Você está na página 1de 28

História da

Alfabetização
Aprendizagem da Língua Portuguesa

Profa Ms. Paula Barros


Introdução
• A alfabetização é tão antiga quanto a própria
escrita, devido à necessidade de socialização
do código.
• Os sistemas de escrita em geral simples e
práticos demonstrando o interesse em
favorecer a decifração.
https://youtu.be/Y4OI4wnU-Rg
História da escrita

• https://www.todoestudo.com.br/historia/historia-da-escrit
a
Alfabetização na Idade Média

• http://unidadedidatica3letras.blogspot.com/2013/06/a-alf
abetizacao-na-idade-media.html
História das cartilhas

• https://pedagogiaaopedaletra.com/historia-das-cartilhas-
de-alfabetizacao-as-mais-antigas/
A leitura e a escrita na antiguidade

• A escrita é um fato social, daí a necessidade de


ser conhecida pelos sujeitos sociais.

• Existe uma articulação direta entre leitura e


escrita, uma não existe sem a outra, daí a
necessidade da alfabetização.
A leitura e a escrita na antiguidade

• A escrita se constitui como “sistema de


formas gráficas, figurativas ou não, para
representar palavras ou frases ou mesmo
históricas”
A leitura e a escrita na antiguidade

•A escrita surgiu do sistema de


contagem para registro da produção e
do comércio.
A leitura e a escrita na antiguidade
• Significado de alfabetizado na escrita
primitiva: “saber ler o que os símbolos
significavam e ser capaz de escrevê-los”.
• Assim a invenção da escrita inclui as regras
de alfabetização.
A leitura e a escrita na antiguidade
• Surgimento da escrita de maneira autônoma:

Local Período
Suméria 3.300 a.C.
Egito 3.000 a.C.
China 1.500 a.C.

•Todos os sistemas de escrita foram criados a


partir do contato com outros sistemas.
Alfabetização na antiguidade
• Aprendia-se a ler e escrever e lendo algo
já escrito e copiando.

• Leitura de palavras

• Leitura (exaustiva) de textos famosos


• Escrita dos próprios textos



Alfabetização na antiguidade

“O trabalho de leitura e cópia era o


segredo da alfabetização” (p. 17) –
aprendizagem

por transmissão de
conhecimentos.
Relação sistema de escrita e
alfabetização
• Princípio acrofônico - o som inicial do nome da
letra é o som que a letra representa:
Letra Fonema
B Bê
V Vê

Esse princípio permite a simplificação


no número de letras e a leitura e a escrita.
Alfabetização na Idade Média
• A alfabetização geralmente ocorria em casa, por
tanto não era uma atividade escolar.
• Permanência do princípio acrofônico.

• Decorar o nome das letras


• Somatória dos valores sonoros das letras


• Descoberta da palavra escrita



Outros elementos que
facilitavam a alfabetização
• Os aprendizes como falantes da língua a ser
aprendida;
• O contexto linguístico e as ilustrações que
ajudavam com informações complementares;

DIFICULDADE:
• Surgimento de outras formas gráficas das letras
(A = a)
O aparecimento das cartilhas/Séc. XV
e XVI
• Criação da imprensa e
maior divulgação de material
• escrito;
Maior necessidade de
socialização da e da
leitura
• escrita;
Aparecimento das cartilhas;
• Maior desenvolvimento
da
gramática;
• Surgimento de
propostas. diferentes
Primeiras obras/cartilhas/propostas
Autor Características

Jan Hus Conjunto de frases de cunho religioso

Valentin De mesmo cunho, mas incluindo lista de sílabas simples


Ickelsamer

Comênius Lições acompanhadas de gravuras

La Salle Ensino dividido em 05 lições: tábua do alfabeto, tábua das


sílabas, silabário, aprender a soletrar e a silabar e o
desenvolvimento da leitura.

José Hamel Aulas de 15 minutos com ensino coletivo.

Robert Owen Escolas para os filhos dos operários

Froebel Fundação dos jardins de infância


Cartilhas da Língua Portuguesa
• João de Barros – Cartinha (mesmo esquema da
Cartilha do ABC);

• Antonio de Castilho – Metodo portuguez para o


ensino do ler e do escrever;

• João de Deus – Cartilha maternal ou arte da


leitura
Os métodos/processos de
Alfabetização
• Método sintético

• Método analítico

• Método misto

• Construtivismo – psicogênese da língua escrita


As cartilhas e alfabetização
• Até 1950:

 As cartilhas davam ênfase à leitura;


 Ensinavam o abecedário;
Leitura através de exercícios de decifração e
identificação de palavras – relação letra/som;
 Leitura de textos de autores famosos;
 Muita cópia.
As cartilhas e alfabetização
• Acartilha dá ênfase à escrita – a
partir de 1950
Cenário: início do processo
de democratização do acesso à escola;
Ênfase à produção escrita – escrita
de palavras;
 Ênfase na atividade de ensino;
No lugar do alfabeto, as palavras- chave,
as sílabas geradoras e textos apenas com
as palavras já estudadas.
As cartilhas e alfabetização
• O processo do ba-be-bi-bo-bu contribuiu com o
fracasso escolar.

MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o


aprender. Porto Alegre:Mediação. 1996.
O manual do professor
• Omanual foi criado estratégia para
como combater a reprovação
escolar;
• Eram meramente instrumentais, como
um
script;
• Devido a do fracasso escolar
permanência surgem
abordagens individualista e
biologicista.
as
O período preparatório
• Uso inadequado de “teorias” fundamentaram a
explicação psicologicista para o fracasso escolar;
• Como proposta surge o período preparatório –
exercícios de prontidão;
• Essa explicação tirava o foco da situação
desigual da nossa sociedade que não permite as
mesmas condições de vida e de aprendizagem a
todos;
• Equívoco pedagógico e psicológico.
Alfabetização Hoje
• Continuidade do “método” das cartilhas;

• Retomada de idéias básicas como: ensino do


alfabeto, das relações letra/som, dos diferentes
sistemas de escrita e da ortografia;

• Retirada dos conteúdos de gramática;

• A criação do ciclo de alfabetização;


Alfabetização na escola
• Crítica aos vários
educacionais”
“pacotes aplicados
à alfabetização;

do professor:
• Necessidadepsicológica
pedagógica, da e linguística;
formação

• Reconhecimento da obra de Paulo Freire.


Referências
• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando
sem bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione,
2010.
• Moll, Jaqueline. Alfabetização possível:
reinventando o ensinar e o
Porto Alegre: Mediação, 1996. aprender.

Você também pode gostar