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Processo Paralelo de

simulação de temperatura
utilizando sensores na peça
usinada.

Renato de Pieri Cattacini RA: 12.120.023-2


Juan Gustavo Ferreira Uchoa Vieira RA: 12.221.152-7
Introdução

LINK da apresentação:
https://youtu.be/z_ORtUfe-BQ
Introdução

• Qual o Problema?

• Calor induzido na usinagem de peças pode causar que as mesmas percam


alguns fatores de geometria;

• Simulações de temperatura feitas na fase do projeto não refletem a totalidade


de fatores que podem deformar a peça durante a sua usinagem,
principalmente peças de pequenas dimensões e que necessitam de uma
exatidão elevada ou que são usinadas a seco.
Introdução

• Qual a solução proposta?

• Criar um processo de monitoramento de temperaturas na peça usinada de maneira


simultânea.

• Usar esse método para diminuir quantidade de peças rejeitadas na indústria


Desenvolvimento
Desenvolvimento - Trabalhos relacionados
• Muitas pesquisas estudam maneiras de determinar o campo de temperaturas em uma peça.

• 1º - “Método Empírico”
• Combinou o método empírico com um modelo de peça usinada para simular o fluxo do calor;
• Não é prático para a indústria uma vez que é necessário um ajuste no modelo para cada combinação de ferramenta, peça, material e
processo;

• 2º - “Modelos numéricos da zona de corte:


• Esse método incluiu a formação de cavacos e a fricção da ferramenta durante usinagem utilizando modelos de elementos finitos (FE);
• É necessário inserir dados sobre propriedades do material, parâmetros do processo, geometria da ferramenta e calor trocado com o
ambiente essas variáveis podem ser ajustadas ou modificadas facilmente no software;
• Comparando com o método empírico, o uso de simulações de FE reduzem o esforço de calibração e de determinação de parâmetros no
caso de mudanças nas condições de contorno. Por esse motivo, é uma simulação que requer menor esforço computacional.
• Para parametrizar as variáveis é realizado as simulações e os resultados são comparados com dados medidos para ajustar o modelo de
uma maneira interativa.
• Porem, devido ao longo tempo computacional do processo esse método ainda é lento demais para estimar temperaturas em tempo real e
fica mais útil durante a fase de projeto.
Desenvolvimento - Trabalhos relacionados
• 3º - “Solução de Liang et al.”:
• Para determinar o calor gerado durante a usinagem Liang et al. Apresentou um procedimento inverso de condução de calor;
• Um modelo analítico do fluxo de calor entre a ferramenta e o prendedor da ferramenta, baseado em mudanças de temperatura no prendedor
da ferramenta possibilitou a determinação do fluxo de calor real.
• Entretanto, essa solução é apenas viável para geometrias simples como a do prendedor de ferramenta. Para geometrias mais complexas,
uma solução não é possível;

• 4° - “Solução de Großmannet al.”:


• Assim, Großmannet al. Apresentou um modelo para estimar e compensar a deformação térmica de uma ferramenta de máquina em tempo
real pelo método M.O.R. (Method of model order reduction);
• Com esse método a quantidade de equações de um modelo de FE foi reduzido, junto com o tempo computacional;
Desenvolvimento - Processo paralelo de cálculo de campos de
temperatura

• Um modelo foi desenvolvido para calcular a temperatura durante a


usinagem a seco baseado na temperaturas locais medidas
paralelamente ao processo.

• 1° etapa: Modelo numérico do processo é utilizado para encontrar os


melhores locais para os sensores de temperatura;

• 2° etapa: Um novo método para identificar parâmetros cruciais de


modelagem para usinagem a seco foi aplicado. Assim, o modelo de fase
de projeto foi reduzido em sua complexidade para ser utilizado como
uma cópia digital “paralela” a máquina;

• 3° etapa: Um observador foi desenvolvido para considerar as mudanças


nas condições térmicas. As temperaturas medidas localmente ajudam a
estimar a distribuição de temperaturas dentro da peça, determinando
erros de formato e adaptar o caminho da ferramenta de acordo;
Desenvolvimento – Processo de referência e modelagem

• Um processo comum na indústria é a fresagem de flange,


para esse estudo foi utilizado uma peça em formato de L
em analogia a uma flange de suporte de roda.

• Para simular o fluxo de calor ao longo do caminho da


ferramenta, a superfície é dividida em secções;
• As posições ideias para os sensores de temperatura estão nas
costas da peça “Sensing surface”;
• A área da flange é aumentada por um “bloco de extensão”.
• Durante os testes, apenas o bloco de extensão teve que ser
trocado e os sensores são permanentes durante todo o
processo para evitar problemas nas medições;
Desenvolvimento – Processo de referência e modelagem

• A figura ao lado mostra o modelo de FE da peça, a seção da


flange usinada e o caminho do fluxo de calor.

• A adicionar o bloco de extensão para o processo de fresagem,


temos uma área de conexão entre as duas peças;
• O coeficiente de troca de calor entre elas tem que ser determinado
e é comparável ao coeficiente de troca de calor entre a peça e o
dispositivo de fixação;
• Dividindo a área usinada da flange em seções chegamos em um
conflito. Mais seções geram uma simulação mais precisa, porém
também usa mais tempo computacional.
• Com os resultados das simulações para ter o modelo mais
preciso, a área foi dividida em 30 partes no processo de
planejamento;
Desenvolvimento – Posicionamento dos sensores de temperatura

• O desafio principal para encontrar a posição dos sensores está em encontrar a posição ideal:

• Os sensores só podem ser integrados a superfícies que se mantem intactas durante o processo de usinagem;
• Locais com áreas pequenas ou de difícil acesso também não são ideias para o posicionamento dos sensores;
• Para a peça escolhida, a parte traseira da peça em formato de L é o local desejado (mostrado na figura do slide 9)
• O tempo de resposta é influenciado pela condutividade térmica do material da peça e a sua geométrica;
Desenvolvimento – Posicionamento dos sensores de temperatura

• Devido a geometria, o calor pode não fluir em todas as direções ou por diferentes geometrias. Consequentemente, o fluxo de
calor flui com diferentes velocidades e pode acumular em alguns locais da peça;

• Picos altos de temperatura são importantes para ter o menor ruido dos sinais possível e é influenciada pelo calor induzido, a
geometria da peça e a sua condutividade térmica ;

• Levando os dois pontos em consideração, a razão do máximo pico de temperatura é calculada pela simulação de FE. Para diferentes
razões de alimentação e fluxos de calor;
• Após investigações com razões de alimentações de 500 a 1500 mm/min e fluxos de calor de 250 a -500 W/m² mostram nenhuma
influencia significativa nas posições qualitativas dos sensores térmicos.
Desenvolvimento – Processo de referência e modelagem

• A figura ao lado mostra a razão da amplitude da temperatura em


relação ao tempo de resposta para uma simulação de FE, com uma
fonte de calor móvel.
• A posição com a maior razão é a melhor para a integração dos sensores
térmicos. Conforme a imagem ao lado: (Suitable part of the sensor
surface);

• Sensores adicionais de referência são adicionados;


• 1 para identificação do parâmetro de referência é posicionado dentro do
meio do bloco de extensão.
• Para identificar a transferência de calor do bloco para a peça, outro sensor
é posicionado perto da superfície de contado;
• 6 sensores são utilizados na peça para verificar a reconstrução do campo
de temperatura;

• A distribuição apenas é divergente no valor da razão absoluta. Portanto nenhuma


peso nos fatores é necessário;
Desenvolvimento – Identificação dos parâmetros do modelo
• Utilizando um modelo numérico de FE é possível computar a distribuição da temperatura na peça e a sua troca de calor com o
ambiente. Porém, um cálculo preciso é dependente de parâmetros térmicos precisos;

• O fluxo de calor do processo é determinado pela complexa carga termomecânica na ponta de corte;
• A troca de calor com o ambiente é determinada pela condução de calor no mecanismo de fixação, a convecção livre e forçada com o ar
ambiente e a radiação térmica;
Desenvolvimento – Identificação dos parâmetros do modelo
• Variáveis:

• Os parâmetros térmicos de densidade de fluxo de calo q;


• O coeficiente de calor de condução αcd;
• O coeficiente de calor de convecção αcvfr e αcvfo;
• A emissividade do material afeta todas as variáveis a cima;
• Esses valores variam para todas as combinações de ferramentas, material da peça, esquema de fixação e parâmetros de processo;
• Adicionalmente, os coeficientes de transferência de calor dependem das influências do ambiente.
• A equação a seguir calcula o fluxo de calor Qwp na peça, inserindo o fluxo de calor de entrada Qwi e a saída de calor dos componentes
dependendo dos parâmetros térmicos;
Desenvolvimento – Identificação dos parâmetros do modelo

• A figura ao lado mostra esquematicamente a peça com o calor


provocado pelo processo de corte e as diferentes saídas de
calor.

• O modelamento térmico no processo de situação de FE segue os


seguintes parâmetros apresentados no slide anterior;
• Esses parâmetros determinam a distribuição de temperatura
durante o processo;
• A condutividade térmica e emissividade são dependentes do
material e, assim, não foram parametrizados;
• A transferência de calor para convecção forçada não é relevante
pois a peça é estacionária e o processo ocorre em uma máquina
fechada. Portanto, a velocidade do ar ambiente é 0;
Desenvolvimento – Identificação dos parâmetros do modelo

• A diferença entre os dados simulado e reais de temperatura são


minimizados da seguinte maneira:

• Para comparar, um critério objetivo é criado. Ele avalia a similaridade


de duas curvas de temperatura e representa um grau de qualidade e de
parametrização;

• Os passos individuais de desenvolvimento do método para minimizar a


distância entre os dados simulados e medidos, é mostrado na figura ao
lado;

• O processo interage até que um critério final seja atingido;

• O resultado são parâmetros otimizados de curva de temperatura, com


uma mínima distancia de medidas;
Desenvolvimento – Redução da ordem do modelo

• Para que o processo de simulação paralelo seja possibilitado a abordagem da redução da ordem do modelo é utilizado;
• O resultado é uma computação mais leve. Um intervalo de tempo de 300 segundos foi reduzido para 4,5 segundos;
• Como consequência o método MOR possibilita a simulação paralela do comportamento térmico de uma peça durante a usinagem;
Desenvolvimento – Design do observador de temperatura

• Devido a mudanças nas condições do ambiente e do processo, a


temperatura na peça durante a usinagem diverge das temperaturas
estimadas na fase de projeto;

• Especialmente o calor induzido, que está em constante mudança


com a aleatoriedade dos parâmetros do processo, condições de corte
e desgaste da ferramenta;

• Assim, a temperatura armazenada não pode ser utilizada para


compensar o processo;

• Consequentemente, o campo de temperatura é estimado


paralelamente ao processo pela configuração ao lado;

• O observador foi testado com diferentes variáveis e assim as


divergências foram limitadas a no máximo mais ou menos 0,05K;
Validação experimental
Validação experimental

• Para validar todo o processo uma validação experimental foi


realizada;

• Foi performada com uma ferramenta “DMG HSC 55”;


• Uma fresadora “JS413200D2SZ3.0” com o diâmetro de 20 mm;
• Uma liga de Alumínio “AlCuMgPb” é o material escolhido para a peça a ser
testada;
• Pasta térmica é utilizada entra a peça e o bloco de extensão;
Validação experimental – Parametrização do Modelo

• A validação do parâmetro é realizada através das curvas de


temperatura medidas na investigação experimental;

• Os parâmetros q, αcd e αcv, onde são determinados para uma peça


termicamente conectada e uma termicamente isolada;
• A radiação térmica possui uma influência pequena no processo em
estudo;
• Por a peça estar encapsulada, a convecção forçada após o processo
é prevenida, sendo desconsiderada do modelo FE;
• A progressão da identificação do parâmetro é apresentada sendo
alterada a curva de temperatura durante a parametrização para a
peça termicamente conectada, como observado na figura ao lado;
• Neste caso, um total de 62 iterações foram suficientes para
determinar os parâmetros para atingir o critério de parada
selecionado;
Validação experimental – Parametrização do Modelo

• Os resultados mostram que a parametrização baseadas nas


temperaturas medidas é possível para um processo de usinagem a
seco;
• Além disso, uma determinação do parâmetro totalmente automática
para diferentes situações de fixação e diferentes peças é
implementada junto com o processo desenvolvido;
• O correto cálculo das distribuições de temperatura nas peças e
trocas de calor da mesma com o ambiente são possíveis;
• Soma-se a tudo isso, a possibilidade de se reconstruir temperaturas
precisas nas áreas não acessíveis pelos sensores;
Validação experimental – Processo de Medição de Campos de
Temperaturas Paralelos

• No total, 25 experimentos com diferentes


combinações de velocidade Vf, profundidade de
corte ae e velocidade do fuso n foram realizados;

• As temperaturas medidas e reconstruídas podem


ser observadas na figura ao lado;

• Os gráficos de 1 a 4 se referem as temperaturas


observadas;

• Os gráficos de 5 a 10 se referem as temperaturas


reconstruídas;
Validação experimental – Processo de Medição de Campos de
Temperaturas Paralelos

• Assim como na figura apresentada no slide anterior,


os gráficos de 1 a 4 se referem as temperaturas
observadas, e os gráficos de 5 a 10 as temperaturas
reconstruídas;

• A figura ao lado mostra as temperturas estimadas da


peça para três passos do processo subsequentes;

• Além disso, os resultados mostram que a resposta do


sistema observador é rápida o suficiente para
reconstruir a mudança de temperatura antes do
próximo processo de corte;
Desenvolvimento – Posicionamento dos sensores de temperatura
• Conclui-se que é possível a reconstrução da temperatura da • É observado que com o campo de reconstrução de temperatura
peça com a estrutura observadora desenvolvida e o constante desenvolvido somado a um modelo termodinâmico é possível
feedback. estimar o processo paralelo para mudanças de forma em peças
sofrendo indução térmica.
• As influências imprevisíveis na geração de calor são contornadas
• Além disso, foi verificado que com os tempos de computação
pelas medições de temperatura na peça, sendo que para essas
alcançados, uma simulação de processo paralelo com o
peças, um sistema de medição compatível para ser usado dentro
algoritmo é possível.
da máquina de usinagem é necessário.

• Como pode ser verificado, a estimação da densidade de fluxo


de calor como dado de entrada para o sistema observador não
é necessário, resultando em uma redução de esforços no setup
da simulação para peças sensoriais.
Conclusão
Conclusão
• Para habilitar a simulação paralela do processo, o modelo otimizado • O modelo de identificação de parâmetros será testado posteriormente com
é diminuído em complexidade por um modelo reduzido, permitindo outras peças, materiais e fixações, visando aumentar a sua flexibilidade.
resultados computacionais em menos de 1 décimo comparado ao
tempo de processamento.
• Os resultados apresentados mostram o potencial e a usabilidade para a
determinação da temperatura da peça em tempo real afim de finalmente
compensar as induções de temperatura com as mudanças de forma,
• As diferenças entre as medições e as temperaturas observadas no
adaptando o caminho da ferramenta das máquinas.
modelo reduzido servem como feedback para os dados de entrada
do modelo e, assim, são consequentemente corrigidas.
• Assim, rejeições em manufaturas de precisão e usinagens a seco podem ser
reduzidas.
• O parâmetro de identificação e o processo paralelo de reconstrução
das temperaturas da peça são provenientes na investigação da
usinagem, especialmente pelo fato de nenhuma estimação dos dados
de entrada de calor durante a usinagem serem necessários para a
reconstrução dos campos de temperatura, o que é notável.

• O método apresentado é mais indicado para peças com partes com


altas razões de usinagem e materiais com altos valores envolvidos.
Referências

• https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S175558171830004X

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