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GUIA PARA PRESCRIÇÃO, CONCESSÃO, ADAPTAÇÃO

E MANUTENÇÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS

AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO. Brasília 2019

Vasconcelos, Gabriela Souza de. Órtese e prótese [recurso


eletrônico] / Gabriela Souza deVasconcelos, Aline Andressa
Matiello ; [revisão técnica: Diego Santos Fagundes]. – Porto Alegre :
SAGAH, 2019.

A Tecnologia Assistiva é um termo utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e


serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com
deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão.

Esta deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade
funcional ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por
circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento .

BERSCH R. Introdução à Tecnologia Assistida. Disponível


em:<http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf>. Acesso em 12 nov.
2018.
A Lei nº 13.146 de 06 de julho de 20153 , que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), definiu tecnologia assistiva como sendo:
[...]produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços
que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social
Órteses :
definida como um dispositivo
aplicado a um ou
vários segmentos do corpo, com
finalidade de proporcionar o melhor
alinhamento e funcionalidade
possível.
CARVALHO, J. A. Órteses: um recurso terapêutico complementar.
Barueri, SP: Manole, 2005.
A órtese é definida como um instrumento ou
aparelho de correção ou complementação de
segmentos corpóreos. Também fixada como
qualquer material permanente ou transitório
que auxilie as funções de uma região corporal
ou órgão sem utilização de procedimento
cirúrgico para colocá-la ou retirá-la
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de
Atenção Especializada e Temática. Manual de boas práticas de gestão das Órteses ,Próteses
e MateriaisEspeciais (OPME). Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_praticas_gestao_proteses_materiais_
especiaiss.pdf>. Acesso em 12 nov. 2018.
Amputações:
• O paciente amputado deve ser assistido por
uma equipe interdisciplinar, gerando um
processo adequado de prevenção e
reabilitação.
• Dentre os profissionais essenciais está o
fisioterapeuta , que por sua vez deve
buscar a funcionalidade e qualidade de vida
ao paciente.
O termo amputação é utilizado com a
finalidade de designar a ausência parcial ou
total de um membro. Segundo o INSS (2017),
pode ser proveniente de um traumatismo,
má formação, ou de um procedimento
cirúrgico.
Amputações podem ser executadas com
urgência médica ou eletivas, e geralmente
são a última linha de tratamento (SOUZA; SANTOS;
ALBUQUERQUE, 2019).
A amputação de membros geralmente está
relacionada a altas taxas de
morbimortalidade;
Gera impactos negativos em âmbito
psicossocial (SOUZA; SANTOS; ALBUQUERQUE, 2019).
Etiologia:
1. doenças infecciosas ou parasitárias;
2.doenças circulatórias;
3.diabetes melito;
4.casos de gangrena;
5.doenças osteo-musculares ou do tecido
conectivo;
6.neoplasias;
7.causas externas;
8.doenças de pele;
9. malformações congênitas
(SOUZA; SANTOS; ALBUQUERQUE, 2019).
Etiologia:
Podem didaticamente serem divididas em 3
grandes grupos:
1. as decorrentes de doenças vasculares;
2. as decorrentes de situações traumáticas;
3. as decorrentes de causas congênitas
(INSS, 2017).
Etiologia:
No Brasil, as amputações de membros
predominam:
No gênero masculino;
Faixa etária de 18 aos 64 anos;
Causa mais prevalente é vascular
(relacionada principalmente com diabetes
melito e tabagismo) pacientes de maior
idade;
Traumática (principalmente acidentes de
trânsito), para pacientes mais jovens
(INSS, 2017).
• Etiologia:
Em relação ao local da amputação, os
membros inferiores geralmente são
os mais acometidos ,94% de todas as
amputações realizadas. (BRASIL, 2013)
Etiologia: As amputações de membros
inferiores são decorrentes da presença de
doenças ou complicações relacionadas com
doenças crônico-degenerativas, 80% doença
vascular periférica e/ou diabetes, decorrente
de suas complicações; decorrentes de causas
traumáticas relacionadas com acidentes de
trânsito e lesões por arma de fogo,
principalmente; decorrentes da presença de
tumores e infecções (BRASIL, 2013)
• Etiologia:
Em relação aos membros superiores, a causa
das amputações é principalmente
decorrente de acidentes de trabalho,
ferimentos por arma de fogo e
complicações decorrentes de doença
obstrutiva arterial aguda (INSS, 2017).
• Níveis de amputação:
Quanto aos níveis de amputações realizadas
nos membros , elas podem ser mais distais
ou até mais proximalmente. Segundo Kuhn
(1997)
Após a opção terapêutica pela amputação a
preocupação inicial é com a manutenção da
vida do paciente, em um segundo
momento, a equipe opta por realizar a
escolha do nível de amputação, visando à
criação de melhores condições e maior
probabilidade de que, futuramente, o
paciente possa fazer o uso de uma prótese
para voltar à sua vida normal e produtiva.
• Níveis de amputação
Os níveis de amputação mais comuns de
membros inferiores são:
hemipelvectomia;
amputação com desarticulação de quadril;
amputação transfemoral;
amputação com desarticulação de joelho;
amputação transtibial;
amputação com desarticulação de tornozelo;
amputação de modo parcial do pé.
• Níveis de amputação

hemipelvectomia: são utilizados


apenas em situações de traumas mais
extensos , presença de tumores muito
invasivos. É amputada a perna inteira e
parte da pelve, até a região do sacro
(CATARIN, 2019).
• Níveis de amputação

hemipelvectomia
• Níveis de amputação

hemipelvectomia
• Níveis de amputação

hemipelvectomia
• Níveis de amputação

hemipelvectomia
• Níveis de amputação
hemipelvectomia (cont.): Quando este tipo
de amputação é necessária em virtude de
trauma, ocorre uma avulsão completa do
membro inferior, desde a sínfise púbica até
a articulação sacrilíaca. Nesses casos, a
amputação costuma ter uma gravidade
importante, pois vem associada de lesões
de órgãos pélvicos, lesões nervosas,
vasculares, entre outros danos (JORGE et
al., 2004).
• Níveis de amputação
desarticulação do quadril : a amputação é
localizada na articulação coxofemoral
(fêmur com o acetábulo), neste tipo
específico de amputação o controle da
prótese de membro inferior fica mais difícil
(CATARIN, 2019).

transfemoral: amputação é realizada entre o


joelho e o quadril. pode ser dividida em três
níveis: terço proximal, médio e distal
• Níveis de amputação
desarticulação do quadril :
• Níveis de amputação
desarticulação do quadril :
• Níveis de amputação
transfemoral :
• Níveis de amputação
transfemoral :
• Níveis de amputação
desarticulação de joelho: amputação com
a preservação da patela, estando indicada em
traumas, e não de causa vascular. Nas
amputações que causem a desarticulação
de joelho, o profissional pode indicar a
descarga de peso distal, gerando, desse
modo, uma melhora significativa na parte
sensório motora, gerando uma marcha do
paciente amputado com maior qualidade.
• Níveis de amputação
desarticulação de joelho: Na
desarticulação de joelho o fêmur é
preservado, possibilitando uma boa
alavanca de movimento, o que melhora a
marcha com uso de prótese (MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
desarticulação de joelho: Na
desarticulação de joelho o fêmur é
preservado, possibilitando uma boa
alavanca de movimento, o que melhora a
marcha com uso de prótese (MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
Transtibial : pode ser feita em três níveis:
proximal, medial ou distal. O comprimento
da tíbia a ser preservado depende
diretamente da qualidade do tecido
remanescente, da extensão da doença e do
comprimento das estruturas musculares de
gastrocnêmio e sóleo(MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
Transtibial : pode ser feita em três níveis:
proximal, medial ou distal. O comprimento
da tíbia a ser preservado depende
diretamente da qualidade do tecido
remanescente, da extensão da doença e do
comprimento das estruturas musculares de
gastrocnêmio e sóleo(MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
Transtibial (cont) : Esse nível de amputação
está indicado em casos em que a
desarticulação de tornozelo não é
suficiente. Em comparação à desarticulação
do joelho, a equipe sempre prefere manter
uma amputação transtibial, uma vez que
esta permite maiores chances de
funcionalidade (MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
Transtibial
Níveis de amputação
Amputação de tornozelo : Na amputação
de tornozelo, o tipo mais comum de técnica
de amputação é a de Syme, relacionada com
uma verdadeira desarticulação do tornozelo e
associada à remoção parcial dos maléolos
mediais e laterais, de modo que se tenha uma
superfície de sustentação de peso nivelada
sobre a cartilagem articular tibial
Níveis de amputação
Amputação de tornozelo do tipo Syme(cont):

Amputação onde o coxim do calcanhar


permanece íntegro e é colocado na
extremidade da tíbia, servindo como uma
alavanca para a protetização, esse tipo de
amputação é geralmente utilizado em
pacientes acometidos por patologias
vasculares , traumáticas, anomalias
congênitas, deformidades adquiridas ou
quando as amputações de Lisfranc ou
Chopart não são possíveis (EBSERH (2015).
Níveis de amputação
Amputação de tornozelo do tipo Syme(cont):
• Níveis de amputação
Amputação de tornozelo do tipo Syme (cont)
: permite uma descarga de peso corporal
distal sobre o coto, e a presença de espaço
entre o coto e o solo possibilita a colocação
de uma prótese com pé mecânico. Aspectos
positivos: bastante utilizado,
procedimento cirúrgico relativamente fácil,
proporciona ao paciente um coto longo e
com possibilidade descarga de peso
adequada.
(MAITIN, 2016).
• Níveis de amputação
Amputações parciais do pé: Nas amputações
parciais do pé, pode-se ter diferentes níveis
de amputação:
A)amputação de retropé;
B)amputação de mediopé;
C)amputação transmetatarsiana;
D) amputação de interfalangeanas
• Níveis de amputação
Amputações parciais do pé:
Amputação de Chopart: amputação em que
é feita uma desarticulação, realizada entre os
ossos navicular e cuboide com o tálus e o
calcâneo, respectivamente. Esse nível de
amputação é também conhecido pelo nome
de amputação do retropé, e, em geral, está
indicado para pacientes acometidos por
patologias vasculares, infecciosas,
traumáticas e, em menor número, patologias
tumorais (EBSERH, 2015)
Amputação de Chopart:
Amputação de Lisfranc: amputação
denominada tarsometatarsiana, caracteriza-
se pela desarticulação entre os metatarsianos
e os ossos cuboide e cuneiforme.
amputações parciais de pé, a amputação
transmetatarsiana é a mais comum. Em
geral, esse tipo de amputação é feito na
diáfise média dos metatarsos e utiliza-se um
retalho da superfície plantar para cobrir a
área amputada. O tecido colocado na região
nessa amputação permite a proteção das
estruturas preservadas, bem como auxilia na
preservação de maior sensibilidade local
(MAITIN, 2016).
amputações parciais de pé, a amputação
interfalangeana: a retirada pode ocorrer na
articulação interfalangeana distal ou
proximal. Esse tipo de amputação costuma
ocorrer por processos traumáticos ou
vasculares. Em geral, busca-se preservar a
base da falange proximal, pois nela se
encontra a inserção dos tendões extensor e
flexor curto dos dedos (INSS, 2017).
amputações parciais de pé, a amputação
interfalangeana:
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

desarticulação escapulotorácica;
desarticulação glenoumeral ou de ombro;
amputação transumeral
desarticulação de cotovelo;
amputação de antebraço;
desarticulação de punho ou radiocárpica;
desarticulação intercárpica (entre a 1a e 2a fileiras do carpo);
desarticulação carpometacarpal;
amputação transmetacarpal;
amputação metacarpofalangeana;
amputação interfalangena proximal;
amputação interfalangeana distal;
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

Desarticulação escapulotorácica: amputação entre a escápula e o gradil


costal, feita a retirada dos ossos da clavícula e da escápula.
Procedimento raro, menos de 2% das amputações de membros
superiores, relacionada a traumas ou tumores malignos (MAITIN, 2016).
Ocorrem limitações funcionais ao paciente amputado, uma vez que são
removidas todas as articulações do membro superior.
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

desarticulação glenoumeral ou de ombro: excisão total do úmero,


preservação da clavícula e escápula, sendo feita a retirada completa do
membro superior. Segundo Maitin (2016), corresponde a 4% das
amputações de membro superior e, assim como as amputações
escapulotorácicas, ocorre mais em casos de malignidade ou traumas
graves. Ocorre grande perda funcional pois apenas a articulação
escapulotorácica é mantida.
Segundo Boccolini e Magalhães (2000), este procedimento deve
ser evitado, pois com a retirada da cabeça umeral, surgirão deformidades
no ombro, gerando desvios da coluna vertebral, principalmente se for
uma amputação unilateral.
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

amputação transumeral: amputação do úmero, podendo ser proximal,


médio ou distal. Quanto ao comprometimento biomecânico nas
amputações transumerais, a limitação será maior em casos em que o
nível de amputação for mais proximal, pois quanto menor o membro
residual, maior é a limitação de movimentos de antebraço (prono e
supino). A mais comum é no terço médio , pois pode facilitar a
adaptação a próteses. Boccolini e Magalhães (2000) comenta que um
membro residual de aproximadamente 12 cm abaixo do acrômio é
necessário para que seja possível a inserção de próteses com maior
facilidade.
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

desarticulação de cotovelo: consiste na retirada total dos ossos do


antebraço (rádio e ulna), preserva a região distal do úmero, nível pouco
usado, devido a limitações no uso da próteses.
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

A amputação de antebraço ou transradial: excisão óssea entre a


articulação do cotovelo e do punho, classificadas em proximal, média ou
distal, a qual representa o nível mais comum de amputação de membro
superior. A limitação observada é a perda dos movimentos de prono e
supinação e, em alguns casos, devido ao mau posicionamento, a postura
de flexão de cotovelo.
Quanto aos membros superiores, os principais níveis de amputação são:

desarticulação de punho ou radiocárpica, desarticulação intercárpica


(entre a 1a e 2a fileiras do carpo), desarticulação carpometacarpal,
amputação transmetacarpal, metacarpofalangeana,interfalangena
proximal, interfalangeana distal.
Amputações parciais de mão, a principal limitação está relacionada com
a oposição dos dedos e os aspectos não estéticos que essa condição
representa ao paciente.
As indicações das próteses são feitas de acordo com o diagnóstico
cinético funcional:

a avaliação adequada do paciente amputado deve ser realizada;

indicar corretamente o tipo de prótese que melhor se adapta às


necessidades do indivíduo amputado (INSS, 2017)
Sugere-se que seja feita uma avaliação geral e uma avaliação específica

1) Na avaliação geral:

identificar na anamnese:
A) as capacidades e limitações relatadas pelo paciente : atividades de
vida diária e atividades de vida instrumentais;
B) investigar as possíveis limitações sociais, nas atividades de lazer e nos
espaços laborais impostas pela amputação;
C) etiologia da lesão que levou à amputação;
D) presença de alguma comorbidade;
E)avaliação social e profissional;
F) história de outras protetizações
G) expectativa de vida;
H) nível de atividade, entre outras.
A etiologia da amputação está relacionada com um melhor ou pior prog-
nóstico?

É importante saber se o paciente apresenta alguma comorbidade


associada que pode estar relacionada com uma melhor protetização ou
não?
Para avaliar o nível de atividade, sugere-se a utilização de uma escala,
chamada de K-Level, que avalia o nível de atividade de membros
inferiores, facilitando a escolha adequada de uma prótese. Para
protetizações de membros superiores, não há uma escala específica, mas o
profissional pode graduar o nível de atividade em baixo, moderado e alto
(INSS, 2017)
K 0 - não tem capacidade ou potencial para deambular, nem para se
transferir de forma segura, com ou sem assistência. A utilização de uma
prótese não melhorará a qualidade de vida ou a mobilidade do paciente.

K 1- tem capacidade ou potencial para usar uma prótese para se transferir


ou para deambular em superfícies planas com uma cadência regular.

K 2- tem capacidade ou potencial para deambular, porém tem um baixo


nível de capacidade para atravessar barreiras arquitetônicas, tais como
meios-fios, escadas ou superfícies irregulares. Típico de um amputado
que se desloca de forma limitada na comunidade.
K 3- tem capacidade para deambular com cadência variável e para
transpor barreiras arquitetônicas. Típico de um amputado que se desloca
na comu-nidade e poderá ter atividade física, profissional ou terapêutica
que exija a utilização da prótese além da simples locomoção.

K 4- tem capacidade ou potencial para deambular além das competências


bási-cas de deambulação, apresentando níveis de impacto, estresse ou
energia elevada. Esse nível inclui crianças, adultos ativos ou atletas
amputados.
2) Na avaliação específica:

No exame físico:

A) verificar o nível de amputação;


B) comprimento e formato do coto;
C) condições da pele e cicatriz;
D) presença de contraturas e deformidades;
E) amplitude de movimento e força;
F) presença de dor e alterações de sensibilidade;
G) avaliar o membro contralateral e todos os membros não acometidos,
uma vez que essas informações estão relacionadas com as condições de
marcha, transferências, entre outros fatores.
A) Nível de amputação

B) Comprimento do coto

Transumeral: medição da
articulação acrômio
clavicular até a extremidade
do coto

Transradial : medição a partir


da prega anterior do cotovelo
até a extremidade do coto.
Transfemoral: medição a partir da espinha ilíaca antero-superior (EIAS)
ou do trocânter maior do fêmur até a extremidade do coto.

Transtibial: medição a partir do bordo inferior da patela até a extre-


midade do coto.
B) Comprimento e formato do coto: este segundo ítem pode ser influen-
ciado pelo motivo da amputação, pela técnica cirúrgica ou pelo processo
de reabilitação pós-operatório.
Quanto ao segundo ítem, o formato do coto, deve-se analisar se o coto é
cônico, volumoso, fusiforme, entre outras formas.
O formato mais adequado é o cônico, no qual a dimensão proximal é
levemente maior que a distal.
C)Condições da pele e cicatriz: no coto deve-se avaliar também as
condições da pele, verificando a presença de lesões, úlceras, aderências,
cicatrizes, hidratação da pele, entre outros fatores que podem influenciar
na protetização.
D)presença de qualquer contratura ou deformidade do coto e das
áreas próximas:

Amputações a nível transfemoral: há tendência a contraturas e


deformidades em flexão e abdução do quadril.

Amputações a nível transtibial: há tendência a contraturas e


deformidades em flexão de joelho.

Amputações a nível parcial de pé: há tendência de contraturas e


deformidades em flexão plantar.
(INSS,2017)
E)amplitude de movimento e força muscular do coto e dos
membros residuais.
F) presença de dor e alterações de sensibilidade;
G) avaliar o membro contralateral e todos os membros não acometidos,
uma vez que essas informações estão relacionadas com as condições de
marcha, transferências, entre outros fatores.

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