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Os Processos Cognitivos:

A Memória

Psicologia  12º  Ano|    Antes  de  mim:  Cérebro  Joana  Inês  Pontes  
O que é a memória?
A memória é o processo dinâmico que consiste na
codificação, armazenamento de conteúdos
mnésicos ou de informação. Ao longo da nossa vida
recebemos informações do exterior que são
inseridas e tratadas pela nossa memória.

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2. PROCESSOS BÁSICOS DA MEMÓRIA

1)  CODIFICAÇÃO: toda a aquisição da informação


implica a codificação dos dados informativos, isto é,
a sua transformação de modo a poder ser
armazenada na memória – 1ª fase do processo.
2)  ARMAZENAMENTO: é o processo mediante o qual
mantemos na memória informação que foi
adquirida. A melhor forma de manter a informação
é analisar o significado e relacioná-la com
informação existente.
3)  RECUPERAÇÃO/REACTUALIZAÇÃO: reconstruir os
dados mnésicos, uma espécie de “playback” que
depende do uso de pistasque permitam recuperar.
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3. SISTEMAS DA MEMÓRIA
1)  MEMÓRIA A CURTO PRAZO (MCP)
  É um sistema temporário de armazenamento que
conserva a informação durante o tempo que é
utilizada.
  Actualmente, os estudiosos preferem o termo
“memória de trabalho” porque é com ela que
trabalhamos sempre que conversamos,
realizamos uma tarefa.
  Tal como uma secretária é uma área de trabalho
onde utilizamos determinados materiais e onde
se actualizam conteúdos mnésicos necessários
em certos momentos.
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MEMÓRIA  A  CURTO  PRAZO  
MEMÓRIA  IMEDIATA MEMÓRIA  DE  TRABALHO  
  É uma memória activa que
  Forma de memória com fraca
usamos constantemente;
capacidade de armazenamento
e de reduzida durabilidade;   Forma de memória caracterizada
por ser um espaço de trabalho
  É um “armazém” de
onde a informação está acessível
capacidade limitada:
para uso temporário.
armazena aproximadamente
sete itens ou peças   É com ela que trabalhamos
informativas, ou seja, sempre que conversamos,
pequenas quantidades realizamos uma tarefa;
informação; consegue mater a   É a área onde se actualizam e
informação captada durante 20 são utilizados conteúdos
a 30 segundos. mnésicos necessários em dados
momentos.

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2) MEMÓRIA A LONGO PRAZO (MLP)

  É um tipo de memória relativamente permanente


na qual a informação é armazenada para
psoterior utilização.
  Segundo os investigadores, esta memória possui a
capacidade de armazenar enormes quantidades
de informação durante longos períodos de
tempo (em muitos casos durante a vida inteira)
  A informação é armazenada, sobretudo,
mediante uma codificação semântica (que se
baseia no sigificado da informação).

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Como é armazenada a informação na MLP?
  Os conteúdos da MLP são codificados como
“significados”: os elementos informativos recém-
chegados são associados e integrados em
contextos significativos já formados.
  A vasta informação necessária ao ser humano para
se relacionar com os “outros” e como mundo seria
inútil se não estivesse organizada: na MLP a
informação está organizada em redes semânticas,
constituída por conceitos que estão de alguma
forma organizados entre si
  O processo de armazenamento tende a ser
hieraquizado, porém, é demasiado complexo para
tentarmos aprofundar mais.
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A) MEMÓRIA PROCEDIMENTAL (NÃO DECLARATIVA)
  É uma forma de memória a longo prazo
especializada em actos motores - capacidades
motoras, habilidades, hábitos e respostas simples
(fixadas por condicionamento clássico).
  Trata-se de uma memória que guarda as
informações adquiridas de como saber fazer as
coisas ou como efectuar procedimentos motores.

B) MEMÓRIA DECLARATIVA
  Memória a longo prazo que possui informações
sobre factos gerais, acontecimentos pessoais.

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MEMÓRIA DECLARATIVA
SEMÂNTICA EPISÓDICA
  Tipo de memória declarativa na   Tipo de memória declarativa
qual se armazenam factos sem na qual se armazenam factos
conteúdo autobiográfico, e informações de carácter
conhecimentos gerais (relações essencialmente
entre factos) tais como regras, autobiográfico. É a memória
conceitos, normas e leis. dos acontecimentos da nossa
  Possui um conteúdo informativo vida.
mais geral e menos vivencial   Permite-nos saber quando e
que a memória episódica, pois onde um evento ou episódio
abstrai-se da relação espaço- das nossas vidas aconteceu.
temporal.   Ex. viagem de férias;
  Ex. saber a capital da Rússia; nascimento de um filho,
fórmulas químicas. primeiro beijo.

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4) ESQUECIMENTO E MEMÓRIA

  Nos últimos vinte anos assistimos a um notável


avanço no que diz respeito ao conhecimento
acerca dos mecanismos moleculares envolvidos na
aquisição, consolidação e expressão de memórias.

  Porém, e apesar de que resulte óbvio que a nossa


capacidade de formar novas memórias está
intimamente ligada a sua perda, muito pouco se
sabe a respeito do esquecimento. Quais as causas
do esquecimento? Como esquecemos?

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O QUE É O ESQUECIMENTO?
  O ESQUECIMENTO NÃO É NECESSARIAMENTE UMA
DOENÇA DA MEMÓRIA.
  Será que existe um processo activo de esquecimento
ou esse fenómeno decorre apenas da interferência
de outras memórias ou da passagem do tempo?
  O esquecimento é um processo inerente à memória
e não uma doença (embora doenças e lesões a possam
afectar gravemente).
  Sem o esquecimento, muita informação inútil,
desagradável e conflituosa não seria afastada, o que
perturbaria a nossa adaptação à realidade.
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ESQUECIMENTO COMO INTERFERÊNCIA:

  É um fenómeno que ocorre quando certos


conteúdos mnésicos perturbam e impedem a
reactualização da informação que procuramos.

1)  INTERFERÊNCIA PRÓ-ACTIVA: algo que


aprendemos antes perturba a reactualização de
algo que aprendemos depois (Passado -– Presente).
2)  INTERFERÊNCIA RETROACTIVA: algo que
aprendemos recentemente perturba a recuperação
de algo que aprendemos antes (Presente – Passado)

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ESQUECIMENTO MOTIVADO

  A supressão (esforço consciente) e o


recalcamento (natureza inconsciente) são duas
formas de esquecimento motivado.

Esquecemos por diversas razões:


  Desejamos esquecer (consciente ou inconsciente)
  Traumas ou lesões cerebrais.
  Perdemos a pista para reencontrar o que
adquirimos e armazenámos.
  Os conteúdos mnésicos interferem uns com os
outros provocando confusões.
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MEMÓRIA E IDENTIDADE PESSOAL

  A memória estabelece a ligação entre o passado e


o presente tornando possível que tenhamos uma
história pessoal (memória autobriográfica)ao
dotar-nos de um sentido interior de continuidade
- vital para que se falar de identidade pessoal.
  Sem memória (a nossa e dos outros) NÃO HÁ
IDENTIDADE PESSOAL.

Sem memória perdemos a noção do que somos e


dos comtextos a que pertencemos. Não
conseguimos aprender, nem atribuir significado
às experiências que vivemos.
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MEMÓRIA E APRENDIZAGEM

  A memória é a condição que torna possível os


processos de aprendizagem.(como resolver um
problema de matemática se não nos lembramos
dos esquemas primários de cálculo?)
  Só é possível aprender quando aquilo que
adquirimos (informação recebida) é retida
(armazenada) e passível de ser recuperada.
  A memória possibilita igualmente o
reconhecimento de aspectos desconhecidos de
nós mesmos (terapia psicanalítica).

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EM CONCLUSÃO

A memória permite:
1)  A ADAPTAÇÃO AO MEIO, pois é condição
indispensável da aprendizagem.
2)  A atribuição de significado às nossas
experiências.
3)  A constituição de “sentimento de si”, um
sentimento de IDENTIDADE PESSOAL,
continuidade à nossa vida (“nada somos”
desligados do já vivido)

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Realizado por:
Joana Inês Pontes

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