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Galton cria testes para medida de
discriminação sensorial (barras para
medir a percepção de comprimento); apito
para percepção de altura do tom; criação
de escalas de atitudes (escala de pontos,
questionários e associação livre)
(Anastasi, 1977).
O psicólogo americano James M. Cattell,
influenciado por Galton, acreditava que a
chave para a compreensão do
funcionamento da mente estava nos
processos elementares, e, em seus estudos,
deu ênfase nas medidas sensoriais.
Cattellelaborou uma bateria com testes
que investigava áreas relacionadas à
acuidade sensorial, ao tempo de reação,
e aos julgamentos sobre a duração de
intervalos curtos de tempo, e, também,
era aplicada em estudantes universitários
com o objectivo de predizer-lhes o
sucesso acadêmico (Logan, 2006).
Cinco anos depois, os mesmos
pesquisadores publicaram o primeiro teste
para a mensuração da capacidade cognitiva
geral, a Escala Binet-Simon, constituída por
30 (dispostos em ordem crescente de
dificuldade) com o objectivo de avaliar
algumas funções como julgamento,
compreensão e raciocínio, detectando,
assim, o nível de inteligência em crianças
das escolas de Paris.
Em 1900 Binet e Simon, começaram a tecer uma
série de críticas aos testes até então utilizados,
afirmando que eram medidas exclusivamente
sensoriais.
Alegando que embora permitissem maior
precisão nas medidas, os testes sensoriais não
tinham relação importante com as funções
intelectuais, fazendo somente referências a
habilidades muito específicas, quando deveriam
avaliar às funções mais amplas como memória,
imaginação, compreensão, entre outras.
Terman, publicou seus estudos em
1916, que além de terem proposto
um avanço para os estudos
relacionados ao QI, também foram
responsáveis pela adaptação da
escala francesa para os Estados
Unidos, onde passou a se chamar
Escala Stanford-Binet.
Nesse período, a demanda por
instrumentos simples, rápidos, de
aplicação coletiva e que pudessem captar
diferenças de capacidade intelectual de
recrutas foi bastante acentuada, o que
levou os pesquisadores a desenvolverem
o Army Alpha e, mais tarde, o Army Beta,
que se instituiu como um instrumento não
verbal de avaliação da inteligência.
Ao final da Primeira Guerra Mundial, os testes
Army Alpha e Army Beta, que eram somente
utilizados no exército, foram liberados para
uso civil após várias revisões e estudos com
pessoas de diferentes faixas etárias e níveis
de escolaridade (Anastasi, 1977).
Com o desenvolvimento da testagem
psicológica, ocorrido durante o período da
guerra, novos testes foram publicados, e
houve uma melhora na qualidade dos
instrumentos, nos procedimentos de
administração e nas pontuações.
Além do desenvolvimento técnico que os testes
ajudaram a implementar na psicologia, eles
contribuíram para avanços teóricos importantes,
uma vez que permitiam que as teorias fossem
testadas na realidade.
Esse período inicial de desenvolvimento da
testagem psicológica ocorreu na Europa e,
principalmente, nos Estados Unidos, onde
despois alastrou-se pelo mundo inteiro.
Pasquali (2001) define os testes
como um conjunto de tarefas
predeterminadas que o sujeito
precisa realizar em uma determinada
situação, do qual resultam em
alguma forma de medida..
Urbina (2007) descreveu os testes como
procedimentos para a obtenção de amostras
de comportamentos e respostas de
indivíduos com o objectivo de descrever
e/ou mensurar características e processos
psicológicos, compreendidos
emocionalmente nas áreas: emoção,
cognição, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória entre
outras.
Apresentação da fundamentação teórica do
instrumento, com especial ênfase na
definição do construto;