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CONTRATO

Caracterizam-se pela temporalidade.


Não há contrato eterno.
O vínculo contratual é passageiro

FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO

EXTINÇÃO NORMAL DO EXTINÇÃO ANORMAL


CONTRATO DO CONTRATO
1. EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO

EXTINÇÃO PELA
EXECUÇÃO, SEJA
INSTANTÂNEA, DIFERIDA Comprova-se o pagamento pela quitação
fornecida pelo credor, observados os requisitos
OU CONTINUADA. exigidos no art. 320 do Código Civil, que
assim dispõe:
“A quitação, que sempre poderá ser dada por
instrumento particular, designará o valor e a
espécie da dívida quitada, o nome do devedor,
ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do
pagamento, com a assinatura do credor, ou do
seu representante ”. Parágrafo único “ainda
sem os requisitos estabelecidos neste artigo
valerá a quitação, se de seus termos ou das
circunstâncias resultar haver sido paga a
dívida”
2. EXTINÇÃO ANORMAL DO CONTRATO

EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO

Causas anteriores ou contemporâneas ou


causa supervenientes ao contato.

2.1. Causas anteriores ou 2.2. Causas supervenientes ao contrato


contemporâneas ao contrato

2.1. a) Defeitos decorrentes do não 2.2. a) resolução, como consequência do seu


preenchimento de seus requisitos inadimplemento voluntário, involuntário ou por
onerosidade excessiva;

2.1. b) Implemento de cláusula resolutiva, 2.2. b) resilição, pela vontade de um ou de


expressa ou tácita ambos os contratantes;

2.1. c) Exercício do direito de 2.2. c) morte de um dos contratantes, se o


arrependimento convencionado contrato for intuitu personae; e

2.2. d) rescisão, modo específico de extinção de


certos contratos.
2.1.EXTINÇÃO POR CAUSA ANTERIOR OU
CONTEMPORÂNEA AO CONTRATO

2.1 A) Defeitos decorrentes do não preenchimento de seus requisitos CONTRATO

SUBJETIVOS (capacidade das partes e livre


consentimento);
OBJETIVOS (objeto lícito, possível, determinado ou
determinável) e
FORMAIS (forma prescrita em lei), que afetam a sua
validade, acarretando a nulidade absoluta ou relativa
(anulabilidade);
2.1.EXTINÇÃO POR CAUSA ANTERIOR OU
CONTEMPORÂNEA AO CONTRATO

2.1 B) Implemento de cláusula resolutiva, expressa ou tácita

Cláusula resolutiva EXPRESSA Art. 474.CC A cláusula resolutiva expressa


opera de pleno direito; a tácita depende de
interpelação judicial.

Cláusula resolutiva TÁCITA

Art. 475. CC A parte lesada pelo


inadimplemento pode pedir a resolução do
contrato, se não preferir exigir-lhe o
cumprimento, cabendo, em qualquer dos
casos, indenização por perdas e danos.

CRE - sentença tem efeito meramente


declaratório e ex tunc

CRT - efeito desconstitutivo, dependendo


de interpelação judicial.
2.1.EXTINÇÃO POR CAUSA ANTERIOR OU
CONTEMPORÂNEA AO CONTRATO

2.1 B) Implemento de cláusula resolutiva, expressa ou tácita

Adimplemento substancial

Art. 422CC. Os contratantes são obrigados a


guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de
probidade e boa-fé
2.1.EXTINÇÃO POR CAUSA ANTERIOR OU
CONTEMPORÂNEA AO CONTRATO

2.1 C) Exercício do direito de arrependimento convencionado

Art. 420. CC Se no contrato for estipulado o


direito de arrependimento para qualquer das
partes, as arras ou sinal terão função
unicamente indenizatória. Neste caso, quem
as deu perdê-las-á em benefício da outra
parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais
Art. 46 CDC. Os contratos que regulam as o equivalente. Em ambos os casos não haverá
relações de consumo não obrigarão os direito a indenização suplementar.
consumidores, se não lhes for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio de
seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos
forem redigidos de modo a dificultar a
compreensão de seu sentido e alcance
2.2.EXTINÇÃO POR CAUSAS SUPERVENIENTES
AO CONTRATO

2.2 A) RESOLUÇÃO

INEXECUÇÃO DO
CONTRATO!!!

INEXECUÇÃO INEXECUÇÃO
VOLUNTÁRIA INVOLUNTÁRIA

RESOLUÇÃO POR
ONEROSIDADE EXCESSIVA
2.2.EXTINÇÃO POR CAUSAS SUPERVENIENTES
AO CONTRATO

2.2 A) RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA


Produz efeitos ex tunc!!!
CLÁUSULA PENAL Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em
COMPENSATÓRIA ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma
cláusula especial ou simplesmente à mora.

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em


CLÁUSULA PENAL segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir
MORATÓRIA a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação
principal.

Art. 476. “Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a
EXCEÇÃO DO sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
CONTRATO NÃO
CUMPRIDO

Art. 477 do Código Civil prevê uma garantia de execução da obrigação a prazo,
nos seguintes termos: “Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das
partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou
GARANTIA DE tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à
EXECUÇÃO DA prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê
OBRIGAÇÃO A garantia bastante de satisfazê-la”.
PRAZO
2.2.EXTINÇÃO POR CAUSAS SUPERVENIENTES
AO CONTRATO

2.2 A) RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO


INVOLUNTÁRIA
IMPOSSIBILIDADE SUPERVENIENTE DE
CUMPRIMENTO DO CONTRATO

FATOS ALHEIOS À VONTADE DA PARTE

 Impossibilidade Objetiva - não concernir à própria pessoa do


devedor; pois deixa de ser involuntária se de alguma forma este
concorre para que a prestação se torne impossível.
 Impossibilidade total - se a inexecução for parcial e de pequena
proporção, o credor pode ter interesse em que, mesmo assim, o contrato
seja cumprido.
 Impossibilidade Definitiva - a impossibilidade temporária acarreta
apenas a suspensão do contrato.

RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA!!!

CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS


2.2.EXTINÇÃO POR CAUSAS SUPERVENIENTES
AO CONTRATO
EFEITO EX NUNC

2.2 B) RESILIÇÃO Pela vontade de um ou de ambos os contratantes;

RESILIÇÃO BILATERAL
Art. 472CC. O distrato faz-se pela mesma forma exigida
para o contrato.

RESILIÇÃO UNILATERAL

DENÚNCIA REVOGAÇÃO RENÚNCIA RESGATE

Art. 473CC. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou


implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver
feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só
produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto
dos investimentos.

Declaração receptícia da vontade - Não precisa ser justificada, salvo em certos contratos
por se exigir justa causa - perdas e danos.
2.2.EXTINÇÃO POR CAUSAS SUPERVENIENTES
AO CONTRATO

2.2 C) MORTE DE UM DOS CONTRATANTES, SE O CONTRATO FOR INTUITU


PERSONAE

2.2 D) RESCISÃO
Ocorre lesão ou que foram celebrados em estado de perigo
a) quando o contrato é celebrado em estado de perigo e em condições iníquas;
b) quando acarreta uma lesão sofrida por uma das partes, determinada por uma situação de
necessidade que a impulsionou a concluí-lo.

Art. 157CC. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente


Art. 156CC. Configura-se o estado de perigo quando
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores
outra parte, assume obrigação excessivamente
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
onerosa.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a
pertencente à família do declarante, o juiz decidirá
redução do proveito
segundo as circunstâncias.

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