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Estrutura metodológica
• Esta é uma pesquisa qualitativa, que possui um caráter analítico e
comparativo.
• Considerou as pesquisas e reportagens que relacionem pandemia e
educação, principalmente pensando nas técnicas de ensino-aprendizagem;
• Os interlocutores desta pesquisa foram os professores que atuaram no
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFNMG – Campus
Januária, entre abril de 2020 e dezembro de 2021.
• Acessados através de um formulário online construído no aplicativo
gratuito Formulários Google.
METODOLOGIA
Estrutura metodológica
A primeira fase da pesquisa consistiu no contato com os professores. O
quantitativo de profissionais que se enquadravam na pesquisa era de 11
(onze) professores, em que se dividiam 07 (sete) da área biológica e 04
(quatro) da área pedagógica.
A segunda etapa consistiu na coleta de dados, através de um questionário
dividido em 3 seções: I - identificação; II - tecnologias de ensino; III -
avaliação, com questões semi-estruturadas que se dividiam entre: questões
de múltipla escolha, discursivas, caixas de seleção e com escala linear na
seção de avaliação.
METODOLOGIA
Estrutura metodológica
• A terceira fase se tratou da leitura e análise dos dados coletados, após
serem exportados no formato de planilha quantitativa do aplicativo
Formulário Google.
• Nesta etapa foram analisadas as respostas e o cruzamento entre elas.
Como a quantidade dos interlocutores não é tão grande, gráficos não
foram uma escolha, sendo utilizado apenas algumas tabelas e uma leitura
qualitativa das respostas, com a compreensão da eficácia das técnicas no
processo de ensino-aprendizagem.
METODOLOGIA
II - Tecnologias de ensino
Quando perguntados se já haviam trabalhado com o ensino não presencial em sua
trajetória docente, todas as pessoas disseram que não tinham nenhuma experiência
precedente. Isso demonstra a falta de experiência nesse tipo de ensino porque,
mesmo os que tinham conhecimento teórico, nunca haviam exercido atividade
prática semelhante.
Sobre o uso de ferramentas tecnológicas utilizadas nas aulas, antes da pandemia, 5
(71%) professores responderam que “sim, já utilizavam”, enquanto 2 (29%)
responderam que “não utilizavam”. As ferramentas digitais mais utilizadas eram o
Google Classroom, YouTube e Slides, conforme apresenta a Tabela 1.
ANÁLISE DE RESULTADOS
ANÁLISE DE RESULTADOS
Foi perguntado “Qual o maior desafio dos docentes na utilização das novas
tecnologias, nas atividades de ensino?” 42.85% responderam ter dificuldade de
acesso a internet ou problemas de conexão e instabilidade com a rede; 42.85%
disseram que o maior desafio foi a falta de interesse ou da atenção dos alunos diante
o uso das tecnologias como celular e redes sociais e 14.28% responderam ter outros
problemas. Nenhum docente marcou a opção “dificuldades no uso das tecnologias”,
isso foi uma surpresa, afinal, de forma geral, era um relato constante de inúmeros
professores. A falta de equipamentos e de recursos disponibilizados pela instituição
também não foram relatados.
ANÁLISE DE RESULTADOS
De acordo com o estudo realizado por Limeira, Batista e Bezerra (2020) sobre os
desafios da utilização das novas tecnologias no ensino superior frente à pandemia da
Covid-19, muitos docentes podem não ter recebido treinamento ou formação
adequada sobre como integrar efetivamente as novas tecnologias em suas práticas
de ensino, como também a falta de acesso a dispositivos tecnológicos adequados,
conectividade de internet confiável e recursos digitais pode dificultar a utilização
eficaz das novas tecnologias, como também, integrar as novas tecnologias pode
exigir uma revisão significativa do conteúdo do curso e das estratégias de ensino, o
que pode ser desafiador para os docentes que estão acostumados com métodos mais
tradicionais.
ANÁLISE DE RESULTADOS
III - avaliação
A última etapa do questionário foi construída no sentido de avaliar o processo de
ensino-aprendizagem durante as aulas não presenciais, com a inclusão das
ferramentas digitais. Sobre sua atuação como professor o docente poderia se auto
avaliar entre 1 – péssimo e 5 – excelente. 5 docentes (71.42%) afirmaram ter tido
uma boa atuação e 2 (28.58%) classificaram sua atuação como regular. Foi também
solicitada uma avaliação da aprendizagem discente, usando os mesmos critérios; 6
(85.71%) classificaram a aprendizagem dos estudantes como regular e 1 (14.29%)
classificou como péssimo.
A última pergunta do questionário foi construída no sentido de avaliar o processo de
ensino não presencial com a inclusão das ferramentas digitais: “De modo geral,
considerando a sua experiência como docente, como você avalia a experiência da
modalidade de ensino não-presencial?” Para construir apontamentos com as
respostas coletadas, utilizo da análise do discurso.
ANÁLISE DE RESULTADOS
Outra resposta dada: “Foi importante para conhecermos tanto suas limitações
quanto suas possibilidades de contribuição como complementar ao ensino
presencial.” E, quando se pensa nessas limitações uma questão torna-se aparente e
em como gerenciar esse pacote de limitações. Sabe-se que as tecnologias podem
produzir uma série de desafios para os educadores. A rápida evolução da tecnologia
pode ser um desafio para os professores, especialmente aqueles que não estão
familiarizados com ferramentas digitais e recursos online. Integrar a tecnologia de
forma significativa em sala de aula e manter-se atualizado com as últimas
tendências pode ser um desafio adicional. Neste sentido, vale pensar no papel que as
instituições de ensino têm em suprir tais gargalos.
ANÁLISE DE RESULTADOS
No estudo realizado por Gusso et al. (2020) sobre o ensino superior em tempos de
pandemia, os resultados apontam como principais limitações a atuação da gestão
administrativa e pedagógica da escola no aporte das necessidades de alunos e
professores. Os resultados da pesquisa de Menezes e Francisco (2020) sobre a
educação em tempos de pandemia, também demonstram que a gestão educacional é
de suma importância para minimizar as limitações apresentadas pelas aulas remotas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de coleta de dados da pesquisa foi bastante demorado. Se
pensado de forma isolada já é um dado relevante. Sabe que a profissão de
educador possui exigências, além de pressões externas, como prazos,
expectativas administrativas e responsabilidades extras. Lidar com a carga
de trabalho intensa e o estresse resultante pode ser um desafio constante
para os professores. Faz-se necessário pensar em estratégias que consigam
otimizar o desempenho deste trabalho.
É importante reconhecer esses desafios e buscar apoio, seja através de
colaboração com colegas, formação profissional contínua, recursos
educacionais adequados ou suporte administrativo, a fim de enfrentá-los de
maneira eficaz e promover um ambiente de aprendizagem positivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os depoimentos coletados através do formulário, refletiram os gargalos que
são consequências das reflexões sobre os processos de ensino-
aprendizagem que foram modificadas pela Covid-19.
O planejamento pedagógico é destacado como um ponto de bastante
complexidade neste referido processo. Trata-se do diferencial na inserção
destas ferramentas em sala de aula, uma vez que não estão descoladas das
demais técnicas de ensino que também são utilizadas e, dessa forma, é
necessária que uma estrutura seja construída para que a ferramenta seja
explorada em todo o seu potencial. Além de que é por meio do
planejamento que as complexidades apresentadas nas respostas podem ser
solucionadas.
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OBRIGADO!