Você está na página 1de 1

DENSIDADE ESTOMÁTICA EM Typha dominguensis

CULTIVADA EM DIFERENTES DISPONIBILIDADES


HÍDRICAS
Paulo Antônio de Oliveira Temoteo¹, Yasmini da Cunha Cruz², Ana Lívia Martins Scarpa³, Márcio Paulo
Pereira , Gilson Argolo dos Santos Júnior , Fabricio José Pereira
4 5 6

¹UFLA/DBI,paulinhotemoteo@gmail.com;²UFLA/DBI,yasminicruz@hotmail.com;³UFLA/DBI, analivia.scarpa@hotmail.com;
4
UFLA/DBI, marciopaulop@gmail.com; 5UFLA/DBI, gilsonjr_2006@hotmail.com; 6UFLA/DBI, fjprock@gmail.com

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO

Typha dominguensis Pers. é uma planta aquática, rizomatosa, O órgão mais sensível ao déficit hídrico em plantas são as folhas,
nativa da América do Sul, que apresenta propagação vegetativa elas podem se tornar mais espessas, reduzindo o tamanho das
e cresimento rápido, formando agrupamentos densos nas células epidérmicas e dos estômatos (CUTTER, 2002). A seca
margens de corpos hídricos diversos (REITZ, 1984). Os possui efeito negativo na densidade estomática de plantas de
estômatos são estruturas anatômicas predominantes em folhas taboa, sendo que as plantas sob alagamento possuem as maiores
responsáveis pelas trocas gasosas durante a transpiração e médias para esta variável, respectivamente, nas faces abaxial e
fotossíntese e seu fechamento resulta em redução da perda de adaxial, 262 e 272 estômatos por mm2. Esses valores diminuíram
água na forma de vapor (CUTTER, 2002). em até 35% na face abaxial e 37% na face adaxial das folhas de
plantas sob restrição hídrica. A redução da densidade estomática é
OBJETIVO(s) prejudicial a plantas, pois os estômatos estão relacionados a
O objetivo desse trabalho foi avaliar a densidade estomática regulação de diversos processos fisiológicos da planta como
de T. dominguensis submetida à restrição hídrica. torcas gasosas, fotossíntese e respiração (CUTTER, 1978).

MATERIAL E MÉTODOS Tabela 1. Densidade estomática de T. domingensis submetida à seca

Clones aclimatizados de taboa cultivados por 60 dias em solução nutritiva em casa de Tratamentos Densidade Estomática
vegetação (Figura 1) foram transferidos para vasos 4 litros contendo 2,4 litros de vermiculita
contendo solução nutritiva. Os níveis de disponibilidade hídrica utilizados foram: substrato Abaxial Adaxial
alagado e 100%, 75%, 50% e 25% da capacidade de campo do substrato. Aos 60 dias de
experimento, fragmentos da região mediana da primeira folha completamente expandida
Alagado 31,50a 32,66a
foram coletados e fixados em solução de formaldeído, ácido acético e etanol 70%.
Posteriormente, foram realizadas secções paradérmicas nas superfícies abaxial e adaxial,
Saturado 26.38b 25,66b
em sequência as secções foram clarificadas com hipoclorito de sódio a 50%, lavadas em
água destilada, coradas com safranina 1% e montadas em lâminas com glicerol 50%. As
lâminas foram fotografadas em microscópio óptico acoplado a uma câmera digital e as
75% 24,67b 23,85b
fotomicrografias analisadas pelo software UTHSCSA-ImageTool. Foi contado o número de
estômatos e a densidade estomática das faces abaxial e adaxial foliares foi calculada. 50% 20,48b 20,59b

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo


teste de Scott-Knott (P<0.01).

CONCLUSÕES
Restrições no número de estômatos podem ter efeitos na fotossíntese e transpiração
dessa espécie em baixa disponibilidade hídrica. Portanto, T. dominguensis demonstra
menor investimento na produção de estômatos quando submetidas à seca, podendo
Figura 1. Produção de clones aclimatizados em casa de vegetação.
implicar em redução nas trocas gasosas e no crescimento da espécie.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUTTER, E.G. Plant Anatomy. Part 1: Cells and tissues.


London: William Clowes & Sons, Limited. 315 p. 1978.

CUTTER, E .G. Introdução: anatomia e o vegetal e a planta em


crescimento. In: CUTTER, E. G. Anatomia vegetal: parte I:
células e tecidos. São Paulo: Roca, p.1-7. 2002.

REITZ, R. Tifáceas. Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário


APOIO: UFLA, FAPEMIG, CNPq, CAPES. Barbosa Rodrigues, 16 p. 1984.

Você também pode gostar