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Metodologia e Fases Da Auditoria Interna 2.1
Metodologia e Fases Da Auditoria Interna 2.1
AUDITORIA INTERNA
Auditoria Interna
Após a criação do Gabinete de Auditoria Interna, surge a necessidade de planear os diferentes controlos e
procedimentos a realizar ao longo do ano.
A equipa de Auditoria Interna (AI) deverá estudar e avaliar os controlos internos existentes em cada área a
auditar, com o objectivo de assegurar uma razoável confiança nos mesmos, podendo determinar o alcance,
limitando os procedimentos de AI. Este trabalho é aplicado independentemente da magnitude e complexidade
dos sistemas e procedimentos da área seleccionada para ser auditada.
A AI por ser uma função dentro da empresa, tem um carácter permanente que lhe permite dispor de mais tempo
para realizer testes com maior detalhe e amplitude. O facto de planear antecipadamente o trabalho a realizar é
relevante para o êxito do trabalho da equipa de AI.
Planear um trabalho de Auditoria Interna significa desenvolver uma estratégia geral e uma abordagem
pormenorizada quanto a natureza oportunidade e extensão esperadas da auditoria de uma maneira eficiente e
oportuna.
Avaliação do risco- o risco é crucial para os auditores internos devido a sua relação com o Sistema de
controlo. Quanto maior é o risco, maior é a necessidade de um controlo de gestão. Ao planear uma auditoria,
os auditors internos avaliam não só o tipo de risco (risco de control e risco inerente), mas acima de tudo
quanto representa o risco, protegendo toda a organização. As actividades de maior risco são examinadas
em primeiro lugar.
Natureza, oportunidades e extensão dos procedimentos- o auditor deve escolher o tipo e a eficácia dos
procedimentos a realizer, tomar uma decisão sobre quando realizar estes procedimentos, o ideal é que seja
numa época oportuna e que lhe permita tirar conclusões, e decidir a respeito de quanta evidência buscar.
Coordenacção, Direcção, Supervisão e Reverificação- o envolvimento de outros auditores na revisão de
componentes de auditoria, o envolvimento de peritos.
A preparação da auditoria inclui um programa de trabalho, que é um plano detalhado de práticas comuns de Auditoria e
de avaliação de control interno, baseadas nas normas estabelecidas pela empresa e nos procedimentos técnicos
geralmente aceites. Trata-se de uma orientação, um guia para a consecução do trabalho do departamento de AI.
O programa de trabalho recolherá as linhas gerais de actuação da função de AI.
Programa de trabalho para a Auditoria Contabilístico-Financeira- está intimamente relacionado com o
objectivo de controlo e apropriação das demostrações financeiras.
Programa de trabalho para a Auditopria Operacional- visa medir e avaliar a eficiência de gestão das diferentes
áreas ou actividades funcionais da empresa.
Antes de iniciar o programa de trabalho, o responsável do departamento de AI deverá comunicar ao responsável da área
operacional, onde irá decorrer a auditoria, em data próxima. Na comunicação deverá constar o alcance da auditoria, a
data da entrevista com o responsável, a data de início da auditoria, duração provável, e nome do auditor executante
Os dossiers ou pastas correntes, que englobam toda documentação relativa a cada auditoria específica, podem
ser agrupados em dois grandes grupos: os programas de trabalho e os mapas de trabalho.
a) Programas de trabalho: Um programa de trabalho é um documento escrito destinado fundamentalmente a
servir de guia a execução dos testes de conformidade e dos testes substantivos. Acessoriamente o programa
de trabalho é utilizado como forma de controlar não só o tempo que for sendo gasto ao longo da auditoria
em relação ao que foi determinado como também a qualidade do tbalho realizado.
Deve existir um programa de trabalho para cada uma das diferentes areas a examinar.
Os programas dos testes, quer de conformidade, quer substantivos dividem-se em tres grandes partes:
Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno utilizados pela empresa;
Objectivos de auditoria a atingir;
Descrição dos procedimentos (testes) de auditoria a realizar de forma a que os objectivos sejam atingidos.
b) Mapas de trabalho: são documentos onde o auditor deixa ficar a prova dos testes ou procedimentos
efectuadose conclusões atingidas ao longo dasvárias areas de actividade da empresa e que servirão de base para
a elaboração dos relatórios e da formulação de pareceres.
É importante que o auditor deixe explícito nos mapas de trabalho o sifnificado de determinados números ou
palavras neles inseridos assim com breves explicações do tipo de trabalho realizado.
Este é feito, pelo auditor interno, a àrea operacional que irá auditar, com o objectivo de conhece-la melhor no
sentido de:
Obter a descrição preliminar/precedente do sitema de actividade ou do processo, de acordo com o trabalho a
realizar;
Conhecer a natureza das operações, o ambiente do trabalho as características físicas, a interligação com as
restantes àreas da empresa, entre outros.
Nesta fase efectua-se o levantamento do Controlo Interno, realizado na fase de planeamneto, de forma mais
aprofundada, podendo resultar na reformulaçao do plano de auditoria previamente acordado.
A AI desempenha um papel importante de consuktoria e acessoria a gestao, na avaliação do SCI concebido e
implantado atraves da revisão sistemática de acordo com os padrões profissionais.
O auditor quando obtiver a compreensão dos sistemas contabilísticos e de controlo
interno a fim de planear os trabalhos de auditoria obtém também o conhecimento
da concepção dos sistemas e de controlo interno e do seu funcionamento.
Tipos de Fluxogramas:
Fluxogramas Verticais (Enfoque nos
documentos)
Fluxogramas Horizontais (Areas de actividade)
Após se ter avaliado o Controlo Interno, e se ter reajustado o programa de auditoria preliminar, procede-se a
execução do exame propriamente dito. Efectua-se a revisáo detalhada das operações, sistema de controlo,
recorrendo a testes de conformidade (analisando todo o universo ou recorrendo a amostragem) que permitam
avaliar a concepção e eficácia do sistema de controlo.
A amostragem consiste na aplicação de procedimentos a menos de 100% da população a fim de permitir ao
auditor avaliar a prova de auditoria, a certas características dos elementos seleccionados para poder extrapolar as
conclusões da população.
Estes procedimentos permitem que o auditor interno efectue uma avaliação eficaz e eficienteda informação. A
avaliação resultada comparaçãode tal informação com expectativas identificadas e desenvolvidas pelo auditor.
A comunicação dos resultados é uma declaração formal da reflexão do auditor, consequência directa da sua base de
dados. Os resultados da auditoria devem ser comunicados através do relatório elaborado após a conclusão dos trabalhos.
É por meio do relatório do auditor que este comunica as suas conclusões do seu trabalho a direcção ou ao orgão de gestão
da entidade.
Objectivos do relatório
Reportar a informação necessária e relevante que permita conduzir as recomendações susceptíveis de ajudar
na tomada de decisão;
Fornecer um relato permanente, global e coerente de uma investigação, trabalho, estudo ou pesquisa;
Identificar com clareza as melhorias necessárias à empresa;
Induzir os destinatários para a necessidade da implementação das recomendações;
Avaliar o trabalho do auditor.
O relatório do auidtor deve reunir cinco principais requisitos gerais: deve ser construtivo, objectivo, conciso,
completo e preciso.
Construtivo: útil para a tomada de decisão e é a base para a implementação de melhorias necessárias.
Objectivo: o conteúdo deve ser expresso sem prejuízos, parcialidade, interesses pessoais e sem influência de
terceiros.
Conciso: vai directo ao assunto, evitando detalhes desnecessários. Expressar o pensamento com o mínimo de
palavras;
Completo: inclui toda a informação e observação relevante para apoiar as conclusões e recomendações.
Preciso: isento de erros e distorções e é fidedigno aos factos que descreve.
Estrutura do Relatório
A estrutura do relatório deve ser a mais adequada a cada situação concreta. No entanto, deve obedecer a uma
estrutura básica mínima que assente nos seguintes pontos: a opinião do auditor, o alcance e a conclusão da auditoria.
Opinião: Os auditores internos deverão, de forma clara e sucinta, além de expressar a sua opinião;
Alcance: Indicar as actividades auditadas, a informação de suporte e o período que foi feita a auditoria.
Conclusão: É o resultado da avaliação das actividades e pode abarcar também, se houve ou não a verificação
dos objectivos e metas operacionais ou programas de organização.
Antes de emitir o relatório definitivo é recomendável comentar as conclusões e recomendações com o responsável
pela área auditada. Estes comentários ajudarão a esclarecer se houve mal entendidos ou interpretações incorretas, e
proporciona ao auditor a oportunidade de poder clarificar pontos concretos do exame sobre o qual vai expressar
opinião.
Os objectivos de follow-up são o efeito das recomendaões de auditoria, o follow-up das decisões da gestão e
uma avaliação da correcta implementação das recomendaões. O auditor interno deverá verificar a adequação das
medidas correctivas, tomadas como consequência dos seus relatórios.
O auditor deve ainda fazer acompanhamento contínuo do trabalho de forma a assegurar que, em devido tempo
foram tomadas as medidas correctivas necessárias e alcançados os resultados esperados ou então, o órgão de
gestão assumiu o risco de não tomar as medidas correctivas indicadas pelo auditor.
Consiste na apreciação da auditoria na sua globalidade.Nem toda a actividade de auditoria avalia o seu trabalho,
mas um número crescente de auditores procedema avaliação, pois acreditam no seu valor acrescentado. Estas
avaliações ajudam a manter um controlo de qualidade eficaz do seu trabalho de auditoria.