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https://www.ufmg.br/bioetica/ceua/wp-content/uploads/2016/06/eutanasia_concea.pdf
• Eutanásia é a indução da cessação da vida do animal - método tecnicamente
aceitável e cientificamente comprovado - observando os princípios éticos
definidos pelo CFMV’, segundo Art. 2º- RESOLUÇÃO Nº 1000, DE 11 DE MAIO DE
2012”.
• É procedimento clínico de responsabilidade privativa do médico veterinário,
conferido pela Lei federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968 (CAP II; Art. 5°; “a”).
• Lei federal: “eutanásia nos casos de males, doenças graves ou enfermidades
infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e a de
outros animais.” (Art. 2°).
• RES. 1.000 do CFMV: Art. 3º “A eutanásia pode ser indicada nas situações em que:
(I) – o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um
meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser
controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos; (II) –
o animal constituir ameaça à saúde pública”, entre outros motivos”
Lei federal: “A eutanásia será justificada por laudo do responsável técnico
pelos órgãos e estabelecimentos referidos no caput deste artigo, precedido,
quando for o caso, de exame laboratorial”, (no Art. 2º -§1º).
“As entidades de proteção animal devem ter acesso irrestrito à
documentação que comprove a legalidade da eutanásia”, (Art. 3º).
RES. 1000 do CFMV: Art. 6º: “O médico-veterinário responsável pela
supervisão e/ou execução da eutanásia deverá: (I) – possuir prontuário com
os métodos e técnicas empregados, mantendo estas informações
disponíveis para fiscalização pelos órgãos competentes”, entre outras
diretrizes.
“nova lei federal - amplia o acesso à documentação que comprove a
legalidade da eutanásia de modo irrestrito abrangendo, além dos órgãos
competentes também às entidades de proteção animal”.
Resolução 1.000 do CFMV - É procedimento
restrito aos médicos veterinários que respondem
unicamente ao seu código de ética profissional
regido pelo CFMV - Legislação federal da década de
60 – “o exercício privativo dos médicos-veterinários,
sendo eutanásia inclusa nas atividades clinicas” -
Lei federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968 (CAP
II; Art. 5°; “a”), não submissos a outras entidades
(para práticas de eutanásia, que, por ventura,
violem as diretrizes do CFMV)
Critérios para eutanásia
mínimo de dor(nociocepção consciente) ou sofrimento
adequação da técnica
Resolução Normativa nº 6, de 10 de julho de 2012, “os
procedimentos de eutanásia devem ser supervisionados,
mesmo que não de forma presencial, pelo Responsável
Técnico pela instalação animal, que deve ter o título de
Médico Veterinário com registro ativo no Conselho Regional
de Medicina Veterinária, da Unidade Federativa em que o
estabelecimento esteja localizado”.
Critérios adotados para indicação de eutanásia
animais gravemente feridos - com impossibilidade de tratamento
animais com doenças terminais em intenso sofrimento
animais idosos na falta de recursos para atender às suas
necessidades
abate humanitário de animais para consumo alimentar
animais submetidos a atividades de ensino ou de pesquisa
científica
indução da morte devido a atividades de ensino ou de pesquisa
científica - método empregado deve ser o mesmo utilizado para
eutanásia - indolor, rápida e sem sofrimento mental
Reconhecimento da dor - técnicos e profissionais experientes com a
espécie
Expressão facial e posturas corporais - indicam vários estados
emocionais
Respostas comportamentais e fisiológicas frente à estímulo nocivo:
Vocalização Defecação
Ato de se debater Secreção de glândulas adanais
Tentativas de escapar Dilatação da pupila (midríase)
Agressão Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e respiratória
(taquipnéia)
Salivação
Sudorese, tremores, espasmos e contrações musculares
Micção Ruminantes = timpanismo
3º Exame interno
Desarticulação dos
membros
anteriores e
posteriores
Incisão em “V” invertido
Desarticulação e retirada do
púbis
https://pt.slideshare.net/MarianaArajo57/necropsia-em-bovinosmariana-arajo-71354607
Separação do Monobloco em Conjuntos
faca de órgãos, tesouras e pinças
1. Aorta
1. pequena abertura na porção cranial da aorta, seguindo até a ramificação das renais. Retirar a aorta após a abertura;
2. Língua, orofaringe, terço proximal de traquéia e esôfago
1. seccionar a traquéia e o esôfago logo abaixo da tireóide;
3. Separar o esôfago, passando-o para a cavidade abdominal através do hilo diafragmático;
4. Traquéia, pulmão e coração
1. remover o conjunto torácico cortando a veia cava e os ligamentos que unem pulmão/diafragma;
5. Virar o monobloco na posição dorso-ventral;
6. Baço e omento
1. retirar baço e omento junto a curvatura maior do estômago, contornando o pâncreas;
7. Intestinos
1. realizar dupla ligadura com barbante no duodeno após o pâncreas e no reto. Seccionar o pedículo mesentérico liberando o
conjunto intestinos;
8. Geniturinário
1. localizar as adrenais e seccionar os tecidos acima delas, separando o conjunto geniturinário do fígado, estômago, pâncreas e
diafragma, que devem permanecer juntos, formando um único conjunto a ser separado após a manobra de Virchow.
Exame dos órgãos
• 1º CABEÇA
2º Língua
3º Tórax
- Traquéia
- abrir toda a extensão na porção membranosa com o auxílio da tesoura. Seguir a abertura
até os principais ramos bronquiais de cada lobo pulmonar
- Pulmão
- realizar cortes transversais em toda a extensão dos lobos pulmonares e examinar a
superfície de corte
- Coração
- abertura do saco pericárdio e exposição do coração
4º Abdomen
- Baço - Separar o baço do omento e realizar incisão esplênica longitudinal completa,
examinando a superfície de corte
- Manobra de Virchow: Deve ser realizada antes da separação do estômago e fígado.
Abrir a porção proximal do duodeno na região antimesentérica até o piloro, pressionar
levemente a vesícula biliar até o extravasamento de bile pelo esfíncter de Oddi. Separar
fígado e diafragma do estômago e pâncreas.
- Fígado - cortes transversais em toda a extensão hepática e exame da superfície de corte.
Abrir a vesícula biliar com o auxílio de pinça e tesoura - examinar conteúdo e mucosa
- Estômago - seguir a abertura do piloro até a cárdia pela curvatura maior do estômago,
com o auxílio da tesoura e examinar o conteúdo e a mucosa estomacal
- Esôfago - abrir em todo o seu comprimento como uma extensão da abertura estomacal.
- Pâncreas - Realizar cortes transversais e examinar a superfície de corte.
- Intestinos - devem ser posicionados em forma de “zig-zag” em três curvas de intestino
delgado (duodeno, jejuno e íleo) e, em seguida, o intestino grosso. Abrir os intestinos
junto a porção mesentérica em toda a sua extensão com o auxílio do enterótomo.
Examinar o conteúdo e as mucosas intestinais.
5º Genito urinário
- Rins: fixando o órgão com a esponja, realizar um corte sagital em
ambos os rins, retirando suas respectivas cápsulas com o auxílio da
pinça. Examinar a superfície de corte.
- Adrenais: corte longitudinal e exame da superfície de corte.
- Bexiga: Suspender e apoiar a bexiga com o auxílio da pinça, realizar
abertura junto à cicatriz do úraco e seguir a abertura da uretra, vulva
ou pênis.
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Colheita de material
• HISTOPATOLÓGICO
• logo após a morte do animal = autólise dos tecidos = até 12 horas após a
morte (EXCETO EM enfermidades que aceleram o processo autolíco –
clostridioses)
• doenças que aceleram o fenômeno de autólise, a colheita deve ser realizada, no
máximo seis horas após a morte do animal
• colheita in vivo - biopsia e imediatamente fixadas em formol tamponado
a 10%
• material pode ser imediatamente remetido ao laboratório ou aguardar a
ocasião oportuna - fixados em formol são preservados ad eternum
• Fixador de eleição para colheita de material para exame histopatológico:
• formol tamponado a 10%
Preparo do formol tamponado
• Formol fórmula comercial (37,5 a 40%) 100 ml
• Água destilada 900 ml
• Fosfato de sódio monobásico 4 gramas
• Fosfato de sódio dibásico 6,5 gramas
• Acertar pH em 7,0
Nunca enviar material para exame histopatológico sob refrigeração ou
congelado.
Material fixado em formol deve ser encaminhado em temperatura ambiente,
nunca sob refrigeração
• LESÕES FOCAIS • LESÕES DIFUSAS
escolher uma área que represente o todo
https://acervo.uniarp.edu.br/wp-content/uploads/livros/Necropsia-e-remessa-de-material-para-laboratorio-em-suinocultura-3.pdf
Conservação do Material a ser Remetido
• Destinado à histopatologia
• inibir ou interromper a autólise, enrijecer o tecido protegendo-o para o
processamento posterior, tornar difusíveis substancias insolúveis, preservar os
componentes tissulares e celulares, melhora a coloração e diferenciação =
“fixadores histológicos”.
• As fórmulas dos mais utilizados:
• Formol tamponado neutro a 10% - fixação em doze a vinte e quatro horas
• Formol salino a 10% - fixador substituto para campo
• Bouin - fixação em quatro a doze horas; requer lavagem em álcool 70% por quatro a seis horas
- Após a fixação, conservar em álcool 70% – fixador ideal para glândulas, testículos, pele e para
a “pesquisa” de corpúsculos de inclusão celulares
• Zenker - fixação em seis a vinte e quatro horas - Lavar em água corrente por doze a vinte e
quatro horas, após a fixação, e conservar em álcool a 80% - fixar medula óssea, baço,
linfonodos, hipófise e pâncreas
• Carnoy - mais rápido e penetrante - requerer três horas
• Destinado à microbiologia
• refrigeração (0 a 4ºC)
• soluções conservadoras
• fórmulas mais utilizadas:
• Líquido de Bedson - ajustar o pH a 7,5, utilizando-se os fosfatos
(bibásico aumenta o pH)
• Líquido de Vallée - distribuir em frascos escuros esterilizados, de
maneira a ocupar 2/3 do frasco. Manter protegidos da luz solar.
Podem-se esterilizar as soluções em banho-maria por 40 minutos
• Solução preservativa de Teague & Clurman - para bacteriologia fecal
• Solução preservativa de Kauffmann - para bacteriologia fecal
Outros exames
• Soros - envio em gelo ou acrescentar uma parte de solução aquosa de
mertiolato a 1:1.000 ou de fenol a 5% para cada nove partes de soro
destinado a exames imunológicos, nunca para exames bioquímicos
• Evitar coagulação sanguínea nos exames hematológicos =
anticoagulantes.
• para cada 10ml de sangue são: 0,1ml de solução a 10% da EDTA, secado em
estufa a 60ºC; 1 a 2mg de heparina; 2ml de solução a 3% de oxalato de sódio
• Preservação de protozoários, larvas e ovos de helmintos nas fezes - gelo
por 24 a 48 horas; ou formol a 10% - pode alterar a morfologia dos
protozoários e larvas, na proporção de uma parte do conservador para
quatro de fezes; ortodiclorobenzeno; ou ainda o MIF (mertiolato, iodo,
formol), que conserva os cistos dos protozoários e ovos de helmintos
por meses
LAUDO
• Identificação do cadáver
• Espécie, raça, sexo, idade, pelagem, peso, ou número;
• Procedência, proprietário, remetente, endereço completo
(inclusive telefone, email, etc.);
• Data e hora provável da morte, data da necropsia;
• Histórico clínico ou anamnese (início dos sintomas, tipo dos sintomas,
evolução, número de animais afetados, número de animais ainda sadios,
idade e raça mais afetada, características dos animais doentes,
tratamentos utilizados, etc.);
• Diagnóstico provável;
• Tratamentos eventuais, exposição dos animais a drogas
ambientais, etc.
• Relato dos achados post mortem:
• Alterações post mortem: algor mortis, livor mortis, rigor mortis,
coagulação do sangue, embebição pela hemoglobina, embebição pela
bile, pseudo-melanose, enfisema tecidual, timpanismo post mortem,
deslocamento, torção e ruptura de vísceras
• Exame geral da carcaça
• Cavidade oral, faringe, cavidade nasal, laringe e traquéia
• Cavidade torácica: observar pleura, pulmões, traquéia, brônquios,
tireóide e paratireóide, timo, linfonodos bronquiais e mediastínicos,
pericárdio, coração, vasos sangüíneos, esôfago e diafragma
• Cavidade abdominal:
• Sistema urinário
• Sistema genital
• Sistema nervoso e órgãos dos sentidos
• Material enviado para exame laboratorial
• Exame histopatológico: fragmentos de _______________ em
__________ (tipo de fixador), enviados ao laboratório
________________;
• Exame microbiológico: fragmentos de _______________ e swabs de
_______________ em _______________ (tipo do conservador),
enviados ao laboratório _______________;
• Exame parasitológico: fezes e parasitos em _______________ (tipo de
conservador), enviados ao laboratório _______________;
• Exame sorológico: frascos de soro em gelo, enviados ao laboratório
_______________;
• Exame toxicológico: material botânico, conteúdo visceral e gástrico;, etc.,
em gelo para o laboratório _______________.
• Resumo dos achados =DESCREVER em
sequência de prioridades:
• Anatomia patológica - lesões macroscópicas mais graves primeiro,
eliminar as de menor importância;
• Histopatologia;
• Microbiologia;
• Parasitologia;
• Sorologia;
• Toxicologia.
• Discussão
• correlacionar as lesões entre si e com os achados
laboratoriais
• Conclusão
• o quadro clínico e anatomopatológico é sugestivo de
_______________.
• Local, data, Assinatura/CRMV
____________________________________________
TAREFA PARA SER ENTREGUE NO MOMENTO DA
2ª BIMESTRAL – VALE 1 QUESTÃO DA PROVA!
ELABORAR UM MODELO DE LAUDO DE NECRÓPSIA
Não pode ser plágio – nem da internet nem de colegas
Entregar impresso
Somente será aceito a entrega física no momento da avaliação (2ª bimestral)
O trabalho é individual
É somente o modelo – não pode ser preenchido
SERÁ AVALIADO QUANTO A ORIGINALIDADE, CONFORMIDADE TÉCNICA,
DISPOSIÇÃO DO TEXTO NO LAUDO (NORMAS DA ABNT), EMPREGO DE
TERMOS TÉCNICOS COERENTES, CLAREZA E ORGANIZAÇÃO!