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UEMA – CAMPUS GRAJAÚ

PERIOPERATÓRIO
Prof.ª Marcela Martins Rocha
PLANEJAMENTO FÍSICO
DO
CENTRO CIRÚRGICO
INTRODUÇÃO

•A instalação de Salas de Operações (SO) nos hospitais data de


fins do século XIX, depois das pesquisas de Pasteur (1822-1895)
sobre os microrganismos do ar, da adição da antissepsia ou da
desinfecção das mãos do cirurgião e dos instrumentos
preconizadas por Lister (1827-1912) e da descoberta dos
micróbios contaminadores de feridas operatórias.
• Definido como um conjunto
de elementos destinados às
atividades cirúrgicas,
bem como à recuperação
pós-anestésica e pós-
operatória imediata.
• O CC ocupa lugar de destaque
pela sua importância no
contexto hospitalar.
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO
• O CC é composto por uma série de dependências interligadas;
• Objetivam proporcionar ótimas condições à realização do ato
anestésico-cirúrgico em circunstâncias assépticas ideais;

Segundo o controle asséptico no CC, pode-se dividi-lo em:


• área irrestrita ou zona de proteção; área semirrestrita ou zona
limpa; e área restrita ou zona estéril.
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO
ÁREA IRRESTRITA OU ZONA DE PROTEÇÃO

Permite a circulação livre de pessoal; não é necessária a utilização


de uniforme privativo. É composta por:
• Vestiários;

• Conforto de profissionais com copa em anexo;

• Sala de espera.
ÁREA IRRESTRITA
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO
ÁREA SEMI RESTRITA OU ZONA LIMPA
• Não é permitido o trânsito livre de pessoal;
• Os colaboradores devem circular com a roupa privativa, gorro e propés. É
composta por:
Recepção e transferência de pacientes; Secretaria e área de prescrição médica;
Área de enfermagem; Sala administrativa; Farmácia; Corredores; Sala de
procedimentos pré-anestésicos; Sala de guarda e preparo de anestésicos; Sala de
utilidades e expurgo; Sala de guarda de equipamentos; Sala de depósito de
cilindros de gases; Salas de apoio às cirurgias especializadas; Laboratório para
revelação de radiografias; Área de laboratório e anatomia patológica; Depósito
de material de limpeza (DML).
ÁREA SEMI RESTRITA OU ZONA LIMPA
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO

ÁREA RESTRITA OU ZONA ESTÉRIL


• É composta pelas salas cirúrgicas e pelas áreas onde se encontram os
lavabos, com circulação restrita de pessoal diretamente envolvido no
procedimento anestésico-cirúrgico, vestidos com a roupa privativa, gorro,
propé e máscara.
• Lavabos;
• Salas de Operações (SO) de pequeno, médio e grande porte;
• A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve ser anexa ao CC.
ÁREA RESTRITA OU ZONA ESTÉRIL
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO

• Em relação à quantidade de SO em um CC, é recomendado que


haja duas salas de cirurgia para cada 50 leitos não especializados
ou duas salas de cirurgias para cada 15 leitos cirúrgicos;

• Cada SO deve conter equipamentos fixos e móveis;


COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO
• Não há mais indicação de armários ou prateleiras para a
distribuição e colocação de materiais à disposição.
• Geralmente se faz uso de carros de materiais específicos para
cada cirurgia, que são montados no próprio CC, ou no CME;
• A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve ser uma área
anexa ao CC, localizada no mesmo piso, e que favoreça a rápida
transferência do cliente anestesiado da SO à SRPA.
COMPONENTES DO CENTRO CIRÚRGICO
• Os componentes do CC podem sofrer variações de acordo com o
porte do hospital e suas necessidades específicas;
• O CME se localizava dentro do CC, e ainda é assim em hospitais
mais antigos;
• Atualmente, tem-se notado a tendência de o CME estar
localizado fora do CC, com fácil comunicação entre os dois
setores, que pode ser feita por profissionais ou por elevadores
monta-carga;
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
• Os ambientes do CC devem passar por limpeza terminal;
•O piso deve ser de material resistente, não poroso e livre de
frestas;
• Revestimento de parede, teto e piso de áreas críticas e semicríticas
devem ser resistentes à lavagem e ao uso de produtos químicos;
• Paredes devem ter cor neutra, suave e fosca para evitar a emissão
de reflexos luminosos, a fadiga visual, o cansaço e os estímulos
nervosos;
• Ralos são proibidos no CC;
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
• Canto deve proporcionar a limpeza adequada e completa;
•O teto não deve ter exposição de fios e tubulações, mas deve
permitir facilidade de manutenção;
• Janelas de vidro duplo em áreas comuns, para comunicação
entre a equipe;
• As portas devem ser de correr e, nas SO, devem possibilitar a
visão externa do ambiente interno da sala.
BIOENGENHARIA

•A iluminação geral do CC é fornecida pelas lâmpadas localizadas no


teto, devem ser fluorescentes e incandescentes;
•O foco central deve oferecer uma iluminação que facilite o
diagnóstico de anormalidades;
• A ventilação conta com a utilização do sistema de ar-condicionado;
BIOENGENHARIA
• Cada
SO deve conter vácuo (cor cinza), oxigênio (cor verde), ar
comprimido (cor amarela) e óxido nitroso (cor azul);
•O CC deve ter sistema de emergência com gerador próprio,
capaz de assumir automaticamente o suprimento de energia
em, no máximo, 0,5 segundo e mantê-lo por, no mínimo, 1 hora;
•A rota de fuga para emergências deve ser de conhecimento dos
profissionais.
VAMOS USAR A
IMAGINAÇÃO?
OLHE PARA ESTA EQUIPE!
MUITA GENTE, SIM?
HORA DE USAR A IMAGINAÇÃO
VOCÊ TAMBÉM FARÁ PARTE DESTA CENA
NÃO, NÃO VOCÊ AINDA NÃO ESTÁ AÍ
AGORA SIM VOCÊ ESTÁ CHEGANDO!
COMO ESTÁ SE SENTINDO?
Considerações Finais
• Todos os detalhes do CC são pensados com a finalidade de
ofertar condições seguras para o paciente e também para a
equipe;
•A composição da equipe e sua capacidade técnica também
contam na garantia de procedimentos seguros.

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