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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DA AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA ZOOTÉCNICA
PROJECTO DE LICENCIATURA

TOLERÂNCIA AO CALOR EM VACAS LEITEIRA DA RAÇA


JERSEY E ASCHER: CASO DE ESTUDO DO DISTRITO DE
SUSSUNDENGA

Autor: José Pita Quembo Júnior

Supervisor: Dr. Jeremias António Muazeia


INTRODUÇÃO

 A pecuária em Moçambique desempenha um papel muito importante na


economia nacional, porque para além de ser uma fonte de capital, abastece
nutriente a população e gera emprego (Azevedo et al., 2009).

 Segundo Azevedo et al., (2009), A produção leiteira, tem sido, a par da


agricultura, uma das actividades com importante papel socioeconómico para
as famílias rurais em Moçambique tendo a dupla função de renda e
alimentação.

 Conforme (Neiva, 2004), o seu crescimento têm sido afectado quer por
condições naturais como o clima, as pastagens, as migrações dos Animais
"campo-cidade“

 A inteiração entre animal e ambiente deve ser considerada quando se


objectiva maior eficiência na exploração pecuária (Neiva et al., 2004).
PROBLEMA DE ESTUDO

 Apesar da particularidade físico-geográficas que confere condições favoráveis


para actividades leiteiras, a produção no Distrito de Sussundenga ainda é baixa
para suprir o consumo local, tanto como nacional.

 A baixa adaptação de raças especializadas para a produção de leite, às


condições de clima e de maneio predominantes nas regiões tropicais.

 Conforme (Corassin 2004), relatam que stresse térmico afecta negativamente


vários aspectos da produção leiteira, causando um impacto significativo no
potencial económico das propriedades produtoras de leite.
JUSTIFICATIVA

 Conforme Valentim et al., (2018), um dos maiores desafios


para vacas leiteiras de grande produção em clima quente é
dissipar o calor produzido por processos metabólicos.

 Dessa forma, percebe-se que os sistemas de produção de


leite devem enfocar não apenas a produtividade, mas também
o bem-estar do animal.
OBJECTIVOS

Geral

 Avaliar o efeito da temperatura ambiente em vacas leiteiras da raça Jersey e


ascher no distrito de Sussundenga

Específicos

 Determinar a temperatura corporal de vacas e o seu efeito na produção de


leite
 Identificar relação entre o stresse térmico e a quantidade de leite produzida;
 Analisar a implicância da temperatura ambiente em relação a produção leiteira;
MATERIAIS E MÉTODOS

Descrição do local de estudo


Delineamento experimental

Materiais

Termómetro infravermelho, Ração

Termómetro digital, e  Farelo de milho;

Uma folha de registo.


 Farelo de soja,
 Caroço de algodão,
 Caroço de girassol,
Maneio Alimentar
Brachiaria decumbens
Panicum maximum
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Por meio da análise de variância, constatou-se que não houve diferenças


estatísticas significativas entre os tratamentos, tendo apresentado uma média
de temperatura corporal de 35,855ºC.

 O pico da produção de leite para a raça Jersey, foi observado no período da


manha da segunda Semana com 63kg sendo 4.5kg/animal, e na quarta Semana
a produção caiu, onde foi observado 45kg, com uma média de 3kg/animal.

 Para o período da tarde, a produção máxima foi observado na primeira Semana


com 42kg, com uma média de 2.8kg/animal e a produção mínima foi de 30kg,
com uma média de 2kg/animal que foi registado na terceira Semana.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Para a raça Asher, o pico da produção foi observado na segunda Semana no


período no período de manhã, onde produziu-se 50kg,com uma média
3.3kg/animal, e a produção mínima foi observada na quinta Semana com
35kg, sendo 2.3kg/animal, como media.

 Para o período da tarde a produção baixou para 40kg máxima que foi
observado primeira Semana, tendo como média 2.6kg/animal e 29kg de
mínima para a terceira Semana, sendo 1.93Kg/animal.
ÍNDICE DE TEMPERATURA E HUMIDADE

 Para o calculo do índice de temperatura e humidade baseou-se na formula


proposta por Johnson et al.,1962

 ITU= (1.8 x Tbs+32) - [(0,55-0,0055 x UR) x (1,8 x Tbs-26,8)]


Onde:
Descrição ITU
ITC-índice de temperatura e humidade
Semana 1 69
Tbs- temperatura do bolbo seco Semana 2 66
Tbu- temperatura do bolbo húmido Semana 3 65
Semana 4 68
UR-temperatura e humidade do ar
Semana 5 68
TEMPERATURAS

Médias da temperatura corporal Médias da temperatura corporal


da raça Jersey da raça Asher

Temperatura corporal da Raça Jersey Temperatura corporal da Raça Asher


36.4 36.4

36.2
36.2
36
36
35.8

35.6
Temperatura (°C)

35.8

Temperatura (°C)
Manha 35.4 Manha
Tarde Tarde
35.6
35.2

35.4 35

34.8
35.2
34.6

35 34.4
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
a a a a a a a a a a
an an an an an an an an an an
m m m m m m m m m m
Se Se Se Se Se Se Se Se Se Se
PRODUÇÃO DO LEITE

Quantidade da produção da vaca Quantidade da produção da vaca


Jersey/semana Asher/semana
400 350

350
300

300
250
Quantidade de leite (Kg)

Quantidade de leite (Kg)


250
200

200 Manha Manha


Tarde Tarde
150
150

100
100

50
50

0 0
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5
JERSEY

Manha Tarde
ASHER

Manha Tarde
RECOMENDAÇÕES

 Aos produtores, que passem a implementar a criação de gados em piquetes na


unidade para aumentar a produtividade leiteira nas suas unidades;

 Aos produtores, que possam colocar um sistema de Registo e controle no


maneio sanitário dos Animais;

 Ao governo e para Organizações não-governamentais a realizar formação


prática e informações dirigidas as detentoras de gado sobre matérias de
maneio de pastagens naturais e alimentar.
CONCLUSÃO

 Em concordância com os resultados obtidos conclui-se a temperatura


ambiente e humidade relativa do ar é factor importante, tem forte influência
sobre as variáveis fisiológicas de vacas leiteiras, podendo colocar em risco o
bem-estar e consequentemente a baixa produtividade.

 A quantidade de leite produzido não esteve relacionada com a temperatura


das raças estudadas.

 Quanto maior temperatura maior a produção. A redução está associada a


factores como a alimentação, planos sanitários, maneio, idade do animal e
gasto de energia.
Obrigado pela Atenção Dispensada!

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