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SEÇÃO DE INSTRUÇÃO DO BPRP

CHOQUE LIGEIRO

Sgt. A. Nascimento
Cb C. Barbosa
Cb Messias
FINALIDADE
Promover a padronização do operador
tático em uma ação de choque ligeiro.
Regular as questões de doutrina, de
instrução e emprego da Unidade, no Controle
de Distúrbios Civis, no âmbito da Polícia
Militar do Estado de Pernambuco.
O grupamento de Choque Ligeiro poderá
ser empregado a qualquer momento, adaptado
ao serviço de patrulhamento motorizado.
• PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 4.226, DE 31 DE
DEZEMBRO DE 2010

O uso da força por agentes de segurança pública deverá


obedecer aos princípios:
 legalidade,
 necessidade,
 proporcionalidade,
 Moderação,
 conveniência.
PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 4.226, DE 31 DE
DEZEMBRO DE 2010
Os agentes de segurança pública não
deverão disparar armas de fogo contra
pessoas, exceto em casos de legítima
defesa própria ou de terceiro contra
perigo iminente de morte ou lesão
grave.
LOCAIS DE ATUAÇÃO

 Pequenos focos de distúrbios,


 vias e acessos em área de risco,
 locais de difícil acesso dentro de ruas do perímetro
urbano.
TIPOS DE MASSAS
AGLOMERAÇÃO
Grande número de pessoas
temporariamente reunidas.
Geralmente, os membros de uma
aglomeração pensam e agem como
elementos isolados e não
organizados. A aglomeração poderá
resultar da reunião acidental e
transitória de pessoas, tal como
acontece na área comercial de uma
cidade em seu horário de trabalho
ou nas estações ferroviárias em
determinados instantes.
MULTIDÃO
Aglomeração psicologicamente
unificado por interesse comum. A
formação da multidão caracteriza-
se pelo aparecimento do pronome
“nós” entre os membros de uma
aglomeração; assim, quando um
membro de uma aglomeração
afirma – “nós estamos aqui para
cultura...”, “ nós estamos aqui para
protestar...” podemos também
afirmar que a multidão está
constituída e não se trata mais de
uma aglomeração.
TURBA

Multidão em desordem. Reunião de pessoas que,


sob o estímulo de intensa excitação ou agitação, perdem
o senso da razão, e respeito à Lei e passam a obedecer a
indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações
desatinadas. A turba pode fazer tumultos e distúrbios.
TURBA EM PÂNICO
Aquela que procura fugir. Na tentativa de garantir sua segurança
pela fuga, os seus integrantes poderão perder o senso da razão e
tal circunstância poderá conduzi-la à destruição.

TURBA PREDATÓRIA
Aquela que é impulsionada pelo desejo de apoderar-se de bens
materiais, como é o caso nos distúrbios para obtenção de
alimentos.

TURBA AGRESSIVA.
Aquela que estabelece um estado de perturbação da ordem com atos
de violência, tal como acontece em distúrbios resultantes de conflitos
políticos ou raciais, nos linchamentos, ou nas rebeliões de detentos.
FATORES PSICOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM NO
COMPORTAMENTO DO INDIVÍDUO INSERIDO NA
TURBA

Número - a consciência que os integrantes de uma turba


tem do valor numérico da massa, causa-lhes uma
sensação de poder e segurança.

Sugestão - nas turbas por sugestão, as ideias se


propagam desapercebidas, sem que os indivíduos
influenciados raciocinem ou possam contestá-las,
aceitam sem discutir as propostas de um líder influente.
Contágio - pelo contágio as ideias se difundem e a
influência se transmite dentro das turbas, atraindo
novos manifestantes.
Anonimato - dissolvido na turba e acobertado pelo
anonimato, o indivíduo poderá perder o respeito
próprio e cometer atos que se pudesse ser identificado
jamais ousaria.
Expansão das emoções reprimidas - preconceitos e
desejos insatisfeitos, normalmente contidos, expande-
se logo nas turbas concorrendo como perigoso
incentivo à prática de desordens, pela oportunidade
que tem os indivíduos de realizarem afinal, o que
sempre almejaram.
CAUSAS DE DISTÚRBIOS CIVIS
1. SOCIAL

Os distúrbios de natureza social poderão ser resultantes


de conflitos raciais, religiosos, da exaltação provocada
por uma comemoração, por um acontecimento esportivo
ou por outra atividade social.
2. ECONOMICA
Os distúrbios de origem econômica provem de desnível
entre classes sociais, desequilíbrio econômico entre
regiões, divergências entre empregados e empregadores,
ou resultam de condições sociais de extrema privação ou
pobreza, as quais poderão induzir o povo à violência para
obter utilidades necessárias à satisfação, às suas
necessidades essenciais.
3. POLÍTICA

Os distúrbios poderão originar-se de lutas político-partidárias,


divergências ideológicas estimuladas ou não por países
estrangeiros, ou da tentativa para atingir o poder político por
meios não legais.

4. CONSEQUENTES DE CALAMIDADES PÚBLICAS

Determinadas condições resultantes de catástrofes poderão


gerar violentos distúrbios entre o povo, pelo temor de novas
ações catastróficas, pela falta de alimento, de vestuário ou de
abrigo, ou mesmo em conseqüência de ações de desordem e
pilhagem, levadas a efeito por elementos marginais.
IMPORTANTE

AS AÇÕES POLICIAIS DEVERÃO SEGUIR AS


ORIENTAÇÕES CONTIDAS NOS PROCEDIMENTOS
OPERAÇIONAIS PADRÃO (POP’S) PMPE .

POP Nº 01 DESOBSTRUÇÃO DE VIAS ( 2014)

POP Nº 02 POLICIAMENTO EM MANIFESTAÇÕES


( 2014)
SEQUÊNCIA DE AÇÕES DO EFETIVO POLICIAL
MILITAR

1 . Realizar, o Comandante da Operação, sempre que


possível, tendo em vista urgência da intervenção
Policial, uma rápida reunião “Briefing”, com o efetivo
empregado na ação, repassando os procedimentos a
serem seguidos, levando em consideração as
peculiaridades de cada intervenção, ( tipo do terreno,
grupo social envolvido, fatores que levaram ao protesto
com interdição de via, etc. );
2. Aproximar, o efetivo Policial Militar ao local da obstrução
de via, pela frente da manifestação, parando em local e
distância seguros, a fim de evitar a possibilidade do
atingimento da tropa, por artefatos lançados pelos
manifestantes;

3. Identificar, através do comandante da primeira guarnição


que chegar ao local da interdição de via, o líder ou líderes do
movimento, a fim de saber do que se trata tal manifestação;

4. Contatar, o Comando do policiamento à central de vídeo


monitoramento ( nos locais em que este recurso estiver
disponível) ou a Central de Operações da respectiva OME, no
sentido de visualizar possíveis arruaceiros dentro da
manifestação e os materiais que possam utilizar contra a PM;
5. Acionar, o Comando do policiamento no local, o respectivo
órgão de trânsito responsável pela fiscalização da via, para
adotar medidas de desvio de tráfego;

6. Acionar o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco,


solicitando o deslocamento da unidade mais adequada para o
evento, podendo ser viatura de combate a incêndio ou
resgate;
7. Permitir que os manifestantes possam ter contato com a
imprensa a fim de mostrarem ou divulgarem seus anseios;
8. Identificar suspeitos de estarem provocando tumultos ou
lançando objetos contra o policiamento, realizar a detenção,
retirar do local do evento, e fazer a condução do caso à
Delegacia de Polícia;
9. Ordenar, o Comando do policiamento no local, que a partir
do início da atuação da tropa de Choque, o efetivo do
policiamento ordinário, se posicione à retaguarda da Fração
do BPChoque, evitando o risco de atingimento do
policiamento ordinário por artefatos lançados pelos
manifestantes ou pela própria Tropa de Choque;

10. Solicitar, o Comandante do Policiamento, para produção


de relatório sobre a operação, as filmagens da área
obstruída((via e arredores), dos manifestantes e da atuação
do efetivo Policial Militar empregado na ação.
TÁTICA DE CONTROLE DE
DISTÚRBIOS CIVIS
1 . O controle de uma turba requer uma técnica adequada
e constantemente treinada, preparando o homem para
enfrentar com sucesso uma missão de CDC onde
constantemente a tropa é superada em efetivo.
2 . A tática de emprego, aliada a uma técnica refinada, com
a apoio de fatores psicológicos favoráveis, permitirá o
cumprimento da missão.
3 . Deve-se ter sempre em mente que o objetivo principal
de uma tropa de CDC é a dispersão da multidão, não sua
detenção ou confinamento. A dispersão deve ser calculada
de tal forma que dificulte ou desanime os manifestantes a
outra reunião imediata.
TÁTICA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
CIVIS
4 . A ação de dispersão exige todo um planejamento
rápido e adequado ao local, com uma coesão de
todos os elementos da fração Tropa de Choque
empregada agindo de forma conjunta.

5. A perda de um impacto psicológico favorável para


a chegada repentina de uma Tropa de Choque Ligeiro
acarretará em maiores dificuldades na dispersão da
turba.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

CANELEIRA TONFA
CAPACETE

LUVAS MÁSCARA DE GÁS OUTROS


ACESSÓRIOS
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Escudo balístico Escudo anti tumulto extintor

Afastador de Bornal filmadora


entulho
MATERIAS MENOS QUE LETAIS UTILIZADOS
NO CDC

GRANADAS DE MUNIÇÕES MENOS QUE


GÁS LETAIS CAL. 12

ARMA ELÉTRICA ESPAGIDOR PIMENTA AM-600


GRUPO DE CHOQUE LIGEIRO DO
BPRP
COMPOSIÇÃO ROCROP 02 (DUAS) VIATURAS

Composto por 08(oito) homens, sendo:


01 (um) Laçador(Cmt.).
01(um) Atirador (p1).
03(três) Escudeiros (p2,p3,p4).
01 (um) Granadeiro (S. Cmt).
02(dois) Motoristas.
Obs. Caso possua duas calibre 12 na equipe, uma será usada pelo motorista na
hipótese do efetivo ficar distante das viaturas. Se for necessário o uso do
equipamento na patrulha o S. Cmt assume a função do 2º atirador
COMANDANTE
É o responsável pela correção e orientação da fração sob
seu comando evitando que ocorra o isolamento do
homem durante a ação.
ESCUDEIROS
São os responsáveis pela proteção do pelotão contra o
arremesso de objetos que possam causar lesões. A
formação de escudos não devem se separam.
LANÇADOR E GRANADEIROS
São os encarregados de lançar, manualmente (Granadas)
ou com equipamento (Am-600/Am-640) os agentes
químicos.
ATIRADORES
Dotados de armas de precisão executam a segurança da tropa
de CDC durante uma operação, desde que possuam um bom
campo de tiro, sem atirar contra a massa, neutralizando
prováveis franco-atiradores.
MOTORISTA
Da a segurança para as Viaturas e atua nas formações como
presença psicológica. Durante o deslocamento do pelotão as
viaturas seguem o efetivo pela retaguarda com sonoro e
luminoso ligado causando um impacto psicológico.
OBS. IMPORTANTE
Emprego de Arma de Fogo (MUNIÇÃO REAL) : medida
extremada a ser tomada pelo Cmt da tropa, ou por alguém
determinado pelo mesmo , e só utilizada em último recurso
quando defrontar com ataques armados.
EQUIPAMENTOS DA GUARNIÇÃO ROCROP/CHOQUE LIGEIRO
NÃO LETAIS
03 . (TRÊS) ESCUDOS BALÍSTICOS
04 . (QUATRO) TONFAS
06 . (SEIS) CAPACETES ANTI TUMULTO
06 . (SEIS) CANELEIRAS
02 . (DOIS) DOIS BORNAIS COM 54 MUNIÇÕES DE ELASTÔMERO.
02 . (DOIS) BORNAIS COM 10 GRANADAS DE ARREMESSO
01. (UM) BORNAL COM 30 AREFATOS DE AGENTE QUIMICO
01 . (UM) LANÇADOR FEDERAL AM-600/AM640
01 . (UM) ESPARGIDOR MAX
LETAIS
02 . (UMA) ESPINGARDA CAL. 12 / 20 MUNILÇOES REAIS
01 . (UMA) SUB METRALHADORA CAL. .40 / 50 MUNIÇÕES
04. (QUATRO) CARABINAS CAL. 5,56 / 90 MUNIÇÕES CADA
01 . (UM) FUZIL CAL. 7,62 / 40 MUNIÇÕES
P3 P2 P4

P1 CMT S. CMT
FORMAÇÕES BÁSICAS
COLUNAS
Para deslocamento a pé , e no desembarque das
viaturas ; POR DOIS OU POR TRÊS.
FORMAÇÕES BÁSICAS
FORMAÇÃO EM LINHA E LINHA DE COMBATE
É a princípio uma formação de ataque para exigir-se o recuo
ou impedir o acesso a uma área reservada. Também chamada
de "linha de dispersão". Tem por finalidade precípua a
dispersão, limpeza da área, pois onde passar não deixará
nenhuma pessoa. Dois grupos podem formar em linha, um ao
lado do outro.
FORMAÇÕES BÁSICAS
FORMAÇÃO EM CUNHA
A formação ofensiva para penetrar em uma multidão, ou
dividi-la em duas, ou parar na penetração, procurar, deter um
ou mais elementos que se encontre no meio do distúrbio civil,
ou mesmo, dali tirar um policial, em cuja formação receberá a
proteção necessária.
FORMAÇÕES BÁSICAS
EM ESCALÃO ( DIREITA OU ESQUERDA )
É uma formação para dirigir a multidão para áreas abertas ou
construídas. Com esta formação, obedecidas as exigências, de
acordo com as circunstâncias.
(ânimo de multidão, reação, armados) presta-se para afastar as
Multidões dos portões das fábricas, ou de um estabelecimento
qualquer onde possa estar a multidão estacionada.
FORMAÇÕES BÁSICAS

GUARDA BAIXA
GUARDA ALTA

GUARDA BAIXA EMASSADA


COMANDOS
Os comandos para as formações podem ser dados de duas
formas: Por voz , por gestos, ou os dois juntos.

POR VOZ
Os comandos por voz possuem, em geral, três tempos:
advertência, comando propriamente dito e execução.

Os principais comandos, por voz, são:

1 - Pelotão em linha. Exemplo:


a) advertência: “ Atenção pelotão"
b) formação: “em linha”
e) execução: "marche" ou "marche marche" conforme a cadência
COMANDOS

POR GESTOS

Quando necessário, os comandos por gestos poderão


ser empregados, isoladamente ou juntamente com os
comandos por voz. Devem ser dados em três tempos:
advertência, que é feito pela extensão do braço direito para
cima; comando propriamente dito, que é a formação
desejada; e execução, que pode ser marche ou marche-
marche, consistindo no movimento de punho fechado de
cima para baixo, uma ou duas vezes respectivamente. Para
comandar por gestos, o comandante se coloca à frente da
tropa, ficando de frente para o objetivo.
1. Formação em coluna por três: de costas para a tropa, o
comandante estende o braço direito para cima e
completa o gesto estendendo os dedos indicador, médio
e anular, ficando os dedos polegar e mínimo encostados
à palma da mão;
2. Advertência: É feito pela extensão do braço direito para
cima, com a palma da mão voltada para frente.
3. Formação em linha: de costas para sua tropa, o
comandante levanta ambos os braços para o lado, na
horizontal, braços e mãos estendidos, palmas das mãos
para baixo;
4 . Execução: Que pode ser marche ou marche-marche;
consistindo no movimento com o punho fechado, de
cima para baixo, uma ou duas vezes, respectivamente.
A estratégia sem tática é o caminho mais lento
para a vitória.
Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota

Sun Tzu

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