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DEPRESSÃO DO IDOSO
( Depressão de Início Tardio – DIT)
American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5. American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5.
Washington, D.C: American Psychiatric Association. Washington, D.C: American Psychiatric Association.
DSM 5: critérios diagnóstico de depressão
American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5.
Washington, D.C: American Psychiatric Association.
Depressão:
doença de múltiplas redes cerebrais
Funções Executivas
-Humor deprimido na maior parte dos dia, indicado por relato subjetivo ou
observação feita por terceiros, pelo período mínimo de 15 dias.
-Presença, enquanto deprimido, de dois (ou mais)sintomas listados abaixo:
ETIOLOGIA
É multifatorial
1-Fatores Biológicos:
Perda neuronal e redução de neurotransmissores
Genéticos/epigenéticos
Doença física e/ou cerebral
Medicações (iatrogenia, polifarmácia)
2-Fatores Ambientais:
Diminuição da renda
Mudança de papel sociofamiliar
Luto/perdas
Doença incapacitante/dolorosa
Estresse crônico e traumas
Pouco acesso a serviços de saúde
2- FATORES AMBIENTAIS
Fatores etiológicos-
Medicamentos frequentemente associados à depressão: Fatores Repercussão
Mudanças de papel social Diminuição de interesses
Redução da autoestima
alfametildopa, Diminuição das atividades
reserpina, Perdas e luto Sintomas e transtorno depressivo,
cimetidina, isolamento, ansiedade
anfetaminas,
Eventos estressantes Sintomas depressivos e ansiosos
cocaína,
álcool, Modificação do suporte social Isolamento social
Diminuição do suporte emocional
sedativos e hipnóticos,
Perdas da renda
indometacina,
digoxina, Preconceito social (depressão como parte Pouca ajuda e apoio
interferon, do envelhecimento) Pouco diagnóstico
Tratamentos inadequados
nincristina,
mercúrio, Preconceito do indivíduo(vergonha da Recusa ao tratamento
tálio doença mental) Não relata queixas, priorizando sintomas
somáticos
Akiscal, 2000
EPIDEMIOLOGIA:
Epidemiologia da Depressão de Inicio Tardio
Sintomas Depressivos Clinicamente Relevantes (SDCR) ou depressão Primeiro episódio com início aos 60 anos ou +
sub sindrômica= 15%
Mais frequente no sexo feminino
Depressão Maior (DM) = 1 a 4% Prevalência na comunidade:
Depressão Maior varia de 3 a 15%,
Distimia:1,8 a 4,6%
Taxas são maiores nos países em desenvolvimento: SDCR:13 a39%
Problema metodológico?
Populações mais carentes, baixa renda, pouco acesso a serviços de saúde, pior Em pacientes ambulatoriais: 5 a10%
qualidade de vida ? Em pacientes internados: 9 a 16%
Na comunidade: sem diferença em relação a outras faixas etárias Idade: maior morbidade em idosos com mais de 70 anos
Em serviços de saúde: maior prevalência de DM e SDCR (Barcelos Ferreira e cols, 2009)
Depressão Maior:
Sintomas Depressão em Idosos
-Humor deprimido na maior parte dos dia, indicado por relato subjetivo ou
observação feita por terceiros, pelo período mínimo de 15 dias.
-Presença, enquanto deprimido, de dois (ou mais)sintomas listados abaixo:
Depressão Psicótica: delírios e alucinações congruentes com o humor, sendo Não preenche critérios para depressão maior9 Outras síndromes depressivas)
mais frequentes delírios de culpa, delírios paranóides, e os de falência ou É sub diagnosticada e sub tratada
apodrecimento de órgãos internos (sind. De Cotard).
Alucinações auditivas são mais comuns mas podem ocorrer alucinações • Sintomas depressivos podem ser vistos como parte de doença física
visuais.(25 a 28%) concomitante.
Suicídio
VanItallie TB. Metabolism. 2005 May;54(5 Suppl 1):39-44.
CURSO E PROGNÓSTICO DA DIT
Dependem do diagnóstico correto e tratamento adequado.
Suicídio no Brasil
Suicidio na terceira Idade
SEXO: Homens- 8,7% Mulheres- 2,4%
DEPRESSÃO VASCULAR
O conceito de depressão secundária a eventos cerebrovasculares não é novo. Gaupp (1905),
DEPRESSÃO VASCULAR
citado por Post (1962), descreveu 45 pacientes com depressão tardia secundária à
aterosclerose. A depressão de início tardio seria secundária a mudanças cerebrovasculares sutis,
devido à aterosclerose (“depressão aterosclerótica”), com fatores de risco como a hipertensão
arterial sistêmica (HAS.), diabetes melitos (DM) e hiperlipidemia (Krishnan e McDonald, 1995). O Idosos deprimidos com fatores de risco vascular tem quadro com características
termo depressão vascular foi então utilizado para descrever quadro depressivo associado à especificas demonstrando ser um processo etiopatológico diferente do da depressão
doença cerebrovascular, de início tardio, com sintomas persistentes, acompanhados de maior.
disfunção cognitiva, lentificação psicomotora, maior prejuízo funcional e diminuição da crítica,
associados aos fatores de risco para doença vascular e lesões cerebrovasculares difusas ou São sinais característicos dessas depressões:
multifocais em exames de neuroimagem cerebral (Krishnan et al., 1997). Presença de sinais neurológicos não focais (soft)
Estudos recentes revelaram que aterosclerose grave estaria associada à alta prevalência de História de doença vascular
transtornos depressivos vasculares, havendo forte correlação com coronariopatia grave e História de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
calcificação da aorta (Tiemeier et al., 2004). A avaliação e o diagnóstico de depressão em Presença de alterações na substância branca cerebral
pacientes com lesão cerebral são muitas vezes difíceis, pois as sequelas neurológicas, déficits de
linguagem ou memória, alteração do nível de consciência e a negação dos sintomas podem As alterações na substância branca foram investigadas e sua origem está relacionada com
dificultar a comunicação com o paciente prejudicando a entrevista. A correlação da depressão infartos e alterações nos espaços perivasculares. Alguns dos pacientes não apresentavam
com o local da lesão vascular tem sido estudada por autores que defendem que lesões mais os sinais clássicos de AVC, levantando a hipótese de que a própria depressão de início
anteriores (por exemplo, em lobos frontais) estariam associadas ao risco aumentado de tardio fosse uma manifestação da lesão vascular, neurologicamente silenciosa.
depressão (Kim e Choi-kwon, 2000).”
Barcelos , R et al - 2007
A DIT tem sintomas mais acentuados e frequentes de apatia e retardo psicomotor.
Depressão vascular
Critérios para depressão vascular:
Preencher os critérios para episódio depressivo
Apatia
Retardo psicomotor
Evidência de doença vascular fora do sistema nervoso central
O primeiro episódio depressivo tardio está mais relacionado a má resposta terapêutica e a Alterações estruturais na arquitetura cerebral (CT ou ressonância)
pior prognóstico, o que pode ser decorrente da associação com déficits cognitivos e do
progressivo desenvolvimento de demência em alguns pacientes (Salloway et al., 1996). Outras características clínicas
Refratáriedade ao tratamento farmacológico
Maior tempo de recuperação do episódio
Maior risco de AVC
Maior risco de recorrência
Maior risco de demência vascular
Há uma relação importante entre depressão de início tardio, déficits cognitivos mais
intensos e demência. Estes pacientes apresentam mais comumente lesões vasculares, Implicações no tratamento
preenchendo com maior frequência os critérios para depressão vascular. Devido à maior resistência ao tratamento farmacológico, Eletro Convulso Terapia (ECT) tem sido
(Barcelos, R – 2011)
proposta como terapia de escolha nesses casos. Ainda não há estudos conclusivos mas a
experiência clínica parece apontar nessa direção. Psicoterapia comportamental e cognitiva
também tem sido estudada nesses casos, assim como o uso de exercícios físicos que possuem a
vantagem extra de diminuir o risco de eventos vasculares.
Krishnan et al-1997
Medicações antidepressivas O resultado obtido traz novas perspectivas para o tratamento da depressão vascular, sendo
ECT necessários ensaios clínicos controlados que evidenciem o benefício da adição dos inibidores
Inibidores da colinesterase? das colinesterases aos antidepressivos no tratamento destes pacientes.
Uso de escalas: facilitam diagnóstico- GDS, MADRS etc • O diagnóstico da depressão pode ser melhorado pelo uso de instrumentos
de rastreio como a escala GDS e outras escalas para depressão como a
Anamnese: Histórico abrangente e detalhado do paciente com informantes MADRS.
objetivo e subjetivo; avaliação completa dos sintomas atuais com duração e
evolução; tratamentos realizados em episódios prévios (quando houver); avaliação
de ideia e planejamento suicida (segurança); história médica clinica e psiquiátrica; • O uso de testes de rastreio em idosos de serviços primários e
avaliação neuropsicológica básica, avaliação de funcionalidade anterior X atual institucionalizados é requerido urgentemente
Exame psíquico: humor, pensamento, anedonia, ansiedade, irritabilidade, • Considerar sintomas depressivos clinicamente relevantes (Depressão
alterações da psicomotricidade, critica do estado mórbido, pensamentos de Sub-Sindrômica)
morte, ideação e/ou planejamento suicida.
3. Você se sente um inútil nas atuais circunstâncias? SIM Não TRATAMENTO DA DIT
4. Você prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? SIM Não
5. Você sente que sua situação não tem saída? SIM Não
Não Medicamentoso
6. Você tem medo que algum mal vá lhe acontecer? SIM Não
11. Você se sente com mais problemas de memória do que a maioria? SIM Não ECT
12. Você deixou muitos de seus interesses e atividades? SIM Não
13. Você se sente de bom humor a maior parte do tempo? Sim NÃO EMT
14. Você se sente cheio de energia? Sim NÃO
Ponto de corte: 5
• A terapia combinada esteve associada a um benefício um pouco maior em Medicamentos antidepressivos são as escolhas de 1ª linha para
manter a remissão da depressão, quando comparada ao uso isolado da tratar depressão
medicação
Atividade física
Terapias Complementares
Bottino CM, Barcelos-Ferreira R, Ribeiz SR. Treatment of Depression in Older Adults Curr Psychiatry Rep. 2012 May 25
Antidepressivos de 1ª linha:
ISRS – Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina Sertralina, Citalopram, Não usar, se possível, A D tricíclicos devido aos efeitos
Escitalopram adversos, inclusive efeitos anticolinérgicos
NASSA - Mirtazapina
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
(Sempre começar com a metade da dose inicial dos adultos e titular
até a dose de recuperação total ou até que o doente tenha efeitos
colaterais intoleráveis)
Combinação de antidepressivos
ECT
OBRIGADA
EMT
ritaferreirapsy@gmail.com