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Os movimentos sociais desempenharam um papel decisivo nas recentes crises presidenciais. Na ausência de
intervenção militar, a mobilização dos sectores populares e dos manifestantes da classe média emergiu como a principal
força capaz de derrubar governos corruptos ou impopulares;
Equivalente funcional das revogações populares = Remoções presidenciais resultantes de protestos populares
(Marsteintredet e Berntzen, 2006);
A mobilização popular tem funcionado como um instrumento democrático para combater a exclusão e construir direitos
através da contestação política (Hochstetler, 2006);
Impeachments populares = Situações em que protestos populares desempenham um papel central na destituição de
presidentes, é uma forma de responsabilização vertical surge quando os mecanismos normais de controle falham e é
visto como uma maneira de consolidar a democracia a longo prazo (Leon Zamosc);
Impeachment popular Golpe popular Muitas vezes a distinção é confusa e a representação democrática dos protestos
é questionada, pois não há um princípio claro de que os protestos devem superar os votos. Além disso, a questão da
violência durante os protestos é discutida.
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EMPODERAMENTO POPULAR COM DEMOCRATIZAÇÃO
LIMITADA
Ademais, após a remoção de um presidente, a representação e a definição da nova agenda tornam-se desafios e os
movimentos populares podem dividir-se, favorecendo atores tradicionais ou criando novos governos irresponsáveis (ex.:
Argentina após a crise de 2001);
Há também uma assimetria na percepção da legitimidade da violência, isto porque protestos populares são mais
tolerados do que a repressão estatal, o que influencia o estilo de governo, incentivando uma abordagem mais contida diante
de protestos;
Presidentes com poder praticamente ilimitado podem se tornar alvos fáceis quando enfrentam protestos massivos e queda
na aprovação popular, de forma que o processo de Impeachment surge como uma forma eficaz de gerenciar a transição
de administrações, mas não impede a possibilidade de novos ciclos de domínio presidencial e colapso
governamental;
As crises podem se tornar um drama recorrente na América Latina nos próximos anos.
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REFERÊNCIAS