CANAIS E MASSALOTES

Parte 1 - Solidificação

CURSO SUPERIOR PROCESSOS METALURGICOS - FUNDIÇÃO

Referencias:
Tecnologia da Fundição – José M G de Carvalho Ferreira – 1999
Foundry Tecnology – P R Beeley – 1972
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MODO DE SOLIDIFICAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO

 Grande contração volumétrica

 Contração líquida = f(temperatura vazamento)

 Contração de solidificação = f(liga)

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 Contração líquida é da ordem de 1 a 2,5% para cada 100ºC

 Compensada pelo próprio sistema de canais ou por metal

líquido de um reservatório (massalotes)

 Solidificação ocorre na interface líquido/sólido com redução

de pressão = nucleação de vazios
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 A reposição do volume de metal correspondente a contração
ocorrida, dependerá da alimentação

 Fluxo de metal líquido vindo de um reservatório em direção

da interface líquido/sólido

 O tipo de frente de solidificação tem muita importância na

compensação dessa contração de solidificação
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 Interfaces lisas facilitam alimentação pois o fluxo é mais
livre;

 Para interfaces difusas, o metal deve fluir por entre as

formações de dendritas de solidificação;

 Qualquer protuberância formada na interface tende a ser

diluída novamente devido a maior temperatura do líquido
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 Ligas de composição não eutética não
possuem um temperatura única de
solidificação;

 Ocorre um intervalo de solidificação;

 Nesse intervalo coexistem as fases sólida e

líquida formando uma solidificação “pastosa”;

 Nessas condições as fases têm composições

químicas diferentes;
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TIPOS DE SOLIDIFICAÇÃO DAS LIGAS

 É possível distinguir 3 grupos de ligas com

diferentes estágios de solidificação:
 1. Ligas com interface líquido/sólido plana ou
lisa;

 2. Ligas com grande intervalo de solidificação

ou com zona “pastosa”;

 3. Ferros fundidos cinzentos que apresentam

expansão durante o estágio de solidificação;
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CARACTERÍSTICAS DE SOLIDIFICAÇÃO DE ALGUMAS LIGAS

GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3
Intervalo curto Intervalo grande (pastoso) Expansão
Aços baixo carbono Aços de médio e alto carbono Ferros Fundidos Cinzentos
Latões Ligas a base de níquel
Bronze alumínio Bronze fosforoso
Latões de alta resistência Ligas de Magnésio
Ligas eutéticas de Alumínio Ligas complexas de alumínio (hipo)
Cobre

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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 A solidificação direcional é facilmente
aplicada para o primeiro grupo de ligas;
 Estreita faixa de sodificação avança em
direção ao eixo térmico do fundido e
finaliza nos massalotes;
 Fundido tende a ser extremamente são
porém com baixo rendimento devido a
grandes massalotes;
 Se a técnica de alimentação é falha,
porosidades se concentrarão na região
térmica central;
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 O segundo grupo de ligas caracteriza-se
por grande intervalo de solidificação;
 A solidificação se processa em quase todo o
fundido e de forma lenta mas progressiva;
 Fundidos tendem a apresentar porosidades
distribuídas, baixa densidade e eventuais
vazamentos;
 Canais de ataque deve ser localizados
preferencialmente nas seções mais finas e
em quantidade para prevenir pontos
quentes;
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 A solidificação direcional e superfícies sem
defeitos pode-se obter através do uso de
resfriadores;
 Devido a tendência de apresentar
porosidades distribuídas, essas ligas não
apresentam os efeitos de contração e uso de
grandes canais como as do grupo 1;
 Assim, essas ligas apresentam rendimento
mais alto que suas anteriores;
 Apresentam, no entanto, dificuldade de se
obter alto padrão de sanidade interna;
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 Ferros fundidos hipoeutéticos se solidificam
em 2 estágios sucessivos;
 O primeiro inicia-se com a formação
dendrítica da austenita;
 O segundo continua com estágio anterior e
também com a solidificação de dendritas do
eutético com a precipitação da grafita;
 Essa precipitação da grafita é acompanhada
por aumento de volume, criando uma
pressão positiva no sistema de alimentação;
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Diagrama de fase
esquemático de
uma liga binária

Fonte: Metals Handbook Vol 15

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 Redistribuição do soluto causa segregação para o

líquido;

 Avanço da frente causa um gradiente de composição

química;

 Concentração do soluto junto a interface causa um

abaixamento da temperatura líquidus;

 Ocorre um super-resfriamento constitucional

originando o crescimento de dendritas;

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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 Redistribuição do soluto causa segregação
para o líquido;

 Avanço da frente causa um gradiente de

composição química;

 Concentração do soluto junto a interface causa

um abaixamento da temperatura líquidus;

 Ocorre um super-resfriamento constitucional

originando o crescimento de dendritas;
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Figura mostrando o
superresfriamento
constitucional

Fonte: Metals Handbook Vol 15

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Figura mostrando a
reversão térmica no
gradiente de
temperatura bo
líquido junto a frente
de solidificação

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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Diagrama de
equilíbrio com a
solidificação de dois
metais mostrando
faixas de solução
sólida

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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Formação de uma estrutura dendrítica de solidificação e

microestrutura de um aço carbono ao cromo Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley
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Microestruturas dendríticas mostrando a solidificação unidirecional

Fonte: Metals Handbook Vol 15

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Microestrutura esquemática
mostrando a formação de
dendritas colunares e
equiaxiais

Fonte: Metals Handbook Vol 15

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Microestrutura mostrando a
formação de dendritas
colunares e equiaxiais

Fonte: Metals Handbook Vol 15

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Efeito dos cantos e

reentrâncias na taxa
de solidificação de
um metal

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley

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Relação entre a taxa de

solidificação e a forma
da peça pela relação V/A

Fonte: Foundry Tecnology – PR Beeley