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restauração
UFCD 8211
25 horas
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Objetivo: a proteção da saúde dos trabalhadores
A sua primeira finalidade é a de chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para situações, objetos ou
atividades que possam originar riscos ou que os comportem.
Esta sinalização efetua-se normalmente através de uma placa, de uma cor, de um sinal luminoso, de um sinal
acústico, de uma comunicação verbal ou de um sinal gestual.
A sinalização de segurança e emergência pode ser permanente ou acidental.
• Proibições;
• Avisos e obrigações;
• Localização e identificação dos meios de salvamento e de socorro;
• Localização e a identificação do material e equipamento de combate a incêndios;
• Indicação de risco de choque contra obstáculos e a queda de pessoas;
• Rotulagens de recipientes e tubagens;
• Marcação de vias de circulação.
Existem várias formas de sinalização que se complementam entre si:
•Sinais luminosos;
•Comunicação verbal;
•Sinais gestuais – Quando a comunicação oral não seja possível ou deficiente e destinam-se a transmitir as
indicações necessárias a uma determinada tarefa ou ação.
SINALIZAÇÃO POR PLACAS
•Forma triangular;
•Forma circular;
•Pictograma sobre fundo branco: - Margem vermelha - Faixa vermelha – diagonal descendente da esquerda
para a direita, a 45º em relação à horizontal
• Forma circular;
• Pictograma branco sobre fundo azul, (a cor azul deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa).
• Pictograma branco ou amarelo sobre fundo verde (a cor verde deve cobrir pelo menos 50% da superfície da
placa).
•Pictograma branco ou amarelo sobre fundo vermelho (a cor vermelha deve cobrir pelo menos 50% da
superfície da placa).
•Pictograma branco sobre fundo azul: - Margem branca – a cor azul deve cobrir pelo menos 50% da superfície
da placa.
•Fornecer informação sobre os produtos contidos num recipiente ou embalagem ou envolvidos num
processo.
Sinalização de obstáculos, zonas perigosas e vias de circulação
Este tipo de sinalização é normalmente utilizado para indicar desníveis de piso (degraus e rampas); situações
de queda com desnível (colocadas em barreiras móveis ou em patamares de baixo desnível sem outro tipo de
proteção); junto a/ou em equipamentos que potencialmente podem causar danos físicos; para circundar uma
área que, temporariamente, não deve ser acedida; etc.
É do conhecimento geral que o ser humano reage inconscientemente à cor vermelha como indicação de
proibição ou perigo.
A luz emitida não deve ter em conta as condições de utilização, deve ter uma cor uniforme de acordo com os
diferentes significados gerais das cores em segurança e garantir um contraste nem excessivo nem insuficiente.
Para graus mais elevados de perigo deve utilizar-se sinais intermitentes, para garantir a perceção da mensagem
e serem inconfundíveis com outros sinais intermitentes ou contínuos.
Sinais acústicos
Sinal acústico é o sinal sonoro codificado, emitido e difundido por um dispositivo específico, sem recurso à
voz, humana ou sintética.
Relativamente aos sinais acústicos, devem ter-se em consideração alguns aspetos, nomeadamente:
•Ter um nível sonoro superior ao do ruído ambiente, sem ser excessivo ou doloroso;
•Ser facilmente reconhecido, através da duração, da separação de impulsos e grupos de impulsos e
diferenciáveis de outros sinais sonoros e ruídos ambientais;
•Com frequência variável, deve indicar um perigo mais elevado ou uma maior urgência;
•O som de um sinal de evacuação deve ser sempre contínuo e estável em frequência.
Comunicação verbal
Deve transmitir textos curtos, grupos de palavras ou palavras isoladas a um ou mais interlocutores e
pressupõe aptidão verbal do emissor.
O emissor deve estar sempre consciente da perfeita perceção da mensagem por parte do recetor.
Sinais gestuais
Sendo esta a forma privilegiada de comunicação entre seres humanos que se encontram em locais onde a
propagação sonora da voz está comprometida, foi desenvolvida uma codificação que relaciona um determinado
movimento corporal com a mensagem que se pretende transmitir.
No caso da comunicação verbal complementar sinais gestuais deve-se empregar palavras como, por exemplo,
INICIAR ou COMEÇAR, STOP, FIM, SUBIR, DESCER, AVANÇAR, RECUAR, ESQUERDA, DIREITA, PERIGO ou
DEPRESSA.
O sinaleiro deve estar situado de forma a poder seguir visualmente as manobras, sem ser por elas ameaçado.
MANUSEAMENTO DE EQUIPAMENTOS
Utilização de um Equipamento de Trabalho - Qualquer atividade em que o trabalhador entre em relação com
um equipamento de trabalho, nomeadamente a colocação em serviço ou fora dele, o uso, o transporte, a
transformação, a manutenção, a conservação ou reparação
PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL – Trabalho de grupo
Plano de emergência
•Simplicidade - Ao ser elaborado de forma simples e concisa, será bem compreendido, evitando confusões e
erros por parte dos intervenientes.
•Precisão - Deve ser claro na atribuição de funções e responsabilidades em emergência;
•Adequação - O plano tem de estar adequado à organização e aos meios humanos e materiais disponíveis;
•Flexibilidade - Um plano não pode ser rígido, devendo permitir a sua adaptação a situações diferentes dos
cenários inicialmente previstos;
•Dinamismo - É um documento dinâmico, sendo alterado sempre que pertinente.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA
O plano de atuação deve contemplar a organização das operações a desencadear por delegados e agentes de
segurança em caso de ocorrência de uma situação perigosa e os procedimentos a observar, abrangendo:
O plano de evacuação deve contemplar as instruções e os procedimentos, a observar por todo o pessoal
relativos à articulação das operações destinadas a garantir a evacuação ordenada, total ou parcial, dos espaços
considerados em risco pelo RS e abranger:
• O encaminhamento rápido e seguro dos ocupantes desses espaços para o exterior ou para uma zona segura,
mediante referenciação de vias de evacuação, zonas de refúgio e pontos de encontro;
• O auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade, de forma a assegurar que ninguém fique
bloqueado;
• A confirmação da evacuação total dos espaços e garantia de que ninguém a eles regressa.
A elaboração do Plano de Evacuação deve basear-se na recolha e análise das seguintes informações:
• Inventário dos riscos potenciais (incêndio, fuga de gás, alerta de bomba, sismo, etc);
• Recenseamento das pessoas a ser evacuadas, suas características e localização;
• Percurso e dimensionamento das vias de comunicação horizontais e verticais;
• Programação, em função das diversas eventualidades, da evacuação das diversas zonas do estabelecimento;
• Escolha dos itinerários que melhor se adaptem a cada caso;
• Determinação do número de pessoas necessário para enquadrar a evacuação dos ocupantes;
• Compatibilidade das soluções encontradas com os meios existentes.
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de uso pessoal destinados a
proteger a integridade física e a saúde do trabalhador.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteção coletiva. Apenas diminuem ou
evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
A lei estabelece também que é obrigação dos empregados usar os equipamentos de proteção individual onde
houver risco, assim como os demais meios destinados a sua segurança.
Sinalização do Uso Obrigatório de Equipamento de Proteção Individual
Ao usar o equipamento de proteção individual os trabalhadores da Indústria da Alimentação e das Bebidas
devem respeitar algumas regras práticas:
•Antes de utilizar o EPI, o trabalhador deverá verificar sempre o seu estado de conservação e limpeza e
respetivos prazos de validade;
•Se o EPI apresentar alguma deficiência que altere as suas características protetoras, deverá a sua utilização
ser evitada e a chefia direta informada de tal ato, por escrito;
•Os EPI são de uso individual, a fim de se adaptarem às medidas do utilizador e também por razões higiénicas;
•O trabalhador deverá limpar cuidadosamente os EPI após cada utilização.
•Após a utilização dos EPI em presença de produtos tóxicos, deverão os mesmos ser desinfetados com
materiais adequados que não alterem as suas características;
•Os EPI deverão ser guardados em recipiente ou armário próprio, isento de poeiras, produtos tóxicos ou
abrasivos, utilizando embalagem própria e nas melhores condições de higiene;
•Os EPI não deverão nunca estar em contacto direto com ferramentas e outros materiais ou equipamentos.
Principais símbolos:
Os rótulos das embalagens têm como função identificar os riscos relativos à utilização dos produtos bem como
as medidas de prevenção a ter na sua utilização.
•Trabalho fisicamente exigente, que obriga a passar muitas horas de pé e em posturas estáticas, a
movimentação manual de cargas, elevações e movimentos repetitivos
•Exposição a elevados níveis de ruído
•Trabalho em ambientes quentes ou frios, especialmente a combinação de temperaturas elevadas com
correntes de ar, portas abertas, alternância entre ambientes quentes e húmidos e ambientes frios, como
despensas;
•Cortes e queimaduras;
•Escorregadelas, tropeções e quedas devidos a pavimentos húmidos e escorregadios e a obstáculos, incluindo
quedas em altura;
•Substâncias perigosas, por exemplo, o uso generalizado de produtos de limpeza e de agentes biológicos nos
alimentos.
Os principais fatores de risco psicossociais são os seguintes:
Horários de trabalhos prolongados e não convencionais; o sector caracteriza-se por turnos longos, horários
de trabalho irregulares e pouco habituais
Difícil conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal, nomeadamente tendo em conta a
imprevisibilidade dos horários de trabalho
Elevada carga de trabalho e pressão para que este seja desenvolvido com celeridade
Pouco controlo sobre o trabalho: as tarefas monótonas, sem criatividade e que exigem pouca iniciativa são
muito comuns;
Contacto com colegas e com o chefe: a falta de apoio pode agravar o stresse provocado pelo trabalho
O contacto contínuo com clientes pode ser uma fonte de stresse ou, nos piores casos, conduzir ao assédio
ou mesmo à violência;
Falta de formação e de educação; certas tarefas não exigem qualquer educação formal, a par de um baixo
nível de formação e de experiência; as pessoas nem sempre possuem a formação adequada às tarefas que
executam, o que pode gerar mais stresse.
TIPOS DE RISCO E SEU CONTROLO
Incêndios
•Poder Calorífico (quantidade de calor libertada pela combustão completa de uma unidade de massa
combustível);
•Potencial Calorífico (quantidade de calor suscetível de ser libertada pela combustão completa de um corpo);
•Carga de Incêndio (potencial calorífico da totalidade dos materiais combustíveis contidos num espaço,
compreendendo o revestimento das paredes, divisórias, soalhos e tetos).
A reação ao fogo é o contributo que um material pode dar a um incêndio e ao seu desenvolvimento -
Combustibilidade.
Os materiais são classificados numa escala que varia entre materiais não combustíveis e materiais facilmente
inflamáveis.
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA ESTE RISCO:
Sinalizar os equipamentos de deteção e combate a incêndio;
Existir plano de emergência;
Constatar a Importância de um responsável no restaurante ter formação de segurança contra incêndios;
Existir manta corta-fogo para abafamento e como equipamento de proteção individual;
Retirar todo o material inflamável não estritamente necessário ao período de laboração e fora de fontes
de calor;
Manter o equipamento elétrico em boas condições e proceda regularmente à sua verificação;
Verificar periodicamente instalação de gás;
Verificar periodicamente equipamento de combate a incêndios;
Sinalizar em vários pontos do estabelecimento a proibição de fumar e ou foguear (inclusive nas instalações
sanitárias);
Identificar e desobstruir as saídas de emergência;
Equipar as fritadeiras com termóstatos, a fim de prevenir o sobreaquecimento;
Limpar periodicamente os exaustores e filtros.
Riscos elétricos
Ao falarmos em riscos elétricos para as pessoas, temos de ter muito presentes dois conceitos fundamentais:
eletrocussão - um choque elétrico que origina um acidente mortal – e eletrização - um choque elétrico que não
causa um acidente mortal, mas que pode originar outro tipo de acidentes, com consequências que podem ser
mais ou menos graves.
• A parte elétrica deve estar devidamente protegida e embutida em tubagens integras que permita a
higienização dos ambientes sem qualquer risco;
• Sinalizar o quadro elétrico;
• Existir sinaléticas de aviso, perigo e proibição;
• Efetuar regularmente a manutenção da instalação elétrica;
• Não utilizar material elétrico com aparente defeito;
• Não utilizar ligações múltiplas com sobrecarga;
• Não tocar em componentes elétricos com mãos húmidas, nem verter líquidos junto a estes;
• Não efetuar a sua limpeza e manutenção sem desligar os equipamentos;
• Em locais húmidos colocar tomadas estanques;
• Sinalizar ou remover equipamentos avariados;
• Formar e informar os trabalhadores dos riscos elétricos.
Trabalho com máquinas e equipamentos
Risco de Corte
• Utilizar máquinas e equipamentos que possuam a zona de corte protegida por resguardos móveis
(picadoras, batedeiras, máquinas de corte, etc.); as proteções devem, sempre que necessário, ter associados
dispositivos de encravamento
• Utilizar as máquinas de acordo com as instruções do fabricante e unicamente para as funções para as
quais foram projetadas (mesmo que estas se possam adequar a outras tarefas)
• Formar os trabalhadores na correta e segura utilização das máquinas perigosas existentes (serra de fita,
máquinas de fatiar, etc.)
• Definir um operador para as máquinas perigosas e proibir a utilização das mesmas por qualquer outro
trabalhador
• Manusear facas e utensílios cortantes com suma precaução
• Utilizar utensílios de corte com o cabo anti deslizante
• Guardar as facas e os utensílios de corte em suportes específicos (suportes onde a lâmina fique protegida
e fora do alcance) (ex.: porta – facas)
• As lâminas dos utensílios de corte devem estar devidamente afiadas
• Nunca tentar apanhar uma faca em queda livre
• Nunca usar facas para outras finalidades (ex.: como abre – latas) e utilizar sempre a faca adequada à tarefa
a realizar
• Ao passar facas (ou utensílios de corte) a colegas de trabalho, utilizar uma superfície plana para pousar a
faca e permitir que a outra pessoa pegue nela (nunca se deve passar manualmente)
• Cortar sempre na direção oposta ao corpo e manter os dedos afastados da lâmina
• Cortar em cima de superfície destinadas para este efeito (tábuas e mesas de corte)
• Não introduzir alimentos nas máquinas com as mãos (utilizar um empurrador ou outro acessório
adequado)
• Recolher pedaços de louça ou vidro partidos com os utensílios de limpeza adequados: vassoura e pá. Os
objetos partidos devem ser eliminados envolvidos em papel ou material similar que evite o contacto com as
mãos
• Formação dos trabalhadores no manuseio e limpeza das diversas máquinas e utensílios de corte
• Usar luvas de malha de aço quando se estão a cortar alimentos
• Utilizar aventais de malha de alumínio para desossar carne e peixe
• Sempre que se revele necessário, utilizar óculos de proteção (ex.: ao desossar, escamar, etc.)
Risco de Enrolamento
A principal situação que expõe os trabalhadores a este risco é a utilização de máquinas com
elementos em movimento rotativo (batedeiras, etc.)
Medidas de Prevenção para este risco:
Na restauração, as tarefas executadas exigem na sua maioria que os trabalhadores estejam constantemente de
pé, provocando uma sobrecarga nas pernas, dando origem:
• Varizes;
• Evitar estar muito tempo na mesma posição, caso não seja possível use um pequeno estrado para elevação
alternada dos pés;
Considera-se acidente de trabalho, aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou
indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte.
• Entre qualquer dos seus locais de trabalho, no caso de ter mais de um emprego;
• Entre a sua residência habitual ou ocasional e as instalações que constituem o seu local de trabalho;
• Entre qualquer dos locais referidos no ponto precedente e o local do pagamento da retribuição;
• Entre qualquer dos locais referidos nos pontos anteriores e o local onde ao trabalhador deva ser prestada
qualquer forma de assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente;
• Entre o local de trabalho e o local da refeição;
• Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para o
empregador;
• No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando
exista autorização expressa do empregador para tal frequência;
• Fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pelo empregador ou
por ele consentidos.