Universidade Federal da Bahia

Escola Politécnica
Departamento De Engenharia Elétrica e de
Computação

TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS EM
SISTEMAS DE POTÊNCIA

Tensões Induzidas por Descargas Atmosféricas em Linhas de Transmissão

Autores: Paulo César Álvares Mota, Marcelo Lynce Ribeiro Chaves, José Roberto
Camacho, Membro Senior, IEEE

Alunos: Augusto Batista Alves Soares, Caroline Dias de Souza, Laramie J. G. A. Paiva Jesus
Professor: Fernando Augusto Moreira
I. Introdução

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 II. Descarga Atmosférica

• Formação da Descarga Atmosférica

• Corrente de Retorno

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III. Modelagem Matemática da Corrente de Retorno

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 IV. A Teoria de Rusck
A importância de seu trabalho se deu pelo fato de propor uma expressão
analítica, embasada na teoria dos campos eletromagnéticos, para
estimar a tensão induzida de forma próxima à realidade.

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 IV. A Teoria de Rusck
Considerações
• A corrente de retorno como a principal causadora da tensão induzida.
• A descarga incide perpendicularmente ao solo.
• Considerou-se uniforme a distribuição de cargas pelo canal de
descarga.

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IV. A Teoria de Rusck
Considerações
• Supôs-se o solo como um condutor perfeito.
• A linha foi considerada infinita e sem descontinuidades.
• A forma de onda da corrente de retorno foi considerada do tipo
“degrau”, viajando sem distorções ao longo do canal.

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 IV. A Teoria de Rusck
Cálculo da Tensão Induzida
Rusck observou que a tensão induzida por descargas atmosféricas é
dependente diretamente da taxa de variação do campo eletromagnético
produzido.
Para o cálculo da tensão induzida primeiramente deve-se conhecer os
campos eletromagnéticos que são produzidos pela incidência de uma
descarga atmosférica.
De modo geral, o campo elétrico é associado a dois potenciais:
• Potencial escalar elétrico

• Potencial vetor magnético

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 IV. A Teoria de Rusck
Cálculo da Tensão Induzida
Assim, o campo elétrico resultante, necessário para o cálculo da tensão
induzida, pode ser dado pelo somatório de suas parcelas.

Potencial escalar elétrico + Potencial vetor magnético

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IV. A Teoria de Rusck
Cálculo da Tensão Induzida
A partir dos equacionamentos
para os campos eletromagnéticos,
Rusck desenvolveu uma
expressão analítica para os
valores de tensão.

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IV. A Teoria de Rusck
Cálculo da Tensão Induzida
Tomando-se somente o ponto da linha mais próximo da descarga, ou
seja, para x=0 , pode-se escrever a equação para tensão induzida em
função do tempo.

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V. Modelo Computacional da Tensão
Induzida
• O modelo desenvolvido teve como base a teoria de Rusck aplicada ao
software EMTP/ATPDraw para o estudo dos efeitos da onda de tensão
induzida em uma LT.
• Com a utilização da equação da tensão induzida em função do tempo,
será possível verificar a influência da variação de alguns parâmetros na
onda, como a velocidade de propagação da onda da corrente de
retorno, de sua amplitude, da altura da linha e da distância entre a
descarga e a linha

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V. Modelo Computacional da Tensão
Induzida
Parâmetros de entrada do usuário. No modelo implementado, tais variáveis são:
• Amplitude da corrente de retorno, dado em quiloamperes;
• Altura da linha, dado em metros;
• Menor distância entre a linha e a descarga, dada em metros;
• Velocidade de propagação da onda da corrente de retorno, dado em metros por
microssegundos;
• A impedância de surto da linha, dado em ohms.
As constantes envolvidas no fenômeno, necessárias na modelagem, quais sejam:
• Impedância intrínseca do canal de descarga = 30 ohms e;
• A velocidade de propagação da luz = 300m/µs.

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V. Modelo Computacional da Tensão
Induzida
Considerou-se uma simulação, na qual uma linha em funcionamento
normal é assolada por uma tensão induzida originada de uma descarga
indireta.
A adaptação do modelo para esta fonte consiste em transformar os
valores de tensão induzida calculados em valores de corrente. Para
tanto, o valor de corrente desta fonte é dado pela relação entre a
tensão induzida e a impedância de surto da linha de transmissão.

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 VI. Estudo de Casos Utilizando o Modelo
Desenvolvido
• Estudo de Caso realizado no ATP;
• Dois condutores em distribuição
vertical;
• Resistência e impedância de surto
iguais;
• As descargas eram provocadas
artificialmente, por meio de
lançamento de foguetes;
• Técnica de indução de foguetes.

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 VI. Estudo de Casos Utilizando o Modelo
Desenvolvido

• Determinação da velocidade da onda

de corrente de retorno;
• Adotado o valor de 180m/µs;
• Conclusões: quanto menor a
velocidade da onda, menor é o pico
de tensão induzida, maior é o tempo
de subida e de acomodação da onda
de tensão.

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 VI. Estudo de Casos Utilizando o Modelo
Desenvolvido

• Pico de corrente de retorno de 40kA

provoca uma tensão induzida de 80
kV;
• A Figura 7 é o resultado da simulação
do modelo com a corrente de
retorno apresentada anteriormente.

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 VI. Estudo de Casos Utilizando o Modelo
Desenvolvido
• Primeira verificação: comportamento
da tensão ao variar a corrente;
• Corrente de retorno de 22kA com
velocidade de propagação de
180m/us a uma distância da linha até
a descarga de 145 metros: verificar o
comportamento da tensão com a
variação da altura;
• Quanto maior a altura da linha em
relação ao solo maior será a
amplitude da tensão induzida.

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 VI. Estudo de Casos Utilizando o Modelo
Desenvolvido
• Variação da distância entre a
descarga e a linha;
• Quanto menor a distância
considerada, maior o pico de tensão
induzida nos dois primeiros
microssegundos;
• Portanto, conclui-se que a distância
entre o local de descarga e a linha
influência somente na etapa inicial
da onda de tensão induzida, a qual é
responsável por seu valor de crista.

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VII. Conclusões
• Técnica desenvolvida por Rusck para cálculo das tensões induzidas por
descargas atmosféricas indiretas, com foco na realização de estudos de
desempenho de linhas considerando os efeitos deste fenômeno.

• A partir do modelo apresentado é possível determinar algumas causas do

desligamento, mapeando principalmente velocidade e amplitude da corrente.

• Assim, a análise computacional das tensões induzidas em linhas de

transmissão, seria uma alternativa barata e confiável para se determinar
causas de problemas ocorridos no sistema elétrico.

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Referências Bibliograficas

• MOTA, P. C. A. ; Chaves, M. L. R. ; Camacho,J.R. . Tensões Induzidas por

Descargas Atmosféricas em Linhas de Transmissão. In: Simpósio
Brasileiro de Sistemas Elétricos, 2014, Foz do Iguaçu-PR. Anais do
Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos - 2014, 2014.
• F. H. Silveira, Modelagem para Cálculo de Tensões Induzidas por
Descargas Atmosféricas, Tese de Doutorado, Universidade Federal de
Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, 2006.
• P. C. A. Mota, “Um Estudo sobre Tensões Induzidas por Descargas
Atmosféricas em Linhas de Transmissão”, Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2011.
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