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EQUILÍBRIO SÓLIDO-LÍQUIDO

GIOVANNA BENVENUTO, JULIANA SAAVEDRA, LEONARDO NÓBREGA E YAN SANTOS


OBJETIVOS

Obter experimentalmente o diagrama temperatura (T) versus composição (x) para o equilíbrio sólido-

líquido de uma mistura eutética binária, a partir da análise visual de misturas desses dois componentes em
várias proporções.

Fazer a modelagem do equilíbrio sólido-líquido e comparar com os dados experimentais.


INTRODUÇÃO

 Diagrama de Fases  2 substâncias A e B presentes


Temperatura de  No caso deste experimento, foi realizado
solidificação de A
o ESL do naftaleno e bifenilo;
puro
 O diagrama de fases apresenta três
Temperatura de
solidificação de B
puro • fases distintas;
 Quanto mais se adiciona de um segundo
• composto, diminui a temperatura de
solidificação;
 O ponto eutético é o menor valor de
temperatura possível em que existe
somente uma fase líquida.
METODOLOGIA

Em seguida, colocou-se cada tubo dentro de


O experimento foi realizado em dois tubos
um béquer com água fervente
de ensaio, seguindo os seguintes valores:
Com o auxílio de um termômetro, mediu-se
Massa total de bifenilo (g) Massa total de naftaleno (g) as seguintes temperaturas:
0,0 2,0
• Temperatura de formação de líquido
0,6 2,0
Tubo 1
1,6 2,0 • Temperatura de líquido total (Ponto eutético)
2,4 2,0
• Temperatura de formação de sólido (ESL)
2,0 1,4

2,0 1,1 • Temperatura de sólido total


Tubo 2
2,0 0,5

2,0 0
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Consideramos o bifenilo como A e naftaleno  Com os pesos e adotando as massas

como B. molares de naftaleno e bifenilo como:


Massa molar nafataleno 128,17
Obteve-se os seguintes pesos: Massa molar bifenilo 154,21

Massa total de bifenilo (g) Massa total de naftaleno (g)


 Encontrou-se as frações molares xa e xb
0 2,0312

0,6417 2,0312 xa xb
Tubo 1
1,6012 2,0312 0 1
0,207967777 0,792032223
2,4018 2,0312
0,395839466 0,604160534
2,0802 1,3534
0,495658585 0,504341415
2,0802 1,103 0,560917446 0,439082554
Tubo 2
2,0802 0,448 0,610513809 0,389486191
0,794206177 0,205793823
2,0802 0
1 0
A B
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com as temperaturas medidas, chegamos a esta tabela final, que relaciona as temperaturas (°C e

K) com as frações molares para cada fração molar:

T (°C) T (K)
Tsólido Tlíquido Tsólido
Massa bifenilo (g) Massa naftaleno (g) xa xb Tlíquido inicial Teutético TESL Teutético TESL
total inicial total
0 2,0312 0 1 24,2 - 79,3 65,8 297,35 - 352,45 338,95
0,6417 2,0312 0,207967777 0,792032223 43,3 81,5 77,9 56,2 316,45 354,65 351,05 329,35
Tubo 1
1,6012 2,0312 0,395839466 0,604160534 39,8 85 40,3 38,8 312,95 358,15 313,45 311,95
2,4018 2,0312 0,495658585 0,504341415 32,4 76,7 45,3 40,3 305,55 349,85 318,45 313,45
2,0802 1,3534 0,560917446 0,439082554 39,8 80,6 52 43,2 312,95 353,75 325,15 316,35
2,0802 1,103 0,610513809 0,389486191 39,9 83,4 55 39,8 313,05 356,55 328,15 312,95
Tubo 2
2,0802 0,448 0,794206177 0,205793823 43,6 85,1 65,9 48,7 316,75 358,25 339,05 321,85
2,0802 0 1 0 40 73,4 69,8 54 313,15 346,55 342,95 327,15
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Logo chegou-se ao seguinte gráfico:

360
Dados experimentais
350

340
Temperatura (K)

330

320

310

300

290
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
FRAÇÃO MOLAR DE A
Dados experimentais
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Comparação com a literatura


Dados experimentais x Literatura
Gallus et al, Binary Solid–Liquid Phase Diagrams of 360

Selected Organic Compounds, Journal of Chemical 350


Education, vol, 78, No, 7, July 2001.

Temperatura (K)
340

xa T ESL (°C) T ESL (K) 330


0 82,19 355,34
0,08 77,5 350,65 320
0,18 70,94 344,09
0,26 66,25 339,4 310
0,33 61,56 334,71
0,42 52,5 325,65 300
0,5 42,19 315,34
0,57 40,31 313,46 290
0,64 47,5 320,65 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
0,7 53,44 326,59
FRAÇÃO MOLAR DE A
0,78 60,31 333,46
0,85 67,5 340,65
1 68,44 341,59 Dados experimentais Literatura
MODELAGEM UNIFAC

 Modelo de composição local em que o cálculo do  Para o cálculo de Je L temos:


coeficiente de atividade é uma soma de dois
termos: um combinatorial e outro residual

 Para o cálculo de re q, utilizou-se dados


 A parte combinatorial é descrita pela seguinte
extraídos da tabela H.1 livro do Van Ness
equação

Dados retirados da Tabela H.1 do Van-Ness


Grupo Subgrupos Rk Qk vk(1) vk(2)
ACH ACH - nº 3 0,5313 0,400 8,0 10,0
AC (carbono
ACH - nº 3 0,3652 0,120 2,0 2,0
aromat)
MODELAGEM UNIFAC

 Para esta modelagem, consideramos dados de


x1 e x2 padrão (0 a 1, com diferenças de 0,05),  Com os gamas calculados, e através da equação
para obtermos mais pontos amostrais abaixo, foi possível prever as temperaturas (K)
para cada fração molar.

 Desconsideramos o coeficiente de atividade


residual, pois os subgrupos são iguais

 Utilizou-se os dados da tabela abaixo


 Logo, calculou-se o γ1 e γ2 Espécies Hfus(J/mol) Tm (K) R (J/K.mol)
1 Naftaleno 19123 353,15 8,3144621
2 Bifenilo 18577,5 342,35  

 Para este cálculo, foi necessário o uso o solver


do Excel.
MODELAGEM UNIFAC

Modelagem UNIFAC Dados experimentais x Modelagem UNIFAC


360 360
355 355
Temperatura (K)

Temperatura (K)
350 350
345 345
340 340
335 335
330 330
325 325
320 320
315 315
310 310
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
FRAÇÃO MOLAR DE A FRAÇÃO MOLAR DE A

curva teórica Dados experimentais curva teórica


ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Variação Hfusão 410


Variação Tfusão
360
355
390
350
345
Temperatura (K)

370

Temperatura (K)
340
335 350
330
325 330

320
310
315
310 290
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
FRAÇÃO MOLAR DE A FRAÇÃO MOLAR DE A

original +500J +1000J +2000J original -10 K +25 K +50 K


CONCLUSÃO

 Tiveram algumas divergência em pontos no experimento (segundo e terceiro)

 Possivelmente, ocorreram problemas experimentais, como na medição da temperatura

 Quando comparados a modelagem e a literatura, os dados medidos se comportam dentro do esperado


para a curva do equilíbrio sólido-líquido

 Pode-se mostrar que a modelagem UNIFAC é adequada para ESL

 Na análise de sensibilidade para as variações de temperatura e entalpia de fusão, que mostrou maior
sensibilidade para a temperatura do que para entalpia.

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