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Programa Nacional de

Imunização - PNI
Dra. Phallcha Luízar Obregon
Cascavel, 2024
PNI
• Criado em 1973

• Objetivo: diminuir a transmissão de doenças imunopreveníveis,


ocorrência de casos graves e óbitos, com fortalecimento de ações
integradas de vigilância em saúde para promoção, proteção e
prevenção em saúde da população brasileira.
PNI
• Responsável pela política de vacinação do Brasil (desde a compra de vacinas
até a sua disponibilização nas salas de vacinação, estabelecimento de normas
e diretrizes sobre as indicações, grupos beneficiados e recomendações em
todo o brasil.
• Calendário nacional de vacinação – estabelece a aplicação das vacinas de
rotina para cada fase da vida.
• Oferece 20 imunizantes para diversas doenças:
• 17 vacinas para crianças
• 7 vacinas para adolescentes
• 5 vacinas para adultos e idosos
• 3 vacinas para gestantes.
Campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.
Linha do tempo da vacinação no Brasil
• Campanhas de vacinação contra varíola (Década de 60)
• Último caso notificado no Brasil – 1971 e no mundo 1977 na Somália

• 1973 criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)


• 1975 foi institucionalizado o PNI
• Último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989 (Paraiba)
• 1994 certificação internacional da Ausência de Circulação Autóctone do Poliovírus
Selvagem nas Américas
• De 1990 a 2003, fez parte da Fundação Nacional de Saúde
• A partir de 2003 passou a integrar a Secretaria de Vigilância em Saúde
• 1993 CRIES Centro de referência para imunobiológicos especiais
Vacinação - PNI
• Estratégia para preservar a saúde da população
• Previne doenças graves e reduz a disseminação desses agentes
infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser
vacinados por motivos de saúde
Vacinação e PNI
• O SUS oferece 48 imunobiológicos:
• 31 vacinas
• 13 soros
• 4 imunoglobulinas

• O Calendário nacional de vacinação: 19 vacinas que protegem o indivíduo em


todos os ciclos de vida.

• Centros de Referência para imunobiológicos especiais (CRIE)


• Vacinas para grupos em condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou em
tratamento de algumas doenças (câncer, insuficiência renal, entre outras)
SUS e vacinas disponíveis
1. BCG 1. DTP
2. Hepatite B 2. Hepatite A
3. Penta 3. Varicela
4. Pólio inativada 4. Difteria e tétano afulto (dT)
5. Pólio oral 5. Meningocócica ACWY
6. Rotavírus 6. HPV quadrivalente
7. Pneumo 10 7. dTpa
8. Meningo C 8. Covid-19
9. Febre Amarela 9. Influenza ( campnha anual)
10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 10. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23)
11. Tetra viral (sarampo,caxumba, rubéola e varicela) 11. Dengue
Vacinação

• é o procedimento que mimetiza a imunidade resultante das infecções,


porém utilizando vacinas, produtos que contêm microrganismos
atenuados, inativados, ou apenas pequenas partes deles. A ideia é
simular a infecção, mas com produtos com mínima reatogenicidade
em relação à infecção natural.

Imunização é a aquisição de proteção imunológica


Vacinação é o ato de vacinar contra uma doença, geralmente infecciosa
O QUE FAZ UMA VACINA?
Estimula respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para
combater o patógeno invasor

Que conhecimento é necessário para produzir uma vacina?

1. Entender o ciclo de vida do patógeno


1. Encontrar o melhor estágio para servir de alvo

2. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo patógeno


1. Resposta imune celular / humoral ?
Vacinas disponíveis no Brasil
Calendário vacinal de crianças no Brasil
Calendário vacinal de adolescentes no Brasil
Calendário vacinal de adultos e idosos no
Brasil
Calendário vacinal da gestante no Brasil
Vacinas produzidas no Brasil
Vacinas produzidas no Brasil

FIOCRUZ, Bio-Manguinhos Instituto Butantan


• Dupla viral (sarampo e rubéola) • DTP (difteria, tétano, coqueluche)
• Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba)
• DTPa
• Tetravalente viral (inclui a varicela)
• Poliomielite oral (VOP) e inativada (VIP) • Tuberculose (BCG)
• Hib infecções causadas por haemophilus influenzae • Hepatite B
• Meningite A, C
• Hepatite A
• Febre amarela
• Pneumocócica 10-valente • Raiva
• Rotavirus humano • Influenza trivalente
• DTP e hib (tetravalente) • HPV
• Covid-19 (recombinante)
• CoronaVac
Tipos de vacinas
Vacinas atenuadas
Febre
Varíola TBC Saramp Rubéol tifóide Varicel
1800 1927 o 1963 a 1969 1985 a 1996

Raiva Febre Polio Adenov Cólera Rotavír


1880 Amarel 1963 írus 1995 us 1998
a 1938 1980
Vacinas inativadas

Febre Peste Encefalite


tifoide bubônica Influenza japonesa
1896 1897 1936 Raiva 1980 1992

Cólera Pertussis Polio 1956 Encefalite Hepatite A


1896 1914 transmitida 1995
por
garrapato
1990
Vacinas acelulares – sub unidades

Doença de
Difteria 1923 Pertussis 1981 Hepatite B 1986 Lyme 1998

Tétano 1927 Hepatite B 1981 Toxina colérica


1992

 Vacinas acelulares - Conjugadas

Haemophilus Haemophilus
Pneumococo influenzae b influenzae b
1977 1985 1987

Meningococo Febre tifoide Pneumococo


1982 1998 2000
Vacinas ainda não disponíveis
Doenças Doenças virais Doenças Doenças
bacterianas parasitárias fúngicas
Leptospirose HIV Malária Histoplasmose
Amebíase Citomegalovirus Leishmaniose Parcoccidiose
Helicobacter pylori Ebola Ancilostomose Candidíase
Diarréia por E. Epstein Barr Toxoplasmose Criptococose
Coli
Lepra
Shiguelose
Sífilis
Staphylococcus
aureus
Novas tecnologias para o desenvolvimento de
vacinas
A vacina ideal A realidade ...
• Única dose • Múltiplas doses
• 100 % efetiva • Efetividade variável
• 100 % segura • Segurança variável
• Proteção de longo prazo • Geralmente proteção de curto
• Baixo custo prazo
Comparação entre vacinas e imunoglobulinas
PROPRIEDADE VACINA IMUNOGLOBULINA
Duração da proteção Longa Transitória
Proteção após aplicação Geralmente após duas semanas Imediata
Eliminação de portadores sãos Possível Impossível
Erradicação de doenças Possível Impossível
Comparação entre vacinas atenuadas e vacinas não vivas
CARACTERÍSTICA VACINA VIVA ATENUADA VACINA NÃO VIVA
Produção Seleção de microrganismos de baixa Os patógenos virulentos são
virulência: o patógeno é cultivado sob inativados por tratamento
condições adversas em meios de cultura químico, físico ou manipulação
para atenuação. genética, ou utilizam-se
componentes imunogênicos
deles extraídos.

Reforços Em geral, a repetição das doses visa Vários reforços para induzir e
cobrir falhas da vacinação anterior; a manter imunidade.
imunidade, uma vez induzida, é de longa
duração.
Tipo de imunidade Humoral e celular Principalmente humoral
induzida
Via de Oral: VOP, rotavírus Parenteral
administração Parenteral
Comparação entre vacinas atenuadas e vacinas não vivas

CARACTERÍSTICA VACINA VIVA ATENUADA VACINA NÃO VIVA


Estabilidade Menos estável Mais estável
Transmissão do agente Possível Não
vacinal aos comunicantes não
vacinados
Risco para imunodeprimidos Possível Não
Tendência de reversão à Pode reverter Não reverte
virulência
Vacinas inativadas (não vivas) pode ser obtidas:

• Microrganismos inteiros inativados por meios físicos ou químicos


• Ex. vacina celular contra coqueluche e vacina inativada contra poliomielite (VIP)
• Toxinas inativadas de microorganismos. Ex. vacinas adsorbidas de
difteria e tétano
• Vacinas de fragmentos de microorganismos. Ex, alguns tipos de vacinas
influenza
• Vacinas obtidas por meio da identificação dos componentes dos
microrganismos, responsáveis tanto pela agressão infecciosa quanto
pela proteção. Os componentes potencialmente tóxicos são inativados,
como a vacina adsorvida pertússis acelular.
Vacinas inativadas (não vivas) pode ser obtidas:

• Vacinas obtidas por engenharia genética. Exemplo: vacina


recombinante hepatite B e papilomavírus.
• Vacinas polissacarídicas não conjugadas, em que os polissacarídeos
são extraídos da cápsula de bactérias invasivas como o pneumococo e
o meningococo. Não estimulam imunidade celular e, por isso, não
protegem crianças com menos de dois anos, sendo ainda a sua
proteção de curta duração. A imunidade não aumenta com a
repetição das doses. É o caso das vacinas polissacarídicas não
conjugadas contra o pneumococo e os meningococos A, C, W, Y.
Vacinas inativadas (não vivas) pode ser obtidas:

• Vacinas conjugadas, em que os componentes polissacarídicos são


conjugados a proteínas, criando-se um complexo antigênico capaz de
provocar respostas imunológicas timo-dependentes. Exemplo: vacinas
conjugadas Haemophilus influenzae tipo b, vacina conjugada
pneumococo e vacina conjugada meningococos de tipos A, C, W e Y.
• Vacinas obtidas por vacinologia reversa, como a vacina meningocócica
B.

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