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DIREÇÃO DEFENSIVA

I – APRESENTAÇÃO

As estatísticas demonstra que a cada ano são centenas de milhares as


vítimas de acidentes de transito no Brasil. Dentre elas,
aproximadamente 50 mil são vítimas fatais, das quais 30 mil morrem
no local do acidente, sem contar os sobreviventes que tornam-se
invalidas (a maioria de 18 a 35 anos). Após analisar as causas de
acidente, foi possível chegar as seguintes conclusões:

PERCENTUAL CAUSAS
90% Falha humana
4% Falha Mecânica
6% Má Condições de vias
CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO

II – Os acidentes geralmente são causados pela combinação de


diversos fatores. O fato mais relevante é chamado de causa principal
do acidente. Esse fator pode ser: excesso de velocidade, erros na
previsão das ações de outros motoristas, desrespeito a sinalização
ou as normas de circulação, negligência, na avaliação das condições
adversas, falta de habilidade para conduzir com segurança.

III – PRINCIPAIS FATORES QUE LEVAM AO ACIEDNETE DE


TRÂNSITO:

• NEGLIGÊNCIA:
Pode ser definida como descaso, displicência ou desleixo por parte
dos ÓRGÃOS DE TRÂNSITO (quando deixam de fazer reparos ou
manutenções e sinalizações de vias).
• CONDUTOR:
Quando não obedece as Leis de Trânsito ou quando insiste em conduzir
veículos com defeito que compromete a segurança veicular.

Ex: Defeito no sistema de freio ou sinalização.

• IMPRUDÊNCIA:

Entendida como a atitude do condutor que expõe a risco a sua vida e dos
outros usuários da via desnecessária.

Ex: Acelerar mais para passar sinal amarelo.

• IMPERÍCIA:

Entendida como a falta de habilidade ou a má forma do condutor


(automatismos incorretos)

Ex: Não conhecer as reações do veículo, diante de uma frenagem de


emergência, não ter base do espaço necessário para fazer uma
converçaõ, ou um retorno.
IV – SOLUÇÕES PARA O CAOS DO TRÂNSITO

Teremos uma solução se os órgãos de trânsito investirem na Educação do


Trânsito na sinalização e os condutores praticarem a direção defensiva e
utilizarem equipamentos obrigatórios.

•DIREÇÃO DEFENSIVA

Dividir de modo a se evitar acidentes de trânsito, apesar das ações


incorretas de outros condutores motociclistas, ciclistas ou pedestres.

ELEMENTOS DA DIREÇAÕ DEFENSIVA

CONHECIMENTO – ATENÇÃO – PREVISÃO – DESCISÃO - HABILIDADE

CONHECIMENTO
• Das normas de circulação
• Das leis de Trânsito (CTB)
• Das condições adversas (para saber como agir).
ATENÇÃO

Qualquer displicência ou distração pode ser a causa de acidente, o ato de


dirigir, exigi do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão
se apresentando:

São eles:

• Sinalização
• Comportamento dos outros condutores
• Comportamento pedestres, ciclistas (I,5 metros)
• Veículos, não motorizados
• AS possíveis condições adversas

Portanto o tipo de atenção que o condutor deve ter e chama difusa (tanto
concentrada como distribuído em tudo a sua volta).
PREVISÃO

E o ato através da atenção de conseguir prever uma situação de conseguir


prever uma situação de perigo.
Se preparando para uma reação imediata.

Ex: O condutor está dirigindo e vê uma bola rolando pela via.


Imediatamente prevê que uma criança distraída possa vir correndo atrás
da bola..

Ao passar por um ponto, vê um ônibus parado desembarcando


passageiros: ele prevê que algum passageiro afoito tentara atravessar a
rua saindo repentinamente de traz do ônibus.

DECISÃO

Consisti no fator de tomar uma decisão quanto ao espaço e boa


visibilidade, ao fazer uma ultrapassagem, cruzar uma via preferencial.
Qual a melhor atitude diante dessa situação de risco.
HABILIDADE

Seria o resultado de todas as ações condicionadas que iria contribuir para


um trânsito mais seguro e ágil.

V – TIPOS DE ACIDENTES

EVITÁVEL: E aquele em que o condutor teve tempo e espaço suficiente,


mas deixou de fazer tudo o razoavelmente poderia e deveria fazer para
evitar o acidente de trânsito.

NÃO EVITÁVEL: E aquele em que o condutor não teve tempo, nem


espaço suficiente para evitar o acidente de trânsito.
TIPOS DE COLISÃO

COLISÃO COM VEÍCULO DA FRENTE

Se dá em virtude de:

• Excesso de velocidade
• Não manter uma distância de segurança.

Veículo a 100km/h Obstáculo

30 mt 40 mt

70 mt
A B C

AB = Distância Reação OBS. Para veículos de grande porte


BC = Distância Frenagem a distância percorrida para parar, será
AC = Distância Parada o dobro.
COLISÃO AO FAZER UTRAPASSAGEM

Se dá em virtude de calcular errado o espaço, pouca visibilidade quando


feita em curvas, aclives, declives ou locais proibidos pela sinalização:

EX:

Aproximação 220 Km/h

2 1
120 Km/h

100 Km/h 80 Km/h

Obs.: O veículo 2 em relação ao veículo número 1,


estaria a 20Km/h na contra mão de direção.
AS CONDIÇÕES ADVERSAS (PREJUDICIAIS)
PODEM SER:

• LUZ
• TEMPO
• VIA
• TRÂNSITO
• VEÍCULO
• CARGAS
• PASSAGEIROS
• CONDUTOR
LUZ

A Luz, é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos


vistos, seja com iluminação natural ou artificial. porém, a luz torna-se uma
condição adversa quando está em falta ou em excesso:
• Ofuscamento
• Penumbra

Ofuscamento: é uma cegueira momentânea causada pelo excesso de


luz em nossos olhos. A vista humana pode levar até 7 segundo para se
recuperar de um ofuscamento. Um veículo, a uma velocidade de 80 Km/h,
poderá percorre até 155 metros antes que seu condutor recupere a visão
plena. O ofuscamento pode ser ocasionado por:

Incidência direta de raios solares

Esta incidência de luz solar ocorre geralmente no inicio da manhã e no


final da tarde, quando o sol está muito próximo do horizonte. A incidência
frontal de raios solares pode ser evitada com o uso do quebra-sol,
equipamento obrigatório nos veículos.
Reflexo de luz solar

É a reflexão da luz solar em vidros, janelas ou espelhos de outros


veículos.

Luz alta em sentido contrário

• Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por outras


condições adversas, como chuva e neblina.

• Transitar facho de luz alta perturbando outro condutor (Art. 224) Infração
leve, multa.

Luz alta no retrovisor

• O ofuscamento pelo retrovisor pode ser evitado, acionando-se o


dispositivo anti-ofuscamento do retrovisor interno, que reduz a intensidade
da luz emitida pelos faróis do veículo de trás.
Penumbra, ou meia-luz, é a situação de pouca luminosidade que ocorre
no final da tarde e início da noite (anoitecer) e no final da madrugada e
início da manhã (amanhecer).

É considerada uma situação perigosa, pois contornos e cores dos objetos


ficam pouco definidos. A penumbra torna mais difícil reconhecer objetos,
avaliar corretamente distâncias e, principalmente, ver e ser visto.

Procedimentos para se dirigir na penumbra:


•Ligar a luz baixa.
•Reduzir a velocidade
•Redobrar a atenção..

CONDIÇÕES ADVERSAS DE TEMPO

CHUVA
A condição adversa de chuva reduz a visibilidade, diminui a aderência dos
pneus, principalmente em curvas, aumenta o espaço percorrido em
frenagens e dificulta manobras de emergência.
O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura
de água com pó e outros resíduos,
Quando dirigir sob chuva for inevitável, devemos observar os seguintes
pontos:

• Manter as palhetas do limpador de pára-brisas em bom estado.


• Manter os vidros limpos, desengordurados e desembaçados.
• Redobrar a atenção.
• Reduzir a velocidade.
• Aumentar a distância para os demais veículos.
• Redobrar o cuidado em curvas e frenagens.
• Acender as lanternas ou os faróis baixos, dependendo da visibilidade.
• Evitar passar sobre poças ou lugares com acúmulo de água.
Durante ou após as chuvas, água acumulada sobre a pista pode provocar
situações especiais de perigo: trata-se da AQUAPLANAGEM ou
HIDRORANAGEM, fenômeno pelo qual os pneus não conseguem remover a
lâmina de água e, literalmente, perdem o contato com a pista.

ÁQUAPLANAGEM
A aquaplanagem ocorre p:a combinação dos seguintes fatores:
• Excesso de água na pista.
• Velocidade demasiada.
• Pneus com profundidade de sulco insuficiente.
Durante a aquaplanagem, a direção fica repentinamente leve e é muito difícil
controlar o veículo. Os procedimentos corretos nesse caso são:

• Manter o volante onde estava quando se iniciou a hidroplanagem. Rodas


viradas para um dos lados podem levar ao capotamento quando a aderência
voltar a existir entre os pneus e a pista.

• Tirar o pé do acelerador e diminuir a velocidade, mas não frear


bruscamente, pois se as rodas estiverem travadas no momento que voltar o
contato dos pneus com a pista, o carro se desgovernará.

• Estabelecer um padrão seguro de velocidade para a situação.

Deve-se trocar os pneus sempre que a profundidade dos sulcos ficar igual ou
menor que 1,6 mm. Nos caminhões a profundidade mínima dos sulcos é de 3
a 4 mm para trocar ou recauchutar. Adiar a hora da troca é uma economia
que não vale a pena.
NEBLINA OU CERRAÇÃO

Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Acidentes que


ocorrem nesta condição adversa normalmente são gravíssimos e podem
envolver diversos veículos (engavetamentos).

Nas estradas, trechos e horários sujeitos à neblina podem e devem ser


evitados, com correto planejamento da viagem. Sob neblina devemos tomar
as seguintes precauções:

• Redobrar a atenção.
• Reduzir a velocidade, mantendo um ritmo constante, sem acelerações ou
reduções bruscas.
• Acender os faróis baixos, mesmo de dia.
• Não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade.
• Parar somente em pistas com acostamento ou em locais seguros.
• Em pistas sem acostamento, é preferível seguir em frente com cuidado.
• Em paradas de emergência, deve-se sinalizar a pista e manter o pisca-alerta
ligado.

ATENÇÃO: o pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento, exceto em
situações de emergência.
FUMAÇA

A ocorrência de fumaça na pista não é uma situação climática, mas provoca


falta visibilidade semelhante à causada pela neblina, com algumas
diferenças importante
A fumaça geralmente ocorre de maneira bem localizada. O problema é que
não sabemos o que iremos encontrar dentro dela, nem qual é a sua
extensão. Devemos evita sempre que possível, trafegar sob fumaça densa.
Quando for inevitável, seguir o seguintes procedimentos:

• Diminuir a velocidade antes de entrar na fumaça e fechar os vidros.

• Fogo sobre a pista: não passar. Mesmo com tanques vazios.

• Não parar: uma vez dentro da cortina de fumaça, é melhor sair do outro
lado.
• Nunca frear bruscamente. Lembrar-se que os veículos de trás também estão
com pouca visibilidade.
CONDICOES ADVERSAS DAS VIAS

O ideal seria sempre transitar em vias bem projetadas, construídas e


conservadas, além de sinalizadas adequadamente. Porém, isso nem sempre
é possível, principalmente em ser tratando da nossa realidade.

O Art. 88 do CTB, determina que nenhuma via deve ser liberada ao trânsito de
veículo sem estar devidamente sinalizada.

As principais condições adversas das vias são?:

• Sinalização inadequada ou deficiente. -


• Pavimentação inexistente ou defeituosa.
• Aclives ou declives muito acentuados.
• Pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal.
• Curvas mal projetadas ou mal construídas.
• Lombadas, ondulações e desníveis.
• Inexistência de acostamento.
• Má conservação, buracos, falhas e irregularidades.
• Pista escorregadia ou drenagem deficiente, permitindo acúmulo de água.
• Vegetação muito próxima da pista.
PLANEJAR O ITINERÁRIO

É importante planejar o itinerário com antecedência, levando em consideração


a condições das vias. Existem diversas maneiras de obter essas
informações: jornais rádio, televisão, agentes de trânsito, outros motoristas e
sites especializados da internet.
Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus
perigos E deficiências e ajustando-se às suas condições.
No transporte de cargas perigosas, o itinerário, a condição das estradas e das
alternativas com seus pontos deficientes devem ser vistos e planejados com
antecedência, em conjunto com o transportador.

VIAS MAL CONSERVADAS


A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a
suspensão e pneus.
• Conduzir em velocidade compatível com a condição da via.
• Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar os pneus.
• Cuidar para não bater o veículo por baixo, pois poderá ser danificado
reservatório de óleo do motor.
• Cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar de
buraco na pista.
• Veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, já que esta é
maior causa de deterioração do pavimento.
VIAS MAL SINALIZADAS

Em descidas muito fortes ou longas, como rampas, ladeiras íngremes ou


descidas de senas, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e
mais segura consiste em utilizar o freio motor: iniciar a descida com
velocidade reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na
subida.

Depois que o veículo embalar fica mais difícil reduzir, prnicipalmente para os
ônibus e caminhões. Nesse caso, os freios irão superaquecer e perder
eficiência, podendo incendiar os patins de freio e os pneus. Esses acidentes
são muito comuns em serras, que combinam descidas íngremes e cursas.
jamais descer desengrenado (banguela).

Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via


caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.
CONDICOES ADVERSAS DE TRÂNSITO

Para dirigir com segurança é fundamental avaliar e agir de acordo com as


condições do trânsito. Os fatores adversos mais comuns são:

• Trânsito lento ou congestionado.


• Horários e locais de maior movimento.
• Áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres.
• Presença de motociclistas na via.
• Presença de ciclistas e outros veículos não motorizados.
• Tráfego intenso de veículos pesados.
• Comportamento imprudente ou agressivo dos demais motoristas.

O bom motorista defensivo procura, sempre que possível:

• Planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de


congestionamento.
• Sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos.
• Lembrar que nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico, em
tempo
CONDICOES ADVERSAS DO VEÍCULO

Já vimos que é obrigatório manter o veículo em bom estado e em perfeitas


condições de funcionamento. Estes conhecimentos são oferecidos no capítulo de
Mecânica Básica.
Porém, algumas vezes, somos obrigados a conduzir veículos de outras pessoas ou
somos surpreendidos por situações imprevistas, devidas à condição em que o
veículo se encontra. Nesses casos, deve-se prestar atenção redobrada a alguns
detalhes:

• Lâmpadas queimadas e faróis desregulados.


• Limpadores de pára-brisas com defeito.
• Espelhos retrovisores deficientes.
• Amortecedores em mau estado.
• Folga no sistema de direção.
• Rodas desbalanceadas.
• Falta de buzina.
• Suspensão desalinhada.
• Pneus gastos ou mal calibrados.
• Freios deficientes.
• Quantidade insuficiente de combustível.
• Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios (cintos de
segurança, macaco, chave de roda, estepe, triângulo de segurança, extintor.
• Existência de qualquer tipo de vazamento.
SEU CAMINHÃO

O caminhão é uma ferramenta de trabalho e precisa estar absolutamente em


ordem, para que possa transportar, com sucesso as cargas.

O caminhão, bem como seus equipamentos e acessórios, foram


cuidadosamente projetados e calculados para desempenhar suas funções, e
devem ser mantidos cuidadosamente de acordo com os padrões de
engenharia da fábrica. Portanto, o caminhão não deve sofrer modificações,
alterações ou adaptações, as famosas “gambiarras”. Não modificar, nem
permitir que o veículo seja modificado.

MANUTENÇÃO

A manutenção do caminhão é função do proprietário do veículo, porém cabe


ao condutor o cuidado continuo, para garantir que ela seja realmente bem
feita, seja com respeito a revisões como a manutenções preventivas e
corretivas. Ao menor sinal de irregularidade ou mau funcionamento, avisar
imediatamente o proprietário do veículo e acompanhar as. providências de
reparos.
Os serviços de manutenção devem ser feitos em concessionárias ou
empresas especializadas, que assumem responsabilidade pelo que fazem.
PNEUS E SEUS ACESSÓRIOS
O melhor caminhão do mundo torna-se perigoso se os pneus estiverem em mau estado,
desgastados, desequilibrados ou mal recauchutados.
Seguir sempre o que é recomendado na Lei de Trânsito a respeito das medidas de
sulcos e do estado dos pneus.

• Parar periodicamente para fazer a verificação dos pneus,


• Não utilizar pneus recauchutados nas rodas dianteiras.
• Não utilizar pneus de características diferentes no conjunto de tração.
• Não utilizar pneus que apresentem defeitos.

LÂMPADAS E SINALIZAÇÃO
Os faróis e sinalizadores do veículo são fundamentais para conduzir com segurança.
Manter sempre um conjunto de reposição com as principais lâmpadas sobressalentes.
Se a Polícia Rodoviária constatar alguma falha e o condutor tiver lâmpadas
sobressalentes, poderá trocá-las sem ser multado e seguir viagem. Vale a pena estar
prevenido.

FREIOS
Todos os sistemas de freio do veículo devem estar funcionando perfeitamente: não
apenas os sistemas de freios de serviço, mas também os de estacionamento e mesmo
o freio motor. Verificar constantemente o estado das cuícas, dos flexíveis de ar
comprimido e do compressor, que deve ser drenado com freqüência para eliminar a
água que nele se condensa e acumula em decorrência do seu funcionamento.
ABASTECIMENTO
As operações de abastecimento devem ser acompanhadas pelo condutor, O
planejamento do percurso, prevendo já o próximo abastecimento, é muito
importante.
O tanque, a bomba de combustível, o encanamento, os filtros, os bicos
injetores, a bomba injetora e o retorno fazem parte do sistema de
alimentação. Abastecer unicamente com combustível filtrado, livre de água,
impurezas e adulterações.
Evitar andar com pouco combustível, pois tanque vazio condensa mais água
que tanque cheio. Esta água acabará saturando os filtros e comprometendo
a correta queima de combustível. Ficar sem combustível nas vias públicas,
além de ser infração grave, acarreta trabalhosas operações de busca de
combustível e “sangramento” dos sistemas injetores.

LUBRIFICAÇÃO

Já a lubrificação é a alma do funcionamento de um caminhão. Todo condutor


sabe da importância de verificar os níveis e os prazos de troca do óleo do
motor, da caixa, do diferencial, do fluido da embreagem hidráulica e do óleo
do compressor de ar, além do engraxamento de todos os pontos ou bicos de
lubrificação.
CONDIÇÕES ADVERSAS DE CARGAS

A CARGA PODE SE TORNAR UMA CONDIÇÃO ADVERSA


No transporte de cargas em geral e especialmente na condução de cargas
perigosas, a própria carga transportada poderá transformar-se em uma
condição adversa, comprometendo a segurança.

Os motivos mais comuns são:


• Carga mal distribuída, mal embalada ou acondicionada inadequadamente.
• Falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do compartimento de
cargas.
•Desconhecimento do tipo de carga e das suas características. Mau estado da
carroceria ou do compartimento de carga.

Sempre que transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes


pontos:
•O volume e o peso devem ser compatíveis com a capacidade do veículo.
•Não transportar passageiros nos compartimentos de carga ou vice-versa.
•Certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada.
CONDIÇÕES ADVERSAS DE PASSAGEIROS

É preciso saber que, em algumas situações, o comportamento dos


passageiros pode afetar diretamente a segurança.
Nesses casos, os passageiros tornam-se em condição adversa;

• Barulho, desordem ou brigas entre os ocupantes.


• Idosos, passageiros machucados ou que passam mal durante a viagem.
• Crianças pequenas desacompanhadas.
• Excesso de passageiros.
• Passageiros em estados psicológicos alterados (irritados, nervosos,
inseguros, alcoolizados, drogados, etc.).

Os procedimentos nesses casos são os seguintes:


• Não permitir que as pessoas ou o comportamento delas desviem a sua
atenção.
• Quando transportar crianças ou idosos desacompanhados, tomar todas as
precauções necessárias como: menores de 10 anos no banco de trás,
crianças de colo nos assentos especiais, utilização do cinto de segurança.
• O limite de passageiros de cada veículo deve ser respeitado.
• No transporte de produtos perigosos, deverá haver um conjunto de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para cada ocupante do veículo.
CONDIÇÕES ADVERSAS DO CONDUTOR
Deficiências Físicas:
Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores adversos que
devem ser observados são:

• Deficiência visual, motora ou auditiva.


• Uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção.
• Cansaço, sono e fadiga.
• Estados psicológicos alterados e fatores comportamentais de risco, como
por exemplo: pressa, distração, agressividade, irritação, espírito competitivo,
etc.
• Estresse: o individuo estressado apresenta reações inadequadas diante de
situações de perigo ou tensão.
CAPACIDADE NECESSÁRIA PARA DIRIGIR
A capacidade intelectual do ser humano atualmente está classificada em oito
inteligências: a da comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a
da coordenação motora, a do auto-conhecimento e compreensão, a de se
relacionar, a de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação dos
sons. Para cada tarefa que realizamos utilizamos várias dessas inteligências. A
habilidade de dirigir exige do motorista a utilização de todas as oito.
O cérebro comanda tudo. Ao aprender a dirigir corretamente estamos
automatizando processos e reaç6es. Quem aprende certo automatiza certo,
quem aprende errado automatiza errado. É por isso que é tão difícil corrigir
maus hábitos de quem aprendeu de forma incorreta.

As alterações mentais podem ser:


• Psíquicas: portadores de doenças como epilepsia, neuroses, psicoses, etc.
Dependendo do grau de manifestação, essas pessoas estarão impedidas de
dirigir.
• Psicológicas e Emocionais: indivíduos que apresentam sinais de estresse,
depressão, irritação, raiva, insegurança ou alterações devido a comoções,
fatalidades, mortes, traumas, etc.
Os dois maiores perigos do álcool são:
• A maioria das pessoas alcoolizadas “acredita” que está bem, com reflexos e
reações normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem
estar que o álcool proporciona.
• O álcool induz as pessoas a fazer coisas que normalmente não fariam, seja
por excesso de confiança, ou pela perda da noção de perigo e respeito à
vida.
Os principais efeitos do álcool no organismo são:
• Diminuição da coordenação motora.
• Visão distorcida, dupla e fora de foco.
• Raciocínio e reações lentas.
• Falta de concentração.
• Diminuição ou perda do espírito crítico.
• Baixa qualidade de julgamento.

A médio e longo prazo, o usuário eventual de bebidas alcoólicas poderá se


tornar um dependente do álcool. Isso certamente desencadeará alguns
processos degenerativos:

• Degeneração do cérebro: comprometimento da memória, da concentração e


do raciocínio.
• Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado com o
trabalho, com os familiares e consigo próprio.
• Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos, comprometendo a saúde
e o vigor físico.
COMPORTAMENTOS NOCIVOS
Principais comportamentos nocivos no trânsito, provocados pela ingestão de
bebidas alcoólicas:
• Excesso de velocidade.
• Manobras arriscadas.
• Avaliação incorreta de distâncias.
• Erros visuais, com desvios de direção.
• Erros por reações fora de tempo, atrasadas.
• Perda do controle da situação.

RESPONDA PARA VOCÊ:

Coma você se sentiria se seu filho fosse atropelado por um motorista


alcoolizado?

Como se sentiria se atropelasse e matasse uma criança, dirigindo alcoolizado?


FADIGA – CONDIÇÕES ADVERSAS DO CONDUTOR

Fadiga é uma espécie de cansaço permanente, resultante de certas doenças


como’ estresse e esgotamento. Pode ser originado por má distribuição entre
horas de trabalho’ e descanso.

Principais sintomas:

• A pessoa cochila em qualquer lugar.


• Apresenta um certo “desligamento” e tem dificuldade de concentração.
• Não responde quando alguém pergunta alguma coisa.
• A memória falha constantemente.
• O corpo parece pesado demais.

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