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R2 TI Karen F.

Moura
OBJETIVO DA REVISÃO
• Avaliar na literatura o passado e o presente da
ventilação durante a parada cardíaca.

• Palavras-chave: Parada cardiorrespiratória,


ressuscitação cardiopulmonar, ventilação.
INTRODUÇÃO
• O restabelecimento rápido da circulação e da
oxigenação dos órgãos vitais é um componente
importante na reanimação cardíaca.

• Durante a parada cardíaca, não há fluxo


circulatório do coração para o resto do corpo e a
sobrevivência celular vai depender da oxigenação
e, portanto, da rápida restauração da oxigenação
dos órgãos vitais como o coração e o cérebro.
• A reanimação cardiopulmonar (RCP) combina as
compressões torácicas com a insuflação
pulmonar, visando restaurar a perfusão e a
oxigenação do corpo.
• Terceira Causa de morte
nos Estados Unidos.

• 400 000 casos ocorrem


anualmente, com 10,6% de
taxa de sobrevivência.

• Quanto mais cedo for


iniciada, melhores as taxas
de sobrevivência.
• Apesar do importante papel do fornecimento de
oxigênio na PCR, não sabemos a melhor maneira
de ventilar nem a quantidade de ventilação
necessária para se ter bons resultados.
• Baixo fluxo: prejudicial pelo
fornecimento insuficiente de
oxigênio.

• Alto fluxo: Prejudicial por


alterar o débito cardíaco.
AHA – American Heart Association
• Duas ventilações após cada 30
compressões torácicas, ou
assincrônico, ventilando a cada
6 segundos se o paciente possuir
uma via aérea definitiva.

• Não se sabe quais os aspectos de


ventilação são determinantes da
sobrevivência (volume, fluxo,
etc).
RELAÇÃO COMPRESSÃO / VENTILAÇÃO:

• Ano 2000 5:1 15:2

• Ano 2006 15:2 30:2 em adultos


15:2 em crianças
30:2 X 15:2

• Aumenta o débito cardíaco e a circulação


sanguínea da artéria carótida comum sem piora
na gasometria.

• Aumentando a relação das compressões com a


ventilação aumenta a pressão de perfusão ao
custo de diminuir a pressão de troca de gases.
• LEMBRAR: Embora os períodos de
compressão torácica possam melhorar os
resultados neurológicos, a ventilação contribui
para o resultado positivo na RCP.
Compressões contínuas X 30:2
• Estudo randomizado, com n significativo

• Não encontrou diferenças nas taxas de sobrevivência ou


função neurológica.

• Resultados globais não apontam um braço de tratamento


como um método preferido.

• Contudo, uma análise pré-especificada por tratamento


(comparando a efetividade do tratamento administrado
ao paciente) melhorou a sobrevida com RCP de 30: 2.
FREQUÊNCIA DA VENTILAÇÃO
• A hiperventilação proporciona maior pressão
positiva, sendo potencialmente prejudicial

Aumento da pressão intratorácica


Diminuição do retorno venoso
Diminuição da pressão de perfusão coronariana
Diminuição das taxas de sobrevida
• A hiperventilação resulta em aumento da
exalação de dióxido de carbono (CO2) e
diminuição do CO2 gasométrico, causando
vasoconstrição cerebral, diminuição do fluxo
arterial, podendo causar isquemia.

• A AHA recomenda manter a PaCo2 entre 40-


45mmHg durante a RCP.
MÉTODOS DE VENTILAÇÃO
• Ventilação boca-a-
boca:
• Desde a década de
1960.
• A sobrevivência a longo
prazo não foi diferente
com esta técnica versus
compressões torácicas
isoladas.
• Bolsa-valva-
máscara:
• Dificuldade de manter
um nível adequado de
selo da máscara em
torno do rosto devido
às diferenças no
tamanho e na forma.
Efeitos adversos da BVM:
• Distensão gástrica
• Regurgitação
• Aspiração

Benefícios da BVM:
• Melhor sobrevida
INTUBAÇÃO X VIA AÉREA SUPRAGLÓTICA:
• Estudos observacionais.
• Resultados inconsistentes.
• Um estudo descobriu que os
pacientes que foram
intubados possuíam maior
probabilidade de retorno da
circulação espontânea e
maior sobrevida.
• Outro estudo encontrou
melhores resultados
associados com dispositivos
intraglóticos.
• É um estudo prospectivo

• Intubação endotraqueal vesus máscara laríngea


e taxa de sobrevivência nas primeiras 72 horas
em adultos com PCR.

• O ensaio irá inscrever um total de 3000


indivíduos.
VENTILAÇÃO PASSIVA
• Insuflação constante através de um tubo traqueal
com fluxo de 12L/min pode gerar uma pressão de
cerca de 10 cm de H2O e manter a pressão de
oxigênio arterial constante.
• Reduz efetivamente os efeitos anatômicos do espaço
morto para perto de zero.
• Compressões torácicas causam a expansão da parede
torácica, forçando o ar para fora dos pulmões.
• É eficaz se o volume corrente for suficiente e maior
do que o espaço morto (cerca de 2 ml / kg).
Máscara facial X Compressões torácicas
contínuas
• Estudo prospectivo

• Seus resultados evidenciaram que pacientes que receberam compressões


contínuas tiveram maior sobrevida e melhora nas taxas de alta
hospitalar.

• Os autores notaram que haviam outros protocolos em vigor que


poderiam contribuir para estas conclusões, tais como vários ciclos de
choque antes das tentativas de intubação e o desconhecimento se houve
ventilação ou não.

As compressões sozinhas são incapazes de gerar volumes que excedem o


espaço morto e são improváveis para produzir troca gasosa adequada.
PEDIATRIA
• As diretrizes sugerem que a hiperventilação não
tem qualquer benefício e prejudica o desfecho
neurológico.
• A hiperventilação diminui o fluxo sanguíneo
cerebral, causando diminuição do consumo de
oxigênio cerebral, mas a isquemia cerebral
aumenta com hipocapnia.
• Portanto, durante a parada cardíaca, pacientes
pediátricos são normo-ventilados.
CONCLUSÃO
• A maioria das pesquisas de RCP foi focada na otimização da
qualidade das compressões torácicas, mas poucas pesquisas
se concentraram no papel da ventilação. Isto pode ser devido
à dificuldade de medir a ventilação, especialmente durante as
primeiras fases da RCP.

• Técnicas foram desenvolvidas nos últimos anos para detectar


a inflação pulmonar durante a RCP - sinal de impedância
torácica.

• Ensaios prospectivos com foco na ventilação são necessários


e fornecerão dados importantes para prática clínica.

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