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Critérios examinados pela Banca

• Forma
• Paginação, fontes, numeração, espaçamento
• Correção da escrita
• Metodologia
• Delimitação, população, amostra
• Instrumentos, forma e rigor na coleta
• Procedimentos estatísticos, apresentação dos dados e análise dos
mesmos
• Conteúdo
• Forma da abordagem, discussão, extensão, profundidade
• Originalidade, importância, contribuição para a Ciência
Fonte: Martins Junior (2008) 1
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Tipo de pesquisa
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Definição operacional das variáveis
3.2.2 Técnicas para a coleta de dados
3.2.3 Descrição dos instrumentos utilizados

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Tipos de pesquisa

1. Pesquisa teórica
2. Pesquisa metodológica
3. Pesquisa empírica
4. Pesquisa prática

.. Estudo de caso

Fonte: Demo (2000) 4


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Tipos de pesquisa
1. Pesquisa teórica
•“Aquela dedicada a reconstruir teoria, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas,
tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos e, em
termos mediatos, aprimorar práticas." (DEMO, 2000, p. 20).
•Orientada no sentido de reconstruir teorias, quadros de referência, condições
explicativas da realidade, polêmicas e discussões pertinentes.
•Não implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser
importante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a
intervenção.
•O conhecimento teórico adequado "acarreta rigor conceitual, análise acurada,
desempenho lógico, argumentação diversificada, capacidade explicativa"
(DEMO, 2002, p. 36).
Fonte: Demo (2000) 5
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Tipos de pesquisa
2. Pesquisa metodológica
“É voltada para a (re)construção de instrumentos e paradigmas científicos." (DEMO,
2002, p. 37)

“É dedicada a inquirir métodos e procedimentos a serviço da cientificidade, polêmicas


e paradigmas metodológicos, usos e abusos, tanto em âmbito mais
epistemológico, quando de controle empírico.” (DEMO, 2000, p. 21)

Fonte: Demo (2000) 6


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Tipos de pesquisa
3. Pesquisa empírica
“Trata a face empírica e factual da realidade, de preferência mensurável;
produz e analisa dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e
factual..." (DEMO, 2000, p. 21).

“Oferece maior concretude às argumentações, por mais tênue que possa ser
a base factual. O significado dos dados empíricos depende do referencial
teórico, mas estes dados agregam impacto pertinente, sobretudo no sentido
de facilitarem a aproximação prática" (DEMO, 2002, p. 37).

Fonte: Demo (2000) 7


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Tipos de pesquisa
4. Pesquisa prática

“Destinada a intervir diretamente, na realidade, a teorizar práticas, a produzir


alternativas concretas, a comprometer-se com soluções.
...
...pode ser questionadora, produtiva de conhecimento, para além de mero
lugar de aplicação da teoria. A prática tem lugar próprio, embora sempre
dialeticamente imbricado na teoria, correspondendo sobretudo ao intento
inovador da ciência, que pretende não esgotar-se na compreensão da
realidade, mas transformá-la.” (DEMO, 2002, P. 38)

Fonte: Demo (2000) 8


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Definição operacional das variáveis

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Significado de variável (dados)
“Variáveis da pesquisa são as propriedades mensuradas, que fazem parte das
hipóteses ou que pretendemos descrever.” (SAMPIERI, 2013, p. 299)

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Significado de variável (dados)
O QUE SÃO VARIÁVEIS?

É uma propriedade que pode variar, e cuja variação é susceptível de ser medida ou
observada

Variável: Qualquer característica da realidade que pode ser determinada pela


observação e que pode mostrar valores diferentes de uma unidade de observação
para outro

Variável: É um aspecto ou dimensão de um fenômeno que possui a capacidade de


assumir diferentes valores
Podem ser: quantitativas ou qualitativas.
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

•Entrevista
•Questionário
•Observação

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

OBSERVAÇÃO
“...utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Consiste de ver, ouvir e examinar fatos ou fenômenos”
(MARCONI & LAKATOS, 1991, p. 190)

É considerada científica quando ...


•é planejada sistematicamente;
•é registrada metodicamente;
•está sujeita a verificações e controles sobre a validade e segurança.

Fonte: profa Andréa Costa. Disponível em <https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/tecnicas-de-coletas-de-dados-e-instrumentos-de-pesquisa/view > 13


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

OBSERVAÇÃO
Segundo a participação do observador:
• Participante: participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo
Em geral são apontados duas formas:
-Natural - o observador pertence à mesma comunidade ou grupo que investiga.
-Artificial - o observador integra-se ao grupo com a finalidade de obter informações.

• Não participante: o observador toma contato com a comunidade, grupo ou


realidade estudada, mas sem integrar-se a ela - permanece de fora.

Fonte: profa Andréa Costa. Disponível em <https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/tecnicas-de-coletas-de-dados-e-instrumentos-de-pesquisa/view > 14


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

Guia para a construção de um sistema de observação


•Definição do problema
•Decisão sob as formas de observação
•Decisão sobre o levantamento de dados
•Definição das características a serem observadas
•Determinação das modalidades e técnicas de registro
•Verificar os critérios científicos
•Construção do sistema final de observação
•Aplicação do inventário de observação

Fonte: profa Andréa Costa. Disponível em <https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/tecnicas-de-coletas-de-dados-e-instrumentos-de-pesquisa/view > 15


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

FORMAS DE OBSERVAÇÃO
• Sistemática: baseada em critérios científicos, planejada, controlada.
• Não Sistemática: observação diária sem critérios científicos
• Estruturada: sistema diferenciado de categorias, alto grau de
confiabilidade.
• Não Estruturada: categorias gerais e abertas; liberdade de observação

Fonte: profa Andréa Costa. Disponível em <


https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/tecnicas-de-coletas-de-dados-e-instrumentos-de-pesq 16
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
Instrumentos da coleta de dados
• Recursos que o pesquisador utiliza para registrar informação ou
dados sobre as variáveis que tem em mente
• Máquinas, bancadas, ferramentas, etc
• Descrevê-los
• Apontar e descrever sua confiabilidade
• Capacidade de reproduzir um resultado de forma consistente no tempo e no espaço,
ou com observadores diferentes quando for utilizado corretamente.
• A medida da confiabilidade se baseia na repetição da medida e na comparação dos
resultados obtidos.
• Fabricante...etc
• Apontar e descrever sua validade
• Relação entre confiabilidade e validade
SAMPIERI, Roberto Hernández. Metodologia de pequisa 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

• Implica em elaborar um plano detalhado de procedimentos que nos levem a


reunir dados
• Quais as fontes:
• Onde estão as fontes
• Com qual meio ou método vamos coletar
• Uma vez coletados, de que forma vamos prepara-los para que
possam ser analisados e tenhamos condições de responder a
questão de pesquisa?

SAMPIERI, Roberto Hernández. Metodologia de pequisa 18


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Descrição operacional das variáveis

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Descrição operacional das variáveis

•Com base nos objetivos específicos


•Em princípio, cada objetivo específico vai gerar uma ou mais variáveis
•Na forma de tópicos
•Apresentar a variável e, logo após, DESCREVER a mesma
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Estudo do ruído em edificações,
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS causado pela velocidade da água
em canalizações
3.2.1 Descrição operacional das variáveis
Classificação funcional Variável independente: velocidade da água
• Variáveis independentes Variável dependente: ruído
• Aquelas cujos efeitos queremos medir
• (não é esta variável que se quer medir)
• Associadas às causas do fenômeno que se quer estudar
• Variáveis dependentes
• Efeitos esperados, em função das causas.
• Normalmente definidas na questão de pesquisa.
• Pode haver mais de uma variável dependente.
• Podem ter uma ordem hierárquica.
CONTRANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa 21
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Descrição operacional das variáveis

• Como se redige este ítem:


• Definição específica das operações que serão realizadas para que o
conceito possa ser medido.
• Para isto é preciso
• definir claramente a variável,
• identificar o procedimento adotado para coleta de dados,
• definir o procedimento para mensuração da variável e
• estabelecer um critério para avaliação da medida.

CONTRANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa 22


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Descrição operacional das variáveis

Conceito de variável
• Aquilo que se vai medir, controlar e estudar.
• Três tipos de variáveis:
• dependentes, independentes e intermediárias.
• A variável dependente.
• É o objeto ou evento de estudo, no qual a pesquisa é focada em geral
• Por exemplo: poluentes do Arroio Dilúvio
• As mudanças sofridas por indivíduos como resultado da alteração da
variável independente pela quantidade de esgoto lançado

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS
3.2.1 Descrição operacional das variáveis

Por exemplo:
Influência no tempo de cura pela alteração no pH da água.
Neste caso, a variável dependente seria “tempo de cura" como resultado da
manipulação da variável independente “pH da água".

A variável independente.
Propriedade de um fenômeno com capacidade de afetar, influenciar ou afetar outras
variáveis.

Variáveis estranhas
O pesquisador não controla diretamente, mas que podem influenciar o resultado da sua
investigação. 24
Validade da medida
• Validade de conteúdo
• Em que proporção os itens selecionados para medir uma construção teórica
representam bem todas as facetas importantes do conceito a ser medido.
• Validade prática ou de critério
• Capacidade do instrumento em medir algo relacionado com um critério de
interesse
• Quando o critério se situa no futuro: validade preditora
• Quando o critério é contemporâneo: validade concorrente ou concomitante
• Validade de construção
• Trata da relação entre os conceitos teóricos e sua operacionalização

CONTRANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa 25


3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

3.2.2 Técnicas para a coleta dos dados

•Com base em cada variável


•Descrever a técnica (a maneira) para obter cada variável
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

3.2.3 Descrição dos instrumentos utilizados

•Com base em cada variável


•Descrever o instrumento (ferramenta)
•Marca, modelo, ano, última aferição...
...

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Estudo de caso
• Seu propósito é “...representar a realidade, descrever uma situação com todos os fatos
transversais e delimitações – incluindo impropriedades, questões secundárias, falsos
juízos e informações incompletas ou em quantidade demasiada.” (ELLET, 2008, p. 21)
• Um caso, segundo Ellet (2008), deve ter as seguintes características:
• Questão ou questões significativas
• Informações suficientes nas quais basear conclusões
• Ausência de conclusões manifestas
• (ELLET, 2008, p. 21)
• “É o estudo de um caso, seja ele simples e específico, ... , ou complexo e abstrato...” (LÜDKE e ANDRÉ,
1986, p. 17)
• “O caso é sempre bem delimitado, devendo ter seus contornos claramente definidos no desenrolar do
estudo.” (LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p. 17)
• Lüdke e André (1986) afirmam que devemos escolher o estudo de caso quando “...queremos estudar
algo singular, que tenha um valor em si mesmo...” (LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p. 68)

CONTRANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa 29


Estudo de caso
• Tem por objetivo “...uma unidade, que se analisa aprofundadamente.” (TRIVINOS,
1987, p. 133)
• Segundo Yin (1990, p. 14) “...permite uma investigação para apreender as
características significantes e holísticas de eventos da vida real, tais como ciclos de vida
individuais, processos organizacionais e administrativos, mudanças de vizinhanças,
relações internacionais e a maturação de setores.” (YIN, 1990, p. 14)
• Este mesmo autor destaca cinco componentes para o estudo de caso:
• Questão de estudo
• Proposições
• Unidades de análise
• Lógica que une os dados às proposições
• Critérios de intepretação das descobertas

CONTRANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa 30


REFERÊNCIAS
CONTANDRIOPOULOS, André-Pierre e outros. Saber preparar uma pesquisa-Definição, estrutura,
financiamento. Rio de Janeiro: Hucitec, 1997
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção do conhecimento: Metodologia científica no caminho de Habermas. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002
ELLET, William. Manual de estudo de caso: como ler, discutir e escrever casos de forma persuasiva. Porto
Alegre: Bookman, 2008
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 1991
LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017
MARTINS JUNIOR, Joaquim. Como escrever trabalhos de conclusão de curso. Petrópolis: Vozes, 2008
SANPIERI, Roberto Hernándes, COLLADO, Carlos Fernández e LUCIO, Maria del Pila Baptista. Metodologia de
pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2013.
SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A,
1999
SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol, MOLINA, Nilcemara Leal e DIAS, Vanda Fattori. Orientações e dicas
práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: Ibpex, 2007
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