar os pacientes CONSULTADO. Material destinado exclusivamente aos
com a variabilidade interindividual no TDM é a abordagem

Depressão Maior
coestimulantes, é sempre preferível encontrar uma única a melhorarem em uma gama maior de domínios da psi-
RDoC (Research Domain Criteria) elaborada e promovida profissionais habilitados a prescrever medicamentos.
medicação que possa dar conta dos sintomas do paciente, copatologia depressiva, restaurando o funcionamento e a
pelo National Institute of Health dos Estados Unidos1. Na
restaurando seu funcionamento. O tratamento ótimo em mo- qualidade de vida. euroatende@eurofarma.com.br
população de pessoas com TDM, tal abordagem estabelece
que é possível identificar dimensões psicopatológicas, como noterapia tende a ter menos efeitos adversos, menor custo e
anedonia, sintomas somáticos ou alterações de sono. Cada mais adesão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ®

paciente apresentará uma combinação única de alterações Dentre as opções para o tratamento de pacientes com
1. Insel T, Cuthbert B, Garvey M, Heinssen R, Pine DS, Quinn K, et al. Research domain criteria
Soluções em Educação Médica

(RDoC): toward a new classification framework for research on mental disorders. Am J Psychiatry. © 2019 Conectfarma® Publicações Científicas Ltda.
nesses domínios. TDM e fadiga, a desvenlafaxina é útil, bem tolerada e efi- 2010;167(7):748-51. 2. Targum SD, Fava M. Fatigue as a residual symptom of depression. Innov
Clin Neurosci. 2011;8(10):40-3. 3. Sun Z, Hao Y, Zhang M. Efficacy and safety of desvenlafaxine
Rua Princesa Isabel, 94, cj.14 | 04601-000 | Brooklin Paulista | São Paulo/SP
Fone: 11 3552-2500 | www.conectfarma.net | BP 8877/19.
Profa. Dra. Elisa Brietzke
Uma tendência da literatura na área da depressão é ciente em monoterapia, de fácil posologia e adesão. Postula- treatment for hot flashes associated with menopause: a meta-analysis of randomized controlled Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada CRM/SP: 128.292 | RQE: 26.304
trials. Gynecol Obstet Invest. 2013;75(4):255-62. 4. Naseeruddin R, Marwaha R. Desvenlafaxine. em um sistema de recuperação ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio, seja Professora adjunta do Departamento de
identificar esses fenótipos dentro do conjunto de pacientes -se que sua eficácia no tratamento de depressão com fadiga StatPearls. Treasure Island: StatPearls, 2019-2018 Nov 28. eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a prévia autorização por escrito dos editores.
Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Eficácia da Desvenlafaxina na Para isso, os autores fizeram uma revisão de todos os estu-
dos da literatura avaliando o efeito da desvenlafaxina na fadiga
CASO CLÍNICO HISTÓRIA FAMILIAR sobrinho com transtorno do espectro au-

Fadiga da Depressão Maior


tista e pai com dependência de álcool.
em portadores de TDM. No total, foram encontrados nove es- IDENTIFICAÇÃO F. M. D., 48 anos, sexo feminino, branca, enge-
Profa. Dra. Elisa Brietzke tudos, todos de curta duração (máximo de 12 semanas). Todos nheira, divorciada, reside com as duas filhas. PERFIL PSICOSSOCIAL paciente trabalha em cargo de direção
CRM/SP: 128.292 RQE: 26.304
os estudos foram multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, de uma indústria alimentícia. Sempre teve bom desempenho
controlados e com grupos paralelos. Em cada um, os pacien- MOTIVO DA CONSULTA “depressão e desânimo”.
ARTIGO COMENTADO tes foram aleatoriamente randomizados para receber placebo
no trabalho por ser uma pessoa com excelente capacidade de
execução. Define-se como alguém extremamente organizada,
Lam RW, Wajsbrot DB, Meier E, Pappadopulos E, Mackell JA, Boucher M. Effect (ou duloxetina 60 mg/dia em um ensaio) ou uma dose fixa de HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL a paciente refere que desde o
of desvenlafaxine 50 mg and 100 mg on energy and lassitude in patients with major que planeja e segue cronogramas, sendo capaz de definir prio-
depressive disorder: a pooled analysis. J Psychopharmacol. 2017 Sep;31(9):1204-14. desvenlafaxina. Apesar de as doses de desvenlafaxina incluí- início de sua transição para a menopausa (há seis meses), co-
ridades nos projetos. Porém, com a ascensão no trabalho, tem
O estudo comentado neste material aborda especificamente das nesses ensaios variarem entre 10 mg e 400 mg/dia, ape- meçou a sentir-se com muito pouca energia, sempre cansada
sido deslocada para atividades mais estratégicas, para as quais
o efeito da desvenlafaxina em sintomas de perda de energia nas os dados dos braços de tratamento com placebo de 50 e e deprimida, “para baixo”, irritável e ansiosa. Tem tido dificul-
se sente menos capaz e experiente. No momento, está sem ne-
e fadiga na depressão. Fadiga e perda de energia são caracte- 100 mg/dia de desvenlafaxina foram incluídos para análise. dade para manter a rotina de exercícios (ioga e academia duas
nhum relacionamento e diz ainda estar em recuperação de uma
rísticas nucleares de um episódio depressivo maior e, por isso, Essas duas doses de desvenlafaxina foram escolhidas porque vezes por semana), por não ter ânimo de fazer exercícios. Tem
decepção amorosa ocorrida dois anos antes, quando descobriu
fazem parte dos critérios diagnósticos de manuais de diagnós- a dose de 50 mg/dia é a inicial recomendada e a dose de estado mais retraída socialmente. F. conta que costumava ir ao
que um parceiro de longa data estava tendo um relacionamen-
tico e classificação, como o Manual diagnóstico e estatístico 100 mg/dia, a dose máxima aprovada. cinema com as amigas todas as sextas-feiras e, com frequência,
to paralelo.
de transtornos mentais, quinta edição (DSM-5). Além disso, a Quando avaliados coletivamente, os dados deste estudo organizava jantares em casa, atividades para as quais tem esta-

Artigo Comentado
perda de energia é um dos sintomas residuais mais comuns em indicam que tanto a melhora precoce no retardo psicomotor do desmotivada. Tem insônia inicial e acorda pelo menos duas EXAME DO ESTADO MENTAL paciente aparenta a idade cro-

Caso Clínico
pacientes tratados com inibidores seletivos da recaptação de
serotonina. Isso provavelmente ocorre porque a perda de ener-
(semana 2) quanto o sintoma residual de perda de energia na vezes à noite, a maioria das vezes em razão da ocorrência de nológica e apresentou-se com roupas apropriadas e higiene
anúncio 11,2 cm x 27 cm
semana 8 foram associados a prejuízos funcionais na semana 8. fogachos. O apetite está aumentado e a paciente ganhou 3 kg adequada. Manteve bom contato visual e sua atitude foi coo-
gia própria da depressão está ligada a uma possível redução Tanto entre os respondedores quanto entre os pacientes que re- em seis meses e, no momento, encontra-se com índice de massa perativa. Afeto hipomodulado e congruente com o conteúdo + sangria de 5 mm
da atividade de vias noradrenérgicas. Por isso, medicações com mitiram da depressão, o escore de retardo psicomotor na sema- corporal igual a 29. Refere baixa autoestima, a maior parte das da fala. Chorou três vezes durante a entrevista. Atenção e
efeito dual (serotonérgicos e noradrenérgicos) tendem a ser su- na 8 foi significativamente menor com desvenlafaxina (ambas vezes se sentindo “gorda” e “velha”. Diz que sua libido está memória estão clinicamente preservadas. Pensamento encon-
periores na melhora desse grupo de sintomas. as doses) do que com placebo. Desvenlafaxina 50 e 100 mg/dia prejudicada, mas fica envergonhada de aprofundar-se no tema, tra-se levemente lentificado, com conteúdo de desesperança e
Para avaliar o efeito do incremento das atividades seroto- foram significativamente associadas à melhora dos sintomas de terminando a conversa com um “não está fácil pra ninguém”. pessimismo. Ausência de alterações de sensopercepção. Negou
nérgica e noradrenérgica, os autores escolheram avaliar a efi- energia e lassidão em pacientes com TDM e tanto a melhora Nega ideação suicida ou pensamentos de morte. ideação suicida ou de heteroagressão.
cácia da desvenlafaxina nos sintomas de fadiga em portadores inicial do nível de energia quanto menos déficits residuais de
de transtorno depressivo maior (TDM). O artigo retoma alguns energia foram associados à melhora funcional. ANTECEDENTES PSIQUIÁTRICOS paciente refere ter feito psico- DISCUSSÃO DIAGNÓSTICA o conjunto de sintomas e os dados
conceitos fundamentais, por exemplo, explicando que a desven- terapia pelo período de um ano durante a universidade “porque do Exame de Estado Mental permitem fazer o diagnóstico de
Esse estudo é muito importante, pois mostra que a desven-
lafaxina é um metabólito ativo da venlafaxina, sendo um anti- era muito ansiosa com as notas”. Aos 38 anos, um clínico ge- TDM _ episódio atual moderado. Um fator que pode estar con-
lafaxina foi eficaz em melhorar os sintomas de perda de energia
depressivo dual com mais atividade noradrenérgica comparado ral lhe prescreveu clonazepam 0,5 mg durante 30 dias, em um tribuindo para o quadro atual inclui a presença de transição
e de lassidão no TDM. Além disso, entre os pacientes que atingi-
ao fármaco original. período em que estava se divorciando. Depois, não fez uso de menopáusica.
ram recuperação funcional, a dose de 100 mg foi levemente su-
A desvenlafaxina teve eficácia demonstrada para o tra- perior à de 50 mg em melhorar sintomas residuais. Verificou-se mais nenhuma medicação, referindo que a ioga e a academia
CONDUTA E EVOLUÇÃO a primeira medida no atendimento da
tamento de TDM e foi aprovada em doses a partir de 50 mg. associação significativa entre a melhora precoce (semana 2) da auxiliavam-na, de forma significativa, a controlar a ansiedade.
paciente foi solicitar exames laboratoriais básicos, incluindo
Os objetivos do estudo foram: 1) comparar a mudança na gravi- perda de energia e fadiga e desfechos funcionais da depressão Consome de um a dois cálices de vinho, duas vezes por semana.
provas de função tireóidea, provas de funções hepática e renal
dade dos sintomas de perda de energia e lassidão em pacientes na semana 8. Esse estudo mostra que a presença e a intensi- Nega uso de tabaco, Cannabis e outras substâncias psicoativas.
com TDM durante tratamento com desvenlafaxina em doses de dade da fadiga e da perda de energia na baseline e a melhora e eletrocardiograma, que retornaram dentro dos limites da nor-
50 e 100 mg/dia versus placebo; 2) verificar se a melhora preco- desse sintoma com o tratamento são preditores muito relevantes DOENÇAS MÉDICAS GERAIS quatro cirurgias prévias sem in- malidade. Discutiu-se o caso com ginecologista que contrain-
ce da perda de energia é um preditor de resposta; 3) avaliar os no tratamento. Este artigo corrobora a eficácia do bloqueio da tercorrências (duas cesarianas, joanete e lipoaspiração no ab- dicou terapia de reposição hormonal em razão de a paciente
níveis de fadiga na baseline entre respondedores e remitentes; recaptação de serotonina e noradrenalina nessa população de dômen). Apneia obstrutiva do sono em tratamento com uso ter história de câncer de mama na família. No momento da
4) avaliar níveis residuais de fadiga e desfechos funcionais na pacientes. Além disso, subsidia a escolha da desvenlafaxina no regular de CPAP. Intolerância a glúten, sem diagnóstico de discussão da conduta com a paciente, ela manifestou preferir
oitava semana. tratamento do TDM com presença de fadiga e perda de energia. doença celíaca. tratamento combinado (medicação associada à psicoterapia).
Eficácia da Desvenlafaxina na Para isso, os autores fizeram uma revisão de todos os estu-
dos da literatura avaliando o efeito da desvenlafaxina na fadiga
CASO CLÍNICO HISTÓRIA FAMILIAR sobrinho com transtorno do espectro au-

Fadiga da Depressão Maior


tista e pai com dependência de álcool.
em portadores de TDM. No total, foram encontrados nove es- IDENTIFICAÇÃO F. M. D., 48 anos, sexo feminino, branca, enge-
Profa. Dra. Elisa Brietzke tudos, todos de curta duração (máximo de 12 semanas). Todos nheira, divorciada, reside com as duas filhas. PERFIL PSICOSSOCIAL paciente trabalha em cargo de direção
CRM/SP: 128.292 RQE: 26.304
os estudos foram multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, de uma indústria alimentícia. Sempre teve bom desempenho
controlados e com grupos paralelos. Em cada um, os pacien- MOTIVO DA CONSULTA “depressão e desânimo”.
ARTIGO COMENTADO tes foram aleatoriamente randomizados para receber placebo
no trabalho por ser uma pessoa com excelente capacidade de
execução. Define-se como alguém extremamente organizada,
Lam RW, Wajsbrot DB, Meier E, Pappadopulos E, Mackell JA, Boucher M. Effect (ou duloxetina 60 mg/dia em um ensaio) ou uma dose fixa de HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL a paciente refere que desde o
of desvenlafaxine 50 mg and 100 mg on energy and lassitude in patients with major que planeja e segue cronogramas, sendo capaz de definir prio-
depressive disorder: a pooled analysis. J Psychopharmacol. 2017 Sep;31(9):1204-14. desvenlafaxina. Apesar de as doses de desvenlafaxina incluí- início de sua transição para a menopausa (há seis meses), co-
ridades nos projetos. Porém, com a ascensão no trabalho, tem
O estudo comentado neste material aborda especificamente das nesses ensaios variarem entre 10 mg e 400 mg/dia, ape- meçou a sentir-se com muito pouca energia, sempre cansada
sido deslocada para atividades mais estratégicas, para as quais
o efeito da desvenlafaxina em sintomas de perda de energia nas os dados dos braços de tratamento com placebo de 50 e e deprimida, “para baixo”, irritável e ansiosa. Tem tido dificul-
se sente menos capaz e experiente. No momento, está sem ne-
e fadiga na depressão. Fadiga e perda de energia são caracte- 100 mg/dia de desvenlafaxina foram incluídos para análise. dade para manter a rotina de exercícios (ioga e academia duas
nhum relacionamento e diz ainda estar em recuperação de uma
rísticas nucleares de um episódio depressivo maior e, por isso, Essas duas doses de desvenlafaxina foram escolhidas porque vezes por semana), por não ter ânimo de fazer exercícios. Tem
decepção amorosa ocorrida dois anos antes, quando descobriu
fazem parte dos critérios diagnósticos de manuais de diagnós- a dose de 50 mg/dia é a inicial recomendada e a dose de estado mais retraída socialmente. F. conta que costumava ir ao
que um parceiro de longa data estava tendo um relacionamen-
tico e classificação, como o Manual diagnóstico e estatístico 100 mg/dia, a dose máxima aprovada. cinema com as amigas todas as sextas-feiras e, com frequência,
to paralelo.
de transtornos mentais, quinta edição (DSM-5). Além disso, a Quando avaliados coletivamente, os dados deste estudo organizava jantares em casa, atividades para as quais tem esta-

Artigo Comentado
perda de energia é um dos sintomas residuais mais comuns em indicam que tanto a melhora precoce no retardo psicomotor do desmotivada. Tem insônia inicial e acorda pelo menos duas EXAME DO ESTADO MENTAL paciente aparenta a idade cro-

Caso Clínico
pacientes tratados com inibidores seletivos da recaptação de
serotonina. Isso provavelmente ocorre porque a perda de ener-
(semana 2) quanto o sintoma residual de perda de energia na vezes à noite, a maioria das vezes em razão da ocorrência de nológica e apresentou-se com roupas apropriadas e higiene
anúncio 11,2 cm x 27 cm
semana 8 foram associados a prejuízos funcionais na semana 8. fogachos. O apetite está aumentado e a paciente ganhou 3 kg adequada. Manteve bom contato visual e sua atitude foi coo-
gia própria da depressão está ligada a uma possível redução Tanto entre os respondedores quanto entre os pacientes que re- em seis meses e, no momento, encontra-se com índice de massa perativa. Afeto hipomodulado e congruente com o conteúdo + sangria de 5 mm
da atividade de vias noradrenérgicas. Por isso, medicações com mitiram da depressão, o escore de retardo psicomotor na sema- corporal igual a 29. Refere baixa autoestima, a maior parte das da fala. Chorou três vezes durante a entrevista. Atenção e
efeito dual (serotonérgicos e noradrenérgicos) tendem a ser su- na 8 foi significativamente menor com desvenlafaxina (ambas vezes se sentindo “gorda” e “velha”. Diz que sua libido está memória estão clinicamente preservadas. Pensamento encon-
periores na melhora desse grupo de sintomas. as doses) do que com placebo. Desvenlafaxina 50 e 100 mg/dia prejudicada, mas fica envergonhada de aprofundar-se no tema, tra-se levemente lentificado, com conteúdo de desesperança e
Para avaliar o efeito do incremento das atividades seroto- foram significativamente associadas à melhora dos sintomas de terminando a conversa com um “não está fácil pra ninguém”. pessimismo. Ausência de alterações de sensopercepção. Negou
nérgica e noradrenérgica, os autores escolheram avaliar a efi- energia e lassidão em pacientes com TDM e tanto a melhora Nega ideação suicida ou pensamentos de morte. ideação suicida ou de heteroagressão.
cácia da desvenlafaxina nos sintomas de fadiga em portadores inicial do nível de energia quanto menos déficits residuais de
de transtorno depressivo maior (TDM). O artigo retoma alguns energia foram associados à melhora funcional. ANTECEDENTES PSIQUIÁTRICOS paciente refere ter feito psico- DISCUSSÃO DIAGNÓSTICA o conjunto de sintomas e os dados
conceitos fundamentais, por exemplo, explicando que a desven- terapia pelo período de um ano durante a universidade “porque do Exame de Estado Mental permitem fazer o diagnóstico de
Esse estudo é muito importante, pois mostra que a desven-
lafaxina é um metabólito ativo da venlafaxina, sendo um anti- era muito ansiosa com as notas”. Aos 38 anos, um clínico ge- TDM _ episódio atual moderado. Um fator que pode estar con-
lafaxina foi eficaz em melhorar os sintomas de perda de energia
depressivo dual com mais atividade noradrenérgica comparado ral lhe prescreveu clonazepam 0,5 mg durante 30 dias, em um tribuindo para o quadro atual inclui a presença de transição
e de lassidão no TDM. Além disso, entre os pacientes que atingi-
ao fármaco original. período em que estava se divorciando. Depois, não fez uso de menopáusica.
ram recuperação funcional, a dose de 100 mg foi levemente su-
A desvenlafaxina teve eficácia demonstrada para o tra- perior à de 50 mg em melhorar sintomas residuais. Verificou-se mais nenhuma medicação, referindo que a ioga e a academia
CONDUTA E EVOLUÇÃO a primeira medida no atendimento da
tamento de TDM e foi aprovada em doses a partir de 50 mg. associação significativa entre a melhora precoce (semana 2) da auxiliavam-na, de forma significativa, a controlar a ansiedade.
paciente foi solicitar exames laboratoriais básicos, incluindo
Os objetivos do estudo foram: 1) comparar a mudança na gravi- perda de energia e fadiga e desfechos funcionais da depressão Consome de um a dois cálices de vinho, duas vezes por semana.
provas de função tireóidea, provas de funções hepática e renal
dade dos sintomas de perda de energia e lassidão em pacientes na semana 8. Esse estudo mostra que a presença e a intensi- Nega uso de tabaco, Cannabis e outras substâncias psicoativas.
com TDM durante tratamento com desvenlafaxina em doses de dade da fadiga e da perda de energia na baseline e a melhora e eletrocardiograma, que retornaram dentro dos limites da nor-
50 e 100 mg/dia versus placebo; 2) verificar se a melhora preco- desse sintoma com o tratamento são preditores muito relevantes DOENÇAS MÉDICAS GERAIS quatro cirurgias prévias sem in- malidade. Discutiu-se o caso com ginecologista que contrain-
ce da perda de energia é um preditor de resposta; 3) avaliar os no tratamento. Este artigo corrobora a eficácia do bloqueio da tercorrências (duas cesarianas, joanete e lipoaspiração no ab- dicou terapia de reposição hormonal em razão de a paciente
níveis de fadiga na baseline entre respondedores e remitentes; recaptação de serotonina e noradrenalina nessa população de dômen). Apneia obstrutiva do sono em tratamento com uso ter história de câncer de mama na família. No momento da
4) avaliar níveis residuais de fadiga e desfechos funcionais na pacientes. Além disso, subsidia a escolha da desvenlafaxina no regular de CPAP. Intolerância a glúten, sem diagnóstico de discussão da conduta com a paciente, ela manifestou preferir
oitava semana. tratamento do TDM com presença de fadiga e perda de energia. doença celíaca. tratamento combinado (medicação associada à psicoterapia).
Optou-se pela introdução de medicação pelo nível de sofri- com TDM, optando por medicações eficientes não só para fundamenta-se na maior atividade noradrenérgica dessa me- DESVE (succinato de desvenlafaxina monoidratado)
mento e comprometimento funcional causado pelos sintomas e reduzir sintomas depressivos globalmente, mas também dicação mesmo em doses mais baixas (50 a 100 mg/dia). A fal-
pela presença de sintomas de depressão melancólica, especial- para subgrupos de sintomas específicos. Por exemplo, ta de atividade noradrenérgica significativa dos ISRSs justifica Indicação: transtorno depressivo maior.
mente fadiga e perda de energia. Optou-se também pelo en- entre os sintomas mais comuns de depressão, há fadi- que a fadiga persista mesmo após melhora de outros domí-
Contraindicações: hipersensibilidade.
caminhamento para psicoterapia de orientação cognitivo-com- ga e perda de energia. A fadiga é um sintoma nuclear do nios de psicopatologia, como o humor, a ansiedade e o sono.
portamental, em razão do interesse de a paciente trabalhar diagnóstico de TDM, sendo definida como um sintoma fí- As vias noradrenérgicas no cérebro se originam no locus Reações adversas: hipercolesterolemia, alterações do
aspectos relacionados a seu desempenho no trabalho. Quanto sico de perda de energia. Porém, é mais do que isso, pois, coeruleus e projetam-se para o córtex e as áreas do siste- sono, dor de cabeça, tontura, xerostomia, hiperidrose, alte-
à escolha da medicação, a paciente solicitou que fosse escolhi- além de significar níveis reduzidos de força física, con- ma límbico. Essas vias estão envolvidas principalmente na
da substância que não causasse ganho de peso nem prejuízo tamina a experiência emocional e a mental do paciente. rações do apetite, síndrome de abstinência, alterações de
regulação da energia, da vigilância e da cognição. Postula-se
na libido. Por isso, optou-se pela introdução de desvenlafaxina Por exemplo, a fadiga pode ser causa de dificuldades cogniti- que alguns sintomas da depressão possam ser mais relacio- humor e da libido, tremor, parestesia, distúrbios de aten-
50 mg pela manhã. Em quatro semanas, referiu boa tolerabili- vas, de perda de foco ou de redução da motivação e iniciativa. nados às transmissões serotonérgica (por exemplo, reativi- ção, disgeusia, alterações da visão, hipertensão, fogachos,
dade e não teve nenhum efeito adverso significativo. A partir dade do humor, ansiedade, alterações de apetite), dopami-
Expressões físicas de fadiga seriam o cansaço e o retardo
da terceira semana, F. notou melhora no humor e no nível de alterações de batimentos cardíacos, gastrointestinais e de
psicomotor e expressões mentais, o esgotamento e os can- nérgica (anedonia) e noradrenérgica (por exemplo, energia

Referências Bibliográficas
energia. Também constatou melhora dos fogachos. e cognição). peso, disfunção erétil, ejaculação tardia, fadiga, alterações
saços intelectual, mental e emocional comumente relatados
No segundo mês, estava em remissão dos sintomas depres- pelos pacientes. Pacientes com altos níveis de fadiga tendem Especificamente, quando há combinação do TDM com de exames laboratoriais.

Visão de Especialista
sivos, porém ainda apresentava repercussões funcionais, não a ter mais comprometimento funcional, com repercussões sintomas climatéricos na equação etiológica da depressão
tendo o desempenho ocupacional restaurado. Após quatro me- no trabalho, no estudo e em suas atividades. Além disso, a com fadiga, a desvenlafaxina também pode ser especialmen- Precauções: mania, glaucoma de ângulo fechado, hiper-
ses de psicoterapia cognitivo-comportamental associada à des- persistência da fadiga como sintoma residual no tratamento te indicada. Isso porque há evidências de que pode aliviar tensão arterial, predisposição a sangramentos, alteração
venlafaxina, apresentou ótimo desempenho no trabalho, tendo com antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da sintomas vasomotores característicos da fase de transição
sido reconhecida com um prêmio na empresa por seu empenho
de comportamento, piora da depressão e ideação suicida,
serotonina (ISRSs) é um preditor de recaídas2. menopáusica, sem expor a paciente aos riscos da terapia de
e liderança. Nesse mesmo período, reencontrou-se com um ami- reposição hormonal3. gestantes, dirigir ou operar máquinas.
Ao analisar pacientes com TDM e fadiga importante, é
go de juventude e decidiram começar a sair juntos nos finais de
semana. Está bastante animada e disposta a iniciar um relacio-
sempre útil fazer uma avaliação clínica abrangente, incluindo Por fim, deve-se ressaltar que embora a desvenlafaxina Interações medicamentosas: inibidores da MAO,
fatores médicos gerais e medicações em uso. Por exemplo, seja derivada da venlafaxina, ambas as medicações têm
namento com ele. anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, antago-
em uma paciente em transição menopáusica, esse fator pode perfis farmacológicos distintos. Em comparação com a ati-
VISÃO DO ESPECIALISTA
Eficácia da
estar contribuindo para aumentar a fadiga dela. Algumas vidade serotonérgica, a desvenlafaxina tem atividade no-
nistas da dopamina e anestésicos de uso hospitalar.
medicações psiquiátricas também podem ser causa de fadi- radrenérgica três vezes maior que a da venlafaxina, o que
O tratamento de pacientes com TDM tem migrado, Posologia: 50-200 mg/dia, VO.
ga, como antidepressivos de efeito mais sedativo (por exem- a torna um fármaco único no arsenal terapêutico do mé-

Desvenlafaxina
nos últimos dez anos, para que se leve em conta uma série
plo, mirtazapina, antidepressivos tricíclicos) ou medicações dico psiquiatra4. É medicação de boa tolerabilidade, com MS 1.0043.1211 - VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ
de fatores na escolha medicamentosa, incluindo caracterís-
usadas como hipnóticos ou ansiolíticos (por exemplo, clona- perfil favorável em termos de peso e preservação da libido.
ticas específicas da apresentação clínica. Postula-se que as PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. SE

na Fadiga da
zepam, antipsicóticos atípicos). É especialmente indicada nos casos em que há presença
particularidades clínicas correspondam também a altera-
de sintomas ligados a déficits de transmissão noradrenér- PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER
ções neurobiológicas específicas. Uma estratégia para lidar Embora alguns colegas tenham o hábito de associar me-
dicações para o tratamento de fadiga residual, como psi- gica, como fadiga, em que consegue auxiliar os pacientes CONSULTADO. Material destinado exclusivamente aos
com a variabilidade interindividual no TDM é a abordagem

Depressão Maior
coestimulantes, é sempre preferível encontrar uma única a melhorarem em uma gama maior de domínios da psi-
RDoC (Research Domain Criteria) elaborada e promovida profissionais habilitados a prescrever medicamentos.
medicação que possa dar conta dos sintomas do paciente, copatologia depressiva, restaurando o funcionamento e a
pelo National Institute of Health dos Estados Unidos1. Na
restaurando seu funcionamento. O tratamento ótimo em mo- qualidade de vida. euroatende@eurofarma.com.br
população de pessoas com TDM, tal abordagem estabelece
que é possível identificar dimensões psicopatológicas, como noterapia tende a ter menos efeitos adversos, menor custo e
anedonia, sintomas somáticos ou alterações de sono. Cada mais adesão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ®

paciente apresentará uma combinação única de alterações Dentre as opções para o tratamento de pacientes com
1. Insel T, Cuthbert B, Garvey M, Heinssen R, Pine DS, Quinn K, et al. Research domain criteria
Soluções em Educação Médica

(RDoC): toward a new classification framework for research on mental disorders. Am J Psychiatry. © 2019 Conectfarma® Publicações Científicas Ltda.
nesses domínios. TDM e fadiga, a desvenlafaxina é útil, bem tolerada e efi- 2010;167(7):748-51. 2. Targum SD, Fava M. Fatigue as a residual symptom of depression. Innov
Clin Neurosci. 2011;8(10):40-3. 3. Sun Z, Hao Y, Zhang M. Efficacy and safety of desvenlafaxine
Rua Princesa Isabel, 94, cj.14 | 04601-000 | Brooklin Paulista | São Paulo/SP
Fone: 11 3552-2500 | www.conectfarma.net | BP 8877/19.
Profa. Dra. Elisa Brietzke
Uma tendência da literatura na área da depressão é ciente em monoterapia, de fácil posologia e adesão. Postula- treatment for hot flashes associated with menopause: a meta-analysis of randomized controlled Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada CRM/SP: 128.292 | RQE: 26.304
trials. Gynecol Obstet Invest. 2013;75(4):255-62. 4. Naseeruddin R, Marwaha R. Desvenlafaxine. em um sistema de recuperação ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio, seja Professora adjunta do Departamento de
identificar esses fenótipos dentro do conjunto de pacientes -se que sua eficácia no tratamento de depressão com fadiga StatPearls. Treasure Island: StatPearls, 2019-2018 Nov 28. eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a prévia autorização por escrito dos editores.
Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Optou-se pela introdução de medicação pelo nível de sofri- com TDM, optando por medicações eficientes não só para fundamenta-se na maior atividade noradrenérgica dessa me- DESVE (succinato de desvenlafaxina monoidratado)
mento e comprometimento funcional causado pelos sintomas e reduzir sintomas depressivos globalmente, mas também dicação mesmo em doses mais baixas (50 a 100 mg/dia). A fal-
pela presença de sintomas de depressão melancólica, especial- para subgrupos de sintomas específicos. Por exemplo, ta de atividade noradrenérgica significativa dos ISRSs justifica Indicação: transtorno depressivo maior.
mente fadiga e perda de energia. Optou-se também pelo en- entre os sintomas mais comuns de depressão, há fadi- que a fadiga persista mesmo após melhora de outros domí-
Contraindicações: hipersensibilidade.
caminhamento para psicoterapia de orientação cognitivo-com- ga e perda de energia. A fadiga é um sintoma nuclear do nios de psicopatologia, como o humor, a ansiedade e o sono.
portamental, em razão do interesse de a paciente trabalhar diagnóstico de TDM, sendo definida como um sintoma fí- As vias noradrenérgicas no cérebro se originam no locus Reações adversas: hipercolesterolemia, alterações do
aspectos relacionados a seu desempenho no trabalho. Quanto sico de perda de energia. Porém, é mais do que isso, pois, coeruleus e projetam-se para o córtex e as áreas do siste- sono, dor de cabeça, tontura, xerostomia, hiperidrose, alte-
à escolha da medicação, a paciente solicitou que fosse escolhi- além de significar níveis reduzidos de força física, con- ma límbico. Essas vias estão envolvidas principalmente na
da substância que não causasse ganho de peso nem prejuízo tamina a experiência emocional e a mental do paciente. rações do apetite, síndrome de abstinência, alterações de
regulação da energia, da vigilância e da cognição. Postula-se
na libido. Por isso, optou-se pela introdução de desvenlafaxina Por exemplo, a fadiga pode ser causa de dificuldades cogniti- que alguns sintomas da depressão possam ser mais relacio- humor e da libido, tremor, parestesia, distúrbios de aten-
50 mg pela manhã. Em quatro semanas, referiu boa tolerabili- vas, de perda de foco ou de redução da motivação e iniciativa. nados às transmissões serotonérgica (por exemplo, reativi- ção, disgeusia, alterações da visão, hipertensão, fogachos,
dade e não teve nenhum efeito adverso significativo. A partir dade do humor, ansiedade, alterações de apetite), dopami-
Expressões físicas de fadiga seriam o cansaço e o retardo
da terceira semana, F. notou melhora no humor e no nível de alterações de batimentos cardíacos, gastrointestinais e de
psicomotor e expressões mentais, o esgotamento e os can- nérgica (anedonia) e noradrenérgica (por exemplo, energia

Referências Bibliográficas
energia. Também constatou melhora dos fogachos. e cognição). peso, disfunção erétil, ejaculação tardia, fadiga, alterações
saços intelectual, mental e emocional comumente relatados
No segundo mês, estava em remissão dos sintomas depres- pelos pacientes. Pacientes com altos níveis de fadiga tendem Especificamente, quando há combinação do TDM com de exames laboratoriais.

Visão de Especialista
sivos, porém ainda apresentava repercussões funcionais, não a ter mais comprometimento funcional, com repercussões sintomas climatéricos na equação etiológica da depressão
tendo o desempenho ocupacional restaurado. Após quatro me- no trabalho, no estudo e em suas atividades. Além disso, a com fadiga, a desvenlafaxina também pode ser especialmen- Precauções: mania, glaucoma de ângulo fechado, hiper-
ses de psicoterapia cognitivo-comportamental associada à des- persistência da fadiga como sintoma residual no tratamento te indicada. Isso porque há evidências de que pode aliviar tensão arterial, predisposição a sangramentos, alteração
venlafaxina, apresentou ótimo desempenho no trabalho, tendo com antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da sintomas vasomotores característicos da fase de transição
sido reconhecida com um prêmio na empresa por seu empenho
de comportamento, piora da depressão e ideação suicida,
serotonina (ISRSs) é um preditor de recaídas2. menopáusica, sem expor a paciente aos riscos da terapia de
e liderança. Nesse mesmo período, reencontrou-se com um ami- reposição hormonal3. gestantes, dirigir ou operar máquinas.
Ao analisar pacientes com TDM e fadiga importante, é
go de juventude e decidiram começar a sair juntos nos finais de
semana. Está bastante animada e disposta a iniciar um relacio-
sempre útil fazer uma avaliação clínica abrangente, incluindo Por fim, deve-se ressaltar que embora a desvenlafaxina Interações medicamentosas: inibidores da MAO,
fatores médicos gerais e medicações em uso. Por exemplo, seja derivada da venlafaxina, ambas as medicações têm
namento com ele. anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, antago-
em uma paciente em transição menopáusica, esse fator pode perfis farmacológicos distintos. Em comparação com a ati-
VISÃO DO ESPECIALISTA
Eficácia da
estar contribuindo para aumentar a fadiga dela. Algumas vidade serotonérgica, a desvenlafaxina tem atividade no-
nistas da dopamina e anestésicos de uso hospitalar.
medicações psiquiátricas também podem ser causa de fadi- radrenérgica três vezes maior que a da venlafaxina, o que
O tratamento de pacientes com TDM tem migrado, Posologia: 50-200 mg/dia, VO.
ga, como antidepressivos de efeito mais sedativo (por exem- a torna um fármaco único no arsenal terapêutico do mé-

Desvenlafaxina
nos últimos dez anos, para que se leve em conta uma série
plo, mirtazapina, antidepressivos tricíclicos) ou medicações dico psiquiatra4. É medicação de boa tolerabilidade, com MS 1.0043.1211 - VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ
de fatores na escolha medicamentosa, incluindo caracterís-
usadas como hipnóticos ou ansiolíticos (por exemplo, clona- perfil favorável em termos de peso e preservação da libido.
ticas específicas da apresentação clínica. Postula-se que as PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. SE

na Fadiga da
zepam, antipsicóticos atípicos). É especialmente indicada nos casos em que há presença
particularidades clínicas correspondam também a altera-
de sintomas ligados a déficits de transmissão noradrenér- PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER
ções neurobiológicas específicas. Uma estratégia para lidar Embora alguns colegas tenham o hábito de associar me-
dicações para o tratamento de fadiga residual, como psi- gica, como fadiga, em que consegue auxiliar os pacientes CONSULTADO. Material destinado exclusivamente aos
com a variabilidade interindividual no TDM é a abordagem

Depressão Maior
coestimulantes, é sempre preferível encontrar uma única a melhorarem em uma gama maior de domínios da psi-
RDoC (Research Domain Criteria) elaborada e promovida profissionais habilitados a prescrever medicamentos.
medicação que possa dar conta dos sintomas do paciente, copatologia depressiva, restaurando o funcionamento e a
pelo National Institute of Health dos Estados Unidos1. Na
restaurando seu funcionamento. O tratamento ótimo em mo- qualidade de vida. euroatende@eurofarma.com.br
população de pessoas com TDM, tal abordagem estabelece
que é possível identificar dimensões psicopatológicas, como noterapia tende a ter menos efeitos adversos, menor custo e
anedonia, sintomas somáticos ou alterações de sono. Cada mais adesão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ®

paciente apresentará uma combinação única de alterações Dentre as opções para o tratamento de pacientes com
1. Insel T, Cuthbert B, Garvey M, Heinssen R, Pine DS, Quinn K, et al. Research domain criteria
Soluções em Educação Médica

(RDoC): toward a new classification framework for research on mental disorders. Am J Psychiatry. © 2019 Conectfarma® Publicações Científicas Ltda.
nesses domínios. TDM e fadiga, a desvenlafaxina é útil, bem tolerada e efi- 2010;167(7):748-51. 2. Targum SD, Fava M. Fatigue as a residual symptom of depression. Innov
Clin Neurosci. 2011;8(10):40-3. 3. Sun Z, Hao Y, Zhang M. Efficacy and safety of desvenlafaxine
Rua Princesa Isabel, 94, cj.14 | 04601-000 | Brooklin Paulista | São Paulo/SP
Fone: 11 3552-2500 | www.conectfarma.net | BP 8877/19.
Profa. Dra. Elisa Brietzke
Uma tendência da literatura na área da depressão é ciente em monoterapia, de fácil posologia e adesão. Postula- treatment for hot flashes associated with menopause: a meta-analysis of randomized controlled Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada CRM/SP: 128.292 | RQE: 26.304
trials. Gynecol Obstet Invest. 2013;75(4):255-62. 4. Naseeruddin R, Marwaha R. Desvenlafaxine. em um sistema de recuperação ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio, seja Professora adjunta do Departamento de
identificar esses fenótipos dentro do conjunto de pacientes -se que sua eficácia no tratamento de depressão com fadiga StatPearls. Treasure Island: StatPearls, 2019-2018 Nov 28. eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a prévia autorização por escrito dos editores.
Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Eficácia da Desvenlafaxina na Para isso, os autores fizeram uma revisão de todos os estu-
dos da literatura avaliando o efeito da desvenlafaxina na fadiga
CASO CLÍNICO HISTÓRIA FAMILIAR sobrinho com transtorno do espectro au-

Fadiga da Depressão Maior


tista e pai com dependência de álcool.
em portadores de TDM. No total, foram encontrados nove es- IDENTIFICAÇÃO F. M. D., 48 anos, sexo feminino, branca, enge-
Profa. Dra. Elisa Brietzke tudos, todos de curta duração (máximo de 12 semanas). Todos nheira, divorciada, reside com as duas filhas. PERFIL PSICOSSOCIAL paciente trabalha em cargo de direção
CRM/SP: 128.292 RQE: 26.304
os estudos foram multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, de uma indústria alimentícia. Sempre teve bom desempenho
controlados e com grupos paralelos. Em cada um, os pacien- MOTIVO DA CONSULTA “depressão e desânimo”.
ARTIGO COMENTADO tes foram aleatoriamente randomizados para receber placebo
no trabalho por ser uma pessoa com excelente capacidade de
execução. Define-se como alguém extremamente organizada,
Lam RW, Wajsbrot DB, Meier E, Pappadopulos E, Mackell JA, Boucher M. Effect (ou duloxetina 60 mg/dia em um ensaio) ou uma dose fixa de HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL a paciente refere que desde o
of desvenlafaxine 50 mg and 100 mg on energy and lassitude in patients with major que planeja e segue cronogramas, sendo capaz de definir prio-
depressive disorder: a pooled analysis. J Psychopharmacol. 2017 Sep;31(9):1204-14. desvenlafaxina. Apesar de as doses de desvenlafaxina incluí- início de sua transição para a menopausa (há seis meses), co-
ridades nos projetos. Porém, com a ascensão no trabalho, tem
O estudo comentado neste material aborda especificamente das nesses ensaios variarem entre 10 mg e 400 mg/dia, ape- meçou a sentir-se com muito pouca energia, sempre cansada
sido deslocada para atividades mais estratégicas, para as quais
o efeito da desvenlafaxina em sintomas de perda de energia nas os dados dos braços de tratamento com placebo de 50 e e deprimida, “para baixo”, irritável e ansiosa. Tem tido dificul-
se sente menos capaz e experiente. No momento, está sem ne-
e fadiga na depressão. Fadiga e perda de energia são caracte- 100 mg/dia de desvenlafaxina foram incluídos para análise. dade para manter a rotina de exercícios (ioga e academia duas
nhum relacionamento e diz ainda estar em recuperação de uma
rísticas nucleares de um episódio depressivo maior e, por isso, Essas duas doses de desvenlafaxina foram escolhidas porque vezes por semana), por não ter ânimo de fazer exercícios. Tem
decepção amorosa ocorrida dois anos antes, quando descobriu
fazem parte dos critérios diagnósticos de manuais de diagnós- a dose de 50 mg/dia é a inicial recomendada e a dose de estado mais retraída socialmente. F. conta que costumava ir ao
que um parceiro de longa data estava tendo um relacionamen-
tico e classificação, como o Manual diagnóstico e estatístico 100 mg/dia, a dose máxima aprovada. cinema com as amigas todas as sextas-feiras e, com frequência,
to paralelo.
de transtornos mentais, quinta edição (DSM-5). Além disso, a Quando avaliados coletivamente, os dados deste estudo organizava jantares em casa, atividades para as quais tem esta-

Artigo Comentado
perda de energia é um dos sintomas residuais mais comuns em indicam que tanto a melhora precoce no retardo psicomotor do desmotivada. Tem insônia inicial e acorda pelo menos duas EXAME DO ESTADO MENTAL paciente aparenta a idade cro-

Caso Clínico
pacientes tratados com inibidores seletivos da recaptação de
serotonina. Isso provavelmente ocorre porque a perda de ener-
(semana 2) quanto o sintoma residual de perda de energia na vezes à noite, a maioria das vezes em razão da ocorrência de nológica e apresentou-se com roupas apropriadas e higiene
anúncio 11,2 cm x 27 cm
semana 8 foram associados a prejuízos funcionais na semana 8. fogachos. O apetite está aumentado e a paciente ganhou 3 kg adequada. Manteve bom contato visual e sua atitude foi coo-
gia própria da depressão está ligada a uma possível redução Tanto entre os respondedores quanto entre os pacientes que re- em seis meses e, no momento, encontra-se com índice de massa perativa. Afeto hipomodulado e congruente com o conteúdo + sangria de 5 mm
da atividade de vias noradrenérgicas. Por isso, medicações com mitiram da depressão, o escore de retardo psicomotor na sema- corporal igual a 29. Refere baixa autoestima, a maior parte das da fala. Chorou três vezes durante a entrevista. Atenção e
efeito dual (serotonérgicos e noradrenérgicos) tendem a ser su- na 8 foi significativamente menor com desvenlafaxina (ambas vezes se sentindo “gorda” e “velha”. Diz que sua libido está memória estão clinicamente preservadas. Pensamento encon-
periores na melhora desse grupo de sintomas. as doses) do que com placebo. Desvenlafaxina 50 e 100 mg/dia prejudicada, mas fica envergonhada de aprofundar-se no tema, tra-se levemente lentificado, com conteúdo de desesperança e
Para avaliar o efeito do incremento das atividades seroto- foram significativamente associadas à melhora dos sintomas de terminando a conversa com um “não está fácil pra ninguém”. pessimismo. Ausência de alterações de sensopercepção. Negou
nérgica e noradrenérgica, os autores escolheram avaliar a efi- energia e lassidão em pacientes com TDM e tanto a melhora Nega ideação suicida ou pensamentos de morte. ideação suicida ou de heteroagressão.
cácia da desvenlafaxina nos sintomas de fadiga em portadores inicial do nível de energia quanto menos déficits residuais de
de transtorno depressivo maior (TDM). O artigo retoma alguns energia foram associados à melhora funcional. ANTECEDENTES PSIQUIÁTRICOS paciente refere ter feito psico- DISCUSSÃO DIAGNÓSTICA o conjunto de sintomas e os dados
conceitos fundamentais, por exemplo, explicando que a desven- terapia pelo período de um ano durante a universidade “porque do Exame de Estado Mental permitem fazer o diagnóstico de
Esse estudo é muito importante, pois mostra que a desven-
lafaxina é um metabólito ativo da venlafaxina, sendo um anti- era muito ansiosa com as notas”. Aos 38 anos, um clínico ge- TDM _ episódio atual moderado. Um fator que pode estar con-
lafaxina foi eficaz em melhorar os sintomas de perda de energia
depressivo dual com mais atividade noradrenérgica comparado ral lhe prescreveu clonazepam 0,5 mg durante 30 dias, em um tribuindo para o quadro atual inclui a presença de transição
e de lassidão no TDM. Além disso, entre os pacientes que atingi-
ao fármaco original. período em que estava se divorciando. Depois, não fez uso de menopáusica.
ram recuperação funcional, a dose de 100 mg foi levemente su-
A desvenlafaxina teve eficácia demonstrada para o tra- perior à de 50 mg em melhorar sintomas residuais. Verificou-se mais nenhuma medicação, referindo que a ioga e a academia
CONDUTA E EVOLUÇÃO a primeira medida no atendimento da
tamento de TDM e foi aprovada em doses a partir de 50 mg. associação significativa entre a melhora precoce (semana 2) da auxiliavam-na, de forma significativa, a controlar a ansiedade.
paciente foi solicitar exames laboratoriais básicos, incluindo
Os objetivos do estudo foram: 1) comparar a mudança na gravi- perda de energia e fadiga e desfechos funcionais da depressão Consome de um a dois cálices de vinho, duas vezes por semana.
provas de função tireóidea, provas de funções hepática e renal
dade dos sintomas de perda de energia e lassidão em pacientes na semana 8. Esse estudo mostra que a presença e a intensi- Nega uso de tabaco, Cannabis e outras substâncias psicoativas.
com TDM durante tratamento com desvenlafaxina em doses de dade da fadiga e da perda de energia na baseline e a melhora e eletrocardiograma, que retornaram dentro dos limites da nor-
50 e 100 mg/dia versus placebo; 2) verificar se a melhora preco- desse sintoma com o tratamento são preditores muito relevantes DOENÇAS MÉDICAS GERAIS quatro cirurgias prévias sem in- malidade. Discutiu-se o caso com ginecologista que contrain-
ce da perda de energia é um preditor de resposta; 3) avaliar os no tratamento. Este artigo corrobora a eficácia do bloqueio da tercorrências (duas cesarianas, joanete e lipoaspiração no ab- dicou terapia de reposição hormonal em razão de a paciente
níveis de fadiga na baseline entre respondedores e remitentes; recaptação de serotonina e noradrenalina nessa população de dômen). Apneia obstrutiva do sono em tratamento com uso ter história de câncer de mama na família. No momento da
4) avaliar níveis residuais de fadiga e desfechos funcionais na pacientes. Além disso, subsidia a escolha da desvenlafaxina no regular de CPAP. Intolerância a glúten, sem diagnóstico de discussão da conduta com a paciente, ela manifestou preferir
oitava semana. tratamento do TDM com presença de fadiga e perda de energia. doença celíaca. tratamento combinado (medicação associada à psicoterapia).

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