Você está na página 1de 37

CENTRAL DE MATERIAL

DE ESTERILIZAÇÃO
PROFª. JÉSSYCA MEIRIELLY
ESTERILIZAÇÃO HISTÓRICO
• No século IV a.C., Aristóteles já alertava
Alexandre (o Grande) a ferver água para evitar
doenças. No Hospital de Rotunda em Dublin,
Robert Collins introduziu o tratamento com
calor para as roupas de cama. Em 1877, John
Tyndall, um físico inglês, reconheceu a forma
calor- resistente das bactérias e o esporo. Em
Charles Chamberland, bacteriologista francês,
construiu o primeiro esterilizador a vapor em
1880.
DEFINIÇÃO
• É a destruição de todas as formas de vida
microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos,
protozoários e helmintos) por um processo
que utiliza agentes químicos ou físicos.
ESTERILIZAÇÃO CONSIDERAÇÃO
• A prática da esterilização visa a incapacidade
de reprodução de todos os organismos
presentes no material a ser esterilizado,
causando a morte microbiana.
ESTERILIZAÇÃO O ESPORO BACTERIANO

• Forma mais resistente aos agentes


esterilizantes é o parâmetro utilizado para o
estudo microbiológico da esterilização, ou seja,
para se assegurar a esterilização de um artigo
todos os esporos devem ser destruídos.
CME
• A Central de Material e Esterilização (CME) é a
área responsável pela limpeza e
processamento de artigos e instrumentais
médico-hospitalares. É na CME que se realiza o
controle, o preparo, a esterilização e a
distribuição dos materiais hospitalares.
OBJETIVOS
• Concentrar os artigos e o instrumental esterilizados ou
não, tornando mais fácil seu controle, conservação e
manutenção;
• Padronizar técnicas de limpeza, preparo,
acondicionamento e esterilização, assegurando
economia de pessoal, material e tempo;
• Promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo
e montagem de instrumental, pré-esterilização e
arsenal;
• Adequar às condições ambientais às necessidades do
trabalho na área;
OBJETIVOS
• Planejar e implementar programas de treinamento e
reciclagem que atendam às necessidades da área junto
à Educação Continuada;
• Promover o envolvimento e compromisso de toda a
equipe com os objetivos e finalidades do serviço;
• Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos
artigos e das técnicas de esterilização, aumentando a
segurança do uso;
• Manter estoque de artigo, a fim de atender
profundamente à necessidade de qualquer unidade do
hospital;
OBJETIVOS
• Favorecer o bom relacionamento interpessoal
dentro da CME e dos demais setores do
hospital;
• Prover manutenção diária ou de acordo com a
necessidade de equipamentos, materiais,
instrumentais e estrutura física da CME;
• Prover materiais e equipamentos que atendam
às necessidades do trabalho na CME.
TIPOS DE CME: DESCENTRALIZADA
• Utilizada até o final da década de 40, neste tipo de
central cada unidade ou conjunto delas é responsável
por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;
TIPO DE CME: SEMI-CENTRALIZADA
• Teve início na década de 50, cada unidade
prepara seus materiais, mas os encaminha
para serem esterilizados em um único local;
TIPO DE CME: CENTRALIZADA
• Utilizada atualmente, os materiais do hospital
são processados no mesmo local, ou seja, os
materiais são preparados, esterilizados,
distribuídos e controlados quantitativa e
qualitativamente na CME.
EXPURGO
•  Setor
responsável por: - Receber, - Conferir ,
- Lavar e Secar os materiais provenientes do
Centro Cirúrgico e Unidades de Internação.

• Existe uma grande preocupação com


acidentes, secreções biológicas e material
perfuro-cortante na CME, devido a isso as
instituições disponibilizam para os funcionários
os EPIs necessários.
MÁQUINA DESIFETADORA
• Desinfetadora automática de instrumentais,
utiliza jatos de água quente e fria, enxágue e
drenagem automatizado, que , junto com o
detergente enzimático, facilita a limpeza.
PREPARO DE MATERIAIS
• INVÓLUCROS
• São utilizados para cada tipo de embalagem
aquela compatível com o método de
esterilização. Invólucros especiais que
permitam a passagem do agente esterilizante e
impeçam a passagem dos microrganismos.
LIBERAÇÃO DOS MATERIAIS ESTERILIZADOS

• O enfermeiro de CME deverá controlar toda a


distribuição dos artigos hospitalares, através
de sistemas de informática, cadernos
(protocolos) e ou conforme rotina hospitalar.
ARTIGOS CRITICOS
• Artigos críticos : são artigos destinados à
penetração através da pele e mucosas, nos
tecidos sub epiteliais e no sistema vascular.
Estes artigos requerem esterilização, pois são
de alto risco na transmissão de infecção se
contaminados por qualquer tipo de
microrganismos. Ex. Agulhas, Materiais
cirúrgicos, Cateteres cardíacos e Outros.
ARTIGOS SEMI-CRITICOS
• São artigos que entram em contato com
mucosas íntegras ou pele lesada. Requerem
desinfecção de médio ou alto nível, ou
esterilização. Ex. Circuito de terapia
respiratória, Endoscópios, Tubos
endotraqueais
ARTIGOS NÃO CRITICOS
• São artigos que entram em contato apenas
com a pele íntegra. Requerem limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível,
dependendo do uso a que se destina. Ex:
Estetoscópios, Otoscópios, Roupas, Muletas e
outros.
DESINFECÇÃO
•É o processo de destruição de agentes
infecciosos de superfícies ou artigos fora do
organismo, exceto os esporulados, mediante
aplicação direta de meios físicos ou químicos.
• Desinfecção alto nível – Quando os
desinfetantes são eficazes contra todas formas
vegetativas, destroem uma parte dos esporos
quando utilizados entre 10 e 30 minutos.
• Desinfecção médio nível – Quando os
desinfetantes não destroem esporos, tem ação
sobre o bacilo da tuberculose, tem ampla ação
sobre vírus e fungos, porém não destroem
todos.
• Desinfecção baixo nível – Quando os
desinfetantes tem atividade contra bactérias
vegetativas, mas não destroem os esporos.
MANUSEIO DE MATERIAIS CONTAMINADOS
• Selecionar o método de limpeza de acordo com o tipo
de artigo; Selecionar o uso de Equipamento de
Proteção Individual (EPI) adequado: luva de borracha
antiderrapante e de cano longo, avental impermeável,
gorro, máscara, óculos de proteção e se necessário e
botas; Selecionar os produtos de limpeza que
apresentem eficácia e boa relação custo – benefício.
Estes produtos devem possuir registro no Ministério
da Saúde para a aplicação a que se destinam. O rótulo
dos produtos deve estar de acordo com as exigências
legais para o tipo de produto, devendo incluir
recomendações sobre manuseio, diluição, EPI
necessários, indicação e contra – indicação de uso;
ESTERILIZAÇÃO POR MEIO FÍSICO
• Vapor saturado sob pressão
• Calor seco
• Radiação ionizante
• Radiação não ionizante
• Esterilização por Meios Químicos
• Formaldeído
• Glutaraldeído
• Óxido de Etileno
• Plasma de Peróxido de Hidrogênio
VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO
Equipamentos: São as autoclaves.
Estas constituem-se basicamente de:
- uma câmara em aço inox com uma ou duas
portas,
- possui válvula de segurança
- manômetros de pressão e
- um indicador de temperatura.
CALOR SECO
• Esterilização por calor seco
• É feito por irradiação do calor, que é menos
penetrante e uniforme do que o calor úmido.
Requer tempo de exposição mais prolongado e
maiores temperaturas, sendo inadequado para
tecidos e borrachas. Método indicado para pós
estáveis ao calor, ceras, vaselinas, parafinas,
bases e pomadas oftalmológicas.
• A esterilização através do calor seco pode ser
alcançada pelos seguintes métodos:
Flambagem Aquece-se o material na chama
do bico de gás, aquecendo-os até ao rubro.
Este método elimina apenas as formas
vegetativas dos microrganismos. Incineração
É um método destrutivo para os materiais. É
eficiente na destruição de matéria orgânica e
lixo hospitalar.
RADIAÇÃO IONIZANTE
• É um método de esterilização que utiliza a
baixa temperatura, portanto que pode ser
utilizado em materiais termos sensíveis.
• Radiação Beta. Este tipo de radiação é
conseguida através da desintegração natural
de elementos como o Iodo 131. 
• Radiação Gama É produzida pela
desintegração de certos elementos radioativos,
o mais utilizado é o Cobalto 60.Os raios gama
possuem grande penetração nos materiais.
RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE
• As radiações não ionizantes são aquelas
menos energéticas. 
• A luz solar tem poder microbicida em algumas
condições, pois a energia radiante da luz do sol
é composta basicamente de luz ultravioleta.
MEIO QUÍMICO FORMALDEÍDO
• É um gás incolor, possui odor irritante
característico, cáustico para a pele. Tem função
fungicida, víscida, bactericida e esporicida
(alquilação dos microrganismos).
• Se agir por 18 horas tem ação esporicida.
MEIO QUÍMICO GLUTARADEÍDO
• Tem potente ação bactericida, víscida,
fungicida e esporicida (alquilação, alteração
dos ácidos nucléicos e na síntese das proteínas
dos microrganismos); Indicado para artigos
termossensíveis;
• Desinfecção de alto nível por 30 minutos;
Esterilização de artigos em torno de 10 a 12
horas.
ÓXIDO DE ETILENO
• É um gás incolor à temperatura ambiente, é
altamente inflamável.
• Em sua forma líquida é miscível com água.
• Para que possa ser utilizado o óxido de etileno
é misturado com gases inertes, que o torna
não-inflamável e não-explosivo.
PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
• O plasma é um estado físico da matéria
definido como uma nuvem de íons, elétrons e
partículas neutras,as quais são altamente
reativas.
OBRIGADA!

Você também pode gostar