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Acadêmicos:

• Izabel Cristina
• Ricardo Torres
• Clodoaldo Paulino
• Joice Roberta

Orientadora:
Socorro Cordeiro

Grade Curricular:
Linguística
A chegada
• A chegada das estudantes: Vera, Sílvia e Emília a casa da renomada
linguítica Irene.

• Vera é estudante de Letras, Sílvia de psicológia e Emília de


pedagogia.

• Irene já é aposentada porém continua fazendo pesquisas e


ministrando aulas.

• Irene ensina as pessoas pobres e analfabetas a ler e escrever.


• Vera explica que o real interesse de Irene a fazer perquisas é a
Eulália que era analfabeta.
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Quem ri do que?
• As estudantes se reuném com Irene depois do almoço e começam a criticar o
modo de falar de Eulália.

• -“A Eulália fala tudo errado”, diz Emília, ela disse “os probrema”, “os fósfro”,
“môio ingrês”.

• Irene questiona em relação ao preconceito.


• -A fala da Eulália não é errada: é diferente. É o português de uma classe
social diferente da nossa, só isso — explica Irene.

• A língua varia conforme as diferenças de gênero, de classe social, de etnia,


entre outros.

• Elas combinam de a noite conversarem sobre essas coisas. 3


Que língua é essa?
• Mito da língua única. No Brasil são falados mais de duzentos tipos de dialetos.

• Irene fala das Fonéticas


diferenças do Sintáticas
português brasileiro Lexicais
e do de portugal: Semâticas
No uso da língua

“(...)A língua também fica diferente quando é falada por um homem ou por uma
mulher, por uma criança ou por um adulto, por uma pessoa alfabetizada ou por uma
não-alfabetizada, por uma pessoa de classe alta ou por uma pessoa de classe média
ou baixa, por um morador da cidade e por um morador do campo e assim por diante.
(p.20)”
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Irene fala da norma padrão um modelo
A língua tambem muda no decorrer ideal de língua que é usada pelos
do tempo e seu uso se dá de prestigiados da classe alta.
diversas formas. A língua muda
com o tempo e varia com o espaço. E que está norma não pode ser
ultilizada para descriminar as outras
variedades.
Essa mudança ao longo
do tempo se chama Ela continua dizendo que, ao
mudança estabelecer uma norma em uma
diacrônica. língua as outras variedades passam a
ser consideradas impróprias. Sendo
então a norma padrão a
Há uma variedade de dialetos na representante.
mesma língua, que são falados
diversificados de região para
região. Cada variedeade possui recursos para
desempenhar a função de
comunicação. 5
• A norma padrão é o que hoje nós chamamos de língua portuguesa.
• Essa norma ganhou tanta importância e tanto prestígio social que todas as
demais variedades são consideradas “impróprias”, “inadequadas”, “feias”,
“erradas”, “deficientes”, “pobres”... E esta norma-padrão passa a ser
designada com o nome da língua, como se ela fosse a única representante
legítima e legal dos falantes desta língua.

• Todas as variedades de uma língua têm recursos linguísticos suficientes


para desempenhar sua função de veículo de comunicação, de expressão e
de interação entre seres humanos. Mas por alguma razão, ou razões, só
algumas servem de base para o padrão.

• Irene fala do processo de colonização que se iniciou do norte para o sul,


citando o proconceito que há com as variedades nordestinas e do falar
caipira( r retroflexo).
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• A variedade línguítica é um mito, pois a realidade em que vivemos é complexa,
não se fala apenas uma variedade.

• Existe, portanto, um português-padrão, que vamos apelidar de PP, que é essa


norma oficial, usada na literatura, nos meios de comunicação, nas leis e
decretos do governo, ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas, definida
nos dicionários.

• Todas as outras fora do português padrão chama-se então de PNP,


logicamente, apresenta variedades de acordo com as diferentes regiões
geográficas, classes sociais, faixas etárias e níveis de escolarização em que
se encontram as pessoas que o falam.

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• Irene aponta as diferenças entre o PP, variedade falada pelas classes
sociais privilegiadas, que são a minória da populaçãõ e o PNP, grande
maioria dos falantes, classes sociais marginalizadas.

• Ela continua falanda da descriminação da variedade PNP, que é um grave


problema não apenas social mas também no sistema educacional, que
tratam essa variedade, como deficiente, o que resulta na enorme
porcentagem de fracasso escolar, pois o aluno se sente incapaz de
apender.

• Irene conclui que o português padrão deveria ser ensinado de modo a


integrar o aluno a sociedade, sendo que através do seu dominio permita
ao falante lutar em igualdade com os outros cidadãos das classes
privilegiadas.

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• As estudantes destacam o falar de Eulália, como PNP , Irene lhes conta que
Eulália foi alfabetizada quando tinha mais de quarenta anos, ressaltando que
embora ela tenha sido alfabetizada no PP continua empregando o não
padrão, pois é a língua materna dela.

• Irene aponta as dificuldade que o aluno tem em aprender a norma padrão.


• Ela explica que é possivel escrever uma gramática do PNP. Através de muito
estudo e perquisa, Irene diz que pretende demonstrar que o PNP não é uma
língua errada.

• Dando segmento, Irene enfatiza que a rejeição da variedade do PNP


continua sendo repassada pelos meios sociais, sem que essa noção de
"erro” seja explicada, pesquisada e sem definir o porque da ocorrência e da
permanência desta variedade que é tida como errada.

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• Silvia dando um exemplo de seu irmão quanto ao uso do boné, exemplifica
o conceito de certo ou errado que varia de indivíduo para indivíduo.

• Irene retoma indicando que o fenômeno do certo e do errado é um


fenômeno antigo,citando o exemplo da língua grega versus bárbara.

• As orientações se seguem apontando para os fenômenos que ocorrem de


norte a sul , tido como “erros comuns”.

• “[...]tudo aquilo que é considerado erro no PNP tem uma explicação


científica, do ponto de vista linguístico ou outro, lógico, pragmático,
psicológico.” (p.35)
Dizer pranta no lugar de
planta não é um erro: é
um fenômeno chamado
rotacismo
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• Irene expõe também • Conclui destacando
algumas estratégias para
que a lingua
provar que as
portuguesa está em
características do PNP
constante
não são erros, citando que
transformação, assim
é necessário comparar
como o latim que
outras linguas com o PNP
originou diversas
e observar se existem
línguas.
fenômenos semelhantes e
buscar na historia a
explicação para a
caracterização do PNP.

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Algumas diferenças entre o PNP e o PP

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Irene explica que existem mais semelhanças que diferenças entre as
variedades de português no Brasil, apontando que apesar das diferenças
os falantes de variedades diferentes conseguem se comunicar com
eficiência.Também enfatiza que as desigualdades sociais existentes no
Brasil, acentuam a estigmatização daquilo que foge da norma padrão,
pois esta faz força social e política contra o PNP, assim como na
etimologia da palavra vinda do latim é a lingua do patrão,daquele que
governa.

Da mesma palavra latina patronu- nasceram, em português, as palavras


padrão e patrão.

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As estudantes empolgadas com tudo o que Irene falava sobre o PNP,
propõem a Irene a aplicação de um curso intensivo.Irene percebendo o
interesse das estudantes, aceita a proposta, introduzindo uma pequena
síntese de fatos históricos do latim, língua românica que se popularizou
através do latim vulgar, cujas algumas de suas características são
encontradas no PNP.

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Um probrema sem a menor graça
• As aulas agora começa na “escolinha”, local usado por Irene para
desenvolver aulas de alfabetização.

• Irene menciona que nós sempre aprendemos uns com os outros


independente do nível de escolaridade ou do nível das classes.

• Depois de uma breve conversa, se dá início a aula, Irene começa a


ressaltar sobre o deboche contra os falantes que fogem das regras do
PP, que fez e faz parte do ensino de língua portuguesa.

• Irene menciona as seguintes palavras que para alguns são


consideradas “erradas”: Cráudia, grobo, pranta, ingrês, broco.

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Irene escreve as seguites palavras na lousa:

Igreja ------- Brás --------- praia ------- frouxo ----------- escravo

Irene diz que essas palavas estão certas... “(...)Mas se você for
buscar a história dessas palavras e descobrir de que modo elas
ficaram com a forma que hoje têm em português “certo”, é
provável que tenha uma grande surpresa”. (p.44)

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Observa-se que onde havia um L em latim( conservado no francês e no
espanhol) surgiu um R no português.

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Esses versos dos Os
Lusíadas foram escritos
por aquele que é
considerado o maior
poeta da língua
portuguesa, Luís de
Camões, tido até como o
verdadeiro “inventor” da
nossa língua literária.

Irene questiona : não vamos dizer que Camões também “não


sabia português”, era “burro” e falava “língua de índio”!?

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Isso acontece devido a uma tendência da nossa língua em transformar
em R o L dos encontros consonantais.

O português não-padrão é coerente na sua obediência às tendências da


língua. Os falantes do PNP só conhecem encontros consonantais com
R. Na variedade deles simplesmente não existem encontros
consonantais com L.

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Uma língua enxuta
Vamos agora
ouvir essa
musíca “o
cuitelinho” de
Nara Leão.

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• Irene pede as suas alunas que considerarem aquilo que alguns chamam de
“errado” de português não padrão. Mas isso não quer dizer que seja “errado”
ou “pobre”, mas que tem uma grande lógica línguitica, tem regras que são
coerentemente obedecidas, e serve de material para uma literatura popular
muito rica.

• Na canção o cuitelinho vemos varias palavras consideradas não padrão.


• No PP encontra-se as marcas reduntantes de plural .
• Na nossa norma-padrão de português, para indicar que estamos falando de
mais de uma coisa, acrescentamos “marcas de plural” em muitas palavras da
frase.

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Irene mostra o seguinte exemplo:

Para informar que se trata de mais de uma flor, o PP precisa de cinco marcas
de plural, que modificam várias classes de palavras: artigo, substantivo,
adjetivo, verbo... É o que a gente aprende e ensina na escola com o nome de
concordância de número.

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• Já no PNP é diferente, ele marca uma só palavra para indicar um número
de coisas maior que um. Isso é encontrado na canção :

Inglês padrão

Isso também acontece em outra línguas, como por exemplo no inglês.

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• Não vamos querer eliminar o português padrão das escolas e
passar a ensinar o PNP. Mas o conhecimento dessas regras serve
para que fiquemos mais atentas às diferenças que existem entre
as duas variedades... Diferenças que quase sempre, infelizmente,
são logo consideradas “erros” por quem não consegue
compreender a lógica que existe nelas.

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Liberdade, fraternidade, igualdade
• Preguiça de falarem direito o
‘lh’. No PNP não existe esse som
consonatal, assim como no PP
também não, e isso não é
• Trabalho> trabaio defeito.
• Telha> têia.
• Irene fala do ‘r’ caipira (retroflexo)

• Os mesmos que riem do r retroflexo aprendem em inglês o


mesmo som como nas palavras morning(manhã).
Interressante que
ninguém chama os
americanos de
caipira.
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Emilia questiona de como se explicar na canção de cuitelinho as palavras.
1. Espaia (Espalha)
2. Parentaia (Parentalha)
3. Bataia (Batalha)
4. Navaia (Navalha)
5. Faia (Falha)
6. Atrapaia (Atrapalha)

Irene diz que pode-se comparar mais uma vez o PNP com outras línguas.

Espanhol padrão > escreve ll e pronunciado lhe (equivalente ao lh do PP)


Porém dentro da Espanha em algumas regiões esse ll é pronunciado ‘i’.
Cavalo
Caballo>cabalho>cabaio

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Faia
Fia
Paia
trabaia

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• No século passado no
francês , o LL do grupo Essa tranformação se deu devido
que é escrito ILL se a pronúncia do ‘lhê’ que é
pronunciava com o lh produzida tocando no palato(ceú
da boca) ser em um ponto muito
do português padrão foi
próximo onde é pronuciada a
substituido pela semivogal ’i’.
semívogal ‘i’.

Essa aproximidade
na pronuncia
Assimilação levaram a
transformação,
isso é:

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• Os estrangeiros tem a dificuldade de pronunciar a consoante ‘lhe’, pois na
sua língua não tem essa consoante, então pronunciam o som mais
próximo que é justamente o ‘i’.

• Como é nas seguintes palavras que são pronunciadas pelos estrangeiros


que aprenderam o português : trabáio, véio, abêia.

Agora observando a transformação da palavra telha:


tégula > teg’la > tegla > teyla > teyla > telha

• Aqui no Brasil pra representar o PNP é preciso acrescentar mais uma


variedade:
tégula > teg’la > tegla > teyla > teyla > telha > têia

Representa um grande passo politico,


reconhecendo uma nova variedade portuguesa.
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• Uma segunda explicação para a vitória do i sobre o lhe é referente a história
política.

• Revolução francesa
• No poder> os burgueses
• Assim com a fala dos burgueses se perdeu o som do lhe para dar lugar ao i.

• Para concluir, Irene faz uma reflexão falando do modo de ensinar a língua
portuguesa, na unidade da língua.
• Livros didáticos trás a crença de que um aprendiz nada tem a ensinar.

• É importante que nós, educadores, tenhamos em mente que o português


não-padrão é diferente do português-padrão, mas igualmente lógico, bem
estruturado e que ele acompanha as tendências naturais da língua, quando
não refreada pela educação formal. O PNP não é “pobre”, “carente” nem
“errado”. Pobres e carentes são, sim, aqueles que o falam, e errada é a
situação de injustiça social em que vivem. 30
Verbo pra que te quero?
• Eulália não respeita as conjugações verbais.
“Eles gosta”
“Vocês gosta”
• Isso também aconteceu na musica o
“cuitelinho”
“As onda se espaia”
“As garça da meia volta...”

Existe uma tendência no


Brasil de reduzir as seis
formas do verbo em duas.

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• O PNP é uma língua “enxuta”, que evita as redundâncias.

• Se a pessoa(sujeito) já está indicada, a forma do verbo não precisa


variar tanto.

• Existe duas formas , uma para eu e outra para as demais, devido a


necessidade do ser humano tem de se distinguir o ‘eu’ do ‘não eu’.

• Isso tambem acontece em outras línguas como o inglês não padrão, o


filândes e o africâner.

• Essa redução das seis formas do PP para duas do PNP só nos


surpreende por que já estamos acustamados com o esquema tradicional
do PP que reflete da conjugação latina.

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Essa tabela é do português
classico

Hoje ninguém
usa mais as
formas do tu e
do vós.

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Irene diz que é importante o estudo dessas formas para quando os alunos
forem ler os livros clássicos, entendam melhor a leitura que está sendo
feita.

Quanto aos verbos ela conclui dizendo que nós os professores devemos
análizar o modo de ensinar, pois insitimos em coisas não tão importantes
e deixamos de lado as de extrema importância.

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E agora, com vocês, a assimilação!
• No outro dia de aula que aconteceu no lago quando passeavam, Emilia
começa a interrogar Irene de o ‘por que de ser tão comum as pessoas
falarem ‘falano’, ‘comeno’, ‘cantano’ em vez de falando, comendo,
cantando?

• Irene diz que isso é uma tendência muito viva no português, até os
escolarizados costumam pronúciar os verbos no gerudio com a
terminação no no e isso acontece tambem com o adverbio que é
pronunciado quano.

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• Isso acontece por que os fonemas n e d pertencem a família de consoantes
que são dentais, como são produzidas na mesma zona de articulação, essas
consoantes vão sofrer um ataque, a assimilação

Falando > falanno > falano É a força que faz com dois
sons diferentes se tornem
iguais.

Outros exemplos disso é o caso de tamem (tambem) e mucado (bucado).

Essa fato se explica por M e B serem bilabiais por serem produzidas na


mesma zona de articulção, então entra em campo a assimilação.

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Sodade, meu bem, sodade
Terminando a conversa anterior, onde estavam
no rio, foram para um restaurante italiano.

• Pouco, roupa e louro> dintongo> encontro vocalico( duas vogais são


pronunciadas).

• O que se escreve ou se pronuncia o.

• Tanto no PNP como PP.


poco, ropa e loro
• Na origem das palavras tinha o ditongo au(bem pronunciada) e aos
poucos começou a se pronunciar ou em vez de au.

• Paucu>pouco
• Lauru>louro
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• Isso se explica devido a assimilação, o A é muito aberto e o U muito
fechado.

• Tendência da lingua em tornar duas vogais semelhantes.

• Para a produzir o som do A abre-se a boca toda e o U fecha-se toda. O U


tentou ou puxar o A para mais perto de si, na qual se tornou Ô muito perto
do U. Tempos depois foi registrado OU.

• A lingua está sempre em mudança. Assim o que era escrito e pronunciado


OU em pouco tempo passou a ser pronunciado O.

• A escrita não deu conta das mudanças.


• sodade, meu bem, sodade.

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Beijo rima com desejo
• As aulas voltaram a ser
na “escolinha”.

• Dintongo EI passou a
ser E.

• Diferença entre lingua


falada e escrita.

• Só em algumas
situações o dintongo EI
se transforma em E.
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• As transformações do ditongo EI em E, acontece quando o dintongo EI
aparece diante das consoantes J, X e R.

• Todo ditongo é formado de uma vogal (A, E e O) e uma semivogal (I ‘Y’ e U


‘W’).

• Pai e pau.
• Femea (femya) e Magoa (magwa).
Vogal- são produzidas com a Semivogais- o ar passa
passagem livre do ar pela boca. E quase totalmente livre, por
podem ser pronuciadas sozinhas. isso são quase irmãs
gêmeas das vogais, mas
Consoantes- o ar encontra dificuldades precisam de outra vogal
para sair. E não podem ser para serem pronunciadas,
pronuciadas sozinhas, precisam das por isso são consideradas
vogais. semiconsoantes. 40
Na historia da
transformação do
latim em
português, as
semiconsoantes
latinas I e u se
tornaram em
consoantes. Que
hoje são as letras
J e V, sons que
não existiam no
latim clássico

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• A semivogal pertence a familia dos palatais. As consoantes J e X
tambem pertencem a familia dos palatais.

• Existe uma força muito ativa na língua que se chama assimilação.


Quando encontra dois sons que têm alguma “coisa” parecidas
semelhante, ela faz de tudo para que eles se juntem, se fundam
num só. No caso do nosso ditongo EI, a assimilação “aproveita” o
caráter palatal da semivogal I e das consoantes J e X para reuni-las
num único som. Assim, o que acontece não é exatamente a
redução do ditongo EI em E, mas a redução de -IJ- e -IX- em -J- e -
X-.

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Música, maestro!
• “A língua escrita é só uma representação simbólica da língua
falada, e não um retrato fiel dela. Por isso, embora a ortografia de
cada palavra seja uma só para todo o país, cada falante brasileiro
de português terá seu modo particular de pronunciá-la.”
● São Paulo, uma das maiores cidades italianas. Sendo assim , o povo
que mais comete o fenômeno da DESNASALIZAÇÃO das vogais
seguidas de M o N.
OUTROS: FÔME
São Paulo: FÓME
● A língua escrita é um conjunto de símbolos, que podem ser
interpretados de maneiras variadas de acordo com uma série de
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fatores.
Átono pretônico: E/O.
*Harmonização Vocálicas: E/O -> Sílaba tônica com I/U -> I/U
O -> Sílaba tônica com B/M -> U
- Átono: sílaba que não é a tônica
As vogais E e O quando são
- Pretônico: antes da sílaba tônica postônicas, sofrem o processo de
REDUÇÃO.
- Postônica: depois da sílaba tônica

CA VA LO
Pretônico Tônica Postônico

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QUE COISA MAIS ESTRÚXULA!
● As proparoxítonas, palavras cuja sílaba tônica são as antepenúltima,
com a existência do PNP sofreram contração e passaram a ser
PAROXÍTONAS.
● Com isso, as proparoxítonas constituem aquilo que é chamado o
vocabulário erudito da língua portuguesa. Fazendo com que as
paroxítonas criem um grande numero de palavras existentes
● Devido a influência do latim, uma palavra tornou-se duas.
● PROPAROXÍTONAS: CORPO ESTRANHO?

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QUEM ERA O HOME QUE EU VI
ONTE NA GARAGE?
● ELIMINAÇÃO DA NASALIDADE DAS VOGAIS POSTÔNICAS:
*Palavras derivadas do latim, as quais eram escritas com N, hoje,
tornam-se optativas ou até perdem o N.
LEGUMEN -> LEGUME
ADBOMEN -> ABDOMEN/ABDOME
*Palavras terminadas em –ão, no PNP, ficam –o.

ORFÃO -> ORFO

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QUEM NÃO SE ALEMBRA DE
CAMÕES?
● Com o tempo e as distâncias, as línguas foram se
modificando, e nos lugares que falavam os mesmo
PALAVRAS ARCAICAS idiomas, passam a sofrer mudanças, passam por
movimentos literários, ex: Modernismo.
abastar alimpar aquentar ● Em Latim existia a preposição –ad, deu origem a –a.
arrodear ajuntar alumiar Essa podia ser usada para expressar sentido e um
arrecear alembrar amostrar
alevantar aqueixar arrenegar
prefixo para formação de verbos. O português usou
assentar assoprar arreparar do último significado e deu continuação, no entanto,
avoar devido a GENERALIZAÇÃO. Para a criação do
próprio idioma, foi abdicado.

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• Com a distância, alguns lugares continuam usando
essas palavras, fazendo com que se assemelhem ainda
mais com o latim.

• Ex: -LT- em latim, -IT- em português


MULTO MUITO

• CHAMOU-ME ou ME CHAMOU?

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ACEITA-SE ROUPAS NOVAS!
s
a sa
c
As se m?
n de
ve
● “Vendem-se casas” e “Vende-se casas”: Segundo a gramática, o verbo
devido a partícula apassivadora –se, deveria vir no plural. Porém, as
duas se equivalem.
1) Qual o significado do –se?
Sintaxe Semântica
-se: sujeito indeterminado -se: caracteriza a voz passiva sintética

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• Questionamentos
1) Devido a inversão da forma canônica, quem se torna o sujeito?
2) Por que usar frases invertida e verbos diferentes querendo que signifiquem as
mesmas coisas?
3) A frase com o verbo no plural faz realmente sentido?
4) Voz passiva sintética ou voz ativa ?

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A BRUXA ESTÁ SOLTA!
Vera e Sílvia questiona Emilía sobre:

.Explicação Sintática: Baseia-se na sintaxe do enunciado;                                     

.
  Explicação Semântica: Está relacionada ao significado das palavras;

.Explicação Pragmática:  Analisa o uso concreto da linguagem em diferentes contextos.

Qual o nome da bruxa mesmo? 


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O NOME DA BRUXA É...

Mudança  linguística ANALOGIA


causada pela interferência Ela é responsável por uma
quantidade imensa de
de uma forma á existente.
fenômenos linguísticos.

• O roubo das vogais fechadas;​


• Excesso de correção;​ 52
● O roubo das vogais fechadas;
● Excesso de correção;

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A fôrma, a norma e o funil
● Um só padrão, mas inúmeras variedades;
● Quem é falante culto?
● Pressão conservadora e mudança
inovadora;
● O certo de hoje já foi o errado de ontem;

54
ÍNDIO, SIM, COM MUITO ORGULHO
● CRUZAMENTO SINTÁTICO;
● GANHA QUEM CHEGAR PRIMEIRO;
● DESLOCAMNETOS POSSÍVEIS;

55
PONDO A MÃO NA MASSA

56
A PRIMEIRA SEMENTE

57
A PARTIDA
"O nome Eulália, em grego, quer dizer " a que fala bonito,                 
a que fala bem, a que fala certo."

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