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A CONTRIBUIÇÃO DO MÉTODO FÔNICO NA

ALFABETIZAÇÃO NO 1° CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

ACADÊMICO: BRUNO MYGUYRAYROM BARROS FERREIRA


ORIENTADORA: PROFª SILMARA LINDOSO COELHO

TIMBIRAS-MA
2021
INTRODUÇÃO
• A alfabetização pode ser compreendida como um
processo contínuo, sendo ligada à instrução formal e
práticas escolares, assim escolarização e alfabetização
devem estar lado a lado para que o conhecimento adquirido
no ambiente escolar seja refletido no meio social do aluno
(TFOUNI, 2010). Dentro desse processo, o método fônico é
relevante pois traz com base o ensino a partir dos sons das
letras, onde “cada letra é aprendida como um fonema (som)
que junto a outro fonema, pode formar sílabas e palavras”
(FRADE, 2007, p. 03).
PROBLEMA

O processo de alfabetização é indispensável para o


desenvolvimento dos alunos, assim deve-se pensar em
estratégias e metodologias de ensino que contribua para
trazer mais qualidade para esse processo. Dessa forma, o
presente estudo busca responder o seguinte
questionamento: “Como o método fônico pode contribuir no
processo de alfabetização do 1ª ciclo? ”
JUSTIFICATIVA
O presente estudo justifica-se pela extrema
necessidade da ampliação dos estudos sobre o processo
de alfabetização, incluindo o método fônico, tendo como
objetivo primordial garantir que os alunos tenham mais
qualidade no processo de ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS

 Geral:
• Analisar qual a contribuição do método fônico no
processo de alfabetização no 1 ciclo
 Especifico:
• Compreender como funciona o método fônico
• Identificar como ocorre processo de
alfabetização nas escolas
• Investigar as principais dificuldades dos alunos
no processo de alfabetização
REFERENCIAL TEÓRICO
Os processos de aprendizagem são possíveis
graças à estruturação e desenvoltura de componentes
cerebrais pertencentes em particular à espécie humana.
Propriedades neuronais, a exemplo da plasticidade e
reciclagem são cruciais nesse contexto, na qual, a primeira
corresponde à adaptação e readaptação do cérebro as
condições situacionais, subsidiando a seguinte, a qual se
refere às alterações de cunho funcional de determinadas
áreas cerebrais. (SCLIAR-CABRAL, 2010).
REFERENCIAL TEÓRICO
A reciclagem neuronal ocorre na região occipitotemporal ventral esquerda,
após a consolidação do processo de alfabetização, isto é, quando o sujeito torna-se
leitor fluente. Antes do processo de alfabetização esta área tem por funcionalidade o
reconhecimento de rostos e objetos, após a alfabetização tal área passa a
reconhecer também a forma visual da palavra com diferentes ângulos ou formas
visuais semelhantes, sendo denominada de Caixa de Letras do Cérebro
(DEHAENE, 2013).

O ato da leitura conta com duas maneiras distintas de se fazer, uma ao estar
diante de palavras novas, e outra, referindo-se as palavras já conhecidas. A primeira
chama-se rota fonológica, na qual a leitura é resultado da relação entre ortografia e
componentes fonológicos, conhecida como relações grafema-fonema ou letra-som,
processo de extração do som das letras para pronunciar palavras denominado
decodificação; a segunda refere-se à rota lexical, compreende a leitura de palavras
já exercitadas por decodificação, agora quando vistas, acessadas de imediato na
memória, junto à ortografia, pronúncia e significado (COLTHEART, 2013).
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com os estudos de Santos & Ribeiro
(2017) o método fônico objetiva a relação direta entre
fonema e grafema, ou seja, ente o som da fala e a escrita.
Surgiu como uma reação às críticas ao método de
soletração, sendo mencionado em 1719, na França, por
Vallange; na Alemanha, em 1803, por Enrique Stefhanie;
trabalhado por Montessori, na Itália, em 1907.
REFERENCIAL TEÓRICO
Esta proposta à alfabetização tem dois objetivos
principais: ensinar as correspondências grafofonêmicas e
desenvolver as habilidades metafonológicas, ou seja, ensinar
as correspondências entre as letras e seus sons, e estimular o
desenvolvimento da consciência fonológica, que se refere à
habilidade de manipular e refletir sobre os sons da fala.
Enquanto o ensino das correspondências grafofonêmicas é
considerado fundamental desde o início do método fônico, que
provavelmente data do século XVI, como anteriormente
descrito, o desenvolvimento da consciência fonológica é mais
recente, tem sido incentivado principalmente a partir do século
XX (SEBRA;DIAS, 2011).

METODOLOGIA
O presente estudo fará uso de pesquisa bibliográfica, com base
nas experiências de diversos autores que ajudaram nas análises sobre
inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual. Portanto, a
pesquisa é de cunho bibliográfico, “é elaborada com base em material já
publicado.” (GIL, 2012, p. 29). A busca do material bibliográfico foi
realizada através de pesquisas em revistas científicas, artigos, livros e
bibliotecas virtuais com os seguintes descritores: inclusão escolar,
deficiência intelectual, educação inclusiva.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
SEMANAS 1ªsem. 2ªsem. 3ªsem. 4ªsem. 5ªsem. 6ªsem. 7ªsem. 8ªsem.
ETAPAS
Escolha do tema X X

Levantamento X X X
bibliográfico

Elaboração do projeto X X X

Apresentação do X
projeto
REFERÊNCIAS
AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emília
Ferreiro. Série Princípios. 8 ed. – São Paulo: Ática, 2006.

BARBOSA, D.T.; SOUZA, N. N. O método fônico sob a perspectiva


neuropsicológica. Revista da UNIFEBE, Brusque, v. 1, n. 22, 2017.

CAPOVILLA, Alessandra G.; CAPOVILLA, Fernando. Alfabetização


fônica: construindo competência de leitura e escrita: livro do
aluno. 2. ed., São Paulo: Caso do Psicólogo, 2005.

CAPOVILLA, Fernando; SEABRA, Alessandra G. Alfabetização:


Método Fônico. 5. ed. São Paulo: Memmon, 2010.
COLTHEART, M. Modelando a leitura: a abordagem da
dupla rota. A ciência da leitura, p. 24-41, 2013.

DEHAENE, S. A aprendizagem da leitura modifica as


redes corticais da visão e da linguagem verbal. Letras
de hoje, Porto Alegre v. 48, n. 1, p. 148-152, 2013.

HERMANN, A. R.; SISLA, H. C. A consciência fonológica


no processo de alfabetização em pesquisas recentes.
Leitura: Teoria & Prática, São Paulo, v.37, n.76, p.27-40,
2019.

JUNIOR, A. T. A.; PELOSI, A. C.; BESSA, R. M. Leitura


como um subsistema adaptativo complexo. Letras de
Hoje, v. 54, n. 2, p. 162-171, 2019.
LIMA, Elayne Maria da Silva; ROCHA, Daiana Nunes; COSTA,
Juliana de Moraes. O USO DO MÉTODO FÔNICO NO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL. CONEDU, 2015.

SANTOS, Cristiane Gonzaga dos; RIBEIRO, Janete Santa


Maria. Alfabetização realizada a partir da associação da teoria
construtivista e método fônico. R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol,
Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 4762.

KOLINSKY, R.; MORAIS, J.; COHEN, L.; DEHAENE, S. As


bases neurais da aprendizagem da leitura. ReVEL. vol. 17, n.
33, 2019

TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São


Paulo: Cortez, 2010.
MUITO OBRIGADO

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