O NASCIMENTO DE VÉNUS

Trabalho realizado por Alice Marques Nº2 8ºC

IDENTIFICAÇÃO
A obra “ O nascimento de
Vénus” originalmente
chamada “Nascita di
Venere”, está atualmente
exposta na Galleria degli
Uffizi, em Florença, na
Itália.
Foi realizada por Sandro
Botticelli, encomendada
por Lorenzo di
Pierfrancesco de Médici
para a villa Medicea di
Castello, entre1483 e 1485.
 ESTILO
• A obra baseia-se no estilo do início do
renascimento sendo uma pintura mitológica.

• É um estilo de arte baseado na antiguidade

clássica ( a partir da cultura e mitologia grega e
romana) e na idade média.
 • Técnica e materiais- Caracterizada como uma obra
neoplatónica o pintor usou a técnica de têmpera sobre madeira,
sendo as suas dimensões de 172,5 cm por 278,5 cm.
A têmpera é uma técnica de pintura na qual os pigmentos ou os
corantes podem ser misturados com um aglutinante. Esse
aglutinante pode ser uma emulsão de água e gema de ovo, o ovo
A N Á LISE E pode ser inteiro, ou somente a clara obre a tela. É usada também
a técnica da perspetiva linear, a distribuição geométrica dos
D E SC R IÇ Ã O elementos, o naturalismo e a incidência de luz sobre as
personagens que as realça e lhes dá volume.
• Influência da antiguidade clássica- A obra “ O nascimento de
Vénus” foi fortemente influenciada pela antiguidade clássica. O
artista renascentista inspirou-se nas culturas grega e romana,
especialmente na representação da deusa Vénus. Ele incorporou
elementos como a pose serena; a proporção corporal idealizada
e a estética da beleza clássica. Foi uma forma de homenagear e
reviver a arte e a cultura da antiguidade.
 ENQUADRAMENTO
HISTÓRICO E
I N T E R P R E TA Ç Ã O
-INTEGRAÇÃO DA OBRA NO
SEU CONTEXTO HISTÓRICO

Realizada num período cultural de

transição, a pintura apoia-se em
temáticas da antiguidade clássica,
filtrada por um neoplatonismo de raíz
cristã o que lhe imprime fortes
significados simbólicos e alegóricos.
Esta recuperação da filosofia de platão,
que teve como protagonista o
humanista Ficino, encontrou o
necessário impulso na corte dos
Medicis. Em termos
gramaticais este trabalho integra-se nos
ideais estéticos que marcaram a
requintada e ilustrada escola pictórica
florentina do primeiro renascimento.
• Tema da pintura- a pintura baseia-se no nascimento da deusa
Vênus, também conhecida como Afrodite na mitologia grega. A obra
retrata o momento em que Vênus emerge do mar, já adulta e
completamente formada, sendo recebida por uma figura feminina que que
representa a deusa das estações, Tétis. É uma representação da beleza, do
amor e do renascimento. No quadro, a deusa clássica Vênus emerge das
águas em uma concha, sendo empurrada para a margem por Zéfiro, o Vento
Oeste, símbolos das paixões espirituais, e recebendo, de uma
Hora (as Horas eram as deusas das estações), uma manto bordado de
flores. Alguns especialistas argumentam que a deusa nua não representaria
a paixão terrena, carnal, e sim a paixão espiritual. Apresenta-se de forma
similar a antigas estátuas de mármore esguia e com longos membros e
traços harmoniosos.
COMENTÁRIO E
CONCLUSÃO
• Da minha perspetiva conclui-se que
o quadro reflete a mudança de
mentalidade, cultura e valores da
arte na altura do renascimento onde
se recuperou tanto culturas como
ideias, como por exemplo o
humanismo que se tinha perdido na
idade média ou as cores vivas e
iluminadas. Também se entende que
foi através do investimento da alta
burguesia e nobreza que a arte pode
evoluir. Não estando dependente da
igreja católica.
BIOGRAFIA

Nasceu no dia 1 de Março de 1445 e faleceu no dia 17 de Maio de 1510.

Filho de um curtidor de peles. Na adolescência trabalhou na casa de um
ourives, possivelmente, na oficina de Filippo Lippi, a quem teria
ajudado nas decorações da Catedral de Prata.

Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da

pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo
florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos
para a Capela Sistina.

Botticelli foi sepultado na Igreja de Todos-os-Santos, para a qual

pintara, trinta anos antes, a Êxtase de Santo Agostinho.
 LEGENDA
1. Vênus
• Nua, no centro da tela, Vênus faz um gesto pudico para esconder a sua
condição despida. Enquanto a mão direita tenta cobrir os seios, a mão
esquerda está ocupada procurando resguardar as partes íntimas.
• A luz que recebe ressalta a sua beleza clássica, pura e casta e enfatiza ainda
mais as suas curvas. Seu extenso cabelo ruivo se enrola ao longo do corpo
como uma espécie de serpente e a protagonista faz uso de uma mecha para
ocultar o seu sexo.
2. Os deuses do vento
• A esquerda da tela estão abraçados, unidos, o deus do vento Zephyrus e
uma ninfa (acredita-se que seja Aura ou Bora), que ajudam a protagonista
Vênus assoprando em direção à terra.
• Enquanto eles assopram, assistimos o cair das rosas. As rosas, segundo a
mitologia, nasceram quando Vênus pôs o pé em terra firme e fazem
referência ao sentimento do amor.
3. Deusa da Primavera
• Do lado direito do quadro está a Deusa Primavera, a espera de Vênus para
cobri-la e protegê-la com um manto florido. Ela representa a renovação e
tudo aquilo que floresce durante a primavera.
4. A concha
• A concha presente na obra-prima de Botticelli simboliza a fertilidade e o
prazer. O formato da concha remete ao sexo feminino. Ela costuma ser
considerada também o símbolo do batismo.