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O PAPEL DO BRASIL NA

CADEIRA GLOBAL DE VALOR DA


INDÚSTRIA AEROESPACIAL

Autores: Grupo:
Timothy Sturgeon Ana Paula Rodrigues
Andrew Guinn Anna Iza Moreira
João Gurgel
Ezequiel Zylberberg
Paulo Sezer De Oliveira
INTRODUÇÃO E CONTEXTO GERAL DO
SETOR
• A indústria aeroespacial é uma das maiores
produtoras de bens de alta tecnologia da
economia global, impulsionando inovações em
diversas áreas, como nas de transportes,
comunicações e defesa.
• A receita global da indústria aeronáutica somou
US$130 bilhões em 2010 (GAMA, 2011).
• Este setor teve sua consolidação por meio de uma
série de fusões e aquisições e reduziu o número
de empresas líderes.
• Este setor teve sua consolidação por meio de uma
série de fusões e aquisições e reduziu o número
de empresas líderes.
• As empresas líderes do setor das aeronaves
comerciais são as principais responsáveis pelo
projeto, montagem final e entrega das aeronaves.
• Terceirização internacional e Parceiros de risco.
MAPEAMENTO DA CADEIA GLOBAL DE VALOR
DO SETOR AEROESPACIAL
• Etapas envolvidas na cadeia global de valor das aeronaves
comerciais, que é organizada em torno de um sistema de
produção em camadas, no qual empresas dominantes
gozam de grandes participações no mercado e têm muito
poder sobre fornecedores de níveis inferiores.
Etapa 1: Projetos:
- Os custos com P&D para desenvolver aeronaves comerciais são
altíssimos;
- Longos ciclos de desenvolvimento e de produtos criam grandes
barreiras a entrada na CGV aeroespacial;
- Apoio governamental.

Etapa 2: Produção de componentes:


- Podem ser específicos ou genéricos;
- Devem ser plenamente especificados e obedecer padrões.

Etapa 3: Montagem de subsistemas:


- A produção e distribuição de grandes subconjuntos para as empresas
líderes são atividades desempenhadas por fornecedores de
primeiro nível;
- São atividades muito caras, compartilhadas e realizadas em diversos
locais do mundo.
Etapa 4: Montagem final e integração de
sistemas:
- É o processo de montagem e integração dos diversos
sistemas e subsistemas usados em uma aeronave em um
“sistema completo”.

- Etapa 5: Serviços pós produção:


- São geradores de grandes receitas;
- Necessidade de adequação nos sistemas cada vez mais
qualificados.
- Em 2011 os serviços com manutenção, reparo e revisão
geraram uma receita de US$46 bilhões.
Os principais atores da CGV das aeronaves
TABELA 1. Empresas líderes da CGV do setor aeroespacial
Empresa Sede Receitas em 2010 (US$ Papel na CGV do setor aeroespacial
milhões)
Boeing EUA 64.306 Aeronaves acabadas (jatos comerciais)
Airbus (EADS) França 60.599 Aeronaves acabadas (jatos comerciais)

Bombardier Canadá 9.357 Aeronaves acabadas (jatos regionais)

Embraer Brasil 5.364 Aeronaves acabadas (jatos regionais)

BAE Systems PLC Reino Unido 34.428 Aviônica e outras operações comerciais
Pratt & Whitney EUA 25.227 Motores de aeronaves
Hamilton Sunstrand EURA 25.227 Controles de motor, de voo e
ambientais
Finmeccania SPA Itália 24.762 Aviônica e componentes de fuselagem

GE Aircraft Engines EUA 17.619 Motores de aeronaves


Thales França 17.364 Aviônica, softwarw e hardware
Rolls-Royce Groupe Reino Unido 16.794 Motores de aeronaves
PLC
Normas aplicadas e aeronaves comerciais
- As empresas devem satisfazer normas internacionais,
regionais e nacionais.
- Essas diversas certificações acabam se tornando onerosas e
criando barreiras para se conseguir um lugar na CGV das
aeronaves comerciais.

O mercado global das aeronaves comerciais


- A montagem final das aeronaves está concentrada em um
número reduzido de países e esses exportadores foram
responsáveis por mais de 92% das exportações mundiais
entre 2004 e 2011:
Brasil (Embraer) França e Alemanha (Airbus)

Canadá (Bombardier) Estados Unidos (Boing)


Visão geral da indústria de aviação comercial
no Brasil
- Principais mercados para empresas aeroespaciais
brasileiras;
- Papel da Embraer;
- As PME brasileiras;
- As exportações aeroespaciais brasileiras somaram
aproximadamente US$5 bilhões em 2010.
A posição do Brasil na CGV de aeronaves
comerciais
- Empresas que operam no setor de aviação comercial
no Brasil;
-Embora existam empresas brasileiras atuantes em cada
segmento e subseguimento da cadeia de valor, as
capacidades brasileiras só são robustas em algumas
áreas;
Etapas:
- Projeto
- Componentes
- Subsistemas
- Montagem e integração de sistemas finais
- Serviços de pós-produção
TABELA 2. Multinacionais do setor aeroespacial que atuam no Brasil

Empresa Sede Ano Atividades no Brasil

Boeing EUA 2012 P&D

Goodrich EUA 2009 Serviços de reparo

General Dynamics EUA 2006 Distribuição, manutenção, reparos e


revisão (fuselagem e componentes)
Thales França 2006 Sistemas de vigilância, radares de
controle de tráfego aéreo de longo
alcance, satélites de
telecomunicações
Liebherr Suíça 2005 Fabricação de componentes (carcaças
e blocos de válvulas
TAP Manutenção e Engenharia Portugal 2005 Serviços pesados de reparos e revisão

C&D Zodic EUA 2005 Fabricação e suporte de engenharia


de interiores e acessórios de cabines
Políticas e instituições-chave do setor aeroespacial do
Brasil
- Garantir a competitividade internacional da Embraer;
- Regime aduaneiro especial RECOF;
- O Estado não adota uma estratégia agressiva de localização;
- O apoio do governo brasileiro;

Como exemplos podem ser citados:


- ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) – órgão brasileiro
responsável pela regulação do mercado interno de aviação civil.
- RECOF (Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob
Controle Informatizado) – as empresas importadoras que
participam desse regime são isentas de tributos federais
incidentes sobre a importação de bens para uso em produção
para exportação.
Verificações e recomendações para o setor de
aviação comercial do Brasil
- O Brasil é reconhecido em todo o mundo pela sua
indústria aeroespacial;
- O papel das PME;
- Formuladores de políticas brasileiros;

TABELA 3. Verificações e recomendações para o setor de aviação


comercial do Brasil à título de exemplificação
Verificações Recomendações
Vinculações a Fornecedores Globais: A melhor maneira de As PME devem ser apoiadas para desenvolverem escala e
PME locais se vincularem à CGV do setor aeroespacial é competências pela facilitação de fusões e novos consórcios. O
assinando contratos com fornecedores globais remotamente ou, programa High Technology Aeronautics, que foi cancelado em
o que é mais provável, com suas filiais no Brasil. Os 2009, pode servir de modelo.
fornecedores globais desejam que fornecedores de níveis mais
baixos tenham a capacidade de produzir na escala necessária, A certificação de PME locais pode ser facilitada tirando-se
tenham recebido certificações internacionais públicas e privadas proveito das parcerias da ANAC com agências reguladoras
e tenham competência técnica e gerencial. estrangeiras.

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