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Mecânica dos Fluidos

Aula 1

Propriedades
Básicas
dos Fluidos
Sistema de unidades
Considerações iniciais
Cabe ao Professor

•expor a matéria de forma clara e organizada;


•indicar material e exercícios complementares para
a fixação dos conhecimentos;
•prestar assistência fora da sala de aula no
esclarecimento de dúvidas;
•avaliar o desempenho dos alunos.
•proporcionar aos alunos uma passagem agradável
e produtiva pela disciplina.

2
Considerações iniciais

agradável 
boas lembranças

produtiva 
aprendizado, aprovação
3
Considerações iniciais
Cabe ao aluno
assistir às aulas com atenção, assiduidade e
pontualidade;
• estudar: rever o material exposto em sala de aula,
resolver os problemas propostos e levar as suas
dúvidas ao Professor (se possível, antes da aula
seguinte);
• avaliar o Professor na sua forma de ministrar as
aulas e de conduzir a disciplina, oferecendo-lhe
sugestões construtivas.

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Considerações iniciais
Espera-se do aluno
CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO NA DISCIPLINA !!!

D = 0,3 Da + 0,7 De

D: desempenho na disciplina
Da: atenção nas aulas
De: dedicação no estudo
complementar
5
Considerações iniciais
Espera-se do aluno
POSTURA ACADÊMICA
 A aula é uma atividade
interpessoal, não
impessoal.
 Ela é ministrada a cada
um dos alunos presentes
e não genericamente à
turma.

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Considerações iniciais
Espera-se do aluno
POSTURA ACADÊMICA
 Sendo assim, os alunos devem assistir
às aulas com atenção, evitando sair
para tratar de outros assuntos. Os
alunos não devem assumir outros
compromissos para o horário das
aulas, como por exemplo: estágios.
 Celulares: é de boa educação o

aluno sair da sala para atender


7 celulares.
Considerações iniciais
Atendimento extra-classe
 A Professora estará disponível para atender aos alunos
todas as 3ª e 5ª das 13:30h às 15:30h.
 Dada a disponibilidade da Professora no decorrer do
Período, não se justifica o acúmulo de dúvidas às
vésperas das Provas.
 Atenção especial poderá ser dedicada aos alunos que
pretendem concluir o Curso ao final do período.
 Alunos nessa condição e com dificuldades, devem
procurar a Professora logo no início do Período.
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Considerações iniciais
Programa

O semestre está dividido em 3 unidades:

 Unidade 1: Noções fundamentais (9 aulas)


 Unidade 2: Modelos matemáticos (9 aulas)
 Unidade 3: Dinâmica dos Fluidos ( 12 aulas)

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Considerações iniciais
Critérios de aprovação
A aprovação se baseará na freqüência e nos resultados
obtidos nas avaliações, relatórios de aula prática,
seminários e questões respondidas a cada aula da
unidade.
Freqüência
No início do semestre será realizada chamada oral até
que a professora reconheça os alunos. A partir daí será
passada lista de presença, que será aferida à vista de
todos ao final de cada aula.
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Considerações iniciais
Critérios de aprovação

Avaliação

 Serão realizadas 3 avaliações. A avaliação consta de


tres Provas realizadas no horário das aulas e sem
consulta.

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Considerações iniciais
Critérios de aprovação
 Todas as Unidades
 Média = [(PT ) x 0,7 + RP x 0,3)]
 PT = Prova Teórica referente a cada unidade do
Programa
 RP = Relatório Prática
 As aulas práticas não poderão ser repostas.
 Sendo assim, caso o aluno falte a aula prática, não fará
jus à nota do relatório referente à prática

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Considerações iniciais
Metodologia

 as aulas são ministradas com o auxílio de projeções


baseadas na Bibliografia recomendada.

 além da bibliografia, notas, referências e exercícios,


complementares serão ser indicados no final de cada
aula. As notas de aula referentes às projeções exibidas,
serão enviadas por email, permitindo a sua revisão a
qualquer momento.

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Considerações iniciais
Metodologia

 Um roteiro é exibido no início de cada aula. É o


momento em que se estabelece a conexão do assunto
da aula com o das anteriores e o das subseqüentes,
com o objetivo de manter uma visão permanente do
contexto geral da disciplina.

A aula não é a oportunidade única do aluno de ter


contato com o assunto

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Considerações iniciais

Programação

 As datas e os assuntos das aulas, bem como as


datas das avaliações, constam do Cronograma da
Disciplina enviado por email.
 O programa é detalhado e poderá ser atualizado
no decorrer do semestre.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
O conceito de estado físico está ligado ao
movimento de átomos e de moléculas. Essa
movimentação define também a temperatura.
Quanto mais eles se movimentam (Vibração,
rotação e translação), mais energia.
E quanto menos se movimentam, menos energia.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
 Antes de estudarmos fluidos, devemos lembrar que
a matéria, como a conhecemos, se apresenta em
cinco diferentes estados físicos, de acordo com a
agregação de partículas:
Condensado de Bose-Einstein
Sólido
Líquido
Gás
Plasma
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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Condensado de Bose-Einstein

Esse é o quinto estado da matéria, previsto pelo


físico alemão Albert Einstein e pelo matemático
indiano Satyendra Nath Bose, em 1924.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
 Condensado de Bose-Einstein

Em 1995, físicos da Universidade do Colorado


(EUA), concentraram e congelaram um conjunto
de 2 mil átomos de rubídio a uma temperatura de
apenas 170 bilionésimos de grau acima do zero
absoluto (273 graus Celsius negativos).

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
 Condensado de Bose-Einstein

Nesta temperatura as partículas vibram como um


corpo único, numa velocidade tão baixa, que ainda
não é possível medi-la em laboratório.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Condensado de Bose-Einstein

Com isso, pela primeira vez foi construído um


condensado de Bose-Einstein – uma minúscula
porção de matéria cujas partículas se comportam
de maneira extremamente organizada, vibrando
com a mesma energia e a mesma direção, como se
constituíssem um único superátomo.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Condensado de Bose-Einstein

Até o feito dos cientistas norte-americanos,


somente se conhecia tal organização na luz. No
raio laser, todos os raios luminosos alinham-se
perfeitamente. Agora os pesquisadores acreditam
que com o condensado de Bose-Einstein será
possível construir um laser de matéria.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Condensado de Bose-Einstein

Ondas de matéria fluindo com a mesma energia e


na mesma direção constituem um instrumento
valioso para o estudo das partículas atômicas.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Sólido
De acordo com a Teoria Cinética, no estado sólido
as moléculas oscilam em torno de posições fixas.
Esta característica confere ao corpo sólido forma e
volume bem definidos.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Líquido
Nos líquidos e gases as moléculas trocam de
posição. Sendo assim estes não possuem forma
própria: assumem, naturalmente, a forma do
recipiente que os contém. Mas a superfície que fica
em contato com a atmosfera, mantém um nível
uniforme. O que equivale a dizer que o líquido
apresenta um volume próprio.

26
Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Líquido
Os líquidos têm as suas
moléculas próximas e tomam
a configuração do recipiente
que os contém, mudando a
sua forma com as mudanças
de forma do recipiente, mas
conservando o seu volume
definido.
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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Gases

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Gases

Um gás tem forma e volume variáveis. Nos


gases, as moléculas se movem livremente e com
grande velocidade. A força de coesão é mínima e a
de repulsão é enorme fazendo com que as
moléculas ocupem todo o volume do recipiente.

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Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Plasma

30
Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Plasma
O plasma, um tipo de gás ionizado, constitui o
estado energeticamente mais caótico, em que os
átomos se movem em diferentes velocidades e
direções. A pequena diferença de cargas torna o
plasma eletricamente condutível, fazendo com que
ele tenha uma forte resposta a campos
eletromagnéticos.

31
Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos
Estados físicos da matéria
Plasma
No começo de 2005, o sucesso da venda dos
televisores de plasma, em função da altíssima
resolução que possuem (HDTV, high-definition
television), tornou a tecnologia atrativa e
economicamente importante, acarretando em
investimentos em pesquisa por parte de grandes
empresas, como a Panasonic, Philips, Sony e LG.

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Quais as diferenças fundamentais
entre fluido e sólido?

 Fluido é uma substância


que flui: é mole e
deformável

 Sólido é duro e muito


pouco deformável

33
Os conceitos anteriores estão
corretos!

Porém não foram


expresso em uma
linguagem científica e
nem tão pouco
compatível ao dia a dia
da engenharia.

34
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

35
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

36
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

37
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?
BETUME
CERA
GELATINA
Têm comportamento de sólido à
temperatura ambiente ou sob pressão
atmosférica.
Mas exibem comportamentro de fluido
sob T ou P mais altas.

38
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

39
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

40
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?
ARGILA
ARGAMASSA
Têm comportamento de fluido
quando comprimidos
vagarosamente.
Mas fraturam como sólido,
quando subitamente expostos a
tensão.

41
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

Têm comportamento
de SÓLIDO quando
em repouso.

42
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

FLUI,
se colocada em
recipiente inclinado.

43
Conceitos gerais e
propriedades dos fluidos

Fluido

“Um fluido é uma substância que se deforma


continuamente quando submetida a uma tensão de
cisalhamento, não importando o quanto pequena
possa ser essa tensão.” (Streeter,1909).

44
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

A diferença fundamental entre


sólido e fluido está relacionada
com a estrutura molecular.
No sólido as moléculas sofrem
forte força de atração,
mantendo-as tão próximas que
garante ao sólido ter um formato
próprio.

45
Quais as diferenças entre os
sólidos e os fluidos?

Isto já não ocorre com os


fluidos (líquido, gases e
plasma) cujas moléculas
possuem um certo grau
de liberdade de
movimento.
Isto faz com que
apresentem uma força de
atração pequena, que não
lhes garantem um formato
próprio.
46
Evolução da Mecânica dos Fluidos

A água é fundamental para a


sobrevivência humana.
As civilizações antigas, à
medida que se desenvolviam
sempre procuravam garantir
suprimento de água para uso
doméstico e para a irrigação.

47
Evolução da Mecânica dos Fluidos

A cidade de Pergamon
(283 – 133 aC) possuía
uma série de tubulações
de chumbo, que ficava
enterrada em areia, para
transporte da água.

48
Evolução da Mecânica dos Fluidos

Apesar dos avanços


da Hidráulica, não
havia uma Teoria que
auxiliasse no estudo
do comportamento
dos fluidos.

49
Evolução da Mecânica dos Fluidos

Até o início do século o estudo dos fluidos foi


efetuado essencialmente por dois grupos –
Hidráulicos e Matemáticos.

Os Hidráulicos trabalhavam de forma empírica;


Os Matemáticos se concentravam na forma
analítica.

Posteriormente, ficou claro para pesquisadores


eminentes, que o estudo dos fluidos deve consistir
em uma combinação da teoria e da experiência.
50
Evolução da Mecânica dos Fluidos

A partir do
desenvolvimento da
Escola Politécnica de
Paris e da Escola de
Pontes e Açudes
(Francesas), é que o
cálculo e a teoria
científica passaram a
ser incluídos nos
currículos de
Engenharia.
51
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 Para
quase
tudo!!!!!

 Fenômenos importantes para manutenção da


vida na Terra envolvem os fluidos: ar e água

52
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 Para estudar o
comportamento
de um furacão

 A circulação dos ventos, correntes


marinhas e ciclo hidrológico
53
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 Para projetar
fluxo de água
através de um
canal

54
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

O projeto de todos os meios de transporte requer a


aplicação dos princípios de Mecânica dos
Fluidos.
55
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

As características aerodinâmicas de um avião


supersônico
Pistas inclinadas e verticais para decolagem
56
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

O projeto de todo o tipo


de máquinas de fluxo
incluindo bombas,
separadores,
compressores e
turbinas requer
claramente o
conhecimento de
Mecânica dos
Fluidos.
57
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

Lubrificação, sistemas de
aquecimento e refrigeração
para residências particulares
e grandes edifícios
comerciais, sistemas de
ventilação em túneis e o projeto
de sistemas de tubulação para
transporte de fluidos requer
também o conhecimento da
Mecânica dos Fluidos.
58
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 O projeto de sistemas de
propulsão para vôos
espaciais como também
para fogos de artifício é
baseado nos princípios da
Mecânica dos Fluidos.

59
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 O escoamento do sangue
numa artéria. O sistema de
circulação do sangue no
corpo humano é
essencialmente um sistema
de transporte de fluido e
como conseqüência o projeto
de corações e pulmões
artificiais são baseados nos
princípios da Mecânica dos
60 Fluidos. (Hemodiálise)
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 Até nos esportes os


princípios da Mecânica
dos Fluidos são
importantes, o
posicionamento da
vela de um barco deve
ser observado para
obter maior rendimento
com o vento.

61
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

A forma e superfície da bola de golfe para um


melhor desempenho são ditados pelos referidos
princípios.
62
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

Estes mesmos princípios são também utilizados


em modelos para determinação das forças
aerodinâmicas devidas às correntes de ar em torno
de edifícios e estruturas.

63
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

64
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

É estranho que 70 anos após o desmoronamento


da ponte de Tacoma, ainda é um problema para os
construtores de pontes.

Balançando sobre o rio Volga,

65
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

 Esta lista poderia ser acrescida, mas ela por si só


já comprova que a Mecânica dos Fluidos não é de
interesse puramente acadêmico, mas sim uma
ciência de enorme importância para as
experiências do dia a dia e para a moderna
tecnologia.

66
Para que serve a Mecânica dos
Fluidos?

É claro que iremos estudar apenas uma pequena


porcentagem destes problemas.

Não obstante, estudaremos as leis básicas e os


conceitos físicos associados, que serão a base, ou
seja o ponto de partida para a análise de qualquer
problema em Mecânica dos Fluidos.

67
Propriedades dos fluidos

Massa Específica ou Densidade Absoluta

A massa específica ou densidade absoluta de uma


substância é expressa pela unidade de volume dessa
substância.

m   massa específica
 m  massa do fluido
V  volume correspondente
V
68
Propriedades dos fluidos

Quadro 1: Massa específica de alguns fluidos


FLUIDO  (kg/m3)
Água destilada a 4º C 1000
Água do mar a 15º C 1022 a 1030
AR à pressão atm. e 0º C 1,29
AR à pressão atm. e 15,6º C 1,22
Mercúrio 13590 a 13650
Tetracloreto de carbono 1590 a 1594
Petróleo 880
69
Propriedades dos fluidos

Densidade relativa (  )

A densidade relativa mede a densidade de fluido em


relação a um fluido de referência (geralmente a
água). ρ
δ
ρo
  massa específica do fluido;
o  massa específica adotada como referência.

70
Propriedades dos fluidos

Peso específico ()

W m. g
    . g
V V
O peso específico de uma substância é o produto da
sua massa específica pela aceleração da gravidade.

71
Propriedades dos fluidos

Peso específico ()

W
 
V
O peso específico da água é:
9800 N/m3 = 1000 kgf/m3 = 9,8 N/L = 62,4 lbf/ft3.

72
Propriedades dos fluidos

Volume específico

1 1
vs  vs 
ρ γ

73
Sistemas de unidades

Quem é maior 8 ou 80?

74
Sistemas de unidades

A pergunta necessita de sentido porque não há


termo de comparação.

Evidentemente que 8 m3 significa mais que 80 litros


(80 dm3).

Poderia ser de outra forma: 8 kg e 80 kg.

75
Sistemas de unidades

Para a resposta anterior deve-se pensar em


definir a grandeza qualitativamente e
quantitativamente.

Qualitativamente – a grandeza será definida pela


equação dimensional, sendo esta constituída
pela base MLT ou FLT, onde o expoente indica o
grau de dependência entre a grandeza derivada
e a grandeza fundamental
(MLT ou FLT)
76
Sistemas de unidades

A depender da base utilizada, as "unidades"


de grandezas físicas (dimensões de um
corpo, velocidade, força, trabalho ou
potência) permitem organizar o trabalho
científico e técnico sendo que, com apenas
sete grandezas básicas é possível
formar um sistema que abranja todas
necessidades.

77
Sistemas de unidades

Tradicionalmente a Engenharia usava 3


sistemas:

MKS (metro, quilograma, segundo)

ou

CGS (centímetro, grama, segundo),

MKfS (metro, kilogramaforça, segundo)

78
A definição quantitativa depende
do sistema de unidade considerado
Por exemplo, se considerarmos o
Sistema Internacional (SI) para a
mecânica dos fluidos, temos como
grandezas fundamentais:

M – massa – kg (quilograma)
L – comprimento – m (metro)
T – tempo – s (segundo)

79
A definição quantitativa depende
do sistema de unidade considerado

Mas existem outros sistemas que


utilizam diversas outras unidades:

Massa:
kg (SI)
oz (Americano)
lbm (Inglês)

80
A definição quantitativa depende
do sistema de unidade considerado

Comprimento:

m (SI)
ft (Inglês)
in
jd
mil
lg

81
A definição quantitativa depende
do sistema de unidade considerado

Tempo:

s (SI) séc
min milênio
h
dia
semana
mês
ano
82
As demais grandezas são denominadas
grandezas derivadas:

Grandeza Unidade Equação dimensional


F (força) N (newton) [F] = (M*L)/T2
v(velocidade) m/s [v] = L/T
dv/dy hz ou 1/s [dv/dy] = T -1
(gradiente de velocidade)

 dv  LT -1 1
 dy   L  T  T
-1

83  
Um outro sistema bastante
utilizado até hoje é o MKfS

Neste sistema as grandezas fundamentais


adotadas para o estudo de mecânica dos fluidos
são:
Grandeza Unidade
F(força) kgf (1 kgf = 9,8 N)
L(comprimento) m (metro)
T(tempo) s (segundo)

84
Algumas grandezas derivadas no
MKfS:

Grandeza Unidade

F T2
M (massa) utm (1 utm = 9,8 kg) M
L

M F T 2
- massa kg/m³  3 4
L L
específica

85
Exercício resolvido
1.13 FOX 6ª ed.
Enunciado
A massa da bola de golfe oficial inglesa é 45,9 g e o seu diâmetro
médio é 41,1 mm. Determine a massa específica e a densidade
relativa da referida bola. (ρH2O = 1000 kg/m3)

Resolução: Passos 1 – 3
1- Geometria do problema
2- Declaração das informações dadas e solicitadas
3- Formulação básica

86
Princípios e técnicas para
resolução de problemas

Princípio

Aprende-se melhor, fazendo!!!!!

O domínio vem com a prática

87
Princípios e técnicas para
resolução de problemas

7 Passos para a resolução


1- Faça um desenho esquemático do sistema
(geometria do problema)
2- Declare de forma concisa a informação dada e a solicitada
para resolução do problema
3 - Liste as leis matemáticas básicas
4- Relacione as hipóteses simplificadoras
5- Faça uma análise algébrica
6- Verifique a consistência do Sistema de medidas e a
compatibilidade dos algarismos significativos
88 7- Introduza valores numéricos
Exercício 1.13 FOX 6ª ed.

Resolução: Passos 1 – 3
Modelo Físico e Dados Modelo matemático

89
Exercício 1.13 FOX 6ª ed
www.southalabama.edu/engineering/equation.shtml

91
Exercício 1.13 FOX 6ª ed
www.southalabama.edu/engineering/equation.shtml

92
Exercício 1.13 FOX 6ª ed
www.southalabama.edu/engineering/equation.shtml

93
Exercício 1.13 FOX 6ª ed
www.southalabama.edu/engineering/equation.shtml

94
1ª Aplicação

1. Desconfiando que a gasolina utilizada no


motor de seu carro está adulterada, o que
você faria para confirmar esta desconfiança?

95
Verificação da massa específica
da gasolina
 Pesquisar os valores admissíveis para a
massa específica da gasolina.

massa específica da gasolina (g/cm³ )


ρtabelado
20°C = 0,7893
26°C = 0,7852

96
Verificação da massa específica
da gasolina

 Escolher um recipiente de volume (V)


conhecido.
 Através de uma balança obter a massa do
recipiente vazio (m1)
 Encher o recipiente com uma amostra de
volume (v) da gasolina

97
Verificação da massa específica
da gasolina

 Determinar a massa total (recipiente mais o


volume V da amostra da gasolina – m2)
 Através da diferença entre m2 e m1 obter a
massa m da amostra de volume V da gasolina,
portanto, e assim obter a massa específica da
mesma, já que:
m
ρexp 
V

98
Verificação da massa específica
da gasolina

 Comparar o valor da massa específica obtida


com os valores especificados para que a
gasolina seja considerada sem adulteração.

ρtabelado  pexp ?

99
Verificação da massa específica
da gasolina

Através da comparação anterior é possível


concluir se a gasolina encontra-se, ou não,
adulterada.

10
Propriedades dos fluidos

1º Exercício proposto:

Faça uma estimativa da massa (em kg e em lbm) de ar


contida em uma sala com dimensões de 10 X 10 X 8 ft.
A massa específica do ar a 15ºC é 1,22x10-3 g.cm-3.

1g = 2,205 x 10-3 lbm


1ft = 30,48 cm

R. ( m= 27,6 Kg; m= 61,4 lbm)

10
Exercícios propostos
1. A massa da bola de golfe oficial americana é 1,62 onças e o seu diâmetro médio é
1,68 polegadas. Determine a massa específica e a densidade relativa da referida bola
em kg.m-3
R. (ρ= 1130Kg/m3; δ= 1,13)

2. Uma lata de alimento para animais de estimação tem as seguintes dimensões


internas: altura de 102 mm e diâmetro de 73 mm. No rótulo da lata, a massa do
conteúdo é indicada como sendo 397g. Avalie a magnitude da massa específica do
alimento.
R. (ρ= 930Kg/m3)

3. Certo fluido, encaminhado ao laboratório, foi colocado no interior de um balão


volumétrico com capacidade para conter 250 mililitros e levado a uma balança. A
massa medida (balão + fluido) foi igual a 3,474 kg. Sabendo-se que a massa do balão
vazio é igual a 86 gramas, determine qual das propriedades físicas a seguir aplica-se
ao fluido em questão (g = 9,81 m/s2).

10  = 1,35 kg/m3 (b)  = 1355 kgf/m3 (c)  = 135 (d) vs = 7,5x10-6 m3/N
Referências
 Ássy, T.M. Mecânica dos Fluidos, Editora Plêiade - SP., 1996 - Coletânia de Exercícios de Mecânica dos Fluídos -
EPUSP/Depto. de Engenharia Mecânica.
 ALMEIDA, A.B. (1990). Protecção Contra o Golpe de Aríete, in DGRN (Ed.).Manual de Saneamento Básico. Volume I,
Direcção Geral dos Recursos Naturais (DGRN), Lisboa.
 AZEVEDO NETTO, J.M., FERNANDEZ Y FERNANDEZ, M., ARAUJO, R., ITO, A.E. (1998). Manual de Hidráulica. 8ª
Edição, Editora Edgar Blücher, São Paulo. 669p.
 BIRD, R.B.; STEWART, W.R.; LIGHTFOOT, E.N. Fenômenos de Transporte. LTC, 2004.
 BRODKEY, R.S.; HERSHEY, H.C. Transport phenomena: a unified approach. Brodkey Publishing., v.1 e 2, 1989
 CARVALHO, Prof. Daniel Fonseca de, Hidráulica Aplicada.
 ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e aplicações. McGrawHill do Brasil. 1ª ed.
2007.
 Fox, R.W. & Mc Donald, A.T. Introdução à Mecânica dos Fluidos . Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. - RJ, 4ª
edição revista, 2006.
 IGNÁCIO, Ferreira Raimundo. Curso básico de mecânica dos fluidos. Aula 1.
 INCROPERA, Frank P. ;WITT, David P., Fundamentos de calor e massa, 3ª edição, Rio de Janeiro, Livros Técnicos
e Científicos, 1995.
 LOUREIRO, Professor Eduardo . Mecânica dos Fluidos
 Streeter, V.L.; Wylie, E.B.; Bedford, K.W. Fluid Mechanics".McGraw-Hill, nith edition, 1998.
 Vieira, R.C.C. Atlas de Mecânica dos Fluidos- Volumes (Cinemática, Estática e Fluidodinâmica) - Editora Edgard
Blucher Ltda / Editora da Universidade de São Paulo, 1971.
 WHITE, F. (1994). Fluid Mechanics. 3trd Edition, McGraw-Hill, New York. WYLIE, E.B., STREETER, V.L. (1978). Fluid
Transients. McGraw-Hill, New York.
103

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