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LFG_2º Semestre_2009
1ª Aula - 30/07/09
I N Q U É R I T O P O L I C I AL
1. Conceito:
1
O conceito é um pouco extenso, mas daí se tira tudo o que é importante para o IP.
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Em alguns Estados chamado de TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência.
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autor desse crime, saiba onde ele mora e tenha 3 testemunhas que
viram o crime.
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Uma grave violação cometida pelo delegado - abuso de autoridade, sem dúvida alguma.
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Não há que se falar em nulidade num ato administrativo.
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3. Finalidade do IP:
4. Presidência do IP:
consumação do delito.
delito
Exceções:
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Inquérito Policial Militar
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§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas6, assim como outras infrações cuja
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Competência da Justiça Federal.
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prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser
em lei;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
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Quem for fazer prova para a PF tem que ter essa lei em mente.
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Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº
9.043, de 9.5.1995).
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IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
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5. Características do IP:
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito
ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
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Mas tramita no Congresso um projeto de reforma do CPP.
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O legislador reconheceu que nem sempre isso é possível.
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E o advogado?
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
isso ainda o advogado não terá acesso porque isso vai frustrar essa
diligência.
Súmula Vinculante 14
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Reclamação está boa para cair em prova porque tem SV.
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Todavia, o STF entende que também cabe HC porque
esse sigilo bancário, que foi afastado de maneira ilegal, pode ser
juntado aos autos de um inquérito e desse IP pode resultar prejuízo
à liberdade de locomoção, por isso o Supremo tem admitido HC
nesse caso também.
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Essa pergunta é campeã!
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Ou seja, não estaria errada a impetração de HC para o STF.
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Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Diferenças:
Diferenças
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão EXCLUSIVAMENTE nos elementos informativos colhidos
na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art.5°, § 3°/CPP:
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
7. NOTITIA CRIMINIS:
CRIMINIS
7.2 - Espécies:
8. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL:
- a identificação datiloscópica.
SÚMULA Nº 568
A identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido
identificado civilmente.
Isso antes da Constituição!
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória pelos
órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
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Art. 5º A identificação criminal de pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações
criminosas será realizada independentemente da identificação civil.
Art. 3o O civilmente identificado por documento original não será submetido à identificação criminal,
exceto quando:
I – estiver indiciado ou acusado pela prática de homicídio doloso, crimes contra o patrimônio praticados
mediante violência ou grave ameaça, crime de receptação qualificada, crimes contra a liberdade sexual ou
crime de falsificação de documento público;
II – houver fundada suspeita de falsificação ou adulteração do documento de identidade;
III – o estado de conservação ou a distância temporal da expedição de documento apresentado
impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais;
IV – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
V – houver registro de extravio do documento de identidade;
VI – o indiciado ou acusado não comprovar, em quarenta e oito horas, sua identificação civil.
9 – INDICIAMENTO:
INDICIAMENTO
2.285/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJ 13.3.2006 e PET (AgR)
nº 2.998/MG, 2ª Turma, unânime, DJ 6.11.2006; iii) diferenças entre a regra geral, o
inquérito policial disciplinado no Código de Processo Penal e o inquérito originário
de competência do STF regido pelo art. 102, I, b, da CF e pelo RI/STF. A prerrogativa
de foro é uma garantia voltada não exatamente para os interesses do titulares de
cargos relevantes, mas, sobretudo, para a própria regularidade das instituições em
razão das atividades funcionais por eles desempenhadas. Se a Constituição
estabelece que os agentes políticos respondem, por crime comum, perante o STF
(CF, art. 102, I, b), não há razão constitucional plausível para que as atividades
diretamente relacionadas à supervisão judicial (abertura de procedimento
investigatório) sejam retiradas do controle judicial do STF. A iniciativa do
procedimento investigatório deve ser confiada ao MPF contando com a supervisão
do Ministro-Relator do STF. 10. A Polícia Federal não está autorizada a abrir de
ofício inquérito policial para apurar a conduta de parlamentares federais ou do
próprio Presidente da República (no caso do STF). No exercício de competência
penal originária do STF (CF, art. 102, I, "b" c/c Lei nº 8.038/1990, art. 2º e RI/STF,
arts. 230 a 234), a atividade de supervisão judicial deve ser constitucionalmente
desempenhada durante toda a tramitação das investigações desde a abertura dos
procedimentos investigatórios até o eventual oferecimento, ou não, de denúncia
pelo dominus litis. 11. Segunda Questão de Ordem resolvida no sentido de anular o
ato formal de indiciamento promovido pela autoridade policial em face do
parlamentar investigado. 12. Remessa ao Juízo da 2ª Vara da Seção Judiciária do
Estado do Mato Grosso para a regular tramitação do feito.
2ª Aula - 12/08/09
Exceções:
Objetivos do Relatório:
VISTA AO MP - POSSIBILIDADES:
POSSIBILIDADES
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial,
senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
4) CONFLITO DE COMPETÊNCIA:
COMPETÊNCIA
Hipótese:
eles?
1ª Hipótese:
2ª Hipótese:
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CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES:
ATRIBUIÇÕES
MPF
MPM (Militar)
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MPT (Trabalho)
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe:
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
o mesmo. Assim, no momento em que a servidora afirmou que o juiz somente mandava "no seu
gabinete, aqui deve ser tratado como cidadão comum...", manifestou desprestígio à função pública
exercida pelo magistrado, revelando nexo causal entre a conduta e a condição de juiz do trabalho
da suposta vítima. 5. Em tese, houve infração penal praticada em detrimento do interesse da União
(CF, art. 109, IV), a atrair a competência da justiça federal. 6. Atribuição do Ministério Público
Federal para funcionar no procedimento, exercitando a opinio delicti. 7. Entendimento original da
relatora, em sentido oposto, abandonado para participar das razões prevalecentes. 8. Conflito não
conhecido, determinando-se a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça.
requerimento do MP;
requerimento do ofendido.
1) Atipicidade da conduta:
2) Excludente da ilicitude:
3) Excludente de culpabilidade:
HC - 95211
O Min. Ricardo Lewandowski suscitou questão de ordem no sentido de que os autos fossem
deslocados ao Plenário, porquanto transpareceria que as informações as quais determinaram a reabertura
do inquérito teriam se baseado em provas colhidas pelo próprio Ministério Público. Contudo, a Turma
entendeu, em votação majoritária, que, antes, deveria apreciar matéria prejudicial relativa ao fato de se
saber se a ausência de ilicitude configuraria, ou não, coisa julgada material, tendo em conta que o ato
de arquivamento ganhara contornos absolutórios, pois o paciente fora absolvido ante a constatação da
excludente de antijuridicidade (estrito cumprimento do dever legal). Vencido, no ponto, o Min. Ricardo
Lewandowski que, ressaltando o contexto fático, não conhecia do writ por julgar que a via eleita não seria
adequada ao exame da suposta prova nova que motivara o desarquivamento. No mérito, também por
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maioria, denegou-se a ordem. Aduziu-se que a jurisprudência da Corte seria farta quanto ao caráter
impeditivo de desarquivamento de inquérito policial nas hipóteses de reconhecimento de
atipicidade, mas não propriamente de excludente de ilicitude. Citando o que disposto no aludido
Verbete 524 da Súmula, enfatizou-se que o tempo todo fora afirmado, desde o Ministério Público capixaba
até o STJ, que houvera novas provas decorrentes das apurações. Ademais, observou-se que essas novas
condições não afastaram o fato típico, o qual não fora negado em momento algum, e sim a ilicitude que
inicialmente levara a esse pedido de arquivamento. Vencidos os Ministros Menezes Direito e Marco
Aurélio que deferiam o habeas corpus por considerar que, na espécie, ter-se-ia coisa julgada
material, sendo impossível reabrir-se o inquérito independentemente de outras circunstâncias. O
Min. Marco Aurélio acrescentou que nosso sistema convive com os institutos da justiça e da segurança
jurídica e que, na presente situação, este não seria observado se reaberto o inquérito, a partir de preceito
que encerra exceção (CPP, art. 18). HC 95211/ES, rel. Min. Cármen Lúcia, 10.3.2009. (HC-95211)
PROVAS NOVAS :
EMENTA: Inquérito policial: decisão que defere o arquivamento: quando faz coisa
julgada. A eficácia preclusiva da decisão que defere o arquivamento do inquérito policial, a pedido
do Ministério Público, é similar à daquela que rejeita a denúncia e, como a última, se determina em
função dos seus motivos determinantes, impedindo " se fundada na atipicidade do fato " a
propositura ulterior da ação penal, ainda quando a denúncia se pretenda alicerçada em novos
elementos de prova. Recebido o inquérito " ou, na espécie, o Termo Circunstanciado de Ocorrência "
tem sempre o Promotor a alternativa de requisitar o prosseguimento das investigações, se entende
que delas possa resultar a apuração de elementos que dêem configuração típica ao fato (C.Pr.Penal,
art. 16; L. 9.099/95, art. 77, § 2º). Mas, ainda que os entenda insuficientes para a denúncia e opte pelo
pedido de arquivamento, acolhido pelo Juiz, o desarquivamento será possível nos termos do art. 18
da lei processual. O contrário sucede se o Promotor e o Juiz acordam em que o fato está
suficientemente apurado, mas não constitui crime. Aí " a exemplo do que sucede com a rejeição da
denúncia, na hipótese do art. 43, I, C.Pr.Penal " a decisão de arquivamento do inquérito é definitiva e
inibe que sobre o mesmo episódio se venha a instaurar ação penal, não importa que outros
elementos de prova venham a surgir posteriormente ou que erros de fato ou de direito hajam
induzido ao juízo de atipicidade.
16. PROCEDIMENTO DO
ARQUIVAMENTO:
3) JUSTIÇA ELEITORAL:
Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem os acusados em processo por crime
contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou quando determinarem o arquivamento dos autos
do respectivo inquérito policial.
Art. 6º Quando qualquer do povo provocar a iniciativa do Ministério Público, nos têrmos do Art. 27 do Código
do Processo Penal, para o processo tratado nesta lei, a representação, depois do registro pelo distribuidor
do juízo, será por êste enviada, incontinenti, ao Promotor Público, para os fins legais.
Parágrafo único. Se a representação fôr arquivada, poderá o seu autor interpôr recurso no
sentido estrito.
1a) Denúncia;
2a) Arquivamento;
Posição da Jurisprudência:
Súmula: 234
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta
o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
3ª Aula - 25/08/09
PONTO 2:
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AÇÃO PENAL
PERSECUÇÃO CRIMINAL: Conjunto de atividades
desenvolvidas pelo Estado a fim de alguém seja processado
criminalmente.
Duas fases:
1ª – Fase Investigatória
2ª – Fase Processual
CARACTERÍSTICAS:
PONTO 3:
Duas situações:
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução
da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo
Ministério Público.
Exemplos:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
SÚMULA Nº 714
EMENTA: I. Ação penal: crime contra a honra do servidor público, propter officium:
Necessidade
Adequação
Utilidade
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- JUSTA CAUSA:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
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II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008).
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
PONTO 4:
Espécies:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior:
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser
intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o
casamento.
EXCEÇÕES:
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
6 – EMBRIAGUEZ AO VOLANTE:
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e
88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo
único pela Lei nº 11.705, de 2008)
7 – CRIMES AMBIENTAIS:
de ação penal, por via de habeas corpus, é medida excepcional, que somente pode ser concretizada
quando o fato narrado evidentemente não constituir crime, estiver extinta a punibilidade, for
manifesta a ilegitimidade de parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação
penal. VII - Ordem denegada.
4ª Aula - 28/08/09
Art. 225/CP:
Art. 225 - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede mediante queixa.
§ 1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública:
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem privar-se de recursos
indispensáveis à manutenção própria ou da família;
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador.
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público depende de representação.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal
pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é
menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
EXCEÇÕES
Art. 217-A:
15
Emprego de força física sobre o corpo da vítima, por exemplo, soco, pontapé. Arma de fogo não é
violência real, é grave ameaça.
16
Crime complexo = resulta de duas figuras típicas roubo: grave ameaça + subtração = crime complexo.
A ação penal de iniciativa pública será considerada extensiva nessa hipótese, de acordo com o art. 101/CP.
17
Art. 224/CP.
18
Ver a nova redação do art. 215/CP porque vai confundir com o art. 217-A.
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Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 215:
Art. 215 - Ter conjunção carnal com mulher honesta, mediante fraude:
Art. 215. Ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de
2005)
Pena - reclusão, de um a três anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado contra mulher virgem, menor de 18 (dezoito) e maior de 14
(catorze) anos:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: (Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 5º:
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial:
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente
da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta
Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
no crime de lesão corporal leve e culposa para a propositura da ação penal. 4. Não se aplica
aos crimes praticados contra a mulher, no âmbito doméstico e familiar, a Lei 9.099/1995.
(Artigo 41 da Lei 11.340/2006). 5. A lesão corporal praticada contra a mulher no âmbito
doméstico é qualificada por força do artigo 129, § 9º do Código Penal e se disciplina segundo
as diretrizes desse Estatuto Legal, sendo a ação penal pública incondicionada. 6. A nova
redação do parágrafo 9º do artigo 129 do Código Penal, feita pelo artigo 44 da Lei
11.340/2006, impondo pena máxima de três anos a lesão corporal qualificada, praticada no
âmbito familiar, proíbe a utilização do procedimento dos Juizados Especiais, afastando por
mais um motivo, a exigência de representação da vítima. 7. Ordem denegada.
Lei Maria da Penha. Delito de lesões corporais de natureza leve (art. 129, § 9º do CP). Ação
penal dependente de representação. Possibilidade de retratação da representação. Extinção da
punibilidade pela decadência. 1. O art. 16 da Lei nº 11.340/06 é claro ao autorizar a retração,
mas somente perante o juiz. Isto significa que a ação penal, na espécie, é dependente de
retratação. 2. Outro entendimento contraria a nova filosofia que inspira o Direito Penal,
baseado em princípios de conciliação e transação, com o objetivo de humanizar a pena e
buscar harmonizar os sujeitos ativo e passivo do crime.
20
A decadência opera a extinção da punibilidade.
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Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que
poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da
dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso IV.
14.2 – DIRIGIBILIDADE:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior:
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada
senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o
casamento.
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
PÚBLICA:
DA QUEIXA-CRIMES:
e o curador vai exercer esse juízo, vai analisar o que atende mais
aos interesses do menor.
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou
de quem tiver qualidade para representá-lo.
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Parágrafo único. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado
pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
5ª Aula – 07/09/09
Art. 25/CPP:
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei,
só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
PROCEDIBILIDADE.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando,
no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único - Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do n.º I do art. 141,
e mediante representação do ofendido, no caso do n.º II do mesmo artigo.
Duas exceções:
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste código, bem como a outros
crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do
Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado propor
ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal.
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei
nº 9.008, de 21.3.1995)
I - o Ministério Público,
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e
seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou
pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
PODERES DO MP:
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Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
15 dias
MP do IP do MP
23/04/09 22/10/09
Denúncia A. P. Pública
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 94
LFG_2º Semestre_2009
Queixa A. P. Privada
Art. 41/CPP:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
B – IDENTIFICAÇÃO DO ACUSADO:
Art. 41/CPP:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.
I - quando inacessível, em virtude de epidemia, de guerra ou por outro motivo de força maior, o lugar
em que estiver o réu;
II - quando incerta a pessoa que tiver de ser citada. REVOGADO.
C – CLASSIFICAÇÃO DO CRIME:
EMENDATIO LIBELLI:
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-
lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
MUTATIO LIBELLI:
D – ROL DE TESTEMUNHAS:
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 100
LFG_2º Semestre_2009
17 – PROCURAÇÃO NA QUEIXA-CRIME:
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento
do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos
dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
PROCURAÇÃO DEFEITUOSA:
EMENTA: I. Ação penal privada: crime de exercício arbitrário das próprias razões (C.
Penal, art. 345, parágrafo único): decadência: C.Pr.Penal, art. 44. 1. O defeito da procuração
outorgada pelas querelantes ao seu advogado, para requerer abertura de inquérito policial, sem
menção do fato criminoso, constitui hipótese de ilegitimidade do representante da parte, que, a
teor do art. 568 C.Pr.Pen., "poderá ser a todo o tempo sanada, mediante ratificação dos atos
processuais" (RHC 65.879, Célio Borja); 2. Na espécie, a presença das querelantes em audiências
realizadas depois de findo o prazo decadencial basta a suprir o defeito da procuração. II. Recurso:
supressão de instância. 1. A jurisprudência do Tribunal é no sentido de que, se o juiz,
induvidosamente competente, rejeita a denúncia por um dos fundamentos do art. 43 C.Pr.Penal, o
provimento do recurso contra a decisão que a rejeita implica o recebimento da denúncia, não
representando supressão de instância: precedentes. 2. No caso - apelação (L. 9.099/95, art. 82)
dirigida especificamente à decisão que, com fundamento nos arts. 43, III e 44, ambos do
C.Pr.Penal, reconhecera a ausência de regular representação da parte -, resulta do provimento da
apelação, o mesmo efeito obtido no recurso em sentido estrito, qual seja o recebimento da queixa.
3. Daí, contudo, não se extrai que - dada a devolutividade à Turma Recursal de todas as questões
suscitadas -, superada uma delas, não se devessem analisar as demais.
21
Só cai em prova objetiva.
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 102
LFG_2º Semestre_2009
Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério Público, responsáveis pelo
retardamento, perderão tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do tempo de
serviço, para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias excedidos.
19 – DENÚNCIA ALTERNATIVA:
Duas espécies:
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco)
dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz
mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de
quinze dias.
Lei de Drogas;
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz
receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de
acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos
debates orais e à prolação da sentença.
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar
ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo
breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.
De EXISTÊNCIA;
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá
ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede
do Juizado.
6ª Aula – 08/09/09
22. RENÚNCIA:
RENÚNCIA
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu
representante legal ou procurador com poderes especiais.
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
22
No exemplo do casamento, o agente manteve conjunção carnal com a moça sob influência de álcool.
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 108
LFG_2º Semestre_2009
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com
a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado
pelo crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.
REPRESENTAÇÃO.
Art. 106/CP:
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir
na ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Expressa
Tácita
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer,
dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio
importará aceitação.
24. PEREMPÇÃO:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação
penal:
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 111
LFG_2º Semestre_2009
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-
lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a
que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
JURISDIÇÃO E
COMPETÊNCIA
1. MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o
julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Imaginemos 1995:
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a
vigência da lei anterior.
EXEMPLO ATUAL:
ATUAL Tráfico de Drogas internacional
praticado em Município que não seja sede de Vara Federal –
Lei
formado por Juízes de primeiro grau somente para o julgamento dos recursos que versarem
sobre crimes de menor complexidade e infrações de menor potencial ofensivo, de competência
da Turma Recursal dos Juizados Especiais.
3. Como o Paciente já cumpriu toda a pena corporal imposta pelo acórdão, preso
cautelarmente, deve lhe ser concedido alvará de soltura, diante do evidente excesso de prazo
na formação da culpa decorrente da anulação do julgamento do apelo defensivo que ora se
consolida.
4. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.
5. Ordem concedida para anular o julgamento do recurso de apelação, determinando novo
julgamento por Câmara composta majoritariamente por Desembargadores titulares, e
determinar a expedição de alvará de soltura em favor do ora Paciente, se por outro motivo não
estiver preso, para que possa aguardar o julgamento do recurso de apelação em liberdade.
3. C O M P E T Ê N C I A :
Aula 07 - 09/10/09
Alterações legislativas:
legislativas
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Competência
Competência Relativa
Absoluta
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 124
LFG_2º Semestre_2009
Tutela o interesse
Interesse de ordem preponderante das
pública. Além disto, partes. Não se fala em
alguns doutrinadores, “interesse das partes”,
como Eugenio Pacelli, pois, mesmo nos casos
Natureza do
citam como outra de competência relativa,
interesse
característica da continua havendo o
protegido
competência absoluta o interesse do Estado, de
fato de suas regras forma que ao interesse
estarem previstas na das partes tão somente
CRFB. se dá uma importância
maior.
Como é ditada pelo
interesse público, a Trata-se de competência
competência absoluta é prorrogável ou
improrrogável ou derrogável, ou seja,
imodificável, ou seja, pode ser modificada.
não é passível de
modificação quer pela Podem ser alteradas
vontade das partes, por conexão e
quer pela vontade do continência.
juiz. (Ex.: O julgamento
Possibilidade dos deputados federais
de alteração é feito perante o STF,
não admitindo sua
realização por outro
órgão.)
Como a conexão e a
continência
modificativas de
competência, não
podem alterar uma
regra de competência
absoluta.
PROCESSO PENAL_Renato Brasileiro 125
LFG_2º Semestre_2009
b) O prejuízo é
presumido, basta que
se afirme ter havido
violação a uma regra de
competência, a qual
deriva da CRFB.
Processo Penal, a
incompetência relativa
somente poderá ser
reconhecida ex officio
até o início da instrução
processual. Tal se
justifica pois, se a
incompetência relativa
fosse reconhecida
quando da sentença, o
novo juiz que recebesse
a causa teria de renovar
toda a instrução.
⇒ Competência Ratione
Loci
⇒ Competência por
⇒ Competência Ratione distribuição
Materiae; ⇒ Competência por
⇒ Competência Ratione prevenção (súmula 706,
Exemplos
Funcionae (Personae); STF – “É relativa a
⇒ Competência nulidade decorrente da
Funcional. inobservância da
competência penal por
prevenção.”)
⇒ Conexão e continência
1996/1 2001
997 Denúncia 2005
2007
Estelion e Sentença
Apelação
ato Recebime Condenat
da defesa
nto pela ória
recebida
Justiça
pelo TRF
Federal Pena:
R: Neste mister, dispõe a3a6m.
súmula 107, STJ: “Compete à Justiça
Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de
recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão a autarquia federal.”.
eis que feita por juiz incompetente. Feito isto, os autos serão
remetidos à Justiça Estadual. Em tese, embora o correto seria o
novo oferecimento e recebimento de denúncia, na prática esta é
apenas ratificada. No entanto, como foi oferecido recurso apenas
pela defesa, vigora o Princípio da Vedação à Reformatio In Pejus,
sendo necessário verificar se não houve a ocorrência da prescrição.
5. FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA:
Justiça Eleitoral
Justiça Federal
Dos Estados
(Art. 125, §4º, CRFB)
Da União
“Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
(art. 124, CRFB)
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
“À Justiça Militar compete processar e
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
julgar os crimes militares definidos em lei.”
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças.