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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB

CENTRO DE INTEGRAÇÃO ACADÊMICA – CIAC


CURSO: HISTÓRIA (LICENCIATURA)
DISCIPLINA: História da Paraíba I
Professora: Luíra Freire Monteiro
Monitora: Magnólia Azevedo

A capitania da Paraíba e sua Anexação


Contexto Histórico


Século XVII : uma época considerada de depressão.


Fim da União Ibérica em 1640


Declínio do Açúcar:
- Expulsão dos holandeses
-Regime de concorrência nas Antilhas e Domínio da Costa da Mina pelos Holandeses.
-Descoberta das Minas


A crise da Paraíba vai de 1654 até os meados do século 18, onde em 1755 a Capitania é anexada a PE.

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Razões da Derrocada populacional e econômica

❖Terminada a guerra Holandesa na Capitania da Paraíba não ficou “Pedra sobre Pedra”. -
João Fernandes Vieira (Governador da capitania da Paraíba desde de 1655)

❖Moradores arrasaram suas fazendas,engenhos e canaviais

❖Provisões reais de 27 de Junho de 1654 e de Dezembro de 1655.

❖Pernambuco mandou para a Paraíba 600 soldados

❖Petição de 1655 de João Fernandes Vieira ao Rei “para se mandar que em PE lhe sejam
pagos os soldos que estão se vencendo como também sejam socorridos os oficiais que
servirem na Paraíba, enquanto naquela praça não houver rendimentos da fazenda de V.
Majestade”
❖Três vinténs por arroba do açúcar branco e trinta réis do mascavo para a infantaria.
❖ No século XVIII, secas e enchentes agravam a situação de retomada econômica
da Paraíba;

❖ Declínio do açúcar: De dez mil a 12 mil caixas produzidas caem para 100 caixas
em todos os engenhos. (Capitania da Paraíba uma das mais prejudicadas)

❖ No ano de 1725 não se fez nenhuma caixa de açúcar nos engenhos da Capitania.

❖ Na segunda metade do século 18, o algodão ocupa lugar de destaque na


economia brasileira. No Nordeste esse produto coexistiu com a pecuária.

❖ Pecuária e o povoamento do Sertão (Teodósio de Oliveira Ledo)


Sujeição da Paraíba a Pernambuco antes mesmo de 1755

❖ Produtos da Paraíba escoavam pelo Porto de Pernambuco

❖ Poucos navios vão ao porto da Paraíba

❖ Por ordem Real as naus deveriam incorporar-se às de Pernambuco, de onde partiriam em


comboios para o reino.
❖ Reclamações do Capitão-mor João da Maria da Glória

❖ Em 1752, moradores da Paraíba pedem ao Governo de Pernambuco a abertura do Porto

❖ Oficiais da Câmara interessados na conservação do Porto fechado.

❖ Articulação dos oficiais da Câmara da Paraíba com os comerciantes de Pernambuco


Seca na Paraíba

❖1710-1715: ocorreu uma seca, causou grande devastação, morrendo grande parte do
gado.
❖Grande diminuição das rendas dos subsídios que se pagava à infantaria
❖Falta de escravos para o trabalho do cultivo
´- Preços altos (Holandeses e Piratas na Costa da Mina)
-Procura alta em decorrência da exploração da Minas nas Serras Gerais
❖ Desvio dos escravos dos engenhos para as Minas motivou proibições de ordem Real.
❖Capitão-Mor João da Maia da Gama lamenta ao Rei a pobreza da Capitania da
Paraíba e dos seus moradores.
❖Exceto dois engenhos, os mais estão perdidos e desfabricados.
❖ Para completar o flagelo , em 1724, uma seca e uma praga de lagartas.

❖“ Essa seca se propaga nos anos subsequentes, e é tal a esterilidade que os frutos da terra,
assim mandiocas como legumes e frutos das árvores, se extinguiram quase todos, de sorte que a
maior parte dos moradores se têm sustentado de raízes de mato impróprias(...)”

❖Os raros gêneros alimentícios com preços exorbitantes.

❖Moradores e também escravos abandonam seus donos para não morrer de fome.

❖Foram frequentes os pedidos de provisões do capitão-mor ao Rei sobre a ruína da capitania.

❖Empréstimo de três mil cruzados ao capitão-mor João de Abreu de Castel Branco


Enchentes

❖ 1729: uma grande cheia.


❖ Não restou nenhuma gênero de lavoura ou legumes que os moradores
pudessem aproveitar
❖ Extrema pobreza
❖ Senhores de engenhos e lavradores recorrem ao Rei mais uma vez
❖ Engenhos em precárias condições
❖ Além das secas, e enchentes, falta de assistência do Estado Português.
Estratégia Imperialista de Pernambuco para dominar a Paraíba
❖ Falta da remessa da dízima dos vinte mil cruzados anuais
❖ O contrato da dízima : defesa e fortificação da Capitania da Paraíba como também o pagamento da
infantaria
❖ Falta de Moeda na Capitania
❖ Os moradores vendiam e compravam a maior parte dos seus produtos na praça de Pernambuco
❖ Forte do Cabedelo em Ruínas
❖ Superintendência das fortificações da Paraíba ao Governador de Pernambuco.
❖ A arrematação da dízima da Alfândega de Pernambuco e da Paraíba num só contrato não trouxe
proveito para a Paraíba.
❖ Exagero da situação econômica da Paraíba pelo Governador de PE (Duarte Sodré Pereira)
❖ Plano de levar a Capitania da Paraíba à exaustão, para se apropriar de seu território.
❖ No que concede aos contratos, figuram ainda: o do subsídio do açúcar e os das carnes, mas que as
receitas não chegavam a cobrir as despesas.
Resultado:

A Paraíba chega empobrecida, econômica e


politicamente, ao século XIX.

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