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DEPRESSÃO

DEPRESSÃO Pode ser subdiagnosticada e subtratada


estima-se que 50% dos casos não são
tratados
Atribuição dos sintomas depressivos ao
próprio processo do envelhecimento
Sintomas semelhantes a de outras
doenças tais como demências
Sintomas podem ser confundidos com as
manifestações normativas do
envelhecimento como a diminuição na
frequência de prática de atividades
DEPRESSÃO
aceleração da perda de autonomia e
habilidade para a realização de atividades de
vida diária sem assistência
No Brasil, uma metanálise de 2010 indicou
prevalência estimada entre 3 e 15% de
depressão maior e de 13 a 39% de sintomas
depressivos clinicamente significativos
(frolenza, 2023)
costuma ter pior prognóstico, com curso
mais crônico e maior taxa de recaídas,
comorbidades médicas, comprometimento
cognitivo e mortalidade. Apresenta relação
bidirecional com a fragilidade em idosos
DEPRESSÃO
Queixas de depressão no idoso não
obedecem aos critérios diagnósticos do
DSM
“depressão sem tristeza”
Menor relato de: ideação suicida, culpa
e disforia
é frequentemente associada ao
comprometimento cognitivo
DEPRESSÃO
Maior relato de:
desesperança
lentidão psicomotora e isolamento
perda de peso, de apetite e prejuízos do
sono
concentram-se em questões somáticas
comprometimentos neuropsicológicos
(velocidade de processamento e em
funções executivas)
DEPRESSÃO
sintomatologia cognitiva associada ao transtorno do
humor.
“pseudodemência depressiva”.

Dificuldade em diferenciar a distinção entre a


pseudodemência depressiva e uma demência primária
pode ser difícil e desafiadora.

a depressão geriátrica como uma manifestação clínica de


um conjunto de alterações que cursam com declínio
cognitivo, mas também poderíamos observar o declínio
cognitivo como uma consequência da própria depressão.
DEPRESSÃO indivíduos com depressão de início tardio
apresentam risco aumentado de desenvolver
subseqüentemente uma demência.

um diagnóstico inicial de pseudodemência


depressiva pode evoluir, algum tempo depois,
para uma verdadeira demência associada à
depressão (situação de comorbidade), em vez
de simplesmente uma síndrome demencial
secundária à depressão

Os sintomas depressivos podem ainda ser um


DEPRESSÃO Idoso deprimido atinge um nível de
comprometimento cognitivo em que perde a
independência para as atividades de vida diária,
condição que é potencialmente reversível com a
remissão da depressão.

Em geral, apresentam quadro depressivo grave e


demencial leve.

Apesar de a síndrome demencial desaparecer após


remissão da depressão, uma grande porcentagem
progride para demência irreversível dentro de 2 a 3
anos.

Sintomas cognitivos graves em pacientes geriátricos


deprimidos parecem aumentar o risco de desenvolver
demência.
DEMÊNCIA NA DEPRESSÃO NA
DEPRESSÃO COM DÉFICITS
DEPRESSÃO
COGNITIVOS DEMÊNCIA
(PSEUDODEMÊNCIA)

Deficiências cognitivas Sintomas cognitivos são


Sintomas depressivos
importantes, com fazem parte da demência
parte integrante do quadro
quadro clínico como reação psicológica e
clínico da depressão
como conseqüência direta
semelhante ao de associados a outros
do distúrbio orgânico
quadros demenciais sintomas depressivos
cerebral

Fonte: Dra. Luciana Ponte 2020


DEPRESSÃO DEMÊNCIA
Desempenho ruim sempre
Desempenho variável
• Piora progressiva
• Não há piora progressiva
• Respostas aproximadas
• Respostas “não sei”
• Colaboração
• Negativismo / irritabilidade
• Desorientação têmporo – espacial é
• Sem desorientação têmporo – espacial
comum
• Sem alterações em testes de nomeação e
• Alterações nos testes de nomeação e
nos desenhos
nos desenhos
• Ausência de confabulações
• Confabulações presentes
Sem padrã típico no WAIS
Discrepancia entre os escores vervais e
de execução (wais)
DEPRESSÃO Depressão de início precoce e
de início tardio

Precoce – transtorno psiquiátrico


Tardia – comprometimento clínico (uso
de medicamentos – antiparsksonianos,
corticosteroides, antihipertensivos-
doenças endócrinas, neurológicas,
nutricionais, infecciosas e neoplasias
DEPRESSÃO Indivíduos que já apresentaram episódios
depressivos ao longo da vida terão mais
chance de desenvolvê-los na velhice

Desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento ao longo da vida aos
eventos estressores

Maior habilidade – uso somente de


psicoterapia

Menor habilidade – psicoterapia e


farmacologia
DEPRESSÃO Fatores Contextuais que influenciam o
desenvolvimento de crenças nos idosos (Gallagher
e Thompson)

Questões e valores geracionais específicos do


grupo etário do qual o idoso faz parte

Os tipos de papeis sociais comuns de serem


assumidos pelo idoso, levando-se em conta seu
curso de vida e a geração da qual faz parte

As perdas funcionais que o idoso venha a


apresentar e quais habilidades e recursos
disponíveis para adaptação a estas perdas
DEPRESSÃO Fatores de risco

incapacidade funcional, comprometimento


cognitivo leve, presença de doença crônica,
divórcio, baixa renda, baixo nível
educacional, convívio social prejudicado,
sexo feminino, alteração neurobiológica
relacionada à idade, morar sozinho,
vulnerabilidade genética, predisposição
constitucional, história de infarto do
miocárdio, acidente vascular cerebral,
entre outros
DEPRESSÃO Fatores protetores

nível educacional

socioecônomico elevado

engajamento em atividades
prazerosas

envolvimento religioso ou
espiritual
DEPRESSÃO
A depressão parece predizer o

declínio funcional e o início de

incapacidade, entretanto o

aumento da incapacidade parece

preceder o aparecimento de

sintomas depressivos em idosos


ESCALA DA DEPRESSÃO GERIÁTRICA

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