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Eutanásia

Oque é a Eutanásia? O termo eutanásia vem do grego: -eu=bem, bom; thánatos =morte.
Morte sem sofrimento, uma boa morte. Bem sendo uma interrupção da vida, que tem uma doença que
leve a dor e essa dor não consegue ser controlada, morte sem o paciente sentir medo.
 Morte tranquila, sem dor, medo ou ansiedade.
Indução da cessação da vida, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente

comprovado, observando sempre os princípios éticos. Não pode fazer a eutanásia de qualquer forma,
deve ser feita da forma correta. Fazer a eutanásia baseado nos princípios éticos.
Eutanásia em animais fica restrita às situações nas quais não há a possibilidade da adoção de medidas
alternativas. Somente, vai ser realizada quando não tem outro meio para ajudar aquele paciente,
quando não tem cura, aquele animal está sofrendo.
 Cabe a nos colocarmos regras.
 Eutanásia, deveres, procedimento correto que deve ser feito. Devemos fazer eutanásia
somente em casos justificados.

CÓDIGO DE ÉTICA DO MED. VETERINÁRIO CAPÍTULO II- DOS DEVERES:


Art.4º: No exercício profissional, usar procedimentos humanitários para evitar sofrimento e dor ao
animal.
Art. 6º: XIII – Realizar a eutanásia nos casos devidamente justificados, observando princípios básicos
de saúde pública, legislação de proteção aos animais e normas do CFMV.

CRITÉRIOS LEGISLAÇÃO

Resolução CRMV N°714, De 20 De Junho De 2002 Dispõe sobre procedimentos e métodos de


eutanásia em animais, e dá outras previdências.

Resolução N°1000, De Maio De 2012 Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia de


animais, e dá outras previdências
As duas resoluções, trás regras para realizar a eutanásia, métodos aceitáveis e não aceitáveis.
Resolução de 2012 - eutanásia é um procedimento cínico e sua responsabilidade compete
privativamente ao médico veterinário. Eutanásia é um processo responsável por um médico
veterinário.
Os animais submetidos à eutanásia são seres sencientes e que os métodos aplicados devem atender os
princípios de bem estar animal. Cada espécie tem um procedimento diferente, respeitar sempre o bem
estar animal.
E obrigatória a participação do médico veterinário na supervisão ou execução da eutanásia do animal;
 Os animais devem ser submetidos à eutanásia em ambiente tranquilo e adequado, em um local
mais reservado, mais longe possível dos outros animais, pois, o animal eutanasiado libera
feromônios que indicam seu estado de angústia e medo, e tal comportamento é imediatamente
percebidos pelos outros. E sempre respeitar o comportamento da espécie em questão.

LEI 14.228/21
• Proíbe eutanásia de cães e gatos de rua por órgãos de zoonose, canis públicos e estabelecimentos
similares;
• Exceto – casos de doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em
risco a saúde humana e de outros animais;
• Laudo técnico – comprovar a legalidade da eutanásia.
➡Entidades de proteção animal deverão ter acesso irrestrito à documentação.
O descumprimento da medida sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei de Crimes
Ambientais.

Guia brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais– serve


para realização da eutanásia, fala de todos os procedimentos que pode ser
feito e qual o melhor método para realizar a eutanásia. Serve como
orientação a Médicos Veterinários, outros profissionais da área de saúde,
pesquisadores, professores e instituições, que utilizam animais em suas
atividades, e à sociedade em geral.

Eutanásia deve ser indicada quando :


• 1. O bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a
dor e/ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos,
sedativos ou de outros tratamentos;
É aceitável quando não tem outra forma de tratamento, está em quadro crítico ou quando o paciente
for ameaça para saúde pública, zoonose. Quando o animal constituir ameaça para fauna e zoonose.
2. O animal constituir ameaça à saúde pública;
3. O animal constituir risco à fauna nativa ou ao Meio ambiente;
4. O animal for objeto de ensino ou pesquisa; animais para pesquisa deve sempre passar pelo comitê
de Brambell.
5. O tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina
ou com os recursos financeiros do proprietário. Se o tutor não tiver condições financeiras, pode optar
pela eutanásia.

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Escolha do método de eutanásia:
- espécie
- idade
- estado fisiológico dos animais
- meios disponíveis para a contenção
- a capacidade técnica do executor
- o número de animais.

A Escolha do método vai depender de todos os itens citados à cima. Qual o método é mais viável
para o médico veterinário e para o paciente.

Método deve ser :


 Compatível com os fins desejados e embasado cientificamente - método tem que ser
compatível, fazer somente os que já existem;
 Seguro para quem o executa;
 Realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a morte do
animal;
 Aprovado institucionalmente na Comissão de Ética no Uso de animais (CEUA), no caso de
fins científicos.

Os princípios de bem-estar animal, relevantes para a eutanásia em animais, objetivam garantir:

1. Elevado grau de respeito aos animais;


2. Ausência ou redução máxima de desconforto e dor;
3. Inconsciência imediata seguida de morte;
4. Ausência ou redução máxima do medo e da ansiedade;
5. Segurança e irreversibilidade- certificar a dose e medicação, para que o animal não agonize;
6. Ser apropriado para a espécie, idade e estado fisiológico do animal ou animais em questão-
cada espécie tem um método;
7. Ausência ou mínimo impacto ambiental;
8. Ausência ou redução máxima de riscos aos presentes durante o ato;
9. Treinamento e habilitação dos responsáveis por executar o procedimento de eutanásia para
agir de forma humanitária, sabendo reconhecer o sofrimento, grau de consciência e morte do
animal- treinar as pessoas que vai realizar o procedimento, para não ter impacto emocional;
10. Ausência ou redução máxima de Impactos, emocional e psicológico negativos, em operadores
e observadores.
Sempre bom fazer o rodízio entre os profissionais, para a realização do procedimento.

Cabe ao médico veterinário:

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1. Garantir que os animais submetidos á eutanásia estejam em ambiente tranquilo e adequado,
respeitando os princípios básicos norteadores desse método;
2. Atestar a morte do animal, observando a ausência dos parâmetros vitais;
3. Manter os prontuários com os métodos e as técnicas empregados sempre disponíveis para
fiscalização pelos órgãos competentesprontuário preenchido – descrito na ficha do paciente
como tudo ocorreu, esclarecer tudo;
4. Esclarecer ao tutor ou responsável legal pelo animal, quando for o caso, sobre o ato da
eutanásia;
5. Solicitar autorização, por escrito, do tutor ou responsável legal pelo animal, para a realização
do procedimento, quando for o caso;
6. Permitir que o tutor ou responsável legal pelo animal assista ao procedimento, sempre que o
tutor assim desejar, desde que não existam riscos inerentes. É direito do tutor querer ou não
acompanhar o procedimento.

Métodos de eutanásia (não existe o ideal)


Associações diferente agentes com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficiência da prática.
Métodos químico – Aqueles que utilizam medicamentos injetáveis ou inalatória.
Métodos físicos – trauma, arma de fogo. Dependendo da situação, tem que ser pessoas treinada para a
morte imediata.

Quadro – Explica um pouco de cada espécie e o tipo de eutanásia aceitável por restrição. Oque pode
ou não utilizar.

Métodos aceitos sob restrição

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- Possuem um maior potencial de erro por parte do executor.
- Apresentam problemas de segurança.
- Por qualquer motivo não produzam uma Morte humanitária.
- Tais métodos devem ser empregados somente diante da total impossibilidade do
uso dos métodos aceitáveis.

São considerados métodos inaceitáveis:


• I – embolia gasosa;
• II – traumatismo craniano;
• III – incineração in vivo;
• IV – hidrato de cloral para pequenos animais;
• V – clorofórmio ou éter sulfúrico;
• VI – descompressão;
• VII – afogamento;
• VIII – exsanguinação sem inconsciência prévia;
• IX – imersão em formol ou qualquer outra substância fixadora;
• X – uso isolado de bloqueadores neuromusculares, cloreto de potássio ou sulfato de magnésio;
• XI – qualquer tipo de substância tóxica, natural ou sintética, que possa causar sofrimento ao animal
e/ou demandar tempo excessivo para morte;
• XII – eletrocussão sem insensibilização ou anestesia prévia;
• XIII – qualquer outro método considerado sem embasamento científico.

Inaceitáveis – hoje em dia, não pode mais fazer esse procedimento.

Indicadores do momento da morte


- Ausência de movimentos torácicos e sinais de respiração;
- Ausência de batimentos cardíacos;
- Perda da coloração das membranas mucosas (ausência de fluxo sanguíneo);
- Perda do reflexo corneal;
- Perda do brilho e umidade das córneas e rigor mortis.
Rigor Mortis – O animal começa a ficar sem movimento e entra em decomposição.

Vias de administração
Intravenosa- método preferencial
Intra peritoneal – quando não consegue IV, pode causar dor, irritação transitória e desconforto.
IC e IT – somente quando o animal estiver sob anestesia.

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Destino do corpo
Procurar uma clínica veterinária – O corpo do animal será encaminhado à prefeitura para ser
incinerado (cremado) ou enterrado em aterros sanitários.

Cemitério de animais – Esses locais devem ter permissão da prefeitura para o seu funcionamento, e
devem seguir as exigências dos órgãos competentes.

Crematórios - Neles os corpos são cremados separadamente e as cinzas colocadas em urnas que
podem ser deixadas no local ou levadas pelo proprietário do animal.

Enterrar por conta própria – Você pode optar por enterrar seu animal em um Terreno conhecido ou
num quintal.

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