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Evolução do Conceito de

Deficiência Intelectual
Glauco Gomes de Arantes
Médico: CRMMG 28229
Psiquiatra: RQE 20991
APAE Caratinga
Antiguidade – até 476 dC
Grande poder da minoria
e exclusão da maioria.
As pessoas com
deficiência, assim como
qualquer pessoa do povo
não tinham importância.
Crianças com deficiência
eram deixadas ao relento
para que morressem e isso
não era um problema ético
ou moral.
Idade Média – 476 a 1453 dC
Crescimento do
cristianismo:
Realeza
 Nobreza
 Clero
 Povo
Todos são considerados
criaturas de Deus.
Deficiência:
Objetos de caridade
Punição/endemoniados
Século XVI (16)
A deficiência deixa de ser
uma questão religiosa
e/ou moral e passa a ser
uma questão médica
(Paracelsus).
Hospitais psiquiátricos e
asilos, mas com
características de
confinamento.
Deficiente improdutivo.
Século XVII (17) e XVIII (18)
Indivíduo como tábula rasa a
ser preenchida (Jonh Locke –
filósofo).
Esquirol (médico): a idiotia não
era uma condição imutável.
Expansão do conhecimento
científico, grandes esforços à
busca de respostas, mas na
prática pouca coisa mudou.
Começam-se as primeiras
preocupações com a educação
de pessoas com deficiência.
Século XIX (19)
Jean Itad e Victor de Aveyron:
primeiro grande avanço da
educação especial.
Contínuo desenvolvimento e
acúmulo de habilidades cada
vez mais complexas e refinadas.
Visão da deficiência não só
como causa da genética, mas
também outras causas
orgânicas, ambientais ou
psicológicas (Édouard Séguin).
Associação Americana de
Retardo Mental.
Século XIX (19)
Surgem ambientes para a educação.
Apesar dos avanços, os modelos educacionais e de
tratamento continuam segregadores.
Surge o “Paradigma da Institucionalização”.
Intenção de proteção, tratamento ou educação.
Separadas das famílias e comunidades.
Ineficientes para a recuperação para o convívio na
sociedade e família.
Custeio pelo Estado.
Século XX (20)
Críticas ao Paradigma
Institucional até que se
passou a considerá-lo
fracassado.
Luta pelos direitos
humanos e civis da pessoa
com deficiência.
Surgimento do
“Paradigma de Serviços”:
norteado pela ideologia da
normalização.
Século XX (20)
Aquisição de condições para vida cotidiana o mais
próximo possível da maioria de seus pares.
Assegurar serviços e recursos para que as com
deficiência fossem modificadas para que se
aproximassem do “normal”.
Salas ou escolas especiais, oficinas abrigadas e centros
de reabilitação.
Principal foco era a mudança do sujeito com
deficiência.
Século XX (20)
Críticas ao paradigma de
serviços:
Embora existam pessoas com
deficiência tenham conseguido
alcançar vida independente e
produtiva, muitos não
conseguiram.
Nem toda deficiência é igual,
assim as necessidades são
diferentes.
A pessoa com deficiência tem
que se assemelhar à pessoa sem
deficiência? Existe modelo de
normal?
Século XXI
Surgimento do “Paradigma do Suporte”.
Necessidades da pessoa com deficiência é
maior que o quê é oferecido nos serviços.
A sociedade tem que organizar-se para
garantir o acesso a tudo que se dispõe.
Suporte emocional, social, econômico,
físico e instrumental.
Século XX
Educação especial Educação inclusiva
Século XXI
Modelo de inclusão escolar parece ser generalizante e
desconsiderar especificidades e gravidades dos
diversos tipos de deficiência.
Mesmo com todos os esforços ainda existe um grande
número de pessoas com deficiências segregados dentro
da própria escola.
O processo de inclusão não diz respeito apenas às
pessoas com deficiência, mas a todos.
Finalmente...
“A História é um carro
alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue
É trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos”
Pablo Milanes e Chico Buarque

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