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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OVAR SUL

Sede: Escola Secundária Júlio Dinis


2021-22

Ética e deontologia profissional no trabalho com


crianças e jovens

UFCD 9631
10ºTAE
Prof. Raquel Figueiredo
Outubro de 2021
Conceito de ética

• O termo ética tem origem no grego “ethiké” ou do latim “ethica ”, vinda da filosofia tem como objetivo o juízo
de apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correto e o incorreto. Os seus princípios
constituem como diretrizes para os humanos, enquanto sujeitos sociais, com a finalidade de dignificar um
comportamento. Os códigos de ética são, dificilmente, separáveis da deontologia profissional pelo que é,
igualmente, pouco usual serem utilizados indiferentemente.
Conceito de moral

• Moral é o conjunto de regras aplicadas no quotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou
imoral, certo ou errado, bom ou mau. No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante.
São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu
caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
Consciência moral
• A Consciência Moral é a capacidade que o homem tem de conhecer os
valores e mandamentos morais, e de aplicá-los em diferentes situações.
• Supõe uma hierarquia de valores e consiste na capacidade do ser
humano formular juízos sobre os atos passados, presentes e intenções
futuras.
• Condições necessárias para que se seja moralmente responsável:
-Ter consciência das intenções e consequências dos seus atos
- Não ser coagido por outrem a agir
Princípios de referência ética
Carta Ética da Associação de Profissionais de Educação de Infância (APEI)

A Competência – enquanto saber integrado, cientificamente suportado e em permanente


reconstrução.

A Responsabilidade – enquanto atitude dinâmica que permite dar resposta correta, no


sentido do bem do outro, e que exige uma mobilização pessoal atenta e solícita.

A Integridade – enquanto conjunto de atributos pessoais que se revelam numa


conduta honesta, justa e coerente.

O Respeito – enquanto exigência subjetiva de reconhecer, defender e promover a


intrínseca e inalienável dignidade da pessoa.
Os Direitos das Crianças
Convenção sobre os Direitos da Criança

• A Convenção dos Direitos da Criança é o mais ratificado de todos os tratados sobre direitos humanos.

• O seu esboço foi iniciado em 1979, no Ano Internacional da Criança, por um grupo estabelecido pela Comissão dos Direitos
Humanos. O tratado resultante desta Convenção foi aceite por unanimidade e adotado pela Assembleia Geral das Nações
Unidas de 20 de Novembro de 1989, estando tudo pronto para a sua assinatura a 26 de Janeiro de 1990.

• Nesse dia, 61 nações assinaram este documento, mas só passados alguns meses, após se ter efetuado o número de
ratificações por Estados exigido pelos estatutos da ONU, a Convenção teve força legal.

• https://www.unicef.pt/media/2766/unicef_convenc-a-o_dos_direitos_da_crianca.pdf
Portugal ratificou a Convenção em 21 de Setembro de
1990.

• A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais que estão relacionados com todos os outros direitos das
crianças:
- a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial – todas
as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.
- o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as ações e decisões que lhe digam
respeito.
- a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e à
igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.
- a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos
que se relacionem com os seus direitos.
A Convenção contém 54 artigos, que podem ser divididos em
quatro categorias de direitos:

• os direitos à sobrevivência (ex. o direito a cuidados adequados)


• os direitos relativos ao desenvolvimento (ex. o direito à educação)
• os direitos relativos à proteção (ex. o direito de ser protegida contra a exploração)
• os direitos de participação (ex. o direito de exprimir a sua própria opinião)
No trabalho com crianças e jovens…

- Respeitar o superior interesse da criança (garantir à criança cuidados adequados)


- Respeitar as diferenças religiosas, culturais e socioeconómicas da criança e sua família
- Dever de transparência e Informação à família
- Dever de colaboração com a família na procura de soluções
- Dever de zelo (dedicação, afeto, cuidado)

- Responsabilidade e segredo profissional (cumprir com as tarefas associadas à profissão e guardar informações que pertencem à
instituição)
- Aplicar o sigilo/segredo profissional (guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de tudo aquilo que lhe foi
confiado, confidencialidade)
Compromissos com os intervenientes
• Compromisso com as crianças e jovens
• Compromisso com as famílias
• Compromisso com a equipa
• Compromisso com a entidade empregadora
• Compromisso com a comunidade e com a sociedade em geral
Comportamentos e atitudes
• Relações interpessoais
• Resolução de conflitos
• Bem-estar pessoal
• Ética do cuidado
• Sigilo profissional
• Negligência e maus tratos
Bibliografia
• APEI–Associação de Profissionais de Educação de infância
http://www.apei.pt/

• Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de crianças e jovens


https://www.cnpdpcj.gov.pt/IAC

• Instituto de Apoio à Criança


http://www.iacrianca.pt/

• Segurança Social
http://www.seg-social.pt/
Vídeos

• https://www.cnpdpcj.gov.pt/direitos1
• https://youtu.be/XIxpGdPkcL4
• https://youtu.be/2txldr_OVcg
• https://www.unicef.pt/media/1208/desdobravel_unicef-12-5.pdf
• https://rm.coe.int/CoERMPublicCommonSearchServices/DisplayDCTMC
ontent?documentId=09000016806a45ef
Obrigada!

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