ESTADO LIBERAL BURGUÊS:

SÍNTESE E PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
 ESTADO DE NATUREZA X ESTADO SOCIAL

THOMAS HOBBES JEAN-JACQUES ROUSSEAU JOHN LOCKE

ESTADO DE ESTADO ESTADO DE ESTADO DE ESTADO

ESTADO
NATUREZA SOCIAL NATUREZA NATUREZA SOCIAL
SOCIAL

• “O HOMEM É • PRESERVAÇÃO RAZÃO

O LOBO DO DA VIDA O HOMEM É
ESTÍMULO À NATURAL GARANTIA
HOMEM” • TRANSFERÊNCI BOM E LIVRE
• “A GUERRA COMPETIÇÃO E IGUALDADE DOS DIREITOS
A DO PODER DE NATURAL NATURAIS
DE TODOS INDIVIDUAL VÍCIOS/BOM ACUMULAÇÃO
CONTRA LIBERDADE (Propriedade)
TODOS”
SELVAGEM NATURAL
 PAPEL DO ESTADO:
PROTEGER A ARBITRAR/
LIBERDADE DO ESTADO GARANTIR A
DE NATUREZA/ CONTER PROPRIEDADE
OS INSTINTOS E PRIVADA
APETITES HUMANOS

HOBBES ROUSSEAU LOCKE

REGULAR E ORDENAR
À PARTIR DA
VONTADE GERAL
 CONTRATO SOCIAL:

SUBMISSÃO CONSENTIMENTO

JEAN-
THOMAS
JACQUES JOHN LOCKE
HOBBES
ROUSSEAU

ASSOCIAÇÃO
 ESTADO LIBERAL BURGUÊS

DIREITOS NATURAIS: À VIDA, À LIBERDADE E À PROPRIEDADE;

ORIGEM DO ESTADO: CONTRATO SOCIAL, PRESSUPÕE A IGUALDADE; GARANTIA DA

LIBERDADE E DA PROPRIEDADE.

TRABALHO: DECORRENTE DA IDEIA DE LIBERDADE NATURAL, RESULTANTE DO

ESFORÇO INDIVIDUAL, PODE SER VENDIDO NO MERCADO POR MEIO DE UMA RELAÇÃO
JUSTA E REGULAMENTADA POR UM CONTRATO ENTRE AS PARTES.
 LIBERALISMO
Com Locke a propriedade converte-se num verdadeiro direito natural, pois
nasce do esforço pessoal no estado de natureza antes da constituição do poder
político, e como tal deve ter o seu livre exercício garantido pela lei do Estado
(que é a lei do povo).
A inviolabilidade da propriedade, que compreende todos os outros direitos
individuais naturais, como a liberdade e a vida, torna-se um dos eixos da
concepção liberal do Estado, que pode então ser redefinida como a mais
consciente, coerente e historicamente relevante teoria do primado do privado
sobre o público (BOBBIO, 2004, p. 23-24).
 ALEXIS TOCQUEVILLE
 SUPREMACIA DA IGUALDADE SOBRE A LIBERDADE;
 SOBERANIA DO POVO: “O POVO REINA SOBRE O MUNDO POLÍTICO
AMERICANO COMO DEUS SOBRE O UNIVERSO”;
 SUPREMACIA DO PODER JUDICIÁRIO SOBRE O PODER
LEGISLATIVO;
 “A VANTAGEM REAL DA DEMOCRACIA NÃO É FAVORECER A
PROSPERIDADE DE TODOS, MAS APENAS SERVIR AO BEM-ESTAR
DO MAIOR NÚMERO”.
 ALEXIS TOCQUEVILLE

BENEFÍCIOS DA DEMOCRACIA:
• REVOLUÇÃO SOCIAL EM MARCHA
• PROSPERIDADE PARA A MAIOR PARTE

MALEFÍCIOS DA DEMOCRACIA:
• TIRANIA DA MAIORIA
• ELEVAR O MEDÍOCRE AO PODER
CONSIDERAÇÕES PARA A CRÍTICA DA CONCEPÇÃO BURGUESA DE ESTADO:
A forma do Estado, na concepção de Marx, emerge das relações de produção e não da
idealização ou do conjunto das vontades humanas. A consciência humana é sempre produto
das condições materiais, ou seja, produto do modo como a sociedade se organiza para
produzir materialmente a sua existência. Desse modo, não é o Estado que funda e molda a
sociedade, mas ao contrário.
A igualdade jurídica desacompanhada de uma igualdade econômica é retórica para a
manutenção e justificação dos interesses de uma determinada classe.
Se para Hobbes (1974 [1979]), Locke (1973 [1978]), Rousseau (1993 [2002]) e
Tocqueville (1962) o estado era visto como representante do bem comum, acima dos
interesses particulares e das classes, como árbitro dos conflitos e curador da sociedade,
Marx (1974 [1978]) rejeita completamente essa interpretação.
A sociedade capitalista se constitui como uma sociedade de classes, dominada pela
burguesia, o Estado não é outra coisa senão a expressão política dessa dominação.
 CONSIDERAÇÕES PARA A CRÍTICA DA CONCEPÇÃO BURGUESA
DE ESTADO:

◦ O sistema do capital tem três pilares interligados: capital, trabalho e Estado.

[...] A materialidade do Estado está profundamente enraizada na base
sociometabólica antagônica sobre a qual todas as formações de Estado do
capital são erguidas. Ela é inseparável da materialidade substantiva tanto do
capital quanto do trabalho. Só uma visão combinada de sua inter-relação-
tríplice torna inteligíveis as funções legitimadoras do Estado do sistema do
capital (MÉSZÁROS, 2015, p. 29).

◦
◦ O Art. 5º, inciso VI, assegura liberdade de crença aos cidadãos,
conforme se observa:
◦
◦ Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

◦ VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo

assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;