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QUEIMADURAS

Prof. Sônia
QUEIMADURAS - CONCEITO
Toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de
◦  

calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou


mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga),
entre outros. 
QUEIMADURAS – epidemiologia
Escaldamentos (manipulação de líquidos quentes, como água
Maior proporção = crianças fervente, pela curiosidade característica da idade) e as que
ocorrem em casos de violência doméstica.

Homens = cigarros, queimaduras com álcool


Idosos Mulheres = relacionados às várias situações domésticas (como cozimento de
alimentos, riscos diversos na cozinha, acidentes com botijão de gás etc.) e,
eventualmente, até as tentativas de autoextermínio (suicídio).

queimaduras devido ao uso de álcool líquido e outros


População em geral
inflamáveis
QUEIMADURAS – epidemiologia
 por agentes ácidos ou por bases e são capazes de causar, além do dano
químicos cutâneo ou no trato respiratório, alterações sistêmicas diversas

Outras
 decorrentes de
A corrente elétrica que atravessa o corpo, gera calor, que
corrente
queima e destrói tanto os tecidos internos como a pele.
elétrica.
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A CAUSA

◦ Térmicas: provocadas por fontes de calor: vapor, objetos aquecidos,


água quente, chama, etc.
eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.
radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc
◦ Químicas: produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e
◦ Biológicas: animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. e
vegetais : o látex de certas plantas, urtiga, etc.
E
S
T P
R D
E
U A
L
T E
U
R
A
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PROFUNDIDADE
◦ 1º grau: atingem as camadas superficiais da pele. Apresentam vermelhidão, inchaço e dor
local suportável, sem a formação de bolhas;
◦ 2º grau: atingem as camadas mais profundas da pele. Apresentam bolhas, pele avermelhada,
manchada ou com coloração variável, dor, inchaço, despreendimento de camadas da pele e
possível estado de choque.
Queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo semelhantes
às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, este
tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos doloroso que as queimaduras
mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser
destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais que 3
semanas e costuma deixar cicatrizes.
◦ 3º grau: atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos. Apresentam pouca ou
nenhuma dor e a pele de aspecto esbranquiçado.
◦ 4º grau: aspecto da pele cabonizado.
Profundidade na estrutura da pele


Músculos
Ossos
Vísceras
GRAU SINAIS SINTOMAS

1º grau Eritema Dor

2º grau Eritema + bolha Dor, choque

3º grau Branca Pouca ou nenhuma dor, Choque

4º grau Carbonização Nenhuma dor, Choque grave


COMO AVALIAR A EXTENSÃO

◦Uma regra prática para avaliar a extensão das


queimaduras pequenas ou localizadas, é
compará-las com a superfície da palma da mão
do acidentado, que corresponde,
aproximadamente a 1% da superfície corporal.
Simulando – pequena queimadura
+ou- 2,5% da área
corporal queimada
MÉTODO UTILIZADO para queimaduras extensas -Regra
dos 9
◦ Um adulto de frente:
9% = rosto Adulto , de costas :
9% = tórax 9% = tórax posterior
9% = abdômen 9% = lombar
9% = MI direito 9% = MI direito
9% = MI esquerdo
9% =MI esquerdo
9% = MMSS
9% = MMSS 45%=Sub-total
1% = órgãos
genitais.
55%=Sub-total
55%(frente) + 45%(costas) = 100% da área do corpo.
Simulando – grande queimadura - adulto

ÁREA QUEIMADA = 18%

9
Criança
18%= rosto e cabeça
9% = tórax frente
9% = tórax trás
9% = abdômen frente
9% = região lombar
13,5% = MI direito
13,5% =MI esquerdo
9% = MS direito
9% = MS esquerdo
1% = órgãos genitais.
APLICANDO NA CRIANÇA
18%

ÁREA QUEIMADA= 29,25%

4,5%

6,75
Avaliação da gravidade da queimadura
O importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu
grau , mas sim a extensão da pele queimada , ou seja, a área
corporal atingida.

◦ Baixa : menos de 15% da superfície corporal atingida


◦ Média : entre 15 e menos de 40% da pele coberta e
◦ Alta : mais de 40% do corpo queimado.

Além da percentagem da área corporal atingida, a gravidade das queimaduras é


maior nos menores de 5 anos e maiores de 60.
QUEIMADURA – tratamento de emergência

1.Tratamento imediato de emergência:


• Interrompa o processo de queimadura.
• Remova roupas, joias, anéis, piercings e próteses.
• Cubra as lesões com tecido limpo.
QUEIMADURA – tratamento de emergência
 Vias aéreas
 Respiração
 Avaliação da queimadura
Na sala de  Avaliação de traumas e doenças
emergência associadas
 Expor a queimadura
 Acesso venoso
 Sondagem vesical
QUEIMADURA – tratamento de emergência

Avalie a presença de corpos estranhos,


VIAS AÉREAS verifique e retire qualquer tipo de obstrução.
QUEIMADURA – tratamento de emergência
 Aspire as vias aéreas superiores, se necessário.
 Administre oxigênio a 100% (máscara umidificada) e, na suspeita
de intoxicação por monóxido de carbono, mantenha a oxigenação
por três horas.
 Suspeita de lesão inalatória: queimadura em ambiente fechado com
RESPIRAÇÃO acometimento da face, presença de rouquidão, estridor, escarro
carbonáceo, dispneia, queimadura das vibrissas, insuficiência
respiratória
 Mantenha a cabeceira elevada (30°).
 Aplique Glasgow  intubação
 Oximetria de pulso
 Perfusão tissular
QUEIMADURA – tratamento de emergência

AVALIAÇÃO DA  Avaliar extensão e profundidade da


queimadura
QUEIMADURA  Expor a área queimada

 Expor o paciente e observar possíveis traumas


AVALIAÇÃO DE  Observar limitações
TRAUMAS E  Traçar cuidados para traumas e limitações
DOENÇAS
QUEIMADURA – tratamento de emergência
Obtenha preferencialmente acesso venoso
ACESSO periférico e calibroso, mesmo em área queimada, e
VENOSO somente na impossibilidade desta utilize acesso
venoso central.

Auxiliar a enfermeira na passagem da sonda vesical de


demora para o controle da diurese nas queimaduras em
SVD área corporal superior a 20% em adultos e 10% em
crianças.
Como proceder com queimaduras no local
1 - Retirar a vítima do contato com a causa da queimadura:
◦ a) lavando a área queimada com bastante água, no caso de agentes químicos(EXCETO PÓ);
retirar a roupa do acidentado, se ela ainda contiver parte da subtância que causou a queimadura;
◦ b) apagando o fogo, se for o caso, com extintor (apropriado), abafando-o com um cobertor ou
simplesmente rolando o acidentado no chão
2 - Verificar se a respiração, o batimento cardíaco e o nível de consciência do acidentado estão
normais.
3 - Para aliviar a dor e prevenir infecção no local da queimadura:
a) mergulhar a área afetada em água limpa ou em água corrente, até aliviar a dor. Não romper as
bolhas e nem retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à pele. Se as bolhas estiverem
rompidas, não colocá-las em contato com a água.
Como proceder com queimaduras?
b) não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outras substâncias sobre a
queimadura. Elas podem complicar o tratamento e necessitam de
indicação médica
4 - Se a pessoa estiver consciente e sentir sede, deve ser-lhe dada
toda água que deseja beber porém, lentamente e com cuidado.
5- Encaminhar logo que possível a vítima ao Pronto Socorro, para
avaliação e tratamento
O que não fazer
◦ a) Não dê água a pacientes com mais de 20% do corpo queimado;

◦ b)Não coloque gelo sobre a queimadura;

◦ c)Não dê qualquer medicamento intramuscular, subcutânea ou pela boca sem consultar um


Médico, exceto em caso de emergência cardíaca;

◦ d)Não jogar água em queimaduras provocadas por pós químicos; recomenda-se cal e
escovação da pele e da roupa.

◦ e)Deve-se providenciar o transporte imediato do acidentado, quando a área do corpo


queimada for estimada entre 60 e 80%.
QUEIMADURAS
◦ BIBLIOGRAFIA

◦ https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pdf
◦ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Especializada. Cartilha para tratamento de
emergência das queimaduras /Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2012. 20 p. Disponível em <
http://bvsms.saude.gov.br/>. Acesso em 07 de jan. de 2020.

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