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ISSN: 2525-8761
RESUMO
A análise da temperatura no processo de usinagem é de grande importância, influenciando
diversos fatores, seja de forma direta ou indireta, como desgaste e vida da ferramenta, uso
e escolha de lubrificantes, determinação dos parâmetros de corte, entre outros. O presente
trabalho buscou viabilizar o uso da termografia na usinagem. Utilizando a câmera
termográfica para captar o calor na forma de imagem e mensurar a máxima temperatura
obtida no processo, e posteriormente comparou-se com o modelo analítico de Trigger e
Chao, que propõe calcular o aumento médio da temperatura de deformação do cavaco
devido ao cisalhamento e o aumento de temperatura devido ao atrito ferramenta/cavaco
na superfície de saída, sendo a temperatura final a soma dessas duas. As imagens
termográficas foram coletadas durante o corte ortogonal a seco, utilizando pastilha de
metal duro revestido, e o aço SAE 1045 como material usinado. A câmera de imagem
térmica faz a leitura da intensidade de radiação na faixa do infravermelho do espectro
eletromagnético (invisível para o olho humano) e converte para uma imagem visível. O
uso das câmeras de imagem térmicas no contexto da usinagem é ainda recente e com
poucas informações disponíveis sobre esse método. Portanto, é um campo onde podem
ser descobertos os mais variados métodos e abordagens, de modo a contribuir para o
desenvolvimento na área. Para os experimentos, parâmetros de corte foram variados
(avanço e profundidade de corte, para determinadas rotações da máquina-ferramenta),
buscando a relação existente entre o comportamento da temperatura e a variação destes
parâmetros na análise experimental e no modelo analítico escolhido. A partir da análise
dos resultados obtidos foi possível estabelecer relações entre os métodos abordados.
Sendo o comportamento da temperatura em função dos parâmetros utilizados coerente
com o encontrado na literatura, mostrando que a câmera termográfica é viável para este
tipo de abordagem.
ABSTRACT
The analysis of the temperature on the machining process has a considerable importance,
influencing directly or indirectly several factors like the wear and the useful life of the
cutting tool, the usage and choice of the lubricant, the determination of the cutting
parameters among others. The current work tries to make it feasible the use of
thermography on the machining process. It was used a thermographic camera to capture
the heat in the form of the image and measure the maximum temperature obtained in the
process. Afterwards, the result was compared with Trigger and Chao’s analytical model,
that proposes to calculate the average increase of temperature of deformation of the chip
due to the shear stress and the increase of temperature due the friction between the cutting
tool and the chip on the rake face, totalizing the final temperature the sum of these both
temperatures mentioned. The thermal images were collected during a dry orthogonal cut,
using a cutting tool of coated cemented carbide and the SAE 1045 steel as workpiece.
The thermal camera detects radiation in the long-infrared range of the electromagnet
spectrum (invisible of the human eye) and converts it a visible image. The usage of
thermographic cameras on the machining context is still recent and there is few available
information about that method. Therefore, it is a field passive to new discoveries about
several methods and approaches to broaden the development of this area. For this
experiment, cutting parameters were varied (feed rate e depth of cut to certain spindle
speed of the machine tool), trying to find out the existing relation between the behavior
of the temperature and the variation of these parameters and the experimental analysis
and in the analytical model chosen. From the analysis of the obtained results, it was
possible to establish the relations between the methods discussed. The behavior of the
temperature and the variation of these parameters in the experimental analysis and in the
analytical model chosen. From the analysis of the obtained results, it was possible to
establish the relations between the methods discussed. The behavior of the temperature
in function of the utilized parameters was consistent with that found in the literature. That
shows that thermographic camera is the viable for this kind of approach.
1 INTRODUÇÃO
Sabendo-se que a usinagem é um processo termomecânico, o conhecimento da
distribuição da temperatura torna-se um fator importante para a compreensão do
fenômeno presente durante o corte (BARBOSA, 2014). Segundo BOOTHROYD (1981),
FERRARESI (2011) e MACHADO et al (2015), os fenômenos de geração e dissipação
do calor na operação de usinagem são complexos e as temperaturas alcançadas durante o
corte provocam alteração nas propriedades físicas e mecânicas, as quais aceleram o
desgaste da ferramenta provocando mais atrito e consequentemente mais calor elevando
a temperatura, limitando o uso da ferramenta de corte. De acordo com TRENT e
WRIGHT (2000) este calor é gerado em três regiões distintas: a zona de cisalhamento
primária, a zona de cisalhamento secundária e a zona de cisalhamento terciária, regiões
estas que são as principais zonas de interesse das investigações em usinagem, como dizem
também BARBOSA, 2014; SUTTER E RANC, 2007; FAHAD et al., 2013 e mostrado
na Figura 1.
2 MATERIAIS E METODOLOGIA
2.1 MATERIAL UTILIZADO
As condições que permitem a realização da medição utilizando a câmera
termográfica incluem a exposição da superfície durante a operação, e que o material possa
ser usinado sem a presença de fluido de corte. A presença do fluido de corte, segundo
Machado et al (2011), altera a emissão dos raios infravermelhos e a temperatura nas
interfaces não pode ser avaliada pelo método da radiação infravermelha – câmera
termográfica.
O material escolhido, já foi e é usado em diversos experimentos quando o assunto
é usinagem, o aço ABNT 1045. Sendo um aço que apresenta boa resistência mecânica,
boa usinabilidade e portabilidade. Apresenta médio teor de carbono, podendo ser
endurecido ou beneficiado através de tratamento térmico. É disponível em diversos perfis
e acabamentos. Sua utilização abrange diversas áreas na indústria mecânica geral, sendo
usado na fabricação de diversos componentes da indústria petrolífera, na fabricação de
eixos, cilindros, na indústria agrícola e de máquinas e equipamentos. De acordo com a
norma que estabelece as composições químicas dos aços para construção mecânica, NBR
2.2 FERRAMENTA
Denominado “metal duro”, o carboneto de tungstênio, fabricado pelo processo de
metalurgia do pó, possui uma excelente combinação de resistência ao desgaste,
resistência mecânica e tenacidade (Machado et al, 2011).
A ferramenta utilizada nos ensaios foi a TNMG160404R-ZC YBC251, P10-P30,
abrangendo todos os tipos de aço e aço fundido, com exceção de aço inoxidável com uma
estrutura austenítica, seguindo a classificação dos metais duros segundo a norma ISO 513
(2004).
Para definir os parâmetros de corte a serem utilizados no ensaio, serão tomadas
como base as recomendações do fabricante da ferramenta, que traz as seguintes
informações, conforme a Tabela 2, obtida a partir do catálogo do fabricante – ZCC
Cutting Tools para esse modelo de pastilha.
3 ESTUDO ANALÍTICO
Sendo a análise da temperatura na usinagem um problema complexo, algumas
considerações são feitas para chegar a uma aproximação através dos modelos analíticos.
Logo, os resultados obtidos são considerados aproximações e se faz necessário o uso de
técnicas experimentais para validação do modelo.
A escolha do referido modelo está relacionada aos estudos desenvolvidos nessa
área terem como ponto de partida os modelos desenvolvidos na metade do século XX,
por Trigger e Chao, assim como Loewen e Shaw. Todos utilizando o corte ortogonal
(MACHADO et al. 2015).
Tal técnica analítica volta-se para o estudo do calor gerado durante a formação de
cavaco no corte ortogonal. Foi um dos pontos de partida para os estudos na área. Parte do
princípio de que o fluxo de calor se dá em regime permanente, e a temperatura gerada na
interface ferramenta/cavaco está associada à temperatura oriunda do cisalhamento na
zona primária ou do atrito entre o cavaco e a superfície de saída da ferramenta. Sendo
assim, é desprezado o calor devido ao atrito entre a superfície usinada e a superfície de
folga da ferramenta.
Segundo o modelo desenvolvido por Trigger e Chao para um estado estacionário,
o calor total produzido na formação de cavacos pode ser calculado por duas parcelas como
segue (Trigger e Chao, 1951):
q = qz + qf (1)
Onde:
Tz = aumento de temperatura do cavaco assim que deixa a zona primária de cisalhamento [K]
To = temperatura ambiente [K]
A1 = fração de energia de deformação transformada em calor (0,875 para aços recozidos)
B1 = proporção de calor que flui para o cavaco (0,1)
Ff = força de avanço [N]
Fc = força de corte [N]
Vc = velocidade de corte [m/min]
Vcav = velocidade do cavaco em relação à ferramenta [m/min]
c = calor específico do material do cavaco [J/kg.K]
ρ = densidade do material do cavaco [kg/m³]
Sz = área do plano de cisalhamento [mm2]
𝐵 𝐹 𝛼.𝑣
𝑇𝑓 − 𝑇𝑜 = 9.(5𝜋)2 1/2
. 𝑇
[ 𝑐𝑎𝑣 ] . 106 (3)
.𝑘.𝑏 60.𝑙 𝑐
Onde:
𝑇𝑓 = aumento de temperatura devido ao atrito ferramenta/cavaco [K]
𝐵2 = proporção de calor do atrito que flui para o cavaco (0,9)
𝑘
𝛼 = difusividade térmica do material do cavaco = [m²/s]
𝑐.𝜌
𝑘 = condutividade térmica [W/m.K]
𝑙𝑐 = comprimento de contato ferramenta/cavaco [mm]
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através dos ensaios realizados, foram coletadas 8 ou 4 imagens termográficas em
cada corpo de prova utilizado. A tabela exibida após as imagens traz todos os dados
coletados durante os ensaios. Não serão exibidas todas as imagens geradas, a seguir estão
algumas das imagens e seus respectivos parâmetros em cada legenda. A temperatura
máxima obtida na imagem é indica pelo vértice superior do triângulo vermelho, dentro
da área demarcada que aparece nas imagens termográficas, sendo indicada pelo valor
registrado na parte superior esquerda da imagem.
Figura 3: Corpo de prova 1; n=1600 rpm; Vc=123,9 m/min; f=0,042 mm/rev; a p=0,125 mm
Figura 4: Corpo de prova 2; n=1600 rpm; Vc=127,67 m/min; f=0,042 mm/rev; a p=0,375 mm
Figura 5: Corpo de prova 3; n=1600 rpm; Vc=115,11 m/min; f=0,100 mm/rev; a p=0,25 mm
Figura 6: Corpo de prova 4; n=1600 rpm; Vc=123,90 m/min; f=0,100 mm/rev; a p=0,375 mm
Figura 8: Corpo de prova 6; n=1600 rpm; Vc=123,90 m/min; f=0,201 mm/rev; a p=0,375 mm
Figura 11: Efeito do avanço na temperatura para diferentes valores de velocidade de corte, obtido através
de imagem termográfica
Figura 12: Variação da temperatura em função da velocidade de corte, de acordo com o modelo de
Trigger e Chao, dentro dos parâmetros e condições de corte utilizados nos ensaios
Figura 13: Variação da temperatura em função do avanço de acordo com o modelo de Trigger e Chao
Tabela 4: Parâmetros utilizados nos ensaios, e valores de temperaturas obtidos por imagem térmica e
analiticamente
Corpo de f Vc Texperimental Tcalculada
n [rpm] D [mm] ap [mm]
prova [mm/rev] [m/min] [°C] [°C]
1 1600 25,40 0,125 0,042 127,6743 139,0 1018,2574
1 1600 25,15 0,250 0,042 126,4177 263,3 1018,2525
1 1600 24,65 0,125 0,042 123,9044 224,7 1018,2426
1 1600 24,40 0,250 0,042 122,6478 236,6 1018,2377
1 1600 23,90 0,125 0,042 120,1345 199,2 1018,2278
1 1600 23,65 0,250 0,042 118,8779 283,9 1018,2228
1 1600 23,15 0,125 0,042 116,3646 147,5 1018,2130
1 1600 22,90 0,250 0,042 115,1080 263,6 1018,2080
2 1600 25,40 0,375 0,042 127,6743 281,4 1018,2574
2 1600 24,65 0,375 0,042 123,9044 292,4 1018,2426
2 1600 23,90 0,375 0,042 120,1345 260,2 1018,2278
2 1600 23,15 0,375 0,042 116,3646 272,2 1018,2130
3 1600 25,40 0,125 0,100 127,6743 199,9 921,5758
3 1600 25,15 0,250 0,100 126,4177 238,3 921,5716
3 1600 24,65 0,125 0,100 123,9044 195,1 921,5631
3 1600 24,40 0,250 0,100 122,6478 240,3 921,5588
3 1600 23,90 0,125 0,100 120,1345 230,6 921,5503
3 1600 23,65 0,250 0,100 118,8779 242,3 921,5460
3 1600 23,15 0,125 0,100 116,3646 246,7 921,5375
3 1600 22,90 0,250 0,100 115,108 244,3 921,5332
4 1600 25,40 0,375 0,100 127,6743 235,2 921,5758
4 1600 24,65 0,375 0,100 123,9044 326,1 921,5631
a superfície de saída da ferramenta, não foi captada. Lembrando que, antes da realização
dos ensaios, não se tinha a certeza de que tal região seria captada pela câmera,
principalmente pelo método utilizado nos ensaios não ter disponível muitas informações
acerca do uso da imagem termográfica nesse contexto.
Também não foi possível o aproveitamento de todas as imagens e
consequentemente não foram geradas curvas para todos os pontos obtidos nos ensaios,
logo as curvas e gráficos gerados ilustram as situações com melhores condições de
análise, dentro do presente trabalho.
Limitações do ensaio são capazes de comprometer os resultados obtidos, de modo
que, devido as condições para a realização do presente trabalho, não foi possível obter
condições similares de controle de fatores externos (temperatura e atmosfera) nem a
análise de uma região tão específica quanto a região abordada no estudo de VALOIRGUE
et al. (2013).
Os valores de temperatura encontrados pelo método analítico, com base nos
parâmetros utilizados, foram superiores ao máximo valor de temperatura que pode ser
capturado com a câmera utilizada. Portanto, não é viável o uso desse modelo de câmera
para essa análise. Porém, foi utilizado o modelo disponível na instituição de ensino –
UFJF. Há vários outros modelos disponíveis, e compatíveis com essa análise. Visto que,
antes da medição desses valores, não era esperado que fossem tão elevados, conforme um
teste realizado durante o estudo realizado por um aluno da mesma instituição, no
torneamento de ferro fundido e alumínio em condições de corte próximas as utilizadas
nesse estudo.
Os valores obtidos analiticamente estão mais próximos do estudo já realizado no
contexto da usinagem com o uso de câmera termográfica conforme citado na revisão
bibliográfica, o que indica a convergência dos valores obtidos para a região analisada
analiticamente.
Com base nas imagens obtidas, e também no comportamento observado durante
os ensaios, a temperatura do cavaco, quando deixa a superfície de saída da ferramenta, se
mostra superior aos valores de temperaturas das superfícies próximas – peça e ferramenta.
Comprovando o que é observado na literatura quando diz que a maior parte do calor é
removido pelo cavaco, uma pequena quantia pela peça e uma quantidade ainda menor
pela ferramenta.
6 CONCLUSÕES
Após a análise dos dados obtidos no decorrer do estudo, através da investigação
experimental e da verificação feita analiticamente – com base no modelo de Trigger e
Chao. É possível destacar, principalmente, que o comportamento da temperatura em
função dos parâmetros de corte utilizados está de acordo com o observado na literatura.
Com isso, há a possibilidade de se estabelecer relações e tendências do comportamento
da temperatura durante o processo de usinagem e os parâmetros de corte, com base nos
resultados obtidos.
Através dos gráficos obtidos e das curvas geradas, verificou-se a tendência do
aumento da temperatura com o aumento da velocidade de corte em ambos os métodos.
Há também a tendência de diminuição da temperatura com o aumento do avanço,
conforme os dois métodos. Já a profundidade de corte, quando observada
experimentalmente, expõe a tendência de aumento da temperatura com o aumento de seu
valor. O que não ocorre quando analisamos o modelo de Trigger e Chao, que não
apresenta variação significativa quando a profundidade de corte varia nos limites dos
valores utilizados neste trabalho.
Os dados obtidos experimentalmente divergem, em valores absolutos, dos dados
obtidos através do modelo analítico de Trigger e Chao, sendo os valores experimentais
bem menores do que os teóricos, conforme a Tabela 4 de resultados. Portanto, as imagens
não registraram a mesma região que é alvo no modelo analítico adotado. Então, não foi
mensurado nos ensaios o aumento médio da temperatura de deformação do cavaco devido
ao cisalhamento e o aumento da temperatura devido ao atrito ferramenta/cavaco na
superfície de saída, sendo a temperatura final a soma dos dois aumentos de temperatura
citados.
A partir dos dados obtidos nos ensaios, as temperaturas próximas dos valores
encontrados são as obtidas experimentalmente utilizando termopar inserido em um
inserto de metal duro, conforme a literatura. Valores próximos também foram
encontrados, em ensaios para determinação da temperatura na interface ferramenta
cavaco usando a técnica do termopar ferramenta/peça – usinando liga de alumínio com a
ferramenta de PCD.
REFERÊNCIAS
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de Janeiro: LTC, 589p, 2008.
DINIZ, A.E., MARCONDES, F.C., COPPINI, N.L. Tecnologia da usinagem dos materiais.
2 ed, São Paulo: Artiliber Editora, 248p, 2008.
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cutting edge tools. Journal of Materials Processing Technology, v. 190, p. 332-341, 2007.
FERRARESI, D. Fundamentos da usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blucher, 751p.,
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KOMANDURI, R., HOU, Z.B. Thermal modeling of the metal cutting process Part I –
Temperature rise distribution due to shear plane heat source. International Journal of
Mechanical Sciences, v.42, p. 1715-1752, 2000.
SUTTER, G.; RANC, N. Temperature fields in a chip during high-speed orthogonal cutting-
a experimental investigation. International of Machine Tools and Manufacturing, v.47,
n.10, p. 1507-1517, 2007.
TRENT, E.M., WRIGHT, P.K. Metal cutting, 4 ed., USA: Butterworth-Heinemann, 446p,
2000.
ZCC – CT. Cutting Tools. Catalog, Zhuzhou Cemented Carbide Cutting Tools Co., 735p,
2013-2014.
𝐵2 . 𝐹𝑇 𝛼. 𝑣𝑐𝑎𝑣
𝑇𝑓 − 𝑇𝑜 = 1/2
[ ] . 106 [𝐾]
9. (5𝜋) . 𝑘. 𝑏 60. 𝑙𝑐
A1 = 0,875
B1 = 0,9
B2 = 0,9
c = 486 J/kg.K
ρ = 7850 kg/m³
k = 51,9 W/m.K
α = k/c.ρ = 1,36x10-5 m²/s
Os valores acima são constantes, e os valores a seguir dependem das variáveis dos
parâmetros de corte. Serão explicitados os valores para o cálculo do valor de temperatura
para o primeiro corpo de prova, e as seguintes variáveis serão utilizadas:
Corpo de prova: 01
n = 1600 rpm
f = 0,402 mm/rev
ap = 0,125 mm
Diâmetro da peça = 25,4mm → 𝑣𝑐 = 127,6743254 𝑚/𝑚𝑖𝑛
ꭓ = 93° → sen ꭓ = 0,998629535 (de acordo com o suporte para ferramenta
utilizado)
ϕ = 12° (base na literatura – experimentos com características semelhantes que
buscaram determinar o ângulo de cisalhamento)
γ = 14° (geometria da ferramenta)
𝑎𝑝 . 𝑓
𝑆𝑧 = 𝑠𝑒𝑛 ϕ = 0,025251 mm²
𝑎𝑝
b = 𝑠𝑒𝑛 ꭓ = 0,12517154 mm
h = f . senꭓ = 0,041942 mm
𝑠𝑒𝑛γ+cosγ
Rc = = 4,8068
tan ϕ
h’ = h . Rc = 0,201609 → 𝑙𝑐 = 2 . ℎ′ = 0,403218 mm
Ks(0,4) = 2100 N/mm² → FC = 18,90286 N → Ff = FC/4,5 = 4,200635 N
FT = Ff . cos γ + FC . sen γ = 8,648873 N
Vcav = VC/Rc = 26,56116522 m/min
To = 293,15 K
A partir dos dados obtidos nas relações acima, podemos determinar o valor de TZ
e Tf através das duas equações citadas. Então, temos:
𝑇𝑧 − 293,15
0,875 [18,90286 . 127,6743254 . 0,9 − 4,200635 . 26,56116522]
= . 106
486 .7850 . 26,56226522 . 0,025251
TZ = 997,7557 K
Tf = 293,6517 K